Rumo a Goiânia, vindo pela GO-020, na altura do quilômetro 25, há alguns anos, se alguém mais curioso entrasse à direita, antes da ponte sobre o Ribeirão Olaria, em um quilômetro contemplaria um monumento da natureza, cada vez mais raro por essas bandas: um campo de murundus, ecossistema peculiar, cheio de montículos, de especial importância para a conservação de recursos hídricos e o equilíbrio ambiental de toda a região que o circunda. A impressão primeira que se tem é de que se trata de cupinzeiros revestidos de vegetação, para os leigos. Também chamados de covais ou monchões, os campos de murundus são, na paisagem, o resultado da ação de insetos, por milhares de anos. O avanço da ação humana, com a urbanização e a expansão da fronteira agrícola, porém, tem degradado e muitas vezes exterminado esses microrrelevos.