A direção do Colégio Estadual Jardim América negou nesta sexta-feira (25), através de nota assinada pela diretora Rosirene Dias Rosa, que o adolescente de 13 anos que matou a colega Tamires Paula de Almeida, de 14, a facadas na última quarta-feira, sofresse bullying no ambiente escolar, afirmando ainda que o adolescente “nunca deu sinais de que seria nocivo a alguém”.A nota segue dizendo que o problema é estrutural da sociedade, que apresenta a cada dia um maior número de jovens com distúrbios emocionais e ressalta que a preocupação agora é com as duas famílias”.Hoje, com autorização do delegado Luiz Gonzaga Júnior, titular da Depai, a família teve acesso à carceragem, onde o adolescente permanece apreendido. O advogado da família, Aguinaldo Domingos Ramos, contou que foi um momento de grande emoção. Os pais e irmãos abraçaram o adolescente, que pela primeira vez desde que foi apreendido, demonstrou emoção. “Ele disse que não tinha noção da gravidade do que havia feito e que agora a ficha dele caiu”.Na quinta-feira, a mãe obteve autorização para falar rapidamente com o filho no Juizado da Infância e Juventude.Aguinaldo Ramos defende a tese de que no encontro com a família, o adolescente demonstrou arrependimento e que isso é muito importante no curso do processo.“Ele parecia anestesiado e agora começa a entender o que houve. Há uma resposta psicológica para esse arrependimento”. Para ele, o adolescente pode vir a receber atendimento psicológico durante o cumprimento da medida socioeducativa.