IcCidade

Cidades

Educação é principal trava para reciclagem avançar em Goiânia, afirmam especialistas

Apenas 5,5% dos resíduos vão para reaproveitamento. Reverter cultura depende de compromisso de vários órgãos da administração municipal. Situação atual implica na perda de ativo econômico que poderia circular e gerar renda

Coletor tenta aproveitar material entregue em ecoponto de Goiânia

Coletor tenta aproveitar material entregue em ecoponto de Goiânia (Wildes Barbosa)

O tratamento inadequado dispensado aos resíduos sólidos em Goiânia faz com que pouco mais de 5% de tudo que é recolhido seja separado para reciclagem. Especialistas ouvidos pelo POPULAR atribuem o problema à falta de educação ambiental, que na visão deles, deveria ser feita pela administração pública de forma mais acentuada, contínua e tecnológica.

O problema ambiental também avança para a questão econômica porque com o baixo aproveitamento do que é recolhido deixa de circular como um grande ativo financeiro.

O projeto 'Coleta Seletiva', voltado ao recebimento de resíduos, realizado pela Companhia de Urbanização do Município de Goiânia (Comurg) em parceria com a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), recolheu, em 2021, 36.050,18 toneladas de resíduos sólidos e materiais recicláveis e 2.114 toneladas de material reciclável. Ou seja, a coleta de reciclados hoje corresponde a 5,5% do total recolhido. A capital andou para trás. Em 2019, o porcentual era de 5,67%.

A questão ganha contornos ainda mais críticos quando é observado o real aproveitamento de tudo que é recolhido: 1,8%. Isto acontece porque nem tudo que vai para a reciclagem tem condição de passar pelo processo. "Os materiais não chegam com qualidade às cooperativas", afirma a presidente da Cooperativa Reciclamos e Amamos o Meio Ambiente (Cooper Rama), Dulce Helena do Vale.

Leia também:

**Equipamento que produz biogás pela reciclagem de lixo orgânico deve ser instalado na Ceasa **

**Volta de taxação pode desestimular reciclagem no Brasil **

O esquecimento da população perante os programas de coleta da Prefeitura de Goiânia, e a incerteza do que deve ser separado requer campanhas de conscientização contínuas e mecanismos mais amplos para comunicar os habitantes, dizem especialistas e cooperativas.

O especialista engenheiro ambiental Diógenes Aires, reitera que o projeto público é importante na garantia do giro de economia da reciclagem na capital, estimulando renda e trabalho para as cooperativas. No entanto, ainda apresenta três problemas centrais focados na educação ambiental dos moradores; a infraestrutura disposta para coleta e fiscalização dos materiais descartados, por exemplo, se há contaminantes e se os estabelecimentos seguem o regime.

Quanto mais eficiente for o serviço de coleta seletiva, menos resíduos serão destinados ao aterro sanitário ou descartados inadequadamente em terrenos baldios e lixões, de acordo com o especialista em engenharia ambiental e professor do Instituto Federal Goiano (IFG) Marlon Capanema. "Reduz-se assim diversos impactos ambientais como poluição do solo, da água subterrânea, do ar e problemas relacionados à transmissão de doenças por meio de vetores como mosquitos e ratos."

Solução

Em relação ao primeiro, é percebido que há períodos, muitas vezes eleitorais, e datas específicas voltadas ao meio ambiente, em que a Coleta Seletiva é um assunto tratado com mais frequência. Mas o feito não condiz com a necessidade de informação sobre o tema. Como solução, Aires exemplifica que poderiam existir aplicativos virtuais, tal qual o Prefeitura 24h, que lembrassem os cidadãos a separarem os resíduos e contivesse informações detalhadas do que pode ou não ser encaminhado para a reciclagem.

Empresas e comércio que são grandes geradores de lixo poderiam passar por uma exigência de comprovar que houve alguma atividade de educação ambiental dos proprietários e funcionários para que renovassem a licença ambiental, propõe o especialista, que ainda sugere que o governo proporcionasse um aprendizado contínuo nas escolas promovendo gincanas.

Segundo Aires, as brincadeiras possuem adesão dos jovens e estimulam as crianças a recusarem atitudes inadequadas e deveriam ser incentivadas pela Secretaria Municipal da Educação. "É preciso que todos os órgãos façam este trabalho, e não o mesmo fique concentrado apenas na Amma", afirma o engenheiro ambiental. Dulce concorda que "a responsabilidade do resíduo é de quem gera e do poder público é dar condições para a população destine este material adequadamente."

Em nota, a Comurg ressalta que as redes sociais da Prefeitura de Goiânia e do órgão fazem publicações frequentes acerca dos locais dos Ecopontos, bem como o tipo de material depositado. "As mesmas informações são apresentadas no site oficial da administração, e que diante da postura informacional da Prefeitura, há sim estudos para realização de campanhas mais abrangentes.", escreve.

Já a Amma tem como uma das vertentes do Programa de Educação Ambiental a 'oficina de resíduos sólidos' direcionado para o público infantil e adulto. A partir dele, os participantes têm uma experiência prática com os materiais utilizados para coleta seletiva, e recebem orientação da destinação adequada de cada resíduo, em que são explicados os danos daqueles produtos para os parques, matas e cursos d'água.

"Esta oficina tem apresentado resultados interessantes na sensibilização das pessoas envolvidas", afirma a Amma em nota. Segundo o órgão, a localização dos resíduos na mata e nos corpos hídricos suscitam muitas reflexões e tendem a provocar mudanças estruturais na forma de lidar com este problema ambiental. O descarte errôneo dos resíduos acomete em poluição do lençol freático e outras consequências degradadoras ao meio ambiente. ( Manoella Bittencourt é estagiária do GJC em convênio com a PUC Goiás )

Comurg estuda implantar mais 20 ecopontos

A Comurg ressalta que, em 2021, foram recolhidas 25.369,70 toneladas de recicláveis em locais domiciliares e públicos. Com o fim de estimular a adesão de mais moradores, o órgão estuda implantar mais 20 ecopontos em Goiânia, e está atuando com a identificação das áreas públicas. Por enquanto, na capital, existem quatro ecopontos fixos (veja quadro) para destinação de resíduos diversos dos recolhidos nas coletas convencional e seletiva.

Quanto aos veículos disponíveis, atualmente, 50 caminhões compactadores são utilizados na execução dos circuitos regulares e especiais, conforme demanda. Todavia, o número de caminhões aliados à frota da coleta seletiva é o mesmo apurado pelo POPULAR em 2013, sendo 16 veículos disponíveis para o serviço, número que não acompanha o crescimento do município, conforme afirma o engenheiro ambiental Diógenes Aires.

Outro ponto de melhoria é a quantidade de Ponto de Entrega Voluntário (PEV) na cidade, segundo Aires poderiam ser realocados em parques, praças e outros locais públicos.

Em questões orçamentárias, a Amma segue o previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), na qual há previsão de receitas para as atividades de Licenciamento Ambiental e previsão de despesas para as atividades de Monitoramento Ambiental e Fiscalização Ambiental que agem para identificar a poluição e também para coibir atos ilícitos no Município. Por nota, o órgão diz que o valor envolve, veículos, combustível, laboratórios de análises, deslocamento de técnicos, analistas ambientais e todo aparato tecnológico para produzir dados e provas dos ilícitos.

Fiscalização
O artigo 35 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), conceitua que os municípios podem implantar a coleta seletiva e dar incentivos, mas também podem criar punições aos moradores e estabelecimentos que não contribuem com o programa. De acordo com a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), as regiões da capital onde mais ocorrem denúncias são a oeste e sudoeste.

"A fiscalização tem trabalhado de forma intensificada nessas regiões, dezenas de veículos já foram apreendidos somente neste ano. Eles foram pegos em situação de flagrante realizando o descarte.", afirma em nota. Para as cooperativas, a fiscalização adequada facilitaria a chegada de materiais regularizados para reciclagem.

A Amma, por sua vez, é responsável em exercer a fiscalização ambiental quando identificado um poluente. Com os dados do monitoramento, o empreendimento poluidor poderá ser multado e embargado administrativamente. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) poderá abrir uma ação cível contra este agente poluidor que deverá reparar o local poluído e cessar imediatamente a causa da poluição.

Dentre as melhorias que poderiam ser feitas, Aires sugere que a Prefeitura da capital teria de multar com frequência para incentivar a separação dos materiais recicláveis de modo correto nas moradias e estabelecimentos, e se caso um local estivesse descartando muito contaminante, que recebesse autuações fiscais do governo municipal. O valor coletado das multas poderia, então, ser revertido em investimento para melhoria da infraestrutura e educação ambiental.

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcCidade

Cidades

Goiânia vai ter lei para uso e ocupação de áreas rurais

Paço Municipal aprova realização de convênio com a UFG para estudos e análises das macrozonas rurais da capital para definir o que será permitido fazer nestas áreas

Paço tem três leis complementares do Plano Diretor para aprovar

Paço tem três leis complementares do Plano Diretor para aprovar (Wildes Barbosa / O Popular)

As sete macrozonas rurais em Goiânia vão passar por um estudo e uma análise para verificar quais usos e ocupações serão permitidas em cada espaço, quais são as áreas de restrição e quais poderão ser utilizadas para atividades econômicas. Este estudo será feito por um convênio da Prefeitura com a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape). O documento servirá de base para a elaboração da minuta do projeto da Lei de Uso e Ocupação do Solo Rural, que é uma das legislações complementares ao Plano Diretor (PD), aprovado ainda em 2023. Esta será a primeira vez que a capital receberá uma legislação para a área rural deste tipo, o que já ocorre na área urbana.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

O professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (Eeca) da UFG, Nilson Clementino Ferreira, é quem ficará à frente dos estudos e explica que o Estatuto das Cidades determina que um Plano Diretor deve ser feito para toda a cidade, e, até então, as macrozonas rurais não estão contempladas. "Tem área rural com necessidade de restrição total, outras que podem ter um uso agrícola ou pecuária mais intensiva e outras que podem ter restrições, como não poder utilizar defensivo agrícola, por exemplo, por estar muito próxima da área urbana. O que nós vamos fazer é mapear as áreas e analisar qual tipo de uso deve ser feito nessas áreas ou se não pode usar."

Ferreira reforça que, com o mapeamento das áreas, será possível verificar até mesmo a situação atual, nos casos em que os produtores rurais estão com as áreas de proteção permanente (APPs) degradadas e é necessário repor ou preservar os 20% da área de reserva legal de Cerrado que determina o Código Ambiental federal. O convênio com a UFG ainda não foi assinado, mas houve a liberação do Comitê de Controle de Gastos da Prefeitura para o custeio da parceira, com custo de R$ 650 mil. O acordo deve ser de seis meses, período que o professor afirma ser apertado para a conclusão das análises, mas que será possível cumprir.

"Goiânia já é uma cidade bem mapeada. Temos mapas de relevo, de tipos de solo. Tem mapeamento contratado no final do ano passado com fotos aéreas e vamos contar com esses dados para fazer a análise", afirma Ferreira. De acordo com a Prefeitura, haverá uma minuta de contrato a ser assinado entre as partes e o convênio será remunerado. "O prazo desse será de 6 meses e entregará à prefeitura de Goiânia dados para a elaboração da lei de uso e ocupação do solo rural. Ainda não existe essa lei no município. Além disso, a Secretaria de Planejamento explica que por meio do convênio também será desenvolvido o plano de manejo de três Áreas de Proteção Ambiental. Sem os plano de manejo, a ocupação destas APAs encontra-se suspensa no município", informa o Paço Municipal.

Válido ressaltar que o Plano Diretor de 2023 criou áreas nas macrozonas rurais que são passíveis de se tornarem urbanas, a partir da Outorga Onerosa de Alteração de Uso (Ooau), que correspondeu a 133,2 quilômetros quadrados (km²). Essa área representa cerca de 47% de toda a macrozona rural da capital. Segundo a Prefeitura, a Lei de Uso e Ocupação do Solo Rural, a partir dos estudos do convênio com a UFG, não irão analisar as áreas de Ooau. "A análise será direcionada aos usos passíveis de aprovação na zona rural e quais parâmetros de ocupação poderão se aplicados nas construções", garante. O professor Nilson Ferreira reforça que as áreas passíveis de Ooau não devem ser alvo do estudo, embora poderia ter a análise para ver áreas ambientalmente degradadas, "mas já não seria uma área rural". Ferreira conta que um estudo feito para o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU), que também é fruto de convênio com a UFG e que ele participou, aponta que toda a área passível de Ooau deve estar urbanizada até o ano de 2054.

O professor afirma ainda que o mapeamento das áreas rurais restantes na cidade serão úteis também para verificar as áreas de desenvolvimento, as chamadas Aedes, que são aquelas descritas no PD como bilaterais em 100 metros a rodovias e ferrovias, por exemplo. "Serve até para facilitar a avaliação do empreendedor quando abrir um processo. Se for uma área de restrição, já está lá que não pode e nem começa o processo. Se for uma área de desenvolvimento, continua o processo, aí vai ver outras coisas, como o potencial de poluição do solo, do ar, sonora, para ver se é possível instalar naquele local", explica. Em julho de 2023, o Paço fez uma instrução normativa para regulamentar o uso das Aedes até que a Lei fosse sancionada.

A Lei de Uso e Ocupação do Solo Rural é uma lei complementar ao Plano Diretor e é uma das três que não foram enviadas à Câmara para apreciação até então. Além dela, também faltam ser enviadas a Lei das Calçadas, que atualiza a legislação em vigor que determinou o uso dos pisos táteis, e o Código Ambiental, que é outra lei que não existe atualmente em âmbito municipal. A nova gestão da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) trabalha internamente na minuta do projeto de lei e há estimativa de que a proposta chegue aos vereadores ainda neste ano. A gestão anterior do Paço aprovou outras 14 leis complementares.

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcCidade

Cidades

Advogado deve responder pela morte da mãe idosa que foi abandonada em unidade de saúde, diz delegado

Conforme o delegado Alexandre Bruno, responsável pelo caso, o suspeito será indiciado pelos crimes de exploração financeira e por maus tratos seguido de morte

Morre idosa deixada em Cais pelo filho

Morre idosa deixada em Cais pelo filho (Divulgação/Polícia Civil)

O advogado suspeito de abandonar a mãe de 85 anos no Centro de Atenção Integral à Saúde (Cais) Jardim América, em Goiânia, deve responder pela morte da idosa, segundo a Polícia Civil (PC). Conforme o delegado Alexandre Bruno, responsável pelo caso, o suspeito será indiciado pelos crimes de exploração financeira, abandono material, abandono de idoso em hospital e por maus tratos seguido de morte.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

Como o nome do suspeito não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa dele para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

A idosa morreu nesta quarta-feira (9) na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, segundo o hospital. De acordo com Alexandre Bruno, a polícia já está trabalhando no pedido de prisão do advogado.

A investigação agora busca a prisão preventiva do suspeito como medida cautelar, de toda forma ele vai responder pelos crimes de exploração financeira, por abandono material e em hospital e maus tratos seguido de morte", disse.

Entenda o caso

A idosa foi deixada no Cais Jardim América por seu filho, de 58 anos. Segundo a PC, ela entrou na unidade em estado gravíssimo, desnutrida, com lesões pelo corpo, suja e com dificuldades para respirar.

Essa idosa estava completamente abandonada, com inanição, há muitos dias não se alimentava, embainhada em fezes e urina e foi deixada ali. O filho não quis manter contato com Cais que entrou em contato com a polícia civil e realizou uma operação para que ele fosse localizado", informou o delegado Alexandre Bruno.

A prisão do suspeito aconteceu na terça-feira (1º) após uma assistente do Cais procurar a Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai) e denunciar o caso. Conforme a polícia, essa foi a segunda vez que o advogado foi preso pelos mesmos crimes contra a mãe.

O suspeito foi localizado após uma equipe da polícia realizar a identificação da idosa com o apoio de papiloscopistas da Superintendência de Identificação Humana da PC que também descobriram os dois filhos dela e encontraram o endereço do advogado.

De acordo com a Deai, ao ser abordado em seu apartamento no Setor Oeste, o advogado afirmou que cuidava da mãe da melhor forma possível, mas que, devido à piora do seu estado de saúde, a deixou no Cais com a intenção de visitá-la depois.

Segundo informações da polícia, a idosa era pensionista de um magistrado e teve grande parte da renda comprometida devido a empréstimos feitos pelo filho, que foi solto no mesmo dia em que foi preso.

(Colaborou Aline Goulart, repórter do g1 Goiás)

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcOpiniaoGrande

Artigos

Acelerando a tecnologia

Carreiras em tecnologia remuneram acima da média do mercado. Essa realidade é tanto nacional como internacional, suportada por diversas evidências. Em um mundo cada vez mais conectado e tecnológico, o interesse em tecnologia, programação e inteligência artificial (IA) tem aumentado em todas as esferas da sociedade.

No campo educacional, por exemplo, pela primeira vez o curso de IA desbancou cursos tradicionais, como Medicina e Direito, sendo o com maior nota de corte para ingresso na Universidade Federal de Goiás. Essa formação em tecnologia, porém, não precisa começar no ensino superior. Podemos e devemos iniciá-la com nossas crianças.

Com esse intuito, o governo de Goiás estabeleceu parceria internacional com o British Council (Conselho Britânico), de modo a ofertar a estudantes, professoras e professores uma formação robusta e internacional na área de STEM (na tradução livre, Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Essa parceria se deu no âmbito do START, rede de laboratórios de robótica e introdução à tecnologia para crianças de baixa renda que faz parte do Goiás Social, programa do governo estadual.

Ainda em 2024, foi disponibilizada a professores da rede pública uma formação em programação por meio do "Codifica +", iniciativa bem-sucedida do British Council implementada na Colômbia. Agora, em 2025, para além de realizarmos a segunda edição do Codifica+, prevista para o segundo semestre, entra em cena também o "Learning Sectors: Acelerando no Circuito da Aprendizagem".

Realizado pelo British Council, com apoio da Fórmula 1®, e em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, o "Learning Sectors" é um programa inovador que une educação e tecnologia para estimular o pensamento computacional e promover a inclusão e a diversidade em STEM, com atenção especial a meninas, mulheres e grupos sub-representados nessas áreas. O programa tem como meta a participação de, pelo menos, 50% de professoras e estudantes mulheres, uma vez que, no Brasil, apenas 31% das posições em STEM são ocupadas por mulheres, enquanto sua presença em cargos de liderança nessas áreas varia apenas entre 0% e 2%.

No "Learning Sectors", professores e professoras formam equipes com estudantes para participarem de um desafio de código e pensamento computacional, com soluções que podem ser com ou sem conexão à internet, garantindo acessibilidade e inclusão. Inspirado pelo trabalho de engenheiros e engenheiras da Fórmula 1, o programa mostrará na prática como o pensamento computacional pode transformar a comunidade escolar.

A competição acontece entre abril e junho de 2025. A equipe do melhor projeto ganhará a oportunidade de viver uma experiência única nos bastidores da Fórmula 1 MSC Cruises Grande Prêmio de São Paulo 2025, conectando Goiás a um circuito global de inovação e oportunidades.

O "Learning Sectors" será um passo importante para a formação em tecnologia no país. A iniciativa se alia à missão do Estado de Goiás de preparar as novas gerações para competir globalmente e de ampliar o acesso de jovens mulheres a oportunidades de aprendizado e crescimento nas áreas de STEM, contribuindo para o desenvolvimento setorial diverso e inclusivo.

José Frederico Lyra Netto, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás. Com: Tom Birtwistle, diretor do British Council no Brasil

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcCidade

Cidades

Idosa é encontrada amarrada em cama após ficar dias sem comer, diz polícia; vídeo

Segundo o delegado, a idosa estava quase inconsciente e apenas balbuciava que queria água

Uma mulher de 78 anos foi encontrada em estado grave, amarrada a uma cama, sem alimentação. O caso ocorreu no Jardim Cerrado X, em uma casa de Goiânia, na quarta-feira (9). A Polícia Civil de Goiás (PCGO) levou à prisão em flagrante de seu filho, de 51, suspeito de maus-tratos e abandono de incapaz. A filha do suspeito estava em casa no momento do resgate e deve responder pelos mesmos crimes.

🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp

Como os nomes dos envolvidos não foram divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos para posicionamento até a última atualização dessa matéria.

Em entrevista ao POPULAR , o delegado Alexandre Bruno informou que a investigação começou após uma denúncia anônima.

A partir de notícia anônima, bem provavelmente um dos vizinhos onde a idosa estava ouviu gemidos, ouviu gritos por parte dessa idosa e acabou ligando pra delegacia do idoso", afirmou o delegado.

O delegado relatou ainda que uma neta da idosa, de 19 anos, também estava na residência no momento da abordagem.

Ela estava dormindo. Nós acordamos ela, ela quis se explicar, não conseguiu se explicar, e nós então fomos atrás do filho dessa idosa e o prendemos em flagrante", disse o delegado.

Segundo a Polícia Civil, a vítima estava em situação de abandono há pelo menos dois meses, sem acompanhamento médico ou alimentação adequada. No momento do resgate do Corpo de Bombeiros, a idosa estava despida, desidratada, com fralda saturada, colchão encharcado de urina e sinais evidentes de negligência. A residência apresentava condições insalubres, com temperatura elevada e pouca ventilação.

A casa estava toda fechada. Lá dentro a idosa estava deitada, amarrada na cama e com uma sonda ligada ao estômago, mas sem qualquer tipo de alimentação. O invólucro para alimentação especial estava vazio. Ela estava quase completamente inconsciente, apenas balbuciava que estava com sede", conta o delegado.

undefined / Reprodução

A entrada no imóvel foi possível com o auxílio de uma vizinha, que pulou a janela para permitir o acesso dos policiais, segundo o delegado. A equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e realizou o transporte da idosa, que apresentava pressão arterial baixa e saturação de oxigênio de 87%. Ela foi encaminhada em estado gravíssimo para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), informou o delegado.

O histórico de negligência já havia sido registrado anteriormente. Em 2023, o Serviço Social do Hospital Célia Câmara notificou a Polícia Civil de que a idosa havia sido internada com sinais de desnutrição, infecção e falta de higiene, permanecendo hospitalizada por cerca de 400 dias sem visitas do filho. Apesar da alta médica, ele não retornou para buscá-la.

Relatório do hospital divulgado pela PC mostra que, mesmo orientado diversas vezes sobre os cuidados necessários, o filho apresentou resistência em assumir a responsabilidade pelo acompanhamento da mãe. Em julho de 2023, ele solicitou apoio para o encaminhamento da paciente a uma instituição de longa permanência, mas permaneceu ausente durante o processo.

Segundo o delegado, foi preso em flagrante delito em razão da prática dos crimes de exploração financeira, dos crimes de maus-tratos e também o crime de abandono, todos eles na sua forma qualificada.

A neta não foi presa em flagrante, pois acompanhou a avó durante a internação, mas responderá pelos mesmos crimes atribuídos ao pai, conforme informou o delegado. O caso foi encaminhado à rede de proteção e ao Ministério Público.

 A equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e realizou o transporte da idosa, que apresentava pressão arterial baixa e saturação de oxigênio de 87%

A equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e realizou o transporte da idosa, que apresentava pressão arterial baixa e saturação de oxigênio de 87% (Divulgação / Polícia Civil)

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana