Goiás tem hoje um mapa de armamento que chama atenção: dos 114.568 registros de armas no Estado, 36.112 são de fuzis. Isso dá cerca de 31,5% do total. Em termos práticos, de cada três armas registradas, uma é fuzil. Os <a href="https://opopular.com.br/cidades/registro-de-armas-reduz-55-em-goias-1.3098169" target="_self">goianos concentram 10,3% dos fuzis registrados no País</a> entre colecionadores, atiradores e caçadores (CACs). É o 4º Estado brasileiro com mais fuzis registrados, segundo dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, e o primeiro em quantidade per capita – há um fuzil para cada 206 pessoas.

O levantamento mostra que a maior parte dos fuzis em Goiás está registrada nas mãos de atiradores esportivos (62,7%), seguidos de caçadores (35,9%) e uma pequena porcentagem de colecionadores (1,3%). Em números absolutos, são 22.641 fuzis atribuídos a atiradores e mais de 12 mil a caçadores, o que revela o peso do público civil na expansão desse tipo de armamento.

Ainda de acordo com <a href="https://opopular.com.br/cidades/pf-faz-operac-o-contra-cacs-suspeitos-de-comprar-munic-es-irregularmente-nos-eua-e-transportar-em-conteineres-1.3113955" target="_self">dados levantados pela Polícia Federal sobre armas registradas por CACs</a> de 2018 até 2025, houve 128 ocorrências envolvendo fuzis: 75 foram furtados; 17, apreendidos; 3 armas foram roubadas e 31, extraviadas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/perfil-do-cac-em-goias-e-de-homem-do-agro-e-morador-da-regi-o-sul-1.3135238" target="_self">Perfil do CAC em Goiás é de homem do agro e morador da Região Sul</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pf-faz-operac-o-contra-cacs-suspeitos-de-comprar-munic-es-irregularmente-nos-eua-e-transportar-em-conteineres-1.3113955" target="_self">PF faz operação contra CACs suspeitos de comprar munições irregularmente nos EUA e transportar em contêineres</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/registro-de-armas-reduz-55-em-goias-1.3098169" target="_self">Registro de armas reduz 55% em Goiás</a></div>

O ex-secretário de Segurança Pública de Goiás Ricardo Balestreri explica que o fuzil é uma arma de guerra, projetada para confrontos em campo aberto, com munição de longo alcance e alta capacidade de penetração. “Em ambiente urbano, banalizar fuzis é criar um cenário de confrontos com potencial de guerra. O fuzil tem potencial para perfurar paredes e fazer vítimas dentro de casas”, diz Balestreri. Ele ainda diz que não existe justificativa “plausível, aceitável, à compra de fuzis por nenhum segmento da sociedade”.

Para Balestreri, a venda de fuzis para caça ou tiro esportivo “não faz nenhum sentido” e deveria ser proibida. Ele explica que fuzis são armas de difícil controle por usarem munição transfixante, o que impossibilita controle absoluto sobre qualquer atividade que as envolva. Apesar das medidas de controle, pesquisadores apontam que o aumento da circulação legal de armas cria inevitavelmente mais risco de desvios e de uso indevido.

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O sociólogo Roberto Uchôa, conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirma que quanto maior o estoque civil, maior a chance de parte de ele acabar no mercado ilegal. “O problema é que os fuzis, assim como pistolas 9mm, de calibres mais restritos, são armas que interessam a organizações criminosas para suas atividades. Então há, sim, um interesse no desvio dessas armas”, explica. Para Uchôa, a discussão sobre os CACs precisa ser feita com base em dados, não em ideologia: “Há pessoas sérias e regulamentadas, mas também há brechas no sistema. É dever do Estado fechar essas brechas.”

Do lado dos defensores da posse e do registro CAC, o argumento é outro. Hugo Ernandes, presidente da Associação dos Proprietários e Atiradores de Armas de Fogo (Aspaf), diz que a popularização dos CACs tem um componente cultural. Ele lembra que, em muitas famílias goianas, o uso de armas está ligado à tradição rural, à caça e ao tiro esportivo.

Hugo, que também é dono de um clube de tiro na capital, conta que o fuzil autorizado para aquisição pelos CACs não é uma arma automática como as das forças de segurança. São armas semiautomáticas, com um disparo por vez.

Do total, 35% dos fuzis estão com caçadores. Atualmente apenas a caça de javali é permitida no Brasil. Hugo defende que “a couraça do javali é muito resistente. Em alguns casos, um disparo de calibre .22 ou .38 nem perfura”, argumenta.

Ele também rebate a associação direta entre CACs e armas ilegais. “Nas grandes apreensões publicadas, os fuzis recolhidos geralmente não eram de CACs. O grosso do armamento ilegal vem do contrabando”, argumenta. Para ele, os registros civis seguem a legislação, pagam taxas e cumprem requisitos técnicos, como o teste psicológico e o certificado de capacidade técnica exigido pela Polícia Federal.

Para entender como Goiás chegou a esse patamar e por que o número de fuzis disparou é preciso olhar para os últimos anos da política de armas no Brasil. Em 2019, o governo Jair Bolsonaro (PL) iniciou uma série de decretos flexibilizando as regras de posse, porte e aquisição de armas e munições. Entre as mudanças estavam a ampliação do número de armas por pessoa, o aumento da quantidade de munições que podiam ser compradas e, especialmente, a liberação de calibres antes restritos às forças de segurança.

Essas medidas fizeram o número de registros disparar. O Exército, responsável na época por fiscalizar os CACs por meio do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), viu a base de cadastros crescer exponencialmente. O especialista Roberto Uchôa conta que, com as mudanças, “entraram em circulação mais de 30 mil fuzis legalmente no Brasil. Uma parte dessas armas caiu no mercado ilegal através de roubos, furtos e desvios”, conclui.

Em 2023, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reverteu boa parte dessas medidas. O Decreto 11.366/2023 e a Portaria 299/2023 redefiniram o papel da Polícia Federal, transferindo a ela a fiscalização principal sobre o acervo civil, antes sob controle do Exército. A mudança buscava unificar o controle de armas em um único órgão, com base de dados integrada ao Sinarm.

O novo marco também voltou a restringir calibres de uso permitido, limitou o número de armas por pessoa e proibiu o porte para caçadores e colecionadores, mantendo apenas o porte para atiradores em deslocamento até o local de treino, e com regras mais rígidas. Além disso, o decreto de 2023 instituiu um recadastramento nacional obrigatório de todas as armas registradas no Sigma e no Sinarm. O objetivo era atualizar as informações e identificar possíveis desvios.

Atualmente, o controle das armas de fogo civis está com a Polícia Federal, por meio do Sinarm. Todas as armas registradas precisam estar vinculadas ao CPF do proprietário e a um endereço fixo. A PF é responsável por analisar os atestados psicológicos, certificados de capacidade técnica, antecedentes criminais e demais documentos. O Exército ainda atua em clubes de tiro.

A fiscalização inclui vistoria presencial e controle eletrônico de movimentação. Cada arma possui número de série e registro no Sinarm, e o transporte deve ser comunicado com antecedência. O não cumprimento pode resultar em perda do registro e processo criminal.

<h2>Apreensão cresce em 2024, na contramão de outros armamentos&nbsp;</h2>

Os dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) mostram que Goiás mantém, desde 2018, uma tendência de queda no número total de armas de fogo apreendidas. Mesmo assim, o recorte por tipo de armamento revela que as apreensões de fuzis voltaram a crescer nos últimos anos, após um período de estabilidade. Enquanto o total de apreensões caiu 29% em sete anos, o volume de fuzis recuperados quase quadruplicou entre 2021 e 2024.

De janeiro a dezembro de 2018, as forças policiais goianas apreenderam 6.054 armas de fogo. Em 2024, esse número chegou a 4.300, a menor marca da série histórica. O levantamento de 2025, ainda parcial, contabiliza 2.026 apreensões até junho, último período disponível. A SSP ressalta que os dados “estão sujeitos a variações conforme o andamento das investigações”.

Entre as armas mais comuns nas ocorrências estão as pistolas, cujo número de apreensões mantém certa estabilidade ao longo dos anos. Foram 1.100 unidades em 2018 e 1.081 em 2024, com leve oscilação nos anos intermediários. No primeiro semestre de 2025, 492 pistolas foram retiradas de circulação.

As pistolas mantêm um comportamento muito mais estável que o total de armas apreendidas. Em sete anos, a variação é de apenas 1,7% de queda entre 2018 (1.100) e 2024 (1.081), o que mostra que esse tipo de armamento continua amplamente presente nas ruas, sem oscilações bruscas. Em 2022 houve o maior número, com 1.222 pistolas apreendidas. Isso coincide com o último ano de vigência plena da política de ampliação de acesso a armas. A partir de 2023, o número volta a cair.

A queda no total, no entanto, não reflete o comportamento de todos os tipos de armamento. As apreensões de fuzis, classificados como armas de uso restrito, cresceram de 11 em 2021 para 17 em 2022, 25 em 2023 e 41 em 2024, quase quatro vezes mais em apenas três anos. No primeiro semestre de 2025, sete fuzis foram recolhidos.

Apesar de representarem uma fração pequena do total, os fuzis chamam atenção pelo crescimento recente e pelo poder de fogo que representam. Em paralelo, dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram aumento também nas apreensões realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em rodovias que cortam o Estado: o número quase dobrou, passando de 59 armas em 2023 para 115 em 2024.

O mesmo relatório aponta avanço nas ocorrências de posse ou porte de armas de uso restrito, categoria que inclui os fuzis. O total saltou de 523 registros em 2023 para 867 em 2024, um crescimento de 65%.

<h3>Variações anuais</h3>

A SSP-GO reforça que as variações anuais nas estatísticas podem estar relacionadas tanto a mudanças operacionais das forças policiais quanto a fatores externos, como intensificação de ações de fiscalização e apreensão de armamentos em áreas de fronteira.

A tendência também acompanha um contexto nacional relacionado à política de flexibilização do acesso a armas, vigente entre 2019 e 2022, que ampliou o número de registros de posse e porte, inclusive em Goiás, o 4º Estado com mais armas legais cadastradas no País e o 1º em fuzis per capita. As mudança incluíram a liberação de calibres como 9mm, .40 e .45, que eram de uso restrito, passaram a ser permitidos a civis registrados como CACs. Além disso, os decretos elevaram o limite de aquisição de armas de fogo, chegando a permitir que atiradores de alto nível tivessem até 60 armas registradas.&nbsp;

Desde 2023, com a mudança de diretrizes federais, o governo voltou a impor restrições, reclassificando calibres e exigindo recadastramento de armamentos. O novo marco também voltou a restringir calibres de uso permitido, limitou o número de armas por pessoa e proibiu o porte para caçadores e colecionadores.

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De cada três armas nas mãos de civis em Goiás, uma é fuzil

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Circulação de armamentos

WEBSTORIES: Fábrica para processar terras raras no Brasil começa testes em Aparecida de Goiânia

Os Estados Unidos aprovaram um financiamento de até U$ 465 milhões para a Serra Verde Pesquisa e Mineração (SVPM) em Minaçu, na região norte de Goiás. Segundo o documento obtido pelo O POPULAR,&nbsp;o dinheiro tem como objetivo financiar melhorias na mina Pela Ema, que tem vida útil estimada em 25 anos, despesas operacionais, refinanciamento de dívidas, além de contas de reserva e outros custos de transação no Brasil.&nbsp;

Segundo a Instituição de Financiamento do Desenvolvimento dos Estados Unidos (DFC), o conselho da DFC aprovou o financiamento, que foi assinado em agosto deste ano.&nbsp;Em nota, a Serra Verde informou que o projeto ainda está passando por várias etapas e revisões antes de ser encerrado e "como esses detalhes ainda não foram finalizados, preferimos esperar para comentar até que a transação seja totalmente concluída e possamos fornecer informações precisas”, afirmou.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/fabrica-para-processar-terras-raras-no-brasil-comeca-testes-em-aparecida-de-goiania-1.3332771" target="_self">Fábrica para processar terras raras no Brasil começa testes em Aparecida de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/explorac-o-de-terras-raras-tera-de-atrair-industrias-inovadoras-1.3313245" target="_self">Exploração de terras raras terá de atrair indústrias inovadoras</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/goias-e-jap-o-querem-avancar-em-cooperac-o-por-terras-raras-1.3305773" target="_self">Goiás e Japão querem avançar em cooperação por terras raras</a></div>

<h2>Serra Verde</h2>

A Serra Verde é considerada a única fora da Ásia a produzir em escala comercial os quatro elementos magnéticos essenciais de terras raras, conforme o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Ela produz um concentrado mineral contendo ETRs de alto valor – particularmente neodímio (Nd) e praseodímio (Pr), ambas terras raras leves – e disprósio (Dy) e térbio (Tb), terras raras pesadas.&nbsp;

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&nbsp;

<h2>&nbsp;Terras raras</h2>

O POPULAR mostrou que <a href="https://opopular.com.br/economia/para-que-servem-as-terras-raras-quem-domina-o-mercado-e-qual-a-posic-o-do-brasil-1.3320071" target="_self">as terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos</a> de difícil extração e refino, sendo alguns matéria-prima para a fabricação de ímãs essenciais para tecnologias relacionadas à transição energética e à defesa. Esse grupo contempla alguns dos minerais críticos mais cobiçados pelas grandes potências econômicas do mundo e, nos últimos anos, se tornaram um dos principais focos de atenção do mercado de países desenvolvidos. Confira abaixo a classificação dos elementos conforme a Agência Nacional de Mineração (ANM):&nbsp;

<ul>
	<li>leves: lantânio, cério, praseodímio e neodímio; &nbsp;</li>
	<li>médios: samário, európio e gadolínio; &nbsp;</li>
	<li>pesados: térbio, disprósio, hólmio, térbio, túlio, itérbio, lutécio e ítrio.&nbsp;</li>
</ul>

A China é hoje dona de mais da metade da extração de terras raras no mundo e controla quase toda a capacidade de refino desses elementos.&nbsp;O Brasil, apesar de ter a terceira maior reserva desses elementos, produz muito pouco e tem apenas a Serra Verde em operação no país, com capacidade bem inferior à das grandes companhias desse mercado. A principal reserva de terras raras no Brasil está em Goiás, mas há também reservas importantes em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Amazonas.&nbsp;

<h2>Reunião e testes</h2>

Em agosto deste ano aconteceu uma <a href="https://opopular.com.br/economia/goias-e-jap-o-querem-avancar-em-cooperac-o-por-terras-raras-1.3305773" target="_self">reunião entre o governador Ronaldo Caiado (União) e membros de uma comitiva japonesa</a>, que marcou a decisão de avançar na cooperação com o país asiático para investimentos na ampliação da cadeia produtiva de minerais críticos no estado, principalmente as terras raras. Desde que fez visita institucional ao Japão em julho, Caiado articula ações para o setor e o governo japonês demonstrou interesse no minério goiano.&nbsp;

Em novembro deste ano, a&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/economia/fabrica-para-processar-terras-raras-no-brasil-comeca-testes-em-aparecida-de-goiania-1.3332771" target="_self">fábrica que processa terras raras no Brasil</a> apresentou os primeiros testes em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da Capital. Representantes da ANM visitaram as instalações da indústria, que é piloto na cidade. Embora em funcionamento, desde abril deste ano, a empresa será transferida para Nova Roma, no nordeste de Goiás, onde é extraído o mineral.

<div attr-cid="policy:1.3332843" attr-version="policy:1.3332843:1762363825" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3332843" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3332843', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3332843">WEBSTORIES: Fábrica para processar terras raras no Brasil começa testes em Aparecida de Goiânia (1.3332843)</a></div>

Terra raras: Estados Unidos financiam projeto em Goiás com U$ 465 milhões

Economia

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Mossâmedes reúne atrativos voltados ao ecoturismo e à cultura regional. Os elementos fortalecem a identidade goiana e ampliam as possibilidades de visitação. (Divulgação/ Goiás Turismo)

O turismo goiano acabou de ganhar mais duas cidades na&nbsp;rota de turismo nacional,&nbsp;Mossâmedes, na região oeste, e&nbsp;Turvelândia, na região sudoeste de Goiás. A atualização ocorreu em outubro após os municípios preencherem os critérios estabelecidos pelo Ministério do Turismo (MTur). Agora, o estado passa a ter 99 cidades para fomentar o desenvolvimento do turismo no país.

Turvelândia se destaca pelos eventos e festividades, além do agroturismo e turismo rural. A cidade tem um perfil vibrante que promete atrair visitantes em busca de experiências locais. Enquanto&nbsp;Mossâmedes tem áreas&nbsp;de vegetação de pau-papel e a famosa areia da Serra Dourada, matéria-prima da artista Goiandira do Couto. A histórica Igreja São José, do século XVIII, e o local da Pedra.

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Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;o turismólogo Luciano Guimarães, da&nbsp;Goiás Turismo, explicou que o Mapa do Turismo contribui para a organização do setor e direcionamento de investimentos. De acordo com o turismólogo, está sendo consolidado um planejamento estratégico que valoriza a identidade de cada região.&nbsp;

<cite>São uma série de critérios obrigatórios que os municípios têm que atender para fazer parte desse instrumento de recorte territorial, que é uma política nacional", explicou Luciano Guimarães</cite>

Luciano Guimarães também ressaltou que o turismo em Goiás tem crescido aceleradamente e se destacado no Brasil. De acordo com o turismólogo, o destino goiano tem sido a escolha de muitos turistas.&nbsp;

<cite>Mossâmedes, eu costumo dizer que é uma joia que estava escondida há muitos anos. Hoje costumo falar que ela é o portal da Serra Dourada, porque engloba a cidade de Goiás, Buriti e&nbsp;Mossâmedes. É uma cidade histórica, que tem uma igreja muito bonita e antiga. Goiandira do Couto buscava as areias para fazer as 500 tonalidades de cores e a colocou num expoente como artista da cidade", contou Guimarães.</cite>

O turismólogo também ressaltou outras cidades que estão na lista para fazer parte da rota de turismo.

<cite>Hoje mesmo já autorizei para outros municípios inserirem a documentação. Costumo dizer que é uma 'promoção', mas não é porque, passando a fazer parte do mapa do turismo, amanhã já começa a chover turistas ou recursos para a cidade, é um processo", disse Guimarães.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/trilhas-e-cachoeiras-conheca-area-turistica-que-e-alvo-de-disputa-entre-tocantins-e-goias-1.3333602" target="_self">Trilhas e cachoeiras: conheça área turística que é alvo de disputa entre Tocantins e Goiás</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/cachoeira-escondida-no-rio-araguaia-encanta-visitantes-video-1.3333099" target="_self">Cachoeira escondida no Rio Araguaia encanta visitantes; vídeo</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-diz-que-tocantins-invadiu-area-e-vai-ao-stf-1.3333203" target="_self">Goiás diz que Tocantins invadiu área e vai ao STF</a></div>

<h2>Regiões Turísticas</h2>

Goiás tem se destacado com 99 municípios do Mapa do Turismo Brasileiro e 12 regiões turísticas: Chapada dos Veadeiros, Chapada das Emas, Estrada de Ferro, Águas Quentes, Encantos do Planalto Central, Ouro, Negócios e Tradições, Lagos do Paranaíba, Agroecológica, Terra Ronca, Vale da Serra da Mesa e Vale do Araguaia.

Até se tornar uma região turística, a cidade deve possuir órgão ou entidade responsável pela pasta de turismo; destinar dotação para a área na lei orçamentária anual; ter um Conselho Municipal de Turismo ativo (com representantes do poder público, iniciativa privada e terceiro setor), entre outros. Só assim passa pelo crivo do governo federal.

<img attr-cid="policy:1.3335420" attr-version="policy:1.3335420:1762872796" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3335420/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-11-11T115455.015.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Para fazer parte, é preciso cumprir alguns critérios obrigatórios. O município deve possuir órgão ou entidade responsável pela pasta de turismo e outros requisitos (Divulgação/ Goiás Turismo)

A novela 'Coração Acelerado' está sendo gravada em vários pontos turisticos do estado. Criada e escrita por Izabel de Oliveira e Maria Helena Nascimento, tem estreia marcada para janeiro de 2026 com a proposta de mostrar a cultura sertaneja em uma história de amor, identidade e potência feminina.

A trama contará a história de Agrado Garcia (Isadora Cruz), uma cantora e compositora talentosa que batalha para conquistar uma carreira de sucesso. A jovem, que vê seu destino cruzado com o do famoso João Raul (Filipe Bragança), um astro do sertanejo em crise, vai precisar encarar a revolta da influenciadora Naiane (Isabelle Drummond), com quem ele tinha um romance. No início de outubro, a equipe veio para Goiás para filmar a primeira parte da história, que se passa na cidade fictícia de Bom Retorno, vizinha de Goiânia.

Colaborou Catarina Lima

Mossâmedes e Turvelândia entram para o Mapa do Turismo Goiano

GOIÁS TURISMO

Enquete - Qual a solução para a superlotação nos hospitais de urgência em Goiás?

<img attr-cid="policy:1.2684679" attr-version="policy:1.2684679:1726718606" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.2684679/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Fachada do Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana), em Anápolis (Reprodução/Secretária Estadual de Saúde)

A superlotação nas unidades de urgência e emergência de Goiás tem gerado uma sobrecarga, por conta disso, a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) informou que está sendo feito um 'revezamento' semanal das unidades. Os pacientes continuarão sendo encaminhados pela central, mas de acordo com a especialidade. A medida visa evitar o colapso total das unidades simultaneamente.

O revezamento se estende para o Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana) e para o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa).

<ul>
	<li>Veja cenas da superlotação nos hospitais estaduais na TV Anhanguera :&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/hugo-enfrenta-superlotacao-e-sobrecarrega-funcionarios-12679514.ghtml" target="_self">Hugo enfrenta superlotação e sobrecarrega funcionários</a></li>
</ul>

À TV Anhanguera, Rasível dos Reis, secretário estadual de saúde, explicou como tem funcionado essa espécie de 'rodízio' dos hospitais.&nbsp;De acordo com o titular da pasta, cada semana um hospital será 'poupado', de novas emergências, a fim de resolver a situação.

<cite>Os hospitais, igual a gente, também ficam doentes, nos seus respectivos fluxos e processos. E onde se vê o sintoma dessa doença? Na superlotação. A superlotação representa que algo não vai bem. Então, o que resolvemos é a tolerância zero para a superlotação. A partir disso, começamos a analisar os perfis de cada hospital e no que eles são bons, explicou Rasível dos Reis.&nbsp;</cite>

O ssecretário destacou que, apesar da mudança, os hospitais continuarão recebendo as suas especialidades. Segundo o secretário, no caso do Hugo, são traumas e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Já o Hugol é um hospital geral, com atendimento a traumas, queimaduras e AVCs; o Heana é geral e focado na região Centro-Norte; e o Heapa concentra-se mais em traumas e pacientes da região metropolitana.

<cite>Por exemplo, na cirurgia geral, na neurologia, cardiovascular e buco maxilar, consigo desviar o fluxo para um desses hospitais para 'proteger', para que ele consiga resolver a demanda interna. Ou seja, operar os pacientes que estão aguardando, tratar os que estão no pronto-socorro e dar alta para os que já podem receber alta. Dessa forma, retirar essa sobrecarga, explicou Reis.&nbsp;</cite>

<img attr-cid="policy:1.3192905" attr-version="policy:1.3192905:1730201243" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3192905/Hugo-Aerea.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Foto área do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia. (Divulgação/FatoMais Comunicação)

Por fim, Rassível ressaltou que os pacientes continuarão sendo encaminhados pela central de regulação do estado, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Corpo de Bombeiros.&nbsp;

<cite>Através da regulação do Samu e do Corpo de Bombeiros, será encaminhado o paciente para o hospital. Então, se o paciente está mais próximo, ou apresenta estado grave, quem vai definir é a central de regulação para onde ele será encaminhado. Vamos tentar encaminhar o paciente dentro de cada especialidade, mas o que eles têm em redundante, vamos distribuir, explicou o titular da pasta.</cite>

Segundo a SES, na semana passada, a unidade 'protegida' foi o Hugol, que apresentou excelentes resultados como: 272 cirurgias de urgência realizadas, redução da taxa de ocupação em 1% na enfermaria e 2% na UTI. Além da diminuição de 195 atendimentos de porta e 183 encaminhamentos pela regulação, reflexo da melhor gestão de fluxo, melhora de 16% na assertividade dos encaminhamentos e 15 transferências externas autorizadas.

<div attr-cid="policy:1.3329285" attr-version="policy:1.3329285:1761645594" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3329285" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3329285', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3329285">Enquete - Qual a solução para a superlotação nos hospitais de urgência em Goiás? (1.3329285)</a></div>

<img attr-cid="policy:1.3329246" attr-version="policy:1.3329246:1761612297" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3329246/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Secretário estadual da Saúde, Rasível dos Santos: “Estamos trabalhando no limite todos os dias” (Wesley Costa / O Popular)

<h3>Superlotação</h3>

No começo de outubro de 2025, o&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/atendimento-a-traumas-gera-sobrecarga-no-hugol-1.3310880" style="font-size: 12px;" target="_self">Hugo viveu episódios de superlotação</a>, com pacientes acomodados nos corredores da unidade. No dia 6, uma vistoria do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) no hospital apurou denúncias nessa área.

As equipes do Hugo e do Hugol passaram a realizar reuniões diárias para discutir o fluxo de atendimentos e definir ações de contingência. Além disso, encontros semanais com as unidades estaduais de Anápolis e Aparecida de Goiânia reforçam a articulação dos serviços.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/saude-de-goias-adota-medidas-contra-superlotac-o-no-hugo-e-em-outras-unidades-1.3329247" style="font-size: 12px;" target="_self">Saúde de Goiás adota medidas contra superlotação no Hugo e em outras unidades</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/tres-hospitais-fazem-captac-o-de-org-os-no-fim-de-semana-em-goias-1.3239288" style="font-size: 12px;" target="_self">Três hospitais fazem captação de órgãos no fim de semana em Goiás</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/faltou-tratamento-adequado-para-60-das-pessoas-que-morreram-por-dengue-em-goias-1.3231277" style="font-size: 12px;" target="_self">Faltou tratamento adequado para 60% das pessoas que morreram por dengue em Goiás</a></div>

O POPULAR&nbsp;recebeu relatos de que, na segunda semana de outubro, o local ainda registrava alguns pacientes em macas nos corredores. Conforme a SES-GO e a administração do Hugo, a situação se normalizou há cerca de 23 dias. A reportagem esteve no local em outubro, e os corredores da urgência estavam vazios.

Para reduzir a permanência dos pacientes e melhorar o giro de leito, o Hugo tem promovido mutirões de cirurgia. Normalmente, durante o dia, são operados pacientes internados na unidade e os que chegam pela urgência; à noite, realizam-se só os casos emergenciais. Entretanto, dependendo da quantidade de internados aguardando cirurgia, a unidade tem ampliado horários de procedimentos e aberto mais salas cirúrgicas.&nbsp;

Colaborou Mariana Carneiro

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Hospitais de urgência fazem 'revezamento' para receber pacientes, diz Saúde

HOSPITAIS ESTADUAIS

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Repertório assinado por Hugo Vitti e Roberto Milazzo, além dos clássicos natalinos, o público pode apreciar releituras vibrantes (Divulgação/ Natal de Encantos)

A magia do Natal está de volta a Goiás! A oitava edição do "Natal de Encantos" já tem espetáculo confirmado em várias cidades do estado. A edição deste ano promete&nbsp;encantar milhares de pessoas com exibições gratuitas, acessíveis e repletas de emoção.&nbsp;As apresentações acontecem em Goiânia, Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal (DF), Itumbiara e Caldas Novas, ambas na região sul.&nbsp;

O maior espetáculo natalino do estado e o segundo maior do Brasil tem uma parceria com a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), e inclui espaços temáticos para a população. Além de pintura facial, fotos com personagens natalinos e outras atividades lúdicas voltadas para crianças e famílias.

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Ao&nbsp;POPULAR, Hugo Vitti, idealizador e diretor do espetáculo, garante que o público pode esperar novidades e uma história emocionante. Para Vitti, esse conjunto&nbsp;garante que todos possam vivenciar a magia do Natal.

<cite>Esse ano vamos contar a história da ceia de Natal, uma forma gostosa de trazer as pessoas para uma reflexão familiar. A história gira em torno de uma mãe e uma filha, onde elas estão ali se preparando para receber toda a família na ceia de Natal. A gente traz um pouco daquela pegada 'Ratatouille', onde o Ratinho ajuda ali a fazer as comidas, onde as pessoas não escutam ele, mas ele tá ali", contou Hugo Vitti.</cite>

<img attr-cid="policy:1.3334509" attr-version="policy:1.3334509:1762689360" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3334509/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-11-09T085600.779.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Espetáculo natalino e o segundo maior do Brasil inclui espaços temáticos de convivência (Divulgação/ Natal de Encantos)

Hugo Vitti ressaltou ao POPULAR que, em cada cidade, duas atrações locais serão selecionadas para se apresentarem antes do espetáculo principal. Segundo o diretor, o intuito é valorizar talentos regionais e fortalecer a identidade cultural de cada município.&nbsp;

<cite>A gente sabe que tem cantores de igrejas, projetos culturais, escolas de artes, então resolvemos abrir esse espaço para que pudesse ser feito ali algumas outras atrações, explicou o diretor.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/goiania-celebra-o-segundo-maior-natal-do-brasil-1.3084438" style="font-size: 12px;" target="_self">Goiânia celebra o segundo maior Natal do Brasil</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/familia-lima-e-atrac-o-do-natal-do-bem-em-goiania-1.2738" style="font-size: 12px;" target="_self">Família Lima é atração do Natal do Bem, em Goiânia</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/cantor-leo-chaves-esta-entre-as-atrac-es-do-natal-do-bem-em-goiania-1.3083492" style="font-size: 12px;" target="_self">Cantor Leo Chaves está entre as atrações do Natal do Bem, em Goiânia</a></div>

<h3>Espetáculo</h3>

O repertório é assinado por Hugo Vitti e Roberto Milazzo, além dos clássicos natalinos, o público pode apreciar releituras e uma experiência musical.&nbsp;Criado em 2018, o Natal de Encantos, já atraiu quase um milhão de espectadores, segundo a organização.

Com uma equipe de cerca de 40 profissionais, o show une cinco linguagens artísticas: canto, dança, circo, ginástica artística e artes cênicas. A grandiosidade da produção também se destaca pelo uso de tecnologia, som e painéis de LED.

Além disso, o evento natalino oferece espaços reservados para pessoas com mobilidade reduzida, intérpretes de Libras e linguagem adaptada.

<h3>Cronograma</h3>

<ul>
	<li>13/12 - Itumbiara</li>
	<li>14/12 - Caldas Novas</li>
	<li>19/12 - Pirenópolis</li>
</ul>

Natal de Encantos volta a Goiás em 2025; confira cronograma das apresentações

🎄 Noite Natalina 

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