O empresário Aparecido Naves Junior, de 35 anos, preso temporariamente pela Polícia Federal em um condomínio de alto padrão em Goiânia, deve ser transferido para Manaus (AM), nesta quinta-feira (3). Ele é suspeito de ordenar o ataque que incendiou dois helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na capital amazonense, no dia 24 de janeiro. Outras cinco pessoas foram presas.Segundo a superintendência da Polícia Federal no Amazonas, ele foi preso na tarde desta quarta-feira (2) e já foi ouvido. A prisão do empresário faz parte da Operação Acauã, que objetiva apurar os crimes de incêndio, dano qualificado e associação criminosa, que acarretaram na destruição total de uma aeronave e parcial de outra. Na semana passada foram presos o motorista, suspeito de ter levado e retirado os executores da cena do crime; dois suspeitos de incendiar as aeronaves; e dois suspeitos de intermediar o agenciamento dos incendiários e repassar o pagamento pelos crimes.A PF informou que o motorista foi preso um dia após o ataque, a partir da identificação do carro usado na fuga dos suspeitos. A corporação disse ainda que todos os suspeitos detidos na semana passada confessaram participação no atentado e reconheceram o empresário Aparecido Naves Júnior como mandante do crime.De acordo com o G1 Manaus, o superintendente da PF no Amazonas, Leandro Almada informou que as investigações constataram o vínculo do empresário com a atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Roraima. “A motivação do crime foi o prejuízo que ele sofreu em ações de fiscalização tanto do Ibama, com utilização dessas aeronaves, quanto da Polícia Federal, no decorrer de 2021", disse ao G1.