Atualizada às 12h50.Após a realização de palestras sobre o Maio Laranja, mês de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, dez alunas de Campo Limpo denunciaram que eram vítimas de violência sexual. Entre as meninas: uma criança de apenas cinco anos de idade. As demais vítimas têm entre 13 e 15 anos e no total, três homens de 52, 54 e 67 anos foram detidos por suspeita de autoria dos crimes.Na última semana, a Polícia Militar e outros órgãos se uniram para ministrar palestras sobre o assunto nas escolas e também para a comunidade de uma forma geral. Soldado da Polícia Militar, Rafael Martins Borges conta que a ideia era explicar o que se caracteriza como abuso, como pode ocorrer e outros pontos que ajudem a identificar o crime.“Durante toda a semana, várias instituições ministraram palestras. Todos os dias a temática era a mesma e eles foram criando coragem e entendendo o caráter ilícito das condutas. No último evento, as meninas decidiram falar com os palestrantes e com as pessoas que estavam no evento no dia. Foi uma surpresa, mesmo a gente fazendo esse trabalho, não esperávamos as várias denúncias. O que comprova também que foi um trabalho bem realizado”, completa o militar.A ação foi realizada, de forma coletiva por Prefeitura Municipal, Polícia Militar, Juizado da Infância e Juventude, Polícia Civil e Family Instituto. O Conselho Tutelar da cidade está acompanhando os casos e as vítimas passarão por apoio psicológico.Funcionário público foi exoneradoUm dos suspeitos que foi preso era funcionário público da cidade e foi exonerado pela prefeitura do município. Junto com os outros dois, foi encaminhado ao Distrito Policial de Anápolis, mas na ausência do flagrante nenhum deles ficou peso.Em nota, a Prefeitura de Campo Limpo informou que após a denúncia dos adolescentes e a pasta tomar conhecimento que um dos suspeitos era servidor comissionado do município, o mesmo foi exonerado.O texto traz ainda que foi solicitado as secretarias municipais de Assistência Social e de Saúde que “disponibilize uma assistente social bem como uma psicóloga para estarem acompanhando as crianças, as adolescentes e suas famílias”. Por fim, a Prefeitura diz que irá acompanhar as investigações.Leia também:- Em Goiás, 15 são presos em operação contra exploração sexual infantil- Goiás registra três crianças vítimas de estupro por dia