No auge da pandemia da Covid-19, a médica infectologista Cristiana Toscano, docente do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (IPTSP/UFG), foi a única latino-americana convidada a integrar o Comitê Global de Experts em Imunização da Organização Mundial da Saúde (Sage/OMS), do qual tornou-se membro permanente. Cinco anos depois, ela diz ao POPULAR que o momento é de resgatar aprendizados e de fazer um balanço dos avanços e das dificuldades do período. “Esses aprendizados podem nos ajudar, como sociedade, a nos preparar e minimizar o risco e o impacto de futuras pandemias.” Cristiana Toscano esteve este mês em Genebra (Suíça) onde participou de reuniões da Sage/OMS para revisão das recomendações das políticas de saúde. “A questão principal é entender a importância das ações de uma instituição multilateral no contexto global de vacinação, de detecção de patógenos emergentes e de prevenção de pandemias. É preciso viabilizar a continuidade das ações da OMS.” Em janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a saída do país da OMS. “Temos uma preocupação com a sustentabilidade de ações globais, como a erradicação da poliomielite e o controle do sarampo, mas outras fontes de financiamento devem surgir. É uma questão de reorganização”, afirma a pesquisadora.