O adolescente, que na época estava com 14 anos, e matou dois colegas e ainda baleou mais quatro alunos no Colégio Goyases, no Conjunto Riviera, em Goiânia, em outubro de 2017, sofria de transtornos psicológicos, segundo um inquérito da Polícia Civil (PC).No documento, a PC relata que desde a infância o menino apresentava práticas violentas e apreciava histórias sobre massacres. Policiais encontraram desenhos retratando o nazismo e conteúdo de extermínio no quarto do jovem.Na época do crime, ele disse que sofria bullying dos colegas e teria se inspirado nos casos de Columbine (EUA), e de Realengo (RJ), mas o inquérito aponta que como o adolescente gostava de histórias violentas fascistas e cruéis, levantou a hipótese de que os relatos de bullying seriam um “pretexto superficial” para gerar no jovem o desejo de matar, assassinando aqueles que, na cabeça dele, seriam os responsáveis por sua infelicidade.O rapaz cumpre o terceiro ano de medida socioeducativa e será liberado em 2020.AvaliaçãoDe acordo com documentos da investigação, a direção da instituição de ensino pediu em 2012 aos responsáveis pelo estudante uma avaliação neuropsicológica porque ele se mostrava disperso, inquieto e não realizada as atividades no tempo previsto. O documento dizia que ele apresentava, em alguns momentos, comportamentos inadequados em relação aos colegas, proferindo xingamentos e palavrões. O documento foi assinado pela mãe, em maio de 2012. Já o resultado da avaliação não está no inquérito.TiroteioO crime aconteceu no dia 20 de outubro de 2017, durante o intervalo de aulas. O garoto levou uma pistola que pertencia aos pais para a escola e atirou contra seis colegas. Os estudantes João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos de 13 anos, morreram no local. Isadora de Morais, também com 13 anos, ficou paraplégica.