A severidade da crise hidrológica provocada pela seca na Região Norte acende o alerta para o que pode ocorrer na bacia do Tocantins-Araguaia. O fenômeno El Niño, segundo analistas da área, deve atingir o ápice em dezembro, reduzindo os índices pluviométricos no Centro-Oeste e mantendo um maior volume de chuvas no Sul. Na última quinzena de dezembro, dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), com base em medições da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostraram que a situação do Rio Araguaia é preocupante. André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), reconhece que o monitoramento do Rio Araguaia feito pela pasta mostra que “ele está baixo, mas não muito distante dos outros anos, já que as chuvas não começaram efetivamente”. A vazão do Araguaia, considerado um rio federal, é medida pela ANA que esta semana está enfrentando problemas com os computadores que fazem medições.