Em um prazo de três dias, pelo menos duas pessoas internadas na rede municipal de Saúde de Goiânia morreram à espera de uma vaga de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). As duas mulheres eram mães de crianças e tinham menos de 40 anos de idade. As mortes ocorridas nesta semana fazem parte de mais um capítulo da crise na saúde de Goiânia, que tem apresentado um cenário de escassez de leitos constante ao longo dos últimos dias. Nesta sexta-feira (22), conforme dados do painel da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), dos 198 leitos de UTI existentes na rede municipal, 165 (83,3%) estavam ocupados. Dos 198 leitos existentes, 118 são de UTI adulto. Considerando este recorte, 87 (73,7%) estavam ocupados. Entretanto, dos 31 leitos vazios, 17 (54%) estavam no Hospital e Maternidade Célia Câmara (HMCC), ou seja, destinados apenas às gestantes e puérperas. Dessa forma, sobraram apenas 7 vagas no Hospital do Câncer, que também acolhe pacientes com um perfil específico, 2 no Hospital das Clínicas e 5 no Hospital Ruy Azeredo.