Seguindo recomendação da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), a organização de uma corrida de rua promovida no fim de semana em Bela Vista de Goiás criou uma categoria exclusiva para pessoas transgêneros. A justificativa dada pelo órgão nacional é que a medida garantiria “equilíbrio competitivo” e segue uma normativa internacional que restringe a participação do público em categorias voltadas a atletas cisgêneros. Entidades ligadas à comunidade LGBTQIAPN+ avaliam como positiva a construção de espaços esportivos à população, mas como parte de um processo amplo que permita, no futuro, a participação sem distinção por identidade de gênero. Há ainda divergências, em que é apontado um processo de segregação. Promovida pela Bee Sports em celebração aos 129 anos do município situado na Região Metropolitana de Goiânia, neste domingo (29), a corrida foi a primeira a incluir uma categoria específica para atletas transgênero. A decisão ocorre logo após um caso polêmico onde uma corredora foi desclassificada após ficar em 5º lugar na Maratona Internacional de Goiânia, na categoria feminino, por sua identidade de gênero. Conforme a empresa, a atleta foi desqualificada por regras do órgão máximo mundial de atletismo, a World Athletics. Em 2023, a entidade proibiu mulheres trans de participar em competições femininas que tenham “passado pela puberdade masculina”.