Um detento foi encontrado morto na manhã deste sábado (12) na Unidade Prisional de Anápolis. Por meio de nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que o homem foi encontrado sem sinais vitais no pátio do banho de sol de uma das alas do presídio.&nbsp;Uma equipe do&nbsp;Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e constatou o óbito. A DGAP não informou a causa da morte do homem e disse que instaurou um processo administrativo interno para apurar o caso. Ele cumpria pena por roubo.&nbsp;Confira a nota da DGAP:A 1ª Coordenação Regional Prisional da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária informa:&nbsp;- Foram tomadas as devidas providências em relação a morte de um custodiado que cumpria pena na Unidade Prisional Regional de Anápolis, com base no artigo 157 do Código Penal Brasileiro - Roubo.&nbsp;&nbsp;- O detento foi encontrado sem sinais vitais, no pátio do banho de sol de uma das alas. De imediato, foram realizados os primeiros atendimentos médicos, além de acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência para prestar os atendimentos necessários que a saúde do detento requeria. Os profissionais da equipe do Samu, no entanto, atestaram o óbito.&nbsp;&nbsp;- Mediante o fato, foram realizadas as devidas comunicações às autoridades policiais competentes, além da abertura de procedimentos administrativos internos para as apurações que o caso requer.&nbsp;  Diretoria-Geral de Administração Penitenciária - DGAP &nbsp;

Detento é encontrado morto em presídio de Anápolis

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Matéria - Cidades

O laudo de identificação de resíduos de disparo de arma de fogo feito a partir de material colhido no corpo do piloto Felipe Ramos Morais, morto aos 35 anos com mais duas pessoas durante uma abordagem policial em uma chácara em Goiânia no dia 17 de fevereiro de 2023, deu negativo para pólvora. Nesta quinta-feira (22), o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) encaminhou para a Justiça requerimento para que seja analisado o resultado do laudo e se avalie a reabertura do inquérito que apurou o triplo homicídio devido ao surgimento de uma possível prova nova.

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A Justiça havia arquivado o processo em agosto de 2023 sob alegação de que não havia elementos para apontar se houve crime ou não na ação realizada por policiais do Comando de Operações de Divisas (COD) da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). Além de Felipe, foram mortos os mecânicos de aeronaves Paulo Ricardo Pereira Bueno, de 36 anos, e Nathan Moreira Cavalcante, de 22. A abordagem foi realizada pelo então comandante do COD, tenente-coronel Edson Luiz Souza Melo Rocha, e pelo major Renyson Castanheira Silva.

O resultado do exame ficou pronto em maio de 2023, porém só foi encaminhado para a Justiça no dia 20 de agosto deste ano após diversas ordens judiciais ignoradas pela Polícia Científica do Estado de Goiás. O laudo foi assinado pelo perito Marcos Tiago de Amaral e Elói, do Instituto Nacional de Criminalística (Ditec) da Polícia Federal, e foi encaminhado para a Polícia Científica em 1º de junho. Como o Instituto de Criminalística estadual não realiza este tipo de exame, o pedido é repassado para a Polícia Federal, que depois devolve para a Polícia Científica.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/policia-n-o-encontra-relac-o-de-mortos-pelo-cod-em-goiania-e-trafico-e-processo-e-arquivado-1.3148398" target="_blank">Polícia não encontra relação de mortos pelo COD em Goiânia e tráfico e processo é arquivado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/policia-civil-n-o-investiga-possivel-envolvimento-de-mecanicos-e-piloto-mortos-em-ac-o-da-pm-em-goiania-com-trafico-1.3040804" target="_blank">Polícia Civil não investiga possível envolvimento de mecânicos e piloto mortos em ação da PM em Goiânia com tráfico</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-de-goias-nega-pedido-de-devoluc-o-de-helicoptero-usado-para-o-trafico-de-drogas-1.3038184" target="_blank">Justiça de Goiás nega pedido de devolução de helicóptero usado para o tráfico de drogas</a></div>

Felipe era considerado inimigo jurado de morte do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa surgida em São Paulo e com ramificações em todo o Brasil, desde que ao ser preso acusado de participação na morte de dois líderes do grupo, em 2018, resolveu delatar os ex-companheiros e ajudou a Justiça a prender outros integrantes e a recuperar mais de R$ 1 bilhão em dinheiro e bens.

A ação policial do COD se deu em uma chácara na saída de Goiânia para Abadia de Goiás, onde os três que foram mortos faziam a manutenção de três helicópteros. O tenente-coronel afirmou na época que o comando recebeu uma denúncia anônima de que o local era usado como ponto de referência para tráfico e distribuição de drogas e ao chegarem lá para verificação foram recebidos a tiros, por isso reagiram.

O exame residuográfico só aconteceu por causa da mobilização da família de Felipe, que acionou a Justiça para garantir a realização do laudo. O material só foi colhido no cadáver do piloto porque quando os parentes dele chegaram com a decisão judicial na madrugada do dia 18, os familiares de Paulo Ricardo e de Nathan já haviam retirado seus corpos para velório e sepultamento. O Instituto Médico Legal (IML) também já teria se livrado das roupas usadas pelos três, o que inviabilizou esta possibilidade para o teste.

A família de Paulo Ricardo chegou a entrar com um pedido similar na manhã do dia 18, mas neste caso a Justiça negou a autorização para o exame por ter passado mais de 12 horas após a morte. Isso, segundo o MP-GO na época, tornaria o resultado inconclusivo.

A Polícia Civil não pede exames residuográficos nos corpos de pessoas mortas em ações policiais sob alegação de que este tipo de teste é bastante questionado por peritos criminais por causa de uma suposta probabilidade alta de falsos positivos ou mesmo falso negativo. As famílias dos três mortos na abordagem pelos policiais do COD sempre afirmaram que o confronto foi forjado e que eles foram executados. Obrigada pela Justiça, a Polícia Civil investigou e não encontrou nenhuma prova de que os três tivessem envolvimento com tráfico de drogas e o inquérito foi arquivado em junho.

Na conclusão do laudo, o perito afirma que não foram encontrados nem resíduos determinantes nem indicativos de disparo de arma de fogo nas amostras encaminhadas, mas destaca que uma instrução técnica orienta que as superfícies analisadas não tenham sido lavadas e, segundo o Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, Felipe morreu por volta de 14h20 do dia 17 de fevereiro de 2023, o cadáver passou por processo de limpeza com água às 19h e a coleta foi feita às 13h25 do dia seguinte. “Tal fato pode ter contribuído para o resultado dos exames”, afirma Marcos Tiago.

Com base no resultado, o promotor Lauro Machado Nogueira, da 41ª Promotoria de Justiça de Goiânia, encaminhou ofício à 3ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos contra a Vida para que avalie o exame junto ao processo com o inquérito que apurou as circunstâncias em que se deram as mortes. O documento fala em uma “possível prova nova”, sem se aprofundar no resultado. Desde janeiro, o promotor vinha alertando à Justiça sobre a demora da Polícia Científica em encaminhar o resultado do exame.

<h2>Demora no envio</h2>

A Justiça chegou a expedir quatro ordens para que a Polícia Científica entregasse o laudo. A primeira em setembro, após a família de Felipe cobrar a entrega do laudo. Na terceira vez que a Justiça pediu o laudo, em fevereiro deste ano, o juiz Liciomar Fernandes da Silva, da 4ª Vara Criminal dos Crimes Punidos com Reclusão e Detenção, chegou a falar que seria a “última vez” que determinaria a intimação e, “diante de reiteradas abstenções quanto ao cumprimento da ordem judicial”, que a Corregedoria da Polícia Técnico Científica do Estado de Goiás fosse notificada.

Em julho, a juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, da 1ª Vara das Garantias, mandou intimar pessoalmente o gerente do Instituto de Criminalística “sob as penas da lei”.

O POPULAR questionou a Polícia Científica uma explicação sobre o resultado e sobre a demora no encaminhamento, mas na resposta o órgão afirmou apenas que o perito responsável pelo laudo não pertence aos seus quadros, e que por isso mesmo “não pode comentar acerca de laudo de outra força policial”.

<h3>Contradições</h3>

Em agosto do ano passado, o promotor Spiridon Anyfantis, da 83ª Promotoria de Justiça de Goiânia, afirmou, ao pedir o arquivamento das investigações, que até então “não foram obtidas provas aptas a esclarecer, de maneira satisfatória, as circunstâncias do fato retratado nos autos” e que apesar de a hipótese de crime não pudesse ser descartada, encontravam-se ausentes “elementos necessários à oferta de denúncia”. Ele destacou o fato de a Polícia Civil não ter encontrado nada contra os mecânicos mortos.

A chácara era usada há algum tempo por Felipe para manutenção de helicópteros. Atualmente, a família de Felipe e o dono de uma das aeronaves tenta reaver o material apreendido em fevereiro de 2023, com posicionamento favorável do MPGO. “Não se pode afirmar que os bens apreendidos, ora pleiteados, sejam instrumentos ou produtos do tráfico”, afirmou o órgão em um parecer anexado ao processo.

Os argumentos do promotor seguem o posicionamento dos peritos criminais que participaram da elaboração de laudos do local de morte e da reprodução simulada, apontando que a versão apresentada pelos policiais militares é verossímil, mas não pode ser confirmada. “Não existem elementos suficientes a caracterizar a legítima defesa pleiteada. De igual forma, inexistem elementos suficientes para sustentação de ação penal contra os policiais nominados.”

Os pontos que chamam a atenção tanto dos peritos como do promotor e que os impediram de chegar a uma conclusão são: o recolhimento dos estojos das munições das armas dos policiais da cena; as armas que supostamente foram usadas pelas vítimas estarem dentro de um carro na hora em que os peritos chegaram; as vítimas terem sido levadas por socorristas mesmo já estando mortas; e o fato de um veículo próximo aos corpos ter sido alvejado por apenas dois disparos, apesar da dinâmica e do número de tiros que atingiram as vítimas.

O delegado Alexandre Bruno Barros, na época adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), concluiu em seu relatório pela tese da legítima defesa sem abordar os apontamentos feitos pelos peritos. No dia da ação policial, o delegado esteve na chácara e já havia se posicionado favorável à versão dos policiais.

<h4>Cobrança</h4>

O pai de Felipe, Carlos Alberto Morais, diz esperar que a remessa do laudo à Justiça leve alguma autoridade a providenciar a reabertura do inquérito e que, desta vez, seja feita o que ele chama de leitura correta das provas e fatos arrolados no processo. Ele cita também o resultado da investigação que não encontrou nenhuma ligação de Felipe e dos dois mecânicos com tráfico de drogas. Segundo Carlos, é mais uma prova nova de que os três foram executados. “Nossa esperança é que os responsáveis sejam punidos. Vamos aguardar a manifestação da Justiça.”

Edson deixou o comando do COD em abril deste ano, após a morte de duas pessoas por seis policiais do batalhão especializado. Atualmente, ele atua na segurança do candidato a prefeito por São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). Ele não foi localizado pelo POPULAR para comentar o resultado do exame.

Laudo indica que piloto morto pela PM não tinha pólvora na mão

Violência

IDOSO CAIDO MORTO ATROPELADO

Atropelamento

<div attr-cid="policy:1.3114107" attr-version="policy:1.3114107:1709228196" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3114107" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3114107', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3114107">IDOSO CAIDO MORTO ATROPELADO (1.3114107)</a></div>

O idoso atropelado e morto após ser deixado por dois homens em uma calçada, foi filmado cambaleando no bar antes do acidente, no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia. Câmeras de segurança do estabelecimento, obtidos com exclusividade pela TV Anhanguera, registraram o momento em que ele teria caído da cadeira que estava sentado. Em seguida é ajudado por homens a se levantar e ser conduzido para fora do local. (Veja o vídeo acima)&nbsp;

O caso ocorreu no último sábado (24). Outras imagens de segurança mostraram o instante em que&nbsp;Marco Anisio Sarques, de 65 anos,&nbsp;foi arrastado em uma calçada de um condomínio por dois homens, que o levavam com dificuldade. &nbsp;

O idoso cai desacordado e a dupla não consegue levantá-lo. Após ser deixado, dois minutos depois foi atropelado por um carro que saia de uma garagem na mesma calçada, conforme horário revelado em gravação de câmeras de segurança. Às 22h14 o idoso foi deixado pela dupla e às 22h16 o carro o atropela. (Veja o vídeo abaixo)

<div attr-cid="policy:1.3113227" attr-version="policy:1.3113227:1709032145" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3113227" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3113227', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3113227">Atropelamento (1.3113227)</a></div>

A Polícia Civil (PC) já identificou e ouviu os dois homens que aparecem no vídeo. Os nomes deles não foram divulgados e, por isso, o POPULAR não pôde localizar a defesa deles até a última atualização desta matéria.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/video-mostra-quando-homem-e-morto-ao-ser-atropelado-em-calcada-apos-ser-deixado-desacordado-por-amigos-1.3113224" target="_blank">Vídeo mostra quando homem é morto ao ser atropelado em calçada após ser deixado desacordado por amigos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-que-morreu-atropelado-apos-ser-abandonado-foi-atingido-por-carro-dois-minutos-apos-ser-deixado-em-calcada-1.3113471" target="_blank">Homem que morreu atropelado após ser abandonado foi atingido por carro dois minutos após ser deixado em calçada</a></div>

A delegada responsável pelo caso, Caroline Paim, afirmou que aguarda o laudo pericial para concluir o inquérito, que irá&nbsp;avaliar se cabe alguma responsabilidade aos homens que deixaram o idoso na calçada. Segundo a investigadora, o vídeo gravado dentro do bar reforça a versão da dupla.&nbsp;

<cite>Nada muda [nas investigações] pois já sabíamos da situação que aparece no vídeo. Eles já haviam sido ouvidos informalmente. Só reforça a alegação deles de que tentaram ajudar”, afirmou Paim.&nbsp;</cite>

A Polícia Civil informou que o morava na região onde ocorreu o atropelamento. Segundo a investigadora, um dos envolvidos de ter deixado o idoso no local disse à polícia que conhecia a vítima apenas de vista e que o levou até a calçada após ele cair no meio da rua.&nbsp;

<cite>Assim que o idoso saiu do local, ele se desequilibrou, caiu, bateu a cabeça no asfalto e se machucou. Os dois homens tentaram ajudá-lo e o levaram até a calçada para tirar a vítima do meio da rua. Eles não perceberam que ali era um garagem e o deixaram na calçada achando que estava seguro”, detalhou Paim.&nbsp;</cite>

<img attr-cid="policy:1.3112788" attr-version="policy:1.3112788:1708893677" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3112788/acidente 25 02.PNG?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Homem morre após ser atropelado e parar embaixo de carro, em Goiânia, Goiás (Reprodução/ Corpo de Bombeiros)

O homem ainda relatou à delegada que o idoso dizia que estava bem enquanto era levado até a calçada. “Ele dizia que estava bem, que não precisava mexer com ele e que poderia ficar alí”, disse.

O caso continua sendo investigado pela&nbsp;&nbsp;Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH).

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Idoso morto atropelado em calçada após ser deixado por dupla foi filmado cambaleando em bar antes de acidente; vídeo

NOVAS IMAGENS

Um novo depoimento aponta que o mecânico Marcus Phelipe de Souza Almeida, de 27 anos, estaria desarmado quando foi morto durante uma perseguição policial ao fugir como passageiro em um carro de uma blitz da Balada Responsável no Jardim Itaipu, em Goiânia, na noite de 20 de outubro de 2023. A mãe do motorista que tentou evitar a fiscalização contou em inquérito aberto pela Polícia Militar que ouviu do filho que o amigo não estava armado, o que contradiz a versão dos policiais de que Marcus teria atirado duas vezes contra eles na fuga.

A auxiliar de serviços gerais Neurelice Alves Barbosa, de 49 anos, foi ouvida no dia 28 de novembro pela corregedoria da PM. O inquérito da PM (IPM), o qual O POPULAR teve acesso, foi encaminhado para a Justiça no dia 6 de fevereiro ignorando tanto a versão dela como a do filho, o tapeceiro Gustavo Alves Maciel, de 21 anos, que aos policiais disse não ter visto arma com o amigo. Para a corporação, os policiais envolvidos na ação agiram dentro do conceito de excludente de ilicitude. Ou seja, a ação se deu dentro do estrito cumprimento do dever legal, visto que no depoimento dos policiais Marcus teria atirado.

Marcus Phelipe foi morto com um tiro na cabeça e outro no ombro sentado no banco de passageiro do carro do tapeceiro. Eles estavam indo à casa de um amigo pela GO-040 quando ao entrarem na Avenida Vieira Santos se depararam com a blitz. Também ouvido dentro do IPM, Gustavo deu uma terceira versão para os fatos, reafirmando que o mecânico quem pediu para dar ré e evitar a fiscalização, mas acrescentando pela primeira vez que isso teria se dado por estar dirigindo sem possuir a carteira nacional de habilitação (CNH).

A mãe de Gustavo contou que acordou com o filho chegando com o carro, um VW/Gol rebaixado, em frente de casa, no Setor Solar Bougainville e foi impedida de se aproximar dele pelos policiais presentes no local. O tapeceiro conseguira fugir por cerca de 8,5 quilômetros até alcançar a residência em que morava com os pais. Ao ser questionada se sabia como a vítima foi morta, Neurelice contou que seu filho afirmou que Marcus Phelipe não estava armado. Ela também negou que algum familiar ou conhecido do mecânico tenha pedido a eles que negassem a versão de que a vítima estava armada.

Gustavo foi ouvido em 21 de novembro dentro do IPM e pela primeira vez contou sobre o problema com a CNH. Na primeira versão, dada no dia da morte de Marcus, ele não detalhou sobre o pedido de fuga feito pelo amigo. Na segunda, afirmou que não sabia o motivo pelo qual ele pediu para não passar pela blitz. Agora contou que estava dirigindo sem o documento de habilitação e que o amigo sabia disso, sendo este provavelmente o motivo do pedido. A versão foi confirmada pela mãe dele. Além disso, o carro estava em nome do antigo proprietário e ainda em fase de aquisição.

O tapeceiro também reforçou que não se lembra se viu se o amigo atirou contra os policiais, mas que em nenhum momento o viu armado ou foi informado por Marcus que estava armado. Na primeira versão apresentada, no dia da fuga, ele contou que o mecânico atirou, mas já seis dias depois, para a Polícia Civil, contou que estava muito nervoso no primeiro depoimento e que a verdade é que estava focado apenas em conseguir fugir e não olhou em nenhum momento para os lados para <a href="https://opopular.com.br/cidades/amigo-de-jovem-morto-ao-fugir-de-blitz-em-goiania-n-o-sabe-se-vitima-tinha-arma-1.3088125" target="_blank">ver se o amigo atirou ou não.</a>

Sequência de tiros

O inquérito feito pela corregedoria da PM foi concluído apenas com os depoimentos dos policiais investigados, de Gustavo e da mãe, além de uma servidora pública que participava da blitz. Nenhum laudo ou perícia feitos pela Polícia Técnico Científica (PTC) foi integrado ao processo. Para concluir de quem partiu os tiros que acertaram Marcus, foi tomado o depoimento de um dos policiais que afirmou que provavelmente saiu da arma dele os disparos.

São cinco os policiais militares investigados: o tenente Marcelo de Souza e Silva, de 44 anos, o sargento Eduardo Isaias Estulano Garcia, de 34, os cabos Fellipe Mecenas de Oliveira Lima, de 33, e Idelfonso Malvino Filho, de 32, e o soldado Diego Gilberto Cardoso Guimarães, de 37. Os disparos partiram das armas de Marcelo e Fellipe. Na versão do IPM, foi do segundo os tiros que mataram o mecânico.

Na versão final apresentada à Justiça pela PM, baseada na versão dos policiais, o primeiro tiro disparado veio de Fellipe, que disse ter tentado atingir o pneu do carro em fuga. Depois, Marcus atirou duas vezes, sendo revidado por Fellipe. Por fim, mais adiante, Marcelo deu mais três disparos em direção aos pneus do carro. Não fica claro no inquérito em que momento a vítima foi atingida. Gustavo não soube dizer. Afirmou apenas que ainda no começo da perseguição ouviu três disparos e viu o amigo cair em seu ombro, sangrando, ofegante e mudo.

No momento em que Gustavo chegou à casa dos pais, desceu do carro e foi detido, obrigado a se deitar no chão. Ele diz que um corte que teve na testa teria sido neste momento, negando que tenha sido agredido pelos policiais. Ele foi levado à Central de Flagrantes no dia da fuga para que pudesse ser autuado pelo crime de desobediência.

Já Marcus teria sido encontrado ferido e com a arma por Fellipe, autor dos dois primeiros disparos, quando o cabo ao chegar no local foi direto ao banco de passageiros, na versão dos policiais, para vistoriar o veículo. O mecânico foi levado ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) sem identificação e teria morrido horas depois.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/policia-faz-reconstituic-o-de-perseguic-o-da-pm-que-terminou-com-morte-de-mecanico-em-goiania-1.3111057" target="_blank">Polícia faz reconstituição de perseguição da PM que terminou com morte de mecânico em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/amigo-de-jovem-morto-ao-fugir-de-blitz-em-goiania-n-o-sabe-se-vitima-tinha-arma-1.3088125" target="_blank">Amigo de jovem morto ao fugir de blitz em Goiânia não sabe se vítima tinha arma</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/motorista-muda-vers-o-de-fuga-que-terminou-com-morte-de-jovem-em-goiania-1.3078265" target="_blank">Motorista muda versão de fuga que terminou com morte de jovem em Goiânia</a></div>

O IPM já foi remetido à Justiça comum. Casos de homicídios cometidos por policiais militares não devem ser processados pela Justiça Militar e a abertura de inquéritos pela PM para investigar este tipo de ocorrência já foi alvo de críticas por parte de promotores. Já o inquérito aberto pela Polícia Civil segue em andamento. Na segunda-feira (19), foi feita uma <a href="https://opopular.com.br/cidades/policia-faz-reconstituic-o-de-perseguic-o-da-pm-que-terminou-com-morte-de-mecanico-em-goiania-1.3111057" target="_blank">reprodução simulada da cena do crime</a> por peritos da PTC.

Revolta

A morte de Marcus <a href="https://opopular.com.br/cidades/familia-de-jovem-morto-contesta-vers-o-da-pm-de-troca-de-tiros-em-goiania-1.3076817" target="_blank">causou forte revolta entre familiares</a> e conhecidos dele, sob alegação de que ele nunca teve uma arma e não tinha envolvimento com crimes. Eles estiveram presentes na reprodução para protestar e cobrar Justiça pela morte. “Eu ainda não consigo acreditar. Desde que ele se foi tem sido um vazio muito grande. Mas eu quero Justiça, que tudo se esclareça e que a imagem dele seja limpa, porque ele foi taxado como um bandido que fugiu, que deu tiro. Eu sei que ele não seria capaz disso”, lamentou a irmã de Marcus, Vitória Almeida Melo, de 21 anos, em entrevista ao POPULAR na ocasião.

Também na segunda, o advogado contratado pela família da vítima para acompanhar o caso, Wendell Santos, afirmou que ainda estão sendo periciadas imagens da região da perseguição e que a reprodução simulada deve ser a última peça do “quebra-cabeça que está sendo montado”, em referência ao inquérito. Entretanto, pondera, que ainda não há data para conclusão.

Morto em blitz em Goiânia estava sem arma, diz mãe de motorista

O Ministério da Justiça disse que há uma "crise no sistema prisional" após a figa de dois detentos do presídio federal de Mossoró (RN).

Secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia afirmou que vai reforçar protocolos em presídios federais. Ele classificou o episódio da fuga como "irrepetível". "Nesses momentos que a gente atua numa situação dessa, a gente pode classificar como uma crise no sistema prisional, porque o fato é inusitado. É preciso ter muita prudência, muita capacidade de avaliar informação e agir de forma correta e com energia. É para isso que a gente está aqui", disse.

<h2>Primeira fuga em presídio federal</h2>

Dois detentos fugiram do presídio federal de Mossoró (RN). Eles foram identificados como Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. Esse foi o primeiro registro de fuga de internos no país em penitenciárias de segurança máxima. Ao todo, o Brasil tem cinco prisões desse tipo.

Os presos conseguiram sair usando uniforme da unidade prisional. No momento da fuga, a dupla pulou um alambrado para deixar o presídio. Uma filmagem mostra os detentos passando por uma área em obra com gradil por volta das 3h30 da madrugada desta quarta-feira (14). A movimentação ocorreu perto dos espaços de banho de sol e das celas dos presos. Os agentes só notaram a ausência dos detentos cerca de duas horas após a fuga.

Visitas e banhos de sol foram suspensos em presídios federais. Portaria foi assinada nesta quarta-feira pelo diretor substituto do Sistema Penitenciário Federal, José Renato Gomes Vaz. A suspensão também vale para reuniões com advogados, atividades educacionais, laborais e religiosas, com exceção de serviços de saúde emergenciais.

Lewandowski afastou direção de presídio e anunciou interventor. O interventor escolhido pelo ministro da Justiça e Segurança Pública foi Carlos Luis Vieira Pires. O nome dele já foi publicado no Diário Oficial da União. Ele vai exercer interinamente o cargo de Diretor da Penitenciária Federal em Mossoró (RN).

Governo do RN cerca fronteiras do estado para capturar fugitivos. O secretário da Segurança Pública e da Defesa Social, Francisco Canindé de Araújo Silva, afirmou que está em contato com a Paraíba e o Ceará para localizar os presos. Segundo ele, os três estados aumentaram o policiamento terrestre e aéreo da região. A PF ajuda nas buscas com o envio de drones e um helicóptero.

<h2>Fugitivos na lista da Interpol</h2>

Alerta foi dado para tentativa de fuga do país. O Ministério da Justiça instruiu à PF para que os nomes de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça fossem incluídos na lista da organização internacional de polícia criminal. O governo também solicitou a inclusão deles no sistema de proteção de fronteiras, para impedir uma eventual saída do país.

Presos estiveram em rebelião em presídio em 2023 e pertencem ao Comando Vermelho. Deibson e Rogério, que integram a principal facção criminosa do Rio de Janeiro, foram transferidos para a unidade federal após terem participado de uma rebelião no presídio Antônio Amaro Alves, no Acre, em julho do ano passado, segundo fontes ouvidas pelo UOL.

Fugitivos são "matadores do CV". Fontes ouvidas pela reportagem indicam que os fugitivos não integram o alto escalão da facção e que são conhecidos por serem encarregados por assassinatos de pessoas no "tribunal do crime" do Comando Vermelho do Acre. O UOL não localizou a defesa deles.

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Após fuga, governa fala em crise no sistema prisional