A estimativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) é de que a pilha de resíduos desmoronada na última semana no Aterro Ouro Verde, em Padre Bernardo, no Entorno do Distrito Federal, continha 40 mil metros cúbicos, o equivalente a 16 piscinas olímpicas. O lixo deslizado causou a contaminação do Córrego Santa Bárbara e a empresa deve enviar até esta quarta-feira (25) o projeto completo para desvio da água, no intuito de evitar que os sedimentos sejam transportados pelo curso hídrico – o que já foi constatado por análises da pasta. O desmoronamento da montanha de lixo, ocorrido na última quarta-feira (18), é tido como tragédia anunciada pela secretaria e pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) – que moveu em 2021 uma ação civil pública, junto ao Ministério Público Federal (MPF), diante de irregularidades no aterro gerido pela empresa Ouro Verde Construções e Incorporações Ltda, localizado em zona de conservação da área de preservação ambiental (APA) da Bacia do Rio Descoberto. O empreendimento funcionava sem licença ambiental e, mesmo após embargos, seguia em operação por decisões judiciais.