Servidores do Estado de Goiás farão revezamento da jornada de trabalho, com o objetivo de evitar aglomeração em locais de circulação comum, como elevadores, corredores, restaurantes e pontos de ônibus. A determinação está prevista em novo decreto publicado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), neste sábado (14), que estabelece procedimentos que deverão ser adotados por toda a administração direta e indireta do Poder Executivo, pelos próximos seis meses.O texto prevê que a chefia imediata é responsável por elaborar e controlar a jornada de trabalho de seus servidores, com escala dos horários de início e término do expediente e os intervalos de refeição e descanso. Também é responsabilidade do chefe imediato observar a quantidade de pessoal suficiente no atendimento ao público. O escalonamento de horários será composto com cinco escalas e deve respeitar o intervalo de 30 minutos, contados a partir do início do expediente da unidade administrativa.O decreto também estabelece que os chefes imediatos avaliem a necessidade de servidores executarem suas atividades por meio do sistema de teletrabalho, ou seja, de suas casas. Têm prioridade de adesão ao teletrabalho servidores com 60 anos ou mais e com histórico de doenças respiratórias.Também poderão trabalhar de casa servidores que utilizam o transporte coletivo para se deslocar até o órgão público, grávidas e pais com filhos em idade escolar que exijam cuidados e cuja unidade de ensino tenha suspendido as aulas. O teletrabalho não se aplica a servidores que desempenham atividades em que a presença é indispensável, como em unidades de saúde, por exemplo.O decreto também prevê que servidores que estavam de férias em viagem internacional devem desempenhar suas atividades por meio de teletrabalho durante 14 dias, contatos da data de retorno ao Brasil. O fato deve ser comunicado ao titular do órgão onde o colaborador está lotado.DiagnósticoO texto determina ainda que o servidor com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus, com a orientação médica de isolamento domiciliar ou hospitalar, deverá enviar relatório médico para solicitação de licença médica. Quanto às escolas, o decreto prevê que a Secretaria de Estado da Educação, com o apoio técnico da Secretaria de Estado da Saúde, será responsável por avaliar e adotar medidas preventivas à disseminação do vírus nas unidades de ensino.Nessa sexta-feira (13), o governo de Goiás e a Prefeitura de Goiânia publicaram decretos que colocam o Estado e o município em situação de emergência em saúde pública por causa da disseminação do novo coronavírus.