Zona rural de Orizona (GO).

<img attr-cid="policy:1.3160503" attr-version="policy:1.3160503:1722607783" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3160503/Proporção para foto do site.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Ossada de mulher dada como desaparecida pelo companheiro estava em buraco de 5 metros (Montagem O Popular/Reprodução Redes Sociais e Divulgação PCGO)

O corpo de Dayara Talissa Fernandes da Cruz, de 21 anos, foi enterrado com o auxílio de uma máquina hidráulica, de acordo com o delegado responsável pelo caso, Kennet Carvalho.&nbsp;A&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/policiais-usam-retroescavadeira-para-encontrar-ossada-de-mulher-dada-por-desaparecida-pelo-marido-video-1.3152577" target="_blank">ossada da jovem foi encontrada&nbsp;em julho</a>, enterrada a 5 metros de profundidade.&nbsp;

<cite>A fazenda possui 112 alqueires e o corpo teria sido enterrado com máquina. Assim, realizamos buscas pelo local em que ele operou a máquina e localizamos o cadáver enterrado a aproximadamente 5 metros", explicou o delegado.</cite>

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O&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-matou-mulher-durante-briga-enterrou-corpo-em-cova-e-fingiu-desaparecimento-conclui-policia-1.3159752" target="_blank">empresário Paulo Antônio Eruelinton Bianchini, de 34 anos,&nbsp;foi indiciado</a>&nbsp;por matar a mulher, ocultar o cadáver e se passar por ela em&nbsp;mensagens para a família. Fotos mostra o local em que a ossada dela foi encontrada, em uma fazenda em&nbsp;Orizona, na região sul de Goiás (veja as imagens abaixo).

<div attr-cid="policy:1.3152584" attr-version="policy:1.3152584:1720434779" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3152584" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3152584', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3152584">Zona rural de Orizona (GO). (1.3152584)</a></div>

Paulo Bianchini&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-e-preso-suspeito-pela-morte-de-mulher-que-desapareceu-apos-ser-deixada-em-rodoviaria-1.3151171" target="_blank">está preso desde o dia 1º de julho</a>&nbsp;e foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, dissimulação, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.&nbsp;A defesa de Paulo Bianchini disse que&nbsp;ele é réu primário, com bons antecedentes e colaborou voluntariamente com as investigações&nbsp;(leia nota na íntegra no final do texto).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-matou-mulher-durante-briga-enterrou-corpo-em-cova-e-fingiu-desaparecimento-conclui-policia-1.3159752" target="_blank">Empresário matou mulher durante briga, enterrou corpo em cova e fingiu desaparecimento, conclui polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/briga-por-dinheiro-relacionamento-extraconjugal-e-ajuda-de-funcionario-entenda-como-empresario-matou-companheira-1.3160086" target="_blank">Briga por dinheiro, relacionamento extraconjugal e ajuda de funcionário: entenda como empresário matou companheira</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-que-matou-mulher-e-fingiu-que-ela-tinha-sumido-mandou-mensagem-para-familia-se-passando-por-ela-diz-policia-1.3160155" target="_blank">Empresário que matou mulher e fingiu que ela tinha sumido mandou mensagem para família se passando por ela, diz polícia</a></div>

De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontaram que o empresário contou com a ajuda de um funcionário de 19 anos, que foi indiciado por ocultação de cadáver e fraude processual. Além disso, uma mulher, de 40 anos, também foi indiciada por fraude processual. Como os nomes deles não foram divulgados, o&nbsp;POPULAR&nbsp;não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos.

<h2>Entenda o caso</h2>

De acordo com o delegado Kennet Carvalho, responsável pelo caso,&nbsp;Paulo Bianchini&nbsp;mantinha um casamento sem que Dayara soubesse. O suspeito e a vítima tiveram um relacionamento de aproximadamente um ano e meio.&nbsp;"Ela acreditava que era a esposa. Ela foi enganada", afirmou o investigador.

Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;o delegado afirmou ainda que o crime foi motivado por violência de gênero e ocorreu após uma briga relacionada a R$ 86 mil. Segundo as informações, o suspeito alegou ter transferido esse valor para a conta de Dayara, que o utilizou para fins pessoais.&nbsp;Esse gasto teria levado ao término do relacionamento em outubro de 2023.

Apesar da separação, a vítima e o suspeito reataram em janeiro de 2024. O delegado explicou que, em conversa com outra pessoa, o&nbsp;suspeito teria falado da separação e afirmado que mandou matar a jovem por causa do dinheiro. No entanto, à polícia, ele não confirmou essa versão.

Após o crime,&nbsp;o suspeito teria cometido fraude processual ao enviar mensagens pelo celular da vítima, se passando por ela.&nbsp;"A vítima faleceu no dia 10 de março. No dia 11 de março, pela manhã, supostamente Dayara enviou mensagens para a irmã dizendo que tinha terminado com o investigado e que estava em Itumbiara", afirmou o delegado.

<img attr-cid="policy:1.3159763" attr-version="policy:1.3159763:1722443910" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3159763/download.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Paulo Antonio Eruelinton Bianchini é suspeito de matar Dayara Talissa Fernandes da Cruz, em Orizona (Arquivo pessoal/Daniela da Cruz)

O delegado responsável pelo caso afirmou que a polícia analisou as mensagens que eram escritas por Dayara e pelo investigado.

<cite>A vítima sempre escrevia a palavra "não" de forma correta. Nós fizemos uma análise de aproximadamente 10 dias, ela escreveu a palavra "não" da forma correta por cerca de 50 vezes. Na manhã do dia 11, ela não escreveu a palavra não da forma correta. As mensagens foram encaminhadas com somente um "N", referindo-se a não. E aí a análise que nós fizemos da conversa do investigado, ele sempre escrevia também um "N" e não escrevia "não"", afirmou Kennet Carvalho.</cite>

Segundo o delegado Kennet Carvalho, no dia da morte de Dayara Talissa, o empresário saiu de carro com um funcionário. Durante o trajeto, ele alterou a rota e pediu ao funcionário que olhasse para a carroceria do veículo, onde estava o corpo. Em seguida, Paulo&nbsp;Bianchini&nbsp;disse para o funcionário&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/ossada-de-mulher-que-desapareceu-apos-ser-levada-pelo-marido-para-rodoviaria-e-encontrada-diz-policia-1.3152421" target="_blank">ajudá-lo na ocultação do cadáver e a encobrir o crime</a>.

Segundo o delegado, o funcionário tirou fotos no rio de Itumbiara e as postou no status da vítima para criar uma falsa localização. A outra suspeita envolvida ficou com o telefone da vítima por cerca de 10 dias e, posteriormente, descartou-o no córrego.

A Polícia Civil informou que outros funcionários da fazenda foram induzidos a mentir por&nbsp;Paulo Bianchini, mas foram inocentados e solicitou-se o arquivamento do caso em relação a eles.

<h2>Linha do tempo do caso</h2>

<ul>
	<li>Fim de fevereiro a 10 de março:&nbsp;Investigações indicaram que Dayara esteve com o companheiro na fazenda durante este período.</li>
	<li>10 de março:&nbsp;Dia estimado pela Polícia Civil como o desaparecimento de Dayara da Cruz.</li>
	<li>25 de março:&nbsp;Paulo Antônio registrou o desaparecimento de Dayara.</li>
	<li>24 de junho:&nbsp;A Polícia Civil tentou cumprir mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão do suspeito. As operações ocorreram sem sucesso em quatro cidades do interior de Goiás.</li>
	<li>1º de julho:&nbsp;Paulo Antônio se entregou e foi preso.</li>
	<li>6 de julho:&nbsp;A Polícia Civil encontrou uma ossada humana em uma fazenda, em Orizona.</li>
	<li>16 de julho:&nbsp;Laudo da perícia confirmou que a ossada encontrada enterrada na fazenda é de Dayara.</li>
</ul>

Nota da defesa de Paulo Antônio Eruelinton&nbsp;Bianchini

"Em atenção à imprensa, em virtude de notícias veiculadas sobre o indiciamento do Sr. Paulo Antônio Eruelinton Bianchini em razão da morte da Sra. Dayara Talisssa Fernandes da Cruz, a defesa vem esclarecer que:

O Sr. Paulo Antônio é réu primário, tem bons antecedentes, residência fixa, não possuindo em seu passado nenhuma conduta que o desabone. Ademais, não se ocultou às medidas de investigação penal, pois compareceu espontaneamente perante a autoridade policial quando da decretação de sua prisão temporária e colaborou com as investigações, estando à disposição do Poder Judiciário para julgamento.

Por fim, os fatos que circunstanciam a morte da Sra. Dayara Talisssa ainda não foram esclarecidos por completo. Os depoimentos prestados até o momento demonstram uma fatalidade e não são conclusivos para comprovar um possível dolo do indiciado. Não existem imagens que mostrem o momento da morte, e qualquer especulação que transforme o acusado em condenado são levianas e passíveis de responsabilidade cível e criminal.

Confiantes no julgamento do Poder Judiciário, estes são os esclarecimentos que entendemos suficientes para o momento."

Corpo de jovem morta por empresário que registrou falso sumiço foi enterrado com escavadeira, diz polícia

Cidades

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Matéria - Cidades

FEMINICÍDIO

VÍDEO ESPADA EM LOJA

<img attr-cid="policy:1.3178242" attr-version="policy:1.3178242:1726967539" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3178242/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2024-09-21T220553.482.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Na sequência, a atual namorada Luana Meirelles, ex-namorada Ana Júlia Fernandes e o suspeito de matar as duas, Renan dos Santos Moraes. (Reprodução/Redes Sociais e Divulgação/Polícia Civil)

A dona de casa&nbsp;Luana Meirelles,&nbsp;de 28 anos, e a vendedora&nbsp;Ana Júlia Ribeiro, de 22, são as vítimas de um crime que chocou a região de&nbsp;Edéia, no sul de Goiás. O delegado Daniel Moura, explicou que Renan dos Santos, de 23 anos, <a href="https://opopular.com.br/cidades/suspeito-de-matar-a-namorada-e-tentar-assassinar-ex-com-espada-confessou-que-cometeu-crimes-apos-discuss-o-diz-pc-1.3178158" target="_blank">confessou que matou Luana, sua companheira, e Ana Júlia, sua ex, com golpes de espada.</a>

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

<cite>Ele golpeou a companheira com uma arma branca de fabricação caseira. Após ter matado a companheira, ele seguiu até o trabalho de outra mulher [a ex], que teria sido o motivo da discussão, e também a golpeou diversas vezes", explicou o delegado.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/segunda-vitima-de-ataque-com-golpes-de-espada-morre-no-hospital-1.3178240" target="_blank">Segunda vítima de ataque com golpes de espada morre no hospital</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-preso-apos-matar-a-companheira-com-golpes-de-espada-e-depois-tentar-assassinar-a-ex-namorada-diz-policia-1.3177630" target="_blank">Homem é preso após matar a companheira com golpes de espada e depois tentar assassinar a ex-namorada, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/suspeito-de-matar-a-namorada-e-tentar-assassinar-ex-com-espada-confessou-que-cometeu-crimes-apos-discuss-o-diz-pc-1.3178158" target="_blank">Suspeito de matar a namorada e tentar assassinar ex com espada confessou que cometeu crimes após discussão, diz PC</a></div>

Em nota, o advogado Paulo Sérgio, que atua na defesa de Renan, informou que acompanha o inquérito policial instaurado, buscando a garantia de que ele responda o processo na forma que a lei determina&nbsp;(leia nota completa no fim da reportagem).

A Justiça manteve a prisão de Renan após audiência de custódia na última sexta-feira (20). Luana Meirelles deixa três filhos. Ana Júlia trabalhava em uma loja e é lembrada pelo bom humor&nbsp;(veja nesta reportagem mais detalhes das vítimas).

<h2>As vítimas</h2>

<img attr-cid="policy:1.3178287" attr-version="policy:1.3178287:1727011314" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3178287/WhatsApp Image 2024-09-22 at 10.21.28.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Luana Meirelles e Ana Júlia Ribeiro foram assassinadas em Edéia, Goiás (Reprodução/Redes Sociais)

<a href="https://opopular.com.br/cidades/vitima-de-feminicidio-sofreu-com-ameacas-de-outra-relac-o-1.3177951" target="_blank">Luana Meirelles, de 28 anos</a>, era natural de Caldas Novas. Embora tenha iniciado o curso de pedagogia, não chegou a concluí-lo, conforme informou uma parente. Luana era mãe de três filhos — duas meninas e um menino — que não são filhos de Renan dos Santos.

Em sua biografia nas redes sociais, Luana expressava seu amor pela pedagogia e mencionava o relacionamento com o jovem que confessou o crime. Ela também ressaltava a frase:&nbsp;"Viva o momento."

Ana Júlia Ribeiro, de 22 anos, trabalhava como vendedora em uma loja em Edéia. No perfil da empresa, Ana Júlia participava de brincadeiras para promover os produtos, sempre com bom humor, o que divertia os clientes.

“Excelente profissional, uma vendedora que sempre estava alegre para atender”, escreveu uma cliente.

“Tinha um atendimento impecável, sempre atenciosa”, comentou outra cliente.

<h2>Frieza</h2>

<div attr-cid="policy:1.3177660" attr-version="policy:1.3177660:1726836099" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3177660" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3177660', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3177660">VÍDEO ESPADA EM LOJA (1.3177660)</a></div>

Imagens divulgadas pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO)&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-preso-apos-matar-a-companheira-com-golpes-de-espada-e-depois-tentar-assassinar-a-ex-namorada-diz-policia-1.3177630" target="_blank">mostraram quando ele invadiu o trabalho da ex e deu diversos golpes&nbsp;de espada nela</a>&nbsp;(assista acima).

Renan dos Santos Moraes, de 23 anos,&nbsp;confessou com frieza que matou a companheira&nbsp;e a ex-namorada, segundo o delegado Daniel Moura. Luana foi assassinada em casa.&nbsp;Ana Júlia foi socorrida e internada&nbsp;no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em&nbsp;Goiânia, mas não resistiu.

<h2>Prisão</h2>

<img attr-cid="policy:1.3177699" attr-version="policy:1.3177699:1726840513" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3177699/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2024-09-20T104851.549.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Imagem mostra suspeito com espada na mão após ferir ex-namorada, em Edéia, Goiás (Divulgação/Polícia Civil)

Os fatos aconteceram no início da tarde da última quinta-feira (19). Os policiais civis de Edéia prenderam em flagrante Renan e ele foi autuado por feminicídio consumado e feminicídio tentado. <a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-preso-apos-matar-a-companheira-com-golpes-de-espada-e-depois-tentar-assassinar-a-ex-namorada-diz-policia-1.3177630" target="_blank">O jovem segue preso e está à disposição da Justiça.</a>

Segundo o delegado, o autor do crime, que trabalha com serviços gerais, tinha a espada há alguns anos. A polícia não tem informações de como ele adquiriu o objeto.

Nota defesa Renan dos Santos

"Renan ontem passou por audiência de custódia e foi decretada a sua prisão preventiva.

A defesa, nesse momento, acompanha o inquérito policial que foi instaurado, buscando a garantia de que ele responda o processo na forma que a lei determina."

&nbsp;

Veja quem eram mulheres mortas com golpes de espada por homem em Edéia

PERFIS

A mãe de Dayara Talissa Fernandes da Cruz, que foi <a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-e-preso-suspeito-pela-morte-de-mulher-que-desapareceu-apos-ser-deixada-em-rodoviaria-1.3151171" target="_blank">encontrada mort</a>a após ser dada como desaparecida, disse que o empresário Paulo Antônio Herberto Bianchini, <a href="http://opopular.com.br/cidades/empresario-matou-mulher-durante-briga-enterrou-corpo-em-cova-e-fingiu-desaparecimento-conclui-policia-1.3159752" target="_blank">indiciado pelo crime</a>, havia prometido cuida da filha dela: “Quando ele buscou ela aqui [em Mato Grosso] e trouxe para Goiás, falava que iria cuidar muito bem dela. Prometeu que iria dar o estudo para ela, que ela iria fazer faculdade e que eles pretendiam ter filhos”.&nbsp;

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O empresário está preso desde o dia 1º de julho, indiciado por matar a jovem, ocultar o cadáver e se passar por ela em mensagens para a família. A <a href="http://opopular.com.br/cidades/policiais-usam-retroescavadeira-para-encontrar-ossada-de-mulher-dada-por-desaparecida-pelo-marido-video-1.3152577" target="_blank">ossada de Dayara foi encontrada</a>, em uma fazenda em Orizona, na região sul de Goiás. De acordo com a PC, Dayara foi morta no dia 10 de março deste ano.&nbsp;

A defesa de Paulo Bianchini afirmou que ele é réu primário, com bons antecedentes, residência fixa e que colaborou voluntariamente com as investigações. Disse também que os depoimentos indicam uma fatalidade, sem provas conclusivas de dolo.&nbsp;

Segundo Benedita Fernandes da Silva, Dayara morava com uma irmã, em Sorriso, no Mato Grosso, quando foi convidada por Paulo a morar com ele na fazenda, em janeiro deste ano. Na época, a mãe disse que chegou a se hospedar por 20 dias em um apartamento do empresário, em Goiânia, onde estava a filha. A vontade dela era conhecer também a fazenda onde a Dayara iria morar.&nbsp;

<cite>Eu falei para ele que queria conhecer a fazenda também, mas ele falou que lá não teria estabilidade para ficar, que não tinha jeito. Então ele esperou eu ir embora para o Mato Grosso para pegar e levar ela para fazenda”, relatou.&nbsp;</cite>

A mãe ainda contou à reportagem que o empresário passou a agir estranho nesses dias em que ela ficou no apartamento, a ponto dela passar dias sem ver ele, pois ele só chegava para dormir. Benedita disse que passou a ter um mal pressentimento em relação a Paulo e chegou a alertar a filha, pedindo que fosse embora com ela.&nbsp;

O último encontro de Benedita com a filha foi registrado quando ainda estavam no apartamento (veja abaixo).&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3160962" attr-version="policy:1.3160962:1722714874" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3160962/Proporção para foto do site - 2024-08-03T165429.153.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Dayara Talissa Fernandes da Cruz e a mãe, Benedita Fernandes da Silva (Arquivo pessoal/Daniela da Cruz (irmã da vítima) e Benedita Fernandes)

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-matou-mulher-durante-briga-enterrou-corpo-em-cova-e-fingiu-desaparecimento-conclui-policia-1.3159752" target="_blank">Empresário matou mulher durante briga, enterrou corpo em cova e fingiu desaparecimento, conclui polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/briga-por-dinheiro-relacionamento-extraconjugal-e-ajuda-de-funcionario-entenda-como-empresario-matou-companheira-1.3160086" target="_blank">Briga por dinheiro, relacionamento extraconjugal e ajuda de funcionário: entenda como empresário matou companheira</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-que-matou-mulher-e-fingiu-que-ela-tinha-sumido-mandou-mensagem-para-familia-se-passando-por-ela-diz-policia-1.3160155" target="_blank">Empresário que matou mulher e fingiu que ela tinha sumido mandou mensagem para família se passando por ela, diz polícia</a></div>

<h2>Entenda o caso</h2>

As investigações apontaram que o empresário <a href="https://opopular.com.br/cidades/corpo-de-jovem-morta-por-empresario-que-registrou-falso-sumico-foi-enterrado-com-escavadeira-diz-policia-1.3160473" target="_blank">contou com a ajuda de um funcionário</a> de 19 anos, que foi indiciado por ocultação de cadáver e fraude processual (Veja abaixo as fotos do momento em que a ossada é encontrada na fazenda abaixo). Além disso, uma mulher, de 40 anos, também foi indiciada por fraude processual. Como os nomes deles não foram divulgados, o&nbsp;POPULAR&nbsp;não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos.

<div attr-cid="policy:1.3152584" attr-version="policy:1.3152584:1720434779" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3152584" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3152584', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3152584">Zona rural de Orizona (GO). (1.3152584)</a></div>

De acordo com o delegado Kennet Carvalho, responsável pelo caso,&nbsp;Paulo Bianchini&nbsp;mantinha um casamento sem que Dayara soubesse. O suspeito e a vítima tiveram um relacionamento de aproximadamente um ano e meio.&nbsp;"Ela acreditava que era a esposa. Ela foi enganada", afirmou o investigador.

Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;o delegado afirmou ainda que o crime foi motivado por violência de gênero e ocorreu após uma briga relacionada a R$ 86 mil. Segundo as informações, o suspeito alegou ter transferido esse valor para a conta de Dayara, que o utilizou para fins pessoais.&nbsp;Esse gasto teria levado ao término do relacionamento em outubro de 2023.

Apesar da separação, a vítima e o suspeito reataram em janeiro de 2024. O delegado explicou que, em conversa com outra pessoa, o&nbsp;suspeito teria falado da separação e afirmado que mandou matar a jovem por causa do dinheiro. No entanto, à polícia, ele não confirmou essa versão.

Após o crime,&nbsp;o suspeito teria cometido fraude processual ao enviar mensagens pelo celular da vítima, se passando por ela.&nbsp;"A vítima faleceu no dia 10 de março. No dia 11 de março, pela manhã, supostamente Dayara enviou mensagens para a irmã dizendo que tinha terminado com o investigado e que estava em Itumbiara", afirmou o delegado.

O delegado responsável pelo caso afirmou que a polícia analisou as mensagens que eram escritas por Dayara e pelo investigado.

<cite>A vítima sempre escrevia a palavra "não" de forma correta. Nós fizemos uma análise de aproximadamente 10 dias, ela escreveu a palavra "não" da forma correta por cerca de 50 vezes. Na manhã do dia 11, ela não escreveu a palavra não da forma correta. As mensagens foram encaminhadas com somente um "N", referindo-se a não. E aí a análise que nós fizemos da conversa do investigado, ele sempre escrevia também um "N" e não escrevia "não"", afirmou Kennet Carvalho.</cite>

Segundo o delegado Kennet Carvalho, no dia da morte de Dayara Talissa, o empresário saiu de carro com um funcionário. Durante o trajeto, ele alterou a rota e pediu ao funcionário que olhasse para a carroceria do veículo, onde estava o corpo. Em seguida, Paulo&nbsp;Bianchini&nbsp;disse para o funcionário&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/ossada-de-mulher-que-desapareceu-apos-ser-levada-pelo-marido-para-rodoviaria-e-encontrada-diz-policia-1.3152421" target="_blank">ajudá-lo na ocultação do cadáver e a encobrir o crime</a>.

Segundo o delegado, o funcionário tirou fotos no rio de Itumbiara e as postou no status da vítima para criar uma falsa localização. A outra suspeita envolvida ficou com o telefone da vítima por cerca de 10 dias e, posteriormente, descartou-o no córrego.

A Polícia Civil informou que outros funcionários da fazenda foram induzidos a mentir por&nbsp;Paulo Bianchini, mas foram inocentados e solicitou-se o arquivamento do caso em relação a eles.

<h2>Linha do tempo do caso</h2>

<ul>
	<li>Fim de fevereiro a 10 de março:&nbsp;Investigações indicaram que Dayara esteve com o companheiro na fazenda durante este período.</li>
	<li>10 de março:&nbsp;Dia estimado pela Polícia Civil como o desaparecimento de Dayara da Cruz.</li>
	<li>25 de março:&nbsp;Paulo Antônio registrou o desaparecimento de Dayara.</li>
	<li>24 de junho:&nbsp;A Polícia Civil tentou cumprir mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão do suspeito. As operações ocorreram sem sucesso em quatro cidades do interior de Goiás.</li>
	<li>1º de julho:&nbsp;Paulo Antônio se entregou e foi preso.</li>
	<li>6 de julho:&nbsp;A Polícia Civil encontrou uma ossada humana em uma fazenda, em Orizona.</li>
	<li>16 de julho:&nbsp;Laudo da perícia confirmou que a ossada encontrada enterrada na fazenda é de Dayara.</li>
</ul>

Nota da defesa de Paulo Antônio Eruelinton&nbsp;Bianchini

"Em atenção à imprensa, em virtude de notícias veiculadas sobre o indiciamento do Sr. Paulo Antônio Eruelinton Bianchini em razão da morte da Sra. Dayara Talisssa Fernandes da Cruz, a defesa vem esclarecer que:

O Sr. Paulo Antônio é réu primário, tem bons antecedentes, residência fixa, não possuindo em seu passado nenhuma conduta que o desabone. Ademais, não se ocultou às medidas de investigação penal, pois compareceu espontaneamente perante a autoridade policial quando da decretação de sua prisão temporária e colaborou com as investigações, estando à disposição do Poder Judiciário para julgamento.

Por fim, os fatos que circunstanciam a morte da Sra. Dayara Talisssa ainda não foram esclarecidos por completo. Os depoimentos prestados até o momento demonstram uma fatalidade e não são conclusivos para comprovar um possível dolo do indiciado. Não existem imagens que mostrem o momento da morte, e qualquer especulação que transforme o acusado em condenado são levianas e passíveis de responsabilidade cível e criminal.

Confiantes no julgamento do Poder Judiciário, estes são os esclarecimentos que entendemos suficientes para o momento."

Empresário preso por matar e fingir que companheira sumiu tinha prometido dar estudo e filhos à vítima, diz mãe da jovem

RELATO

<img attr-cid="policy:1.3159763" attr-version="policy:1.3159763:1722443910" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3159763/download.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Paulo Antonio Eruelinton Bianchini é suspeito de matar Dayara Talissa Fernandes da Cruz, em Orizona (Arquivo pessoal/Daniela da Cruz)

O empresário Paulo Antônio Eruelinton Bianchini, <a href="https://opopular.com.br/cidades/policia-investiga-se-empresario-teve-ajuda-para-matar-mulher-dada-por-ele-como-desaparecida-1.3155878" target="_blank">indiciado por matar a companheira Dayara Talissa</a>, de 21 anos, mandou mensagens para a família se passando por ela após o crime, segundo a Polícia Civil (PC). De acordo com a PC, Dayara foi morta no dia 10 de março deste ano.

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O advogado de Paulo Bianchini disse que rechaçará o que chamou de "incongruências contidas no inquérito policial, as quais são baseadas em indícios apenas em razão do vínculo afetivo entre Paulo e a vítima" (leia nota na íntegra no final do texto) .

Ao O POPULAR, o delegado Kennet Carvalho, deu detalhes sobre o que sobre a atuação do indiciado pelo crime.&nbsp;

<cite>“Ela [Dayara] foi morta no dia 10 de março. No dia 11 [de março], o indiciado foi para Itumbiara e de posse do telefone da vítima, encaminhou mensagens para irmã da vítima, se passando por ela e informando que estaria em Itumbiara e, inclusive, chegou a encaminhar uma localização para a irmã”, afirmou o delegado.&nbsp;</cite>

Segundo o investigador, a intenção de Paulo Antônio ao se passar por Dayara era de dificultar a investigação para criar uma falsa ideia de que a vítima desapareceu em Itumbiara. O delegado detalhou que o telefone de Dayara ficou em Itumbiara e foi localizado dentro de um córrego na cidade.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-matou-mulher-durante-briga-enterrou-corpo-em-cova-e-fingiu-desaparecimento-conclui-policia-1.3159752" target="_blank">Empresário matou mulher durante briga, enterrou corpo em cova e fingiu desaparecimento, conclui polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ossada-de-mulher-que-desapareceu-apos-ser-levada-pelo-marido-para-rodoviaria-e-encontrada-diz-policia-1.3152421" target="_blank">Ossada de mulher que desapareceu após ser levada pelo marido para rodoviária é encontrada, diz polícia</a></div>

<h2>Análise de mensagens</h2>

O delegado afirmou que a polícia analisou as mensagens que eram escritas por Dayara e pelo investigado.&nbsp;

“A vítima sempre escrevia a palavra “não” de forma correta. Nós fizemos uma análise de aproximadamente 10 dias, ela escreveu a palavra “não” da forma correta por cerca de 50 vezes. Na manhã do dia 11, ela não escreveu a palavra não da forma correta. As mensagens foram encaminhadas com somente um “N”, referindo-se a não. E aí a análise que nós fizemos da conversa do investigado, ele sempre escrevia também um “N” e não escrevia “não””, afirmou o delegado.

O investigador detalhou ainda que o investigado também tirou uma foto do rio que tem em Itumbiara e chegou a postar no status de um aplicativo de mensagens, se passando por Dayara, para que a família acreditasse que ela estava na cidade e também para que a investigação não fosse iniciada.&nbsp;

<h2>Investigação</h2>

As investigações indicaram que Dayara esteve com Paulo Bianchini em uma fazenda da cidade entre o final de fevereiro e 10 de março. A ossada da jovem foi encontrada enterrada no mesmo local. No entanto, em razão do avançado estado de decomposição, não foi possível determinar a causa da morte da vítima.

A Polícia Civil informou que Paulo Bianchini está preso desde 1º de julho, com a prisão temporária convertida em preventiva. Além disso, o investigador também afirmou que as investigações concluíram que o crime foi motivado por violência de gênero e por uma alegação de prejuízo financeiro de R$ 83 mil que a vítima teria causado ao empresário.

<cite style="font-style: normal;">A motivação é o feminicídio, ou seja, violência de gênero. Além disso, uma segunda motivação que nós levantamos é um alegado prejuízo financeiro de R$ 83 mil que a vítima teria causado ao empresário", afirmou o delegado.</cite>

O delegado Kennet Carvalho informou que a investigação começou com o registro de desaparecimento feito pelo próprio Paulo Bianchini, 15 dias após o ocorrido. De acordo com o investigador, devido às contradições nas declarações dele, como diferentes locais onde disse ter deixado a vítima, a Polícia Civil instaurou um inquérito.

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Local onde o corpo de Dayara Talissa Fernandes da Cruz foi encontrado. (Divulgação/Polícia Civil)

&nbsp;

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Linha do tempo do caso</h2>

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li>Fim de fevereiro a 10 de março:&nbsp;Investigações indicaram que Dayara esteve com o companheiro na fazenda durante este período.</li>
	<li>10 de março:&nbsp;Dia estimado pela Polícia Civil como o desaparecimento de Dayara da Cruz.</li>
	<li>25 de março:&nbsp;Paulo Antônio registrou o desaparecimento de Dayara.</li>
	<li>24 de junho:&nbsp;A Polícia Civil tentou cumprir mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão do suspeito. As operações ocorreram sem sucesso em quatro cidades do interior de Goiás.</li>
	<li>1º de julho:&nbsp;Paulo Antônio se entregou e foi preso.</li>
	<li>6 de julho:&nbsp;A Polícia Civil encontrou uma ossada humana em uma fazenda, em Orizona.</li>
	<li>16 de julho:&nbsp;Laudo da perícia confirmou que a ossada encontrada enterrada na fazenda é de Dayara.</li>
</ul>

<h2>Ossada de Dayara</h2>

A&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/policiais-usam-retroescavadeira-para-encontrar-ossada-de-mulher-dada-por-desaparecida-pelo-marido-video-1.3152577" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">Polícia Civil precisou&nbsp;usar uma retroescavadeira&nbsp;para encontrar a ossada</a>&nbsp;de Dayara Talissa Fernandes da Cruz. Os restos mortais foram<a href="https://opopular.com.br/cidades/ossada-de-mulher-que-desapareceu-apos-ser-levada-pelo-marido-para-rodoviaria-e-encontrada-diz-policia-1.3152421" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">&nbsp;localizados em uma fazenda que fica na zona rural de Orizona</a>&nbsp;no dia 6 de julho.&nbsp;

De acordo com o delegado Kennet Carvalho, a ossada estava enterrada a cerca de 5 metros de profundidade. Segundo o investigador, os restos mortais, encontrados no dia 6 de julho, foram recolhidos pelo Instituto Médico Legal (IML). Além da ossada, havia na "cova" alguns pertences de Dayara, como roupas e documentos&nbsp;(assista ao vídeo acima).

Os itens foram entregues aos familiares da jovem, de acordo com o investigador. No dia 16 de julho, a&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/ossada-encontrada-e-de-mulher-dada-por-desaparecida-pelo-marido-aponta-laudo-1.3155534" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">Polícia Científica confirmou que a ossada encontrada</a>&nbsp;enterrada em uma fazenda de Orizona, na região sul de Goiás, é de Dayara Talissa Fernandes da Cruz.

Nota da defesa de&nbsp;Paulo Bianchini

"O advogado Dr. Divino Diogo afirma em nota que apresentou o seu cliente Paulo Antônio na delegacia de Vianópolis na tarde do dia 1º de julho, no intuito de colaborar com a justiça, já que havia o mandado de prisão expedido em seu desfavor. O advogado afirma ainda que pela via processual irá rechaçar as incongruências contidas no inquérito policial, as quais são baseadas em indícios apenas em razão do vínculo afetivo entre Paulo e a vítima. O objetivo é comprovar em juízo a negativa de autoria do acusado."

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Empresário que matou mulher e fingiu que ela tinha sumido mandou mensagem para família se passando por ela, diz polícia

Mensagens

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Paulo Antonio Eruelinton Bianchini é suspeito de matar Dayara Talissa Fernandes da Cruz, em Orizona (Arquivo pessoal/Daniela da Cruz)

A <a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-matou-mulher-durante-briga-enterrou-corpo-em-cova-e-fingiu-desaparecimento-conclui-policia-1.3159752" target="_blank">Polícia Civil&nbsp;indiciou o empresário Paulo Antônio Eruelinton&nbsp;Bianchini</a>, de 34 anos, pelo&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-e-preso-suspeito-pela-morte-de-mulher-que-desapareceu-apos-ser-deixada-em-rodoviaria-1.3151171" target="_blank">assassinato da jovem Dayara Talissa Fernandes da Cruz</a>, de 21 anos, em&nbsp;Orizona, no sul de Goiás.&nbsp;Segundo o delegado Kennet Carvalho, outras duas pessoas também foram indiciadas por participação no crime.&nbsp;As investigações apontam que, antes do crime, houve uma briga por causa de R$ 86 mil e que o homem mantinha outro relacionamento sem a vítima saber.

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O crime aconteceu no mês de março, quando Dayara teve o corpo enterrado em uma fazenda de Orizona.&nbsp;A <a href="https://opopular.com.br/cidades/policiais-usam-retroescavadeira-para-encontrar-ossada-de-mulher-dada-por-desaparecida-pelo-marido-video-1.3152577" target="_blank">ossada da jovem foi encontrada no local em julho</a>. Segundo a Polícia Civil, como o estágio de decomposição do corpo estava avançado, não foi possível determinar a causa da morte.

Paulo Bianchini <a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-e-preso-suspeito-pela-morte-de-mulher-que-desapareceu-apos-ser-deixada-em-rodoviaria-1.3151171" target="_blank">está preso desde o dia 1º de julho</a> e foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, dissimulação, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.&nbsp;A defesa de Paulo Bianchini disse que&nbsp;ele é réu primário, com bons antecedentes e colaborou voluntariamente com as investigações&nbsp;(leia nota na íntegra no final do texto).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-matou-mulher-durante-briga-enterrou-corpo-em-cova-e-fingiu-desaparecimento-conclui-policia-1.3159752" target="_blank">Empresário matou mulher durante briga, enterrou corpo em cova e fingiu desaparecimento, conclui polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/policiais-usam-retroescavadeira-para-encontrar-ossada-de-mulher-dada-por-desaparecida-pelo-marido-video-1.3152577" target="_blank">Policiais usam retroescavadeira para encontrar ossada de mulher dada por desaparecida pelo marido; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ossada-de-mulher-que-desapareceu-apos-ser-levada-pelo-marido-para-rodoviaria-e-encontrada-diz-policia-1.3152421" target="_blank">Ossada de mulher que desapareceu após ser levada pelo marido para rodoviária é encontrada, diz polícia</a></div>

De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontaram que o empresário contou com a ajuda de um funcionário de 19 anos, que foi indiciado por ocultação de cadáver e fraude processual. Além disso, uma mulher, de 40 anos, também foi indiciada por fraude processual. Como os nomes deles não foram divulgados, o&nbsp;POPULAR&nbsp;não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos.

<h2>Entenda o caso</h2>

De acordo com o delegado Kennet Carvalho, responsável pelo caso, Paulo Bianchini&nbsp;mantinha um casamento sem que Dayara soubesse. O suspeito e a vítima tiveram um relacionamento de aproximadamente um ano e meio. "Ela acreditava que era a esposa. Ela foi enganada", afirmou o investigador.

Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;o delegado afirmou ainda que o crime foi motivado por violência de gênero e ocorreu após uma briga relacionada a R$ 86 mil. Segundo as informações, o suspeito alegou ter transferido esse valor para a conta de Dayara, que o utilizou para fins pessoais.&nbsp;Esse gasto teria levado ao término do relacionamento em outubro de 2023.

Apesar da separação, a vítima e o suspeito reataram em janeiro de 2024. O delegado explicou que, em conversa com outra pessoa, o&nbsp;suspeito teria falado da separação e afirmado que mandou matar a jovem por causa do dinheiro. No entanto, à polícia, ele não confirmou essa versão.

Após o crime,&nbsp;o suspeito teria cometido fraude processual ao enviar mensagens pelo celular da vítima, se passando por ela. "A vítima faleceu no dia 10 de março. No dia 11 de março, pela manhã, supostamente Dayara enviou mensagens para a irmã dizendo que tinha terminado com o investigado e que estava em Itumbiara", afirmou o delegado.

<img attr-cid="policy:1.3152435" attr-version="policy:1.3152435:1720367183" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3152435/WhatsApp Image 2024-07-07 at 12.45.00 (1).jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Local onde o corpo de Dayara Talissa Fernandes da Cruz foi encontrado. (Divulgação/Polícia Civil)

Segundo o delegado Kennet Carvalho, no dia da morte de Dayara Talissa, o empresário saiu de carro com um funcionário. Durante o trajeto, ele alterou a rota e pediu ao funcionário que olhasse para a carroceria do veículo, onde estava o corpo. Em seguida, Paulo Bianchini&nbsp;disse para o funcionário <a href="https://opopular.com.br/cidades/ossada-de-mulher-que-desapareceu-apos-ser-levada-pelo-marido-para-rodoviaria-e-encontrada-diz-policia-1.3152421" target="_blank">ajudá-lo na ocultação do cadáver e a encobrir o crime</a>.

Segundo o delegado, o funcionário tirou fotos no rio de Itumbiara e as postou no status da vítima para criar uma falsa localização. A outra suspeita envolvida ficou com o telefone da vítima por cerca de 10 dias e, posteriormente, descartou-o no córrego.

A Polícia Civil informou que outros funcionários da fazenda foram induzidos a mentir por Paulo Bianchini, mas foram inocentados e solicitou-se o arquivamento do caso em relação a eles.

<h2>Linha do tempo do caso</h2>

<ul>
	<li>Fim de fevereiro a 10 de março:&nbsp;Investigações indicaram que Dayara esteve com o companheiro na fazenda durante este período.</li>
	<li>10 de março:&nbsp;Dia estimado pela Polícia Civil como o desaparecimento de Dayara da Cruz.</li>
	<li>25 de março:&nbsp;Paulo Antônio registrou o desaparecimento de Dayara.</li>
	<li>24 de junho:&nbsp;A Polícia Civil tentou cumprir mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão do suspeito. As operações ocorreram sem sucesso em quatro cidades do interior de Goiás.</li>
	<li>1º de julho:&nbsp;Paulo Antônio se entregou e foi preso.</li>
	<li>6 de julho:&nbsp;A Polícia Civil encontrou uma ossada humana em uma fazenda, em Orizona.</li>
	<li>16 de julho:&nbsp;Laudo da perícia confirmou que a ossada encontrada enterrada na fazenda é de Dayara.</li>
</ul>

Nota da defesa de Paulo Antonio Eruelinton Bianchini

"Em atenção à imprensa, em virtude de notícias veiculadas sobre o indiciamento do Sr. Paulo Antônio Eruelinton Bianchini em razão da morte da Sra. Dayara Talisssa Fernandes da Cruz, a defesa vem esclarecer que:

O Sr. Paulo Antônio é réu primário, tem bons antecedentes, residência fixa, não possuindo em seu passado nenhuma conduta que o desabone. Ademais, não se ocultou às medidas de investigação penal, pois compareceu espontaneamente perante a autoridade policial quando da decretação de sua prisão temporária e colaborou com as investigações, estando à disposição do Poder Judiciário para julgamento.

Por fim, os fatos que circunstanciam a morte da Sra. Dayara Talisssa ainda não foram esclarecidos por completo. Os depoimentos prestados até o momento demonstram uma fatalidade e não são conclusivos para comprovar um possível dolo do indiciado. Não existem imagens que mostrem o momento da morte, e qualquer especulação que transforme o acusado em condenado são levianas e passíveis de responsabilidade cível e criminal.

Confiantes no julgamento do Poder Judiciário, estes são os esclarecimentos que entendemos suficientes para o momento."