Em um cenário digital cada vez mais marcado pela desinformação, a educação midiática se mostra essencial para preparar crianças e adolescentes a lidar com esse desafio. Em Goiás, professores já desenvolvem iniciativas que estimulam o senso crítico e capacitam os alunos a identificar conteúdos falsos, discursos de ódio e manipulações. O POPULAR conversou com educadores que, em sala de aula, abordam temas como mídia, deepfakes, viés de confirmação, checagem de fatos e produção responsável de conteúdo. O objetivo é formar uma geração mais consciente e menos vulnerável à desinformação. Há cerca de sete anos, a professora Deusa Castro, que leciona Língua Portuguesa para o ensino médio no campus de Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG), procura incluir a educação midiática nas aulas que ministra. Deusa costuma usar exemplos reais de notícias falsas, apresentando-os aos alunos. A partir disso, levanta questionamentos sobre a origem do material e como identificar se ele é verdadeiro ou não. A professora afirma que estimula os alunos a fazerem bom uso da linguagem no ambiente digital. Ela trabalha, por exemplo, com o gênero textual argumentativo, incentivando os estudantes a escreverem comentários sobre conteúdos publicados na internet.