Vídeo - Chamada Kariny Bianca

Webstories - Operação de fraude na Goinfra

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<div attr-cid="policy:1.3225169" attr-version="policy:1.3225169:1738169905" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3225169" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3225169', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3225169">Vídeo - Chamada Kariny Bianca (1.3225169)</a></div>

O empresário José Francisco Alves Pereira, dono da Prime Construções, suspeito de envolvimento na&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/politica/operac-o-apura-desvios-de-pelo-menos-r-10-4-milh-es-1.3224991" target="_blank">fraude milionária em um contrato da Agência Goiana de Infraestrutura e Obras</a> (Goinfra),&nbsp;se apresentou ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) nesta segunda-feira (3). A informação foi confirmada ao POPULAR pelo advogado Alexandre Lourenço, que está na defesa do empresário. Ele está detido para cumprir a prisão temporária.&nbsp;

<cite>Ele se encontra à disposição do delegado que ainda hoje deve ouvi-lo acerca da sua participação no contexto do contrato realizado em Goiás e demais esclarecimentos necessários”, informou o advogado. &nbsp;</cite>

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Em nota, o advogado disse que “acredita na lisura da investigação e na Justiça, para a garantir os direitos à ampla defesa efetiva e ao contraditório”. &nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/pagamentos-da-goinfra-eram-pulverizados-entre-parentes-e-amigos-de-socio-da-empresa-suspeita-de-fraude-diz-policia-1.3224776" target="_blank">Pagamentos da Goinfra eram 'pulverizados' entre parentes e amigos de sócio da empresa suspeita de fraude, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/veja-quem-foram-os-alvos-da-operac-o-obra-simulada-que-apura-irregularidades-em-obras-da-goinfra-1.3224744" target="_blank">Veja quem foram os alvos da Operação Obra simulada, que apura irregularidades em obras da Goinfra</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/operac-o-apura-desvios-de-pelo-menos-r-10-4-milh-es-1.3224991" target="_blank">Operação apura desvios de pelo menos R$ 10,4 milhões</a></div>

<h2>Outras prisões</h2>

<a href="https://opopular.com.br/politica/ex-presidente-da-goinfra-diz-ser-alvo-de-injustica-e-defende-contrato-1.3225891" target="_blank">O ex-presidente da Goinfra, Lucas Vissotto</a> e os ex-servidores do órgão, Thiago Carim Bucker, Gabriel Tertuliano, Vitor Andrisani Berquó e Adriano Mendes Ribeiro, foram <a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-prende-suspeitos-de-fraude-milionaria-em-contrato-na-goinfra-para-manutenc-o-de-predios-publicos-1.3224656" target="_blank">presos no dia 28 de janeiro deste ano durante a Operação Obra Simulada,</a> que apura uma fraude milionária em contrato da Goinfra com a Prime Construções para manutenção de prédios públicos nos anos de 2023 e 2024. A polícia suspeita de desvios de pelo menos R$ 10,4 milhões.<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/alvo-de-mandado-de-pris-o-na-operac-o-obra-simulada-empresario-se-apresenta-a-policia-do-df-1.3225664" target="_blank"> O empresário Marcus Emmanoel Chaves Vieira</a>, administrador da Prime Construções, se apresentou no dia 30 de janeiro e deve ser liberado nesta segunda, conforme a defesa.&nbsp;

Em nota, o advogado Marcelo Di Rezende, que representa a defesa de Lucas e Thiago, disse que os dois "sempre estiveram à disposição das autoridades competentes, desde o início da investigação, em 2024, e permanecerão colaborando com a apuração para demonstrar a inexistência de quaisquer irregularidades." Também disse que, em depoimento na última semana, Lucas e Thiago "apresentaram fatos e provas necessários para evidenciar de forma inequívoca a inocência deles".&nbsp;

A defesa do Marcus Emmanoel, o advogado Alexandre Lourenço,&nbsp;disse que ele já prestou depoimento e ressaltou acreditar no Poder Judiciário, "a fim de se garantir o direito à ampla defesa e ao contraditório'. O advogado ressaltou que Marcus Emmanoel "sempre esteve à disposição das autoridades competentes, desde o início das investigações e vai continuar colaborando com os trabalhos de apuração do caso".

O POPULAR não conseguiu localizar as defesas de Gabriel, Vitor e Adriano até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

O Governo de Goiás afirmou em nota que as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo do Estado, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias.&nbsp;

"O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor", diz um trecho do comunicado (leia íntegra ao final da reportagem).&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3227066" attr-version="policy:1.3227066:1738619316" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3227066/Proporção para foto do site (17).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Fachada da Agência Goiana de Infraestrutura e Obras (Reprodução/Gonifra)

<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/veja-quem-foram-os-alvos-da-operac-o-obra-simulada-que-apura-irregularidades-em-obras-da-goinfra-1.3224744" target="_blank">As irregularidades chegaram ao conhecimento da Deccor </a>por meio de relatórios técnicos e inspeções realizadas pela Gerência da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Gerência Estratégica da PC na Seinfra.&nbsp;

A PC detalhou que ficou evidenciado que a empresa contratada obteve diversos <a href="https://opopular.com.br/cidades/pagamentos-da-goinfra-eram-pulverizados-entre-parentes-e-amigos-de-socio-da-empresa-suspeita-de-fraude-diz-policia-1.3224776" target="_blank">pagamentos irregulares antecipados,</a> sem que as obras ou serviços fossem suficientemente realizados para que os pagamentos fossem justificados. Há, ainda, fortes indícios de superfaturamentos nas intervenções.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3224729" attr-version="policy:1.3224729:1738071655" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3224729" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3224729', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3224729">Webstories - Operação de fraude na Goinfra (1.3224729)</a></div>

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Investigações&nbsp;</h2>

As investigações foram reveladas pelo&nbsp;POPULAR&nbsp;em abril do ano passado, quando seis servidores da agência foram exonerados pelo governador Ronaldo Caiado (UB) a partir de apurações da CGE e da Seinfra, à qual a Goinfra é jurisdicionada. Na ocasião, o contrato foi rescindido e houve anúncio de abertura de processos administrativos contra a empresa e ex-servidores. Duas semanas depois, Vissotto deixou a presidência. Na mesma ocasião, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) determinou a suspensão de licitação para aquisição de aduelas (estruturas de concreto) para pontes, por suspeita de sobrepreço de R$ 62 milhões, em processo que também está no inquérito da polícia.

As investigações apontaram que o respectivo contrato foi completamente alterado, uma vez que, apesar de inicialmente ter sido firmado para a realização de simples serviços de reforma e manutenção predial, acabou se transformando, indevidamente, em contrato de obras e serviços de engenharia, o que possibilitou a elevação dos preços do contrato por aditivos realizados posteriormente.

Durante a execução do contrato, conforme a polícia, houve casos de demolições totais de estruturas, apenas para justificar a emissão de notas fiscais e possibilitar pagamentos indevidos à contratada, ocorrendo fraudes em procedimentos de medições e em "atestes" das notas ideologicamente falsas emitidas pela empresa, mediante a participação de ex-membros da Diretoria de Gestão Integrada da Goinfra, gestores e fiscais do contrato.

<div attr-cid="policy:1.3224704" attr-version="policy:1.3224704:1738069210" class="p-smartmidiabox" style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif;">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3224704" data-onecms-type="article" polopoly:contentid="policy:1.3224704" style="color: rgb(0, 136, 204);">operacao (1.3224704)</a></div>

A investigação também aponta fortes evidências de lavagem de dinheiro, uma vez que o fluxo financeiro, irregularmente obtido pelos pagamentos antecipados à empresa contratada, convergia para outras empresas sediadas no Distrito Federal, todas ligadas a familiares e amigos de um sócio oculto da empresa contratada. Além disso, há o registro de diversos saques realizados diretamente na "boca do caixa", logo depois dos pagamentos irregulares feitos pela Goinfra.

O POPULAR&nbsp;mostrou que&nbsp;o&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/alvo-de-mandado-de-pris-o-na-operac-o-obra-simulada-empresario-se-apresenta-a-policia-do-df-1.3225664" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">empresário Marcus Emmanoel Chaves Vieira,</a>&nbsp;administrador da empresa envolvida no crime, se apresentou no dia 30 de janeiro ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal. Ele permanece preso porque ainda não venceu&nbsp;o prazo de cinco dias da temporária dele.

Nota do Governo de Goiás

"Em relação à Operação Obra Simulada, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta terça-feira (28/1), o Governo de Goiás esclarece que:

- Conforme divulgado pela PCGO, as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo de Goiás, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias.

- A atual gestão estadual tem como premissa tolerância zero com qualquer desvio de conduta no trato do dinheiro público. A gestão não 'passa pano' para ninguém e não há possibilidade de segunda chance.

- O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor.

Secretaria de Comunicação -- Governo de Goiás"

Empresário suspeito de envolvimento em fraude milionária em contrato da Goinfra se apresenta à polícia, diz defesa

Cidades

Cidades - título

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Matéria - Cidades

Operação Obra Simulada

Em depoimento de cerca de 1 hora na tarde de quinta-feira (30), na Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), o ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Obras (Goinfra) Lucas Vissotto negou irregularidades no processo de contratação da Prime Construções e se disse alvo de “grande injustiça” ao ser preso na <a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-prende-suspeitos-de-fraude-milionaria-em-contrato-na-goinfra-para-manutenc-o-de-predios-publicos-1.3224656" target="_blank">Operação Obra Simulada</a>.

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O ex-presidente afirmou ter sido gestor de contratos que somam cerca de R$ 30 bilhões como servidor de carreira do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e que nunca foi alvo de qualquer procedimento ou investigação. O contrato com a Prime foi de R$ 28 milhões, com suspeitas de <a href="https://opopular.com.br/politica/operac-o-apura-desvios-de-pelo-menos-r-10-4-milh-es-1.3224991" target="_blank">desvios de R$ 10,4 milhões</a>, segundo a Deccor.

Ao final do depoimento, Vissotto se emocionou ao comentar estar distante de um filho especial. <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-presidente-da-goinfra-e-preso-em-operac-o-contra-fraude-milionaria-em-contrato-diz-policia-1.3224675" target="_blank">Preso na terça-feira (28)</a>, quando a operação foi deflagrada, Vissotto está na Delegacia Estadual de Capturas (Decap) e foi levado à Deccor na tarde de quinta para o depoimento.

O ex-presidente também ressaltou que todos os seus atos tinham respaldo da procuradoria da Goinfra e que não havia nenhum impedimento legal para o contrato e o aditivo fechados com a Prime. Ele afirmou ter sido apenas responsável pela assinatura do contrato e negou que houvesse parecer da Advocacia Geral da União (AGU) contrário à adesão à ata do Exército, como aponta o inquérito.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-prende-suspeitos-de-fraude-milionaria-em-contrato-na-goinfra-para-manutenc-o-de-predios-publicos-1.3224656" target="_blank">Operação prende suspeitos de fraude milionária em contrato na Goinfra para manutenção de prédios públicos</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/alvo-de-mandado-de-pris-o-na-operac-o-obra-simulada-empresario-se-apresenta-a-policia-do-df-1.3225664" target="_blank">Alvo de mandado de prisão na operação Obra Simulada, empresário se apresenta à Polícia do DF</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/operac-o-apura-desvios-de-pelo-menos-r-10-4-milh-es-1.3224991" target="_blank">Operação apura desvios de pelo menos R$ 10,4 milhões</a></div>

Quanto à execução dos serviços, medições e autorizações de pagamento, o ex-presidente afirmou que não era seu papel acompanhar de perto cada fiscalização e que o trabalho era feito por gestor e fiscal do contrato. Alegou que a Goinfra tinha centenas de frentes de trabalho.

O advogado Marcelo di Rezende, que atua na defesa de Vissotto, disse que o depoimento foi “o mais esclarecedor possível” e que não acredita em pedido de prorrogação da prisão temporária, de 5 dias, que vence no sábado (1º). “O depoimento foi bem completo e técnico. Ele deu uma aula sobre os processos de contratações neste setor”, afirma. “É uma pessoa supercapacitada, que geriu contratos muito maiores, que tem doutorado, pós-doutorado na área. Para se ter ideia, ele nunca recebeu um empreiteiro enquanto esteve na Goinfra”, completa o advogado.

Outras prisões

Nesta quinta, dois alvos de mandado de prisão temporária que não haviam sido localizados na terça se apresentaram à polícia: o <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/alvo-de-mandado-de-pris-o-na-operac-o-obra-simulada-empresario-se-apresenta-a-policia-do-df-1.3225664" target="_blank">empresário Marcus Emmanoel Chaves Vieira</a>, administrador da Prime, compareceu ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal; já a ex-servidora da Goinfra Thayanna Torres Avelar Nasser da Veiga se entregou na Deccor-GO e também foi levada à Decap.

Thayana foi líder de Área na Gerência de Apoio Administrativo e Logístico do órgão estadual e foi fiscal do contrato com a Prime Construções.

Já Marcus Emmanoel é apontado no inquérito como “sócio oculto” da Prime e o proprietário de fato da empresa. Ainda segundo a polícia, ele tem participação societária em várias empresas do “grupo econômico investigado”. Ele deve ser ouvido por videochamada nesta sexta-feira (31), segundo a defesa, que também nega irregularidades no contrato.

“Ele não estava foragido, mas em viagem de negócios e se apresentou espontaneamente”, disse o advogado Alexandre Lourenço, que representa o empresário e a Prime. A operação havia prendido na terça-feira a mulher de Marcus Emmanoel, Cíntia Maria Ataides Vieira. A ex-mulher Rosana Crisóstomo Ribeiro, o filho dela, Weslley Crisóstomo Nogueira da Silva e o filho de Marcus e Rosana, Marcus Emmanoel Chaves Vieira Júnior, também foram alvos de mandados de prisão, mas não localizados.

A Prime tem como proprietário, conforme registro na Receita Federal, o empresário José Francisco Alves Pereira, também alvo de mandado de prisão e não localizado. Há expectativa de que ele também se apresente à PC-DF nos próximos dias.

<div attr-cid="policy:1.3224729" attr-version="policy:1.3224729:1738071655" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3224729" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3224729', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3224729">Webstories - Operação de fraude na Goinfra (1.3224729)</a></div>

Depoimentos

O ex-diretor Gestão Integrada da Goinfra Thiago Carim Bucker também foi ouvido na Deccor na manhã de quinta-feira, quando negou irregularidades.

Marcelo di Rezende, que também o representa, fez críticas às prisões, afirmando que todos os presos estavam cientes das investigações e se mostravam dispostos a prestar esclarecimentos. O delegado Danilo Victor, responsável pelo inquérito, afirmou que foi “estratégia de investigação” não ouvir os envolvidos antes das medidas cautelares.

As investigações começaram em abril do ano passado, quando seis servidores da Goinfra foram exonerados diante de suspeitas de irregularidades na execução do contrato, de manutenção e conservação de prédios sob a responsabilidade do órgão, incluindo a própria sede, os palácios Pedro Ludovico Teixeira e das Esmeraldas, postos policiais e aeródromos.

A PC-GO instaurou o inquérito a partir de inspeções feitas pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra). Segundo a apuração, a Prime recebeu R$ 14,5 milhões, mas executou serviços que somariam apenas R$ 4,06 milhões.

As inspeções apontam suspeitas de superfaturamento, pagamentos antecipados por serviços não realizados e outras irregularidades na execução. O inquérito indica que, em alguns casos, houve demolição da unidade predial apenas para justificar a emissão de nota fiscal e os pagamentos. Além disso, a polícia investiga lavagem de dinheiro, diante de supostos repasses da Prime para outras empresas apontadas como pertencentes ao mesmo grupo.

Ex-presidente da Goinfra diz ser alvo de injustiça e defende contrato

Política

Política - título

Matéria - Política

O ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Lucas Alberto Vissotto Júnior, investigado por fraude milionária em contrato do órgão, teve a prisão provisória mantida pela Justiça em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (29).

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp</a>

Além de Vissoto, Thiago Carim Bucker, Gabriel Tertuliano, Vitor Andrisani Berquó e Adriano Mendes Ribeiro, ex-servidores do órgão, também tiveram a prisão temporária&nbsp;mantida pela Justiça.&nbsp;

Ao POPULAR,&nbsp;a defesa de Lucas Vissotto e&nbsp;Thiago Carim Bucker informou que os clientes se colocoram à disposição das autoridades competentes e permanecerão colaborando com as investigações para "demonstrar a inexistência de quaisquer irregularidades" (leia na íntegra ao final da matéria).

Em nota, a defesa de&nbsp;Gabriel Tertuliano disse que está analisando se recorrerá imediatamente da decisão, pois acredita que o cliente "será liberado logo após ser ouvido pelo delegado, já que não há qualquer indício de conduta dolosa e ilícita que ligue o investigado aos fatos narrados". A reportagem não conseguiu localizar as defesas dos demais investigados para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-prende-suspeitos-de-fraude-milionaria-em-contrato-na-goinfra-para-manutenc-o-de-predios-publicos-1.3224656" target="_blank">Operação prende suspeitos de fraude milionária em contrato na Goinfra para manutenção de prédios públicos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/operac-o-apura-desvios-de-pelo-menos-r-10-4-milh-es-1.3224991" target="_blank">Operação apura desvios de pelo menos R$ 10,4 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pagamentos-da-goinfra-eram-pulverizados-entre-parentes-e-amigos-de-socio-da-empresa-suspeita-de-fraude-diz-policia-1.3224776" target="_blank">Pagamentos da Goinfra eram 'pulverizados' entre parentes e amigos de sócio da empresa suspeita de fraude, diz polícia</a></div>

Na decisão,&nbsp;a juíza de Direito da 1ª Vara de Garantia, Ana Cláudia Veloso Magalhães, afirmou que a manutenção das prisões é justificada pela necessidade de garantir a continuidade das investigações e a obtenção de mais informações sobre a autoria e a materialidade dos delitos em questão. &nbsp;

A magistrada considerou ainda que não havia novos fatos que justificassem a revogação da prisão, “uma vez que permanecem sólidas as provas da materialidade dos delitos e os indícios de autoria”.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3224729" attr-version="policy:1.3224729:1738071655" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3224729" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3224729', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3224729">Webstories - Operação de fraude na Goinfra (1.3224729)</a></div>

<h2>Fraude milionária&nbsp;</h2>

Com&nbsp;suspeitas de desvios de pelo menos&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/politica/operac-o-apura-desvios-de-pelo-menos-r-10-4-milh-es-1.3224991" target="_blank">R$ 10,4 milhões</a>&nbsp;em contrato assinado pela Goinfra em 2023, segundo as investigações da Operação Obra Simulada, deflagrada na terça-feira (28) pela Polícia Civil de Goiás, Lucas Vissotto e cinco ex-servidores do órgão foram alvos de&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-prende-suspeitos-de-fraude-milionaria-em-contrato-na-goinfra-para-manutenc-o-de-predios-publicos-1.3224656" target="_blank">prisão temporária</a>, além dos donos da empresa Prime Construções, de Brasília (DF), e pessoas ligadas a eles, em total de 15 mandados. &nbsp;

Lucas Vissoto, inclusive, havia sido&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/presidente-da-goinfra-e-exonerado-em-meio-a-suspeitas-de-sobrepreco-e-irregularidades-em-contratac-es-1.3129898" target="_blank">exonerado em decreto</a>&nbsp;do governador Ronaldo Caiado publicado na noite de sexta-feira (20), conforme mostrou a&nbsp;repórter Fabiana Pulcineli.&nbsp;&nbsp;

Em nota, o Governo de Goiás afirmou que as <a href="https://opopular.com.br/cidades/pagamentos-da-goinfra-eram-pulverizados-entre-parentes-e-amigos-de-socio-da-empresa-suspeita-de-fraude-diz-policia-1.3224776" target="_blank">suspeitas de irregularidades</a> foram levantadas pelo próprio Governo do Estado, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias. &nbsp;

<cite>O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor", diz um trecho do comunicado (leia íntegra ao final da reportagem).&nbsp;</cite>

A pulverização desses pagamentos da empresa contratada diretamente para essas empresas no Distrito Federal em que, nessas empresas é que esse dinheiro retornava para o sócio oculto da empresa contratada pela Goinfra", afirmou o&nbsp;delegado Danilo Victor de Souza.

Segundo o investigador, o retorno do dinheiro ao sócio oculto da empresa se dava por meio de transferências ou por diversos saques, realizados em períodos curtos. "Logo depois que havia o <a href="https://opopular.com.br/cidades/pagamentos-da-goinfra-eram-pulverizados-entre-parentes-e-amigos-de-socio-da-empresa-suspeita-de-fraude-diz-policia-1.3224776" target="_blank">pagamento da Goinfra</a>, ali nós já vimos um comportamento do fluxo financeiro desse dinheiro de várias transferências e objetos de saques de maneira bastante fragmentada", detalhou.&nbsp;

<h3>Operação&nbsp;</h3>

As investigações apontaram que o respectivo contrato foi completamente descaracterizado, uma vez que, apesar de inicialmente ter sido firmado para a realização de simples serviços de reforma e manutenção predial, acabou se transmudando, indevidamente, em contrato de obras e serviços de engenharia, o que possibilitou a grande elevação dos preços do contrato por aditivos realizados posteriormente.&nbsp;

A PC apurou que, durante a execução do contrato, houve casos de demolições totais de estruturas, apenas para justificar a emissão de notas fiscais e possibilitar pagamentos indevidos à contratada, ocorrendo fraudes em procedimentos de medições e em "atestes" das notas ideologicamente falsas emitidas pela empresa, mediante a participação de ex-membros da Diretoria de Gestão Integrada da Goinfra, gestores e fiscais do contrato.&nbsp;

A Polícia Civil revelou que outra pretensão contratual da Goinfra, no valor de R$ 271,8 milhões, gerida pelos mesmos investigados que integravam a referida diretoria da Estatal, e que foi suspensa pelo TCE em abril de 2024, também está sendo alvo de operação, já que a análise do Tribunal evidenciou um sobrepreço de mais de R$ 62 milhões.&nbsp;

A PC apurou que a empresa contratada já havia sido alvo de apuração no estado do Tocantins, onde o Tribunal de Contas Estadual evidenciou dano aos cofres públicos decorrente de superfaturamento, sobrepreço e inexecução contratual de obras públicas. A mesma empresa é alvo de diversos processos no Distrito Federal.&nbsp;

Colaborou&nbsp;Maiara Dal Bosco

<h4>Nota da defesa de Lucas Vissoto</h4>

O ex-presidente da Goinfra foi submetido a audiência de custódia na qual houve decisão determinando a manutenção da prisão temporária com a justificativa de que os elementos da prisão ainda persistem ao caso. A defesa considera a manutenção da medida extrema totalmente descabida, desarrazoada e desproporcional.

Com o objetivo de restaurar os direitos de nosso constituído, adotaremos a impetração de Habeas Corpus para a devida revogação da prisão. Estamos confiantes de que o Poder Judiciário analisará a situação com a devida imparcialidade, observando os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

O Sr. Lucas sempre se colocou à disposição das autoridades competentes e permanecerá colaborando com as investigações para demonstrar a inexistência de quaisquer irregularidades. No momento oportuno, apresentaremos os fatos e provas necessários para evidenciar de forma inequívoca a inocência do nosso cliente. 

Reiteramos nossa confiança na Justiça e nas instituições democráticas, certos de que a verdade prevalecerá e que os direitos fundamentais do constituído serão devidamente respeitados e resguardados.

Di Rezende - Advocacia e Consultoria​

<h4>Nota da defesa de Thiago Carim Bucker&nbsp;</h4>

A Defesa do Sr. Thiago Carim Bucker, ex-Diretor do Departamento de Gestão Integrada da GOINFRA, vem a público esclarecer que em sede de audiência de custódia, embora tenha sido mantida a prisão temporária com a justificativa de que supostamente os elementos ensejadores da prisão ainda estariam persistentes, a defesa discorda da decisão e compreende ser totalmente desnecessária, desproporcional e desarrazoada a manutenção da medida extrema desta prisão temporária. 

Diante da ausência de fundamentos legais para manutenção da prisão e da desnecessidade desta medida extrema, a Defesa confia na Justiça e providenciará a impetração de Habeas Corpus para sanar todas as arbitrariedades relacionadas à prisão temporária para que o Sr. Thiago seja prontamente libertado, em estrita observância aos princípios constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal. 

A Defesa reforça que o Sr. Thiago sempre se colocou à disposição das autoridades competentes e permanecerá colaborando com as investigações para demonstrar a inexistência de quaisquer irregularidades. Reforçamos que no momento oportuno, apresentaremos os fatos e provas necessárias para evidenciar de forma inequívoca a inocência do nosso cliente.

Di Rezende - Advocacia e Consultoria​&nbsp;

<h2>Nota do Governo de Goiás</h2>

"Em relação à Operação Obra Simulada, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta terça-feira (28/1), o Governo de Goiás esclarece que:

- Conforme divulgado pela PCGO, as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo de Goiás, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias.

- A atual gestão estadual tem como premissa tolerância zero com qualquer desvio de conduta no trato do dinheiro público. A gestão não 'passa pano' para ninguém e não há possibilidade de segunda chance.

- O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor.

Secretaria de Comunicação -- Governo de Goiás"

Ex-presidente da Goinfra investigado por fraude milionária em contrato deve permanecer preso, decide Justiça

<div attr-cid="policy:1.3225169" attr-version="policy:1.3225169:1738169905" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3225169" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3225169', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3225169">Vídeo - Chamada Kariny Bianca (1.3225169)</a></div>

Preso nesta terça-feira (28) na <a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-prende-suspeitos-de-fraude-milionaria-em-contrato-na-goinfra-para-manutenc-o-de-predios-publicos-1.3224656" target="_blank">Operação Obra Simulada</a>, da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), o ex-diretor de Manutenção e servidor de carreira da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) Adriano Mendes Ribeiro havia sido cedido à Prefeitura de Santo Antônio do Descoberto (Entorno do Distrito Federal) para ser secretário de Infraestrutura, Obras e Serviços Públicos na gestão da nova prefeita, Jessica do Premium (UB), mulher do deputado estadual André do Premium (Avante). O ato de cessão do governo estadual havia sido publicado no Diário Oficial do Estado na noite de segunda-feira (27), véspera da operação.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Ao POPULAR, o deputado disse que, diante das investigações, a gestão municipal definirá um outro nome para a secretaria. Adriano já havia comparecido algumas vezes à pasta, mas aguardava a cessão oficial para tomar posse. O parlamentar afirmou que conheceu o servidor por meio do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto (UB), que tem grupo político conjunto com a direção do Avante. “Fiz amizade com ele, e me ajudou demais, assim como o Lucas Vissotto (ex-presidente da Goinfra, também preso na operação), a levar benefícios para a minha cidade. Mandou máquinas, obras, tudo dentro da lei”, afirma.

André do Premium disse ainda que há uma determinação da gestão municipal em ocupar pastas importantes, como Infraestrutura e Saúde, com nomes técnicos, daí a escolha por Adriano. “Ele é engenheiro, experiente, servidor de carreira, sabe mexer com asfalto. Queríamos alguém para entregar resultados.” Questionado sobre o fato de Adriano ter sido exonerado no ano passado da Diretoria de Manutenção, já por conta das investigações do contrato com a Prime Construções, o deputado disse que tinha questionado no meio político o <a href="https://opopular.com.br/politica/operac-o-apura-desvios-de-pelo-menos-r-10-4-milh-es-1.3224991" target="_blank">andamento das apurações</a> e que ninguém havia apontado nada.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/operac-o-apura-desvios-de-pelo-menos-r-10-4-milh-es-1.3224991" target="_blank">Operação apura desvios de pelo menos R$ 10,4 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pagamentos-da-goinfra-eram-pulverizados-entre-parentes-e-amigos-de-socio-da-empresa-suspeita-de-fraude-diz-policia-1.3224776" target="_blank">Pagamentos da Goinfra eram 'pulverizados' entre parentes e amigos de sócio da empresa suspeita de fraude, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-prende-suspeitos-de-fraude-milionaria-em-contrato-na-goinfra-para-manutenc-o-de-predios-publicos-1.3224656" target="_blank">Operação prende suspeitos de fraude milionária em contrato na Goinfra para manutenção de prédios públicos</a></div>

“Agora fica ruim para nós e vamos buscar outro nome na mesma linha. Antes quem estava na secretaria era vereador licenciado, era indicação política. Agora mudou. Vamos construir outra opção. Mas eu acho que ele é um menino bom, que não tem relação com isso (investigações de desvios)”, afirmou o deputado.

Antes de ser cedido ao município, Adriano estava lotado na Diretoria Geral da Polícia Penal. O presidente da Goinfra, Pedro Sales, informou que havia assinado termo de cooperação técnica com a DGPP para ceder servidores responsáveis por acompanhar e orientar a pasta sobre obras do sistema penitenciário.

Sales disse ainda que o órgão não chegou a abrir processo administrativo disciplinar (PAD) contra Adriano porque não houve identificação de qualquer participação dele no contrato com a Prime Construções. “A exoneração ocorreu de forma preventiva porque a gerência de Aeródromos estava dentro da Diretoria de Manutenção. Depois não identificamos nenhum ato praticado por ele na contratação e execução dos serviços. Toda a engrenagem contratual estava na Diretoria de Gestão Integrada. Agora, com os desdobramentos das investigações da Polícia Civil, faremos nova análise sobre o possível envolvimento e se caberá PAD”, disse.

<div attr-cid="policy:1.3224729" attr-version="policy:1.3224729:1738071655" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3224729" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3224729', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3224729">Webstories - Operação de fraude na Goinfra (1.3224729)</a></div>

<h2>Aparecida</h2>

Um outro secretário municipal, de Aparecida de Goiânia, também foi alvo de quebras de sigilos telefônico, bancário e fiscal na <a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-prende-suspeitos-de-fraude-milionaria-em-contrato-na-goinfra-para-manutenc-o-de-predios-publicos-1.3224656" target="_blank">Operação Obra Simulada</a>. A decisão judicial que autorizou as medidas cita apenas que o coronel da Polícia Militar Marco Aurélio Godinho, ex-comandante do Comando de Policiamento Rodoviário, “é mencionado como alguém que forneceu suporte operacional nas atividades sob suspeita”.

Godinho foi recém-nomeado secretário de Segurança Pública na gestão do prefeito Leandro Vilela (MDB). O prefeito afirmou que as investigações não são relacionadas a Aparecida de Goiânia e que “cada um deve arcar com as consequências dos seus atos”, se houver alguma comprovação de irregularidade por parte do auxiliar.

Coronel Godinho afirmou que não tem conhecimento da decisão judicial e que apenas abriu os postos policiais para reformas. “Como comandante, eu unicamente solicitei as reformas e abri os postos para os serviços. Estou surpreso porque não fizemos fiscalização, medição nem acompanhamento de nada. Nem tive acesso a valores e pagamentos. São unidades militares que receberam serviços de contrato da Goinfra, sem qualquer participação nossa”, afirmou, completando que está à disposição da Deccor e da Justiça para colaborar se solicitado. Ele também afirmou desconhecer irregularidades na <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-presidente-da-goinfra-e-preso-em-operac-o-contra-fraude-milionaria-em-contrato-diz-policia-1.3224675" target="_blank">execução do contrato</a>.

<img attr-cid="policy:1.3224995" attr-version="policy:1.3224995:1738114893" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3224995/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Posto policial na GO-020, em Senador Canedo: intervenção para justificar emissão de nota fiscal e pagamento (Wildes Barbosa / O Popular)

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Servidor preso foi cedido para ser secretário em cidade do Entorno

Obra simulada

<div attr-cid="policy:1.3225169" attr-version="policy:1.3225169:1738169905" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3225169" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3225169', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3225169">Vídeo - Chamada Kariny Bianca (1.3225169)</a></div>

Serviços de manutenção e obras em prédios públicos, incluindo a própria sede da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), estruturas militares, e os Palácios das Esmeraldas e Pedro Ludovico Teixeira, estão no foco das investigações da <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/veja-quem-foram-os-alvos-da-operac-o-obra-simulada-que-apura-irregularidades-em-obras-da-goinfra-1.3224744" target="_blank">Operação Obra Simulada</a>, deflagrada nesta terça-feira (28) pela Polícia Civil de Goiás, com suspeitas de desvios de pelo menos R$ 10,4 milhões em contrato assinado pela Goinfra em 2023. O ex-presidente <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-presidente-da-goinfra-e-preso-em-operac-o-contra-fraude-milionaria-em-contrato-diz-policia-1.3224675" target="_blank">Lucas Vissotto</a> e cinco ex-servidores do órgão foram alvos de <a href="https://opopular.com.br/politica/servidor-preso-foi-cedido-para-ser-secretario-em-cidade-do-entorno-1.3224996" target="_blank">prisão temporária</a>, além dos donos da empresa Prime Construções, de Brasília (DF), e pessoas ligadas a eles, em total de 15 mandados.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Outras medidas cautelares, como quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico, e busca e apreensão, foram cumpridas contra um total de 32 investigados, incluindo 10 empresas que teriam ligação com a Prime. A polícia, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), apura suspeitas de peculato (desvio praticado por servidor público), corrupção passiva e ativa, <a href="https://opopular.com.br/cidades/pagamentos-da-goinfra-eram-pulverizados-entre-parentes-e-amigos-de-socio-da-empresa-suspeita-de-fraude-diz-policia-1.3224776" target="_blank">fraude em contrato administrativo</a>, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Dos 15 mandados de prisão, 8 foram cumpridos (veja quadro).

As investigações na Goinfra foram reveladas pelo POPULAR em abril do ano passado, quando seis servidores da agência foram exonerados pelo governador Ronaldo Caiado (UB) a partir de apurações da Controladoria Geral do Estado (CGE) e da Secretaria de Infraestrutura, à qual a Goinfra é jurisdicionada. Na ocasião, o contrato foi rescindido e houve anúncio de abertura de processos administrativos contra a empresa e ex-servidores. Duas semanas depois, Vissotto deixou a presidência. Na mesma ocasião, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) determinou a suspensão de licitação para aquisição de aduelas (estruturas de concreto) para pontes, por suspeita de sobrepreço de R$ 62 milhões, em processo que também está no inquérito da polícia.

<img attr-cid="policy:1.3224990" attr-version="policy:1.3224990:1738114421" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3224990/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Ex-presidente da Goinfra, Lucas Vissotto: investigação aponta que então titular da agência tinha ‘pleno conhecimento’ do esquema (Wildes Barbosa / O Popular)

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/servidor-preso-foi-cedido-para-ser-secretario-em-cidade-do-entorno-1.3224996" target="_blank">Servidor preso foi cedido para ser secretário em cidade do Entorno</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pagamentos-da-goinfra-eram-pulverizados-entre-parentes-e-amigos-de-socio-da-empresa-suspeita-de-fraude-diz-policia-1.3224776" target="_blank">Pagamentos da Goinfra eram 'pulverizados' entre parentes e amigos de sócio da empresa suspeita de fraude, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/veja-quem-foram-os-alvos-da-operac-o-obra-simulada-que-apura-irregularidades-em-obras-da-goinfra-1.3224744" target="_blank">Veja quem foram os alvos da Operação Obra simulada, que apura irregularidades em obras da Goinfra</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-presidente-da-goinfra-e-preso-em-operac-o-contra-fraude-milionaria-em-contrato-diz-policia-1.3224675" target="_blank">Ex-presidente da Goinfra é preso em operação contra fraude milionária em contrato, diz polícia</a></div>

O contrato com a Prime teve valor total de quase R$ 28 milhões para “manutenção e conservação predial, de natureza preventiva e corretiva, com fornecimento de materiais e mão de obra, nas instalações da Goinfra”. Foi assinado em junho de 2023, por R$ 22,3 milhões, por adesão à ata - carona em licitação feita por outro órgão - do Comando do Exército/ Ministério da Defesa. Em março de 2024, houve um aditivo com acréscimo de itens e aumento do valor em mais R$ 5,58 milhões.

Segundo o inquérito, a Prime recebeu R$ 14,5 milhões, mas executou serviços que somariam apenas R$ 4,06 milhões, apontados em vistorias técnicas. As inspeções apontam suspeitas de superfaturamento, pagamentos antecipados por serviços não realizados e outras irregularidades na execução do contrato. Segundo o inquérito, em alguns casos, houve demolição da unidade predial apenas para justificar a emissão de nota fiscal e os pagamentos.

A Deccor informou ainda que a Goinfra não poderia ter feito adesão à ata do Exército por conta de um parecer da Advocacia Geral da União (AGU) contrário à contratação por órgãos não participantes da licitação, devido às especificidades do objeto licitatório. Ainda de acordo com o inquérito, a Prime ampliou os serviços para além de manutenção, executando obras nas unidades e ganhando aditivo, o que também seria irregular.

Questionado sobre os nove meses de intervalo entre o início das investigações e a operação desta terça-feira, o delegado responsável pelo inquérito, Danilo Victor, afirmou que houve mais vistorias técnicas em serviços executados pela Prime e análise de provas para que, então, fossem solicitadas as medidas cautelares. Segundo ele, ao todo foram analisadas 26 unidades prediais, sendo 14 postos policiais rodoviários, 9 aeródromos, os 2 palácios e a sede da Goinfra.

A decisão judicial que autorizou as medidas cautelares cita vistorias em 22 prédios. Entre os casos com maior discrepância de valores, estão os serviços de manutenção na própria sede da Goinfra, no Conjunto Caiçara, em Goiânia. Segundo o inquérito, a Prime recebeu R$ 3,38 milhões por trabalhos no prédio do órgão, mas executou o equivalente a R$ 1,9 milhão.

Para manutenção no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede administrativa do governo goiano, na Praça Cívica, o inquérito aponta que a Prime emitiu nota uma semana depois da ordem de serviço e recebeu pagamento duas semanas mais tarde no valor de quase todo o serviço. Foi pago R$ 1,13 milhão de total de R$ 1,42 milhão.

Já na reforma de instalações do Comando de Policiamento Rodoviário da Polícia Militar de Goiás, em Goiânia, foram apontadas falhas construtivas e pagamentos indevidos. A empresa recebeu R$ 1,8 milhão, mas a vistoria apontou execução equivalente a R$ 542,7 mil.

O inquérito também indica que, no caso de serviços em postos policiais de Luziânia e São João D’Aliança, a execução do contrato foi nula, mas houve pagamentos.

A atual gestão da Goinfra, presidida por Pedro Sales, afirma que, com o rescisão do contrato e as inspeções, os serviços foram paralisados, mas a intenção é retomá-los por meio de novas contratações.

<div attr-cid="policy:1.3224729" attr-version="policy:1.3224729:1738071655" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3224729" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3224729', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3224729">Webstories - Operação de fraude na Goinfra (1.3224729)</a></div>

<h2>Servidores</h2>

Dos seis servidores que foram exonerados no ano passado, apenas uma não foi alvo de pedido de prisão, mas de outras medidas cautelares: a ex-chefe de Gabinete da presidência da Goinfra Polyana Rosseti Oliveira Rosa. O marido dela também é investigado. Entre os demais, quatro foram presos e uma não foi localizada (veja quadro).

O delegado não quis detalhar as provas contra cada ex-auxiliar da Goinfra, mas, ao ser questionado sobre o envolvimento do ex-presidente, disse que a investigação aponta “pleno conhecimento do que estava acontecendo” e que é “estranho” que Vissotto tenha assinado a adesão à ata com parecer contrário da AGU.

No inquérito, o delegado aponta quatro ex-servidores como “principais envolvidos na execução do contrato”: Thiago Carim Bucker, Vitor Angrisani Berquó Ramalhão, Gabriel Tertuliano e Thayana Torres Avelar Nasser da Veiga. Ele cita que Bucker e Tertuliano, que são servidores de carreira de órgãos do governo federal e que atuaram no Dnit, “tiveram influência significativa no andamento do contrato com a Prime”.

O inquérito destaca que Vissotto também é servidor efetivo do Dnit. “As investigações revelaram que muitos desses agentes já se conheciam do Dnit, o que pode ter facilitado a tramitação e aprovação de <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/veja-quem-foram-os-alvos-da-operac-o-obra-simulada-que-apura-irregularidades-em-obras-da-goinfra-1.3224744" target="_blank">processos irregulares</a>. Além disso, foram levantadas suspeitas sobre movimentações financeiras de alguns desses servidores, como aquisições de veículos e outros bens de valores consideráveis logo após os primeiros pagamentos à Prime, o que levanta a hipótese de enriquecimento ilícito”, diz o documento, sem mais detalhes sobre a apuração de bens.

Sobre os processos administrativos de responsabilização contra a Prime e por transgressões disciplinares contra os ex-servidores anunciados no ano passado pela Goinfra, o órgão informou que o Parf ainda está em andamento e que apenas um dos ex-diretores, Thiago Bucker, é alvo de procedimento de apuração, que será encaminhado, após conclusão, ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, em que ele é servidor efetivo.

O Parf, instaurado em abril do ano passado, tinha prazo de 180 dias, podendo ser prorrogado por igual período.

<h3>Manifestações</h3>

Em nota, o governo de Goiás afirmou que “tem como premissa tolerância zero com qualquer desvio de conduta no trato do dinheiro público e que não ‘passa pano’ para ninguém”. Destacou que as suspeitas de irregularidades foram levantadas pela própria gestão “por meio de seus sistemas internos de controle e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias”, e que “seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor”.

Responsável pela defesa do empresário Marcus Emmanoel Chaves Vieira e da Prime Construções, o advogado Alexandre Lourenço disse que aguarda autorização para ter acesso pleno aos documentos da investigação e que acredita no Poder Judiciário a fim de se garantir o direito à ampla defesa e ao contraditório.

O POPULAR não conseguiu informações sobre a defesa dos outros presos. O processo que autorizou as medidas cautelares está sob sigilo e não estão disponíveis os nomes dos advogados dos investigados.

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Operação apura desvios de pelo menos R$ 10,4 milhões

Obra Simulada

O Popular