O ano era 2011 quando a Prefeitura de Goiânia anunciou o primeiro projeto de construção de uma faixa preferencial ao transporte coletivo, na Avenida Universitária, entre a Praça Cívica e o Terminal Praça da Bíblia. A reação dos comerciantes e moradores foi semelhante ao que se vê agora, com o anúncio do Paço Municipal em expandir a faixa para mais dez avenidas, com a inclusão da liberação do tráfego de motocicletas. Tal como agora, em que comerciantes da Avenida Jamel Cecílio chegaram a vandalizar placas que proíbem o estacionamento, naquela época houve protestos de empresários, fechamentos de ruas e o argumento de que sem a liberação de parada dos carros na via não haveria sobrevivência aos negócios. Mais de uma década depois, os comércios ainda estão ao longo das vias. Houve mudanças nas lojas – como a sorveteria que ficou no lugar da locadora de vídeos e o supermercado no lugar do restaurante –, mas também locais que fecharam e o imóvel ainda está desocupado. O que se viu foi a manutenção ou chegada de grandes empresas, com capacidade para investir no espaço, ou negócios que se fizeram criativos para além das vagas de estacionamento. Além do chamado Corredor Universitário, inaugurado em 2012, a então gestão de Paulo Garcia (PT) implantou também os da T-63, em 2013, e da 85, em 2015, ambos de forma parcial, sem obras de urbanização.