Em Goiás, os cuidados paliativos via Sistema Único de Saúde (SUS) ainda são acessados apenas por uma pequena parcela da população. Os serviços são oferecidos majoritariamente em hospitais, a maioria deles sob a tutela da gestão estadual. A expectativa de quem trabalha na área é de que o cenário mude e os cuidados paliativos avancem na Atenção Primária com a operacionalização da Política Nacional de Cuidados Paliativos, instituída pelo Ministério da Saúde em maio deste ano. Para o Estado, está prevista a habilitação de 42 equipes de cuidados paliativos, que receberão investimento de R$ 26,5 milhões por ano. A presidente da Academia Estadual de Cuidados Paliativos (AECP), Lídia Milioli, explica que o cuidado paliativo é prestado para pacientes e familiares que estão em sofrimento por causa de um adoecimento, inclusive os que podem ter cura. “Culturalmente, a população foi educada para entender que o cuidado paliativo é para o fim de vida. Na verdade, ele deve estar presente desde o diagnóstico da doença que traz ameaça à vida. É uma abordagem para diminuir o sofrimento humano. Uma camada extra de conforto para o paciente e a família em sofrimento”, esclarece.