Para promotor de Justiça, local firou apenas deposito de lixo e morro não para de crescer (Wesley Costa/O Popular) O aterro de Goiânia e a insistência por mais prazos para o funcionamento de lixões em municípios goianos colocaram o Ministério Público de Goiás (MP-GO) no centro de uma batalha judicial e institucional para evitar mais um desastre ambiental anunciado por causa de gestão nesta área. Além disso, há as preocupações com alagamentos, desmatamentos e crise de abastecimento de água. Especialistas ouvidos pelo POPULAR chamam a atenção para a fragilidade da fiscalização municipal e estadual em relação ao meio ambiente em Goiás, especialmente no Cerrado, o que pode pôr em risco a saúde pública e o futuro da cidade. O caso de Goiânia torna-se simbólico porque o aterro está próximo ao esgotamento, funciona sem licença ambiental desde 2011 e o plano de ampliação foi travado por sucessivos descumprimentos técnicos e falta de ações concretas. Dados e relatos do promotor de Justiça, Juliano de Barros Araújo, especializado em meio ambiente, revelam que o risco de colapso é crescente e que a população está prejudicada: paga por um serviço mal prestado e arcaria com multas altas por inércia do poder público.