<img attr-cid="policy:1.3319190" attr-version="policy:1.3319190:1759350009" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3319190/WhatsApp Image 2025-10-01 at 14.27.04.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Sobrado na Rua 233, no Setor Universitário, é demolido pela Prefeitura de Goiânia (Divulgação / Alex Malheiros (Secom))

No início da semana, a Prefeitura de Goiânia começou a <a href="https://opopular.com.br/cidades/paco-comeca-a-demolir-mocos-em-goiania-banheiro-publico-na-praca-do-trabalhador-foi-retirado-1.3318438" target="_blank">demolir imóveis abandonados</a> na capital, sendo o primeiro alvo um banheiro público abandonado na Avenida Independência. Nesta quarta-feira (1º), foi a vez de um imóvel particular localizado no Setor Leste Universitário. Conforme a gestão municipal, o objetivo é trazer mais segurança aos pedestres que passam próximo aos chamados "mocós", além de oferecer suporte às pessoas em situação de vulnerabilidade que utilizam esses lugares.&nbsp;

De acordo com a prefeitura, o sobrado demolido na Rua 233, por exemplo, estava abandonado há mais de 10 anos, apesar do proprietário receber diversas notificações para promover reparos.&nbsp;&nbsp;

O coordenador da Defesa Civil de Goiânia, Robledo Mendonça, disse que a medida foi necessária diante do risco estrutural, com risco iminente para os próprios moradores em situação de rua. Conforme a Polícia Militar, no local foram registradas inúmeras ocorrências de indivíduos portando arma branca, tráfico, receptação e até foragidos da Justiça.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3318437" attr-version="policy:1.3318437:1759197431" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3318437/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Considerado mocó, sobrado da Rua 233, no Setor Universitário antes de ser demolido (Fábio Lima / O Popular)

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/paco-comeca-a-demolir-mocos-em-goiania-banheiro-publico-na-praca-do-trabalhador-foi-retirado-1.3318438" target="_blank">Paço começa a demolir mocós em Goiânia; banheiro público na Praça do Trabalhador foi retirado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/demolic-o-retira-mais-um-predio-modernista-da-paisagem-de-goiania-1.3232100" target="_blank">Demolição retira mais um prédio modernista da paisagem de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-assina-decreto-para-desapropriac-o-do-joquei-1.3289920" target="_blank">Mabel assina decreto para desapropriação do Jóquei</a></div>

O diretor de Fiscalização da Secretaria Municipal de Eficiência (Sefic), João Peres, havia dito anteriormente que a demolição é ainda mais necessária devido à chegada das chuvas.&nbsp;

<cite>Está chegando o período chuvoso. Se ele cair e matar alguém, a Prefeitura pode ser responsabilizada por não ter tomado providência. [...] Quando se trata de uma propriedade privada, o dono precisa cuidar, como estabelece os códigos de Edificações e de Postura do Município. Nesse caso, o proprietário foi notificado via edital."&nbsp;</cite>

Segundo o Paço, as demolições ocorreram de forma permanente e outras ações semelhantes serão realizadas nas próximas semanas, tanto em imóveis privados quanto em áreas públicas.&nbsp;

Pelas redes sociais, Mabel disse que a medida estava sendo tomada porque "Goiânia não pode ser lugar para traficantes" e que outras estruturas semelhantes em desuso serão extintas.&nbsp;

Ainda estão no radar da Sefic um pit dog abandonado na Avenida Perimetral, no Setor Coimbra; outro na Praça da Feira, na Vila Redenção; e um terceiro no Setor Aeroporto.&nbsp;&nbsp;

O diretor de Fiscalização lembra que as demolições ocorrem a partir de denúncias da população, das polícias Civil e Militar e da Defesa Civil. A comunidade pode informar sobre os mocós pelo site da Prefeitura de Goiânia, <a href="http://www.goiania.go.gov.br/html/e156" target="_blank">no menu e156</a>.

<h2>Demolição anterior</h2>

Em fevereiro, <a href="http://opopular.com.br/cidades/demolic-o-retira-mais-um-predio-modernista-da-paisagem-de-goiania-1.3232100" target="_blank">houve a demolição do imóvel </a>da antiga sede da Centrais Elétricas de Goiás (Celg) e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na&nbsp;Avenida Anhanguera, Setor Oeste. Segundo a prefeitura, a ação ocorreu a pedido dos proprietários&nbsp;que adquiriram o imóvel quando a Celg foi vendida, em 2016, e estava sem ocupação oficial desde meados de 2019.

Na época, o imóvel teve um processo de tombamento analisado pela Secretaria de Estado de Cultura de Goiás, por ser um representante da arquitetura modernista em Goiânia. Porém, o Conselho Estadual de Cultura (CEC) decidiu pelo não tombamento do prédio devido ao estado de deterioração do imóvel.

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Demolição da antiga sede da Celg, na Avenida Anhanguera, Setor Oeste, foi iniciada nesta segunda-feira (17): prédio quase foi tombado (Wildes Barbosa / O Popular)

Entenda por que Prefeitura de Goiânia está demolindo imóveis abandonados

Cidades

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Matéria - Cidades

Demolição

O prazo de aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi descumprido em uma situação considerada inédita e que ajuda a dar a dimensão da crise instalada na relação entre a gestão do prefeito Sandro Mabel (UB) e vereadores. Conforme apurado pela coluna, não há registro na Câmara de Goiânia de que situação semelhante tenha ocorrido anteriormente.

Pela Lei Orgânica da capital, o texto deveria ter sido devolvido para a sanção de Mabel na terça-feira (31). No entanto, ele foi retirado um dia antes, diante do cenário hostil na Comissão Mista da Câmara de Goiânia e de uma votação que o Paço Municipal trata como nula. 

No Legislativo, o comentário é de que, mesmo nos momentos mais turbulentos de gestões passadas, não houve prejuízo para aquilo que é “corriqueiro”, como a LDO. As insatisfações dos vereadores costumavam ficar visíveis em propostas de maior impacto, como os códigos Tributário e de Posturas, e o Plano Diretor. Agora Mabel evita os grandes temas, mas a disposição para o enfrentamento permanece entre os vereadores, com reflexo naquilo que faz parte do calendário anual da Câmara.

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Encavalou

A LDO serve de base para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), que também tem prazo previsto e já deveria estar na Câmara.

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Contra o tempo

Advogados ouvidos pela coluna apontam que a aprovação da LDO e o envio da LOA precisam ocorrer até a segunda quinzena de setembro para evitar riscos de responsabilização no Legislativo e no Executivo.

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Ambiente hostil

De 29 projetos enviados por Mabel à Câmara desde o início do ano, apenas 9 foram aprovados. Entre os 20 projetos não aprovados, estão a LDO e outros 3 que também foram retirados a pedido do prefeito.

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Esse é o clima

Mabel e Cabo Senna (PRD) se encontraram no tradicional Restaurante Popular, nesta quarta (1°). Não se falaram. O vereador é presidente da Comissão Mista e conduzirá a prestação de contas desta quinta (2).

<img attr-cid="policy:1.3319305" attr-version="policy:1.3319305:1759369021" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3319305/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Pode isso? - Duas caçambas de entulho empilhadas na Rua 1, no Setor Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia. (Wildes Barbosa / O Popular)

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Staff

Todos os secretários municipais foram convocados para a prestação de contas de Mabel. Não só para comparecerem à audiência pública na Câmara de Goiânia, mas também para levantar dados da atuação de suas respectivas pastas. O prefeito pretende contar com os auxiliares para responder aos questionamentos dos vereadores.

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Recomendação

A promotora Leila Maria de Oliveira recomendou ao presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, realizar a adequação da metodologia de cálculo dos indicadores de universalização dos serviços de saneamento à resolução normativa conjunta aprovada pelas agências reguladoras do estado (AGR), de Goiânia (AR) e de Anápolis (ARM).

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Como é?

A resolução prevê o monitoramento através dos índices de atendimento de abastecimento de água (IAA); de cobertura de abastecimento de água (ICA); de atendimento de esgotamento sanitário (IAE); e de cobertura de esgotamento sanitário (ICE). As regras foram estabelecidas pela Agência Nacional de Águas (ANA).

Pergunta para:

<img attr-cid="policy:1.3319303" attr-version="policy:1.3319303:1759368390" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3319303/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Bia de Lima, Deputada Estadual, pres. do Sintego e da CUT/GO (Divulgação)

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Bia de Lima

Deputada estadual pelo PT

Quem deve ser candidato a governador pelo PT?

Estamos querendo trabalhar logo esse nome e vamos fazer uma reunião nesta quinta-feira (2) para já entrar no circuito. Não podemos trabalhar só com a possibilidade da deputada (federal) Adriana Accorsi. O nome dela desponta com muita leveza, mas ela tem reeleição garantida. Não sou a favor de trocar o certo pelo duvidoso. Precisamos construir um outro nome, mas não pode ser qualquer um. Tem de ser um nome competitivo.

Arremate:

Operação Fator R - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que todas as ações penais da “Operação Fator R”, que apura supostas fraudes em licitações envolvendo o grupo Tropical Pneus, sejam processadas pela Justiça Federal.

Detalhes -&nbsp;A decisão foi unânime e segue a Súmula 122 do STJ, unificando oito processos antes em curso na esfera estadual. A tese da defesa, feita pelo advogado Tadeu Jayme, é a de que a medida reforça a segurança jurídica e o devido processo legal.

Viu essa? -&nbsp;Foi publicado nesta quarta um Decreto Judiciário que concede aposentadoria voluntária à desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, do Tribunal de Justiça (TJ-GO).

Prazo de aprovação da LDO de Goiânia é descumprido em situação inédita

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), enviou à Câmara projeto de lei que institui o Programa de Recuperação de Créditos Tributários, Fiscais e Não Tributários, o Refis 2025, oportunidade em que é aberta a possibilidade de renegociação de dívidas com a administração municipal. A matéria também autoriza a participação da Prefeitura na XX Semana Nacional de Conciliação, prevista para novembro deste ano.

De acordo com a matéria, o prazo de adesão aos benefícios será de, no máximo, 30 dias. O período de duração será definido por ato do prefeito, que deve ser publicado no Diário Oficial do Município. O documento não tem estimativa de arrecadação. A reportagem questionou a Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) sobre o tema, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.&nbsp;

Entre os tributos que podem ser renegociados estão os impostos Predial e Territorial Urbano (IPTU), Territorial Urbano (ITU), de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), além de taxas municipais e contribuições municipais. A redução de multa pode chegar a 99%, em caso de pagamento à vista. O benefício vale apenas para dívidas vencidas até 30 de julho de 2025.

Prefeitura envia projeto de lei que cria novo Refis sem estimar receita

Política

Política - título

Matéria - Política

Câmara de Goiânia

Em meio à calamidade financeira e discurso de rombo nas contas da Prefeitura de Goiânia, o prefeito Sandro Mabel (UB) irá à Câmara, nesta quinta-feira (2), para prestar contas do 2º quadrimestre de 2025. O resultado primário foi de R$ 678 milhões, o melhor em pelo menos cinco anos.Em 2021, primeiro ano da gestão de Rogério Cruz (SD), o superávit foi de R$ 170 milhões. No ano seguinte, houve aumento para R$ 610 milhões. Já em 2023, houve queda para R$ 31 milhões. Em 2024, ano eleitoral, a Prefeitura registrou resultado primário negativo, de R$ 166 milhões. Este recorte leva em consideração a diferença entre receitas e despesas, deixando de fora os pagamentos de juros e amortização da dívida pública. No resultado primário, também são desconsideradas as receitas e despesas ligadas ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).Os dados da Prefeitura também demonstram que, no período analisado, os impostos e taxas arrecadados diretamente pela Prefeitura somaram R$ 2,6 bilhões, superando as transferências correntes, realizadas pelos governos federal e estadual, que foram de R$ 2,5 bilhões. O imposto com maior arrecadação foi o Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), com o total de R$ 970 milhões. Já o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) somou R$ 921 milhões, seguido do Imposto de Renda (IR), com R$ 445 milhões, e do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), com R$ 243 milhões. Já a arrecadação de taxas registrou R$ 102 milhões. A receita total no 2º quadrimestre foi de R$ 6,6 bilhões, valor que representa variação real (considera a inflação de 5,13%) de 6,61%. Em 2024, a receita do período foi de R$ 5,9 bilhões. Quanto à despesa municipal, houve uma queda de 10,57%. Os gastos da Prefeitura de janeiro a agosto de 2025 somaram R$ 5,9 bilhões. No mesmo período do ano passado, a despesa apontada foi de R$ 6,2 bilhões. A Prefeitura registrou queda de 30% em investimentos. Neste ano, foram aplicados R$ 165 milhões neste item, contra R$ 226 milhões gastos no ano passado - 2024 foi eleitoral e o último da gestão de Cruz. Já 2025 é o primeiro de Mabel à frente do Paço Municipal. O POPULAR mostrou que, no primeiro quadrimestre, houve queda de 76% nos investimentos na comparação com o mesmo período do ano passado. Também houve queda na despesa com pessoal e encargos sociais, de 1,61%. No segundo quadrimestre de 2024, o gasto foi de R$ 2,9 bilhões. Neste ano, foi de R$ 3 bilhões. Esta foi a principal despesa do Paço no período. Até agosto, o gasto com folha representou 46,35% da receita corrente líquida (RCL). Em relação ao cumprimento de limite constitucional de despesa com Saúde, a Prefeitura aplicou 20%, sendo que o piso é de 15%. Em Educação, o índice registrado também foi de 20%, mas o exigido para o ano é de 25%, ou seja, a Prefeitura precisa avançar na aplicação de recursos nesta área até o fim do ano. ContextoDesde que assumiu a gestão da Prefeitura, Mabel e sua equipe afirmam que a Prefeitura está em grave situação financeira, com rombo de cerca de R$ 4 bilhões. No valor, o prefeito considera dívidas históricas da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas).No início do ano, Mabel conseguiu articular a aprovação, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), de decreto de calamidade nas finanças e na Saúde. Em julho, o prefeito conseguiu ainda que a Alego prorrogasse o reconhecimento do cenário caótico até dezembro deste ano. A decisão foi tomada mesmo com um parecer contrário do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO).

Em meio à calamidade, Paço vai apresentar superávit nas contas

O Paço Municipal decidiu “sentir o clima” da prestação de contas do Executivo à Câmara de Goiânia, nesta quinta-feira (2), antes de decidir sobre a devolução à Casa da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2026. O prefeito Sandro Mabel (UB) apresentará o resultado de superávit alcançado nos oito primeiros meses do seu mandato. O <a href="https://opopular.com.br/politica/reac-es-a-mabel-reforcam-tens-o-com-a-prefeitura-1.3318877" target="_self">cenário é de tensão com a Casa</a>, provocada pelo debate em torno da LDO e agravada por declarações de Mabel contra três vereadores.

Na LDO, a Prefeitura estuda a possibilidade de um acordo com os parlamentares para diminuir o limite de remanejamento de 50% para cerca de 30% da despesa a ser fixada na Lei Orçamentária Anual (LOA) - este é um dos principais pontos de debate. Se essa for a opção escolhida, o projeto será devolvido com a modificação feita diretamente pelo Executivo. No entanto, também existe a possibilidade de o projeto voltar à Câmara sem nenhuma modificação.

A matéria foi retirada da Câmara na segunda-feira (29), após a Prefeitura identificar movimento contrário a seus interesses no relatório do vereador Lucas Vergílio (MDB). Na oportunidade, a Comissão Mista votou o documento, com medidas que diminuem a autonomia do prefeito na execução do Orçamento e a criação da emenda de comissão para os vereadores. No entanto, existem divergências sobre a validade da votação.

<ul>
	<li>Ouça na CBN Goiânia mais detalhes sobre a defesa do texto:&nbsp;<a href="https://www.cbngoiania.com.br/tarde-cbn/tramitac-o-da-ldo-na-camara-de-goiania-tem-divergencias-entre-vereadores-1.3318606" target="_blank">Tramitação da LDO na Câmara de Goiânia tem divergências entre vereadores</a></li>
</ul>

O procurador-geral da Câmara, Kowalsky Ribeiro, disse ao Giro que a Mista terá de refazer a votação, apontando que o prefeito retirou a matéria de tramitação antes que o colegiado a votasse. O posicionamento foi respaldado pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), em coletiva na terça-feira (30).

Já o presidente da Mista, Cabo Senna (PRD), disse que “Kowalsky não é vereador” e reafirmou a validade da votação. O presidente da Mista argumentou que fez a convocação da reunião e, na segunda, soube da intenção do Paço de retirar à matéria. Senna disse que foi à presidência, perguntou ao chefe de gabinete se algum documento sobre o tema havia chegado à Casa, mas a resposta foi negativa.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/apos-mudancas-na-ldo-mabel-diz-que-franco-e-vergilio-s-o-contra-a-cidade-1.3318450" style="font-size: 12px;" target="_self">Após mudanças na LDO, Mabel diz que Franco e Vergílio 'são contra a cidade'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/policarpo-diz-que-ldo-tera-de-ser-votada-novamente-1.3318880" style="font-size: 12px;" target="_self">Policarpo diz que LDO terá de ser votada novamente</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/reac-es-a-mabel-reforcam-tens-o-com-a-prefeitura-1.3318877" style="font-size: 12px;" target="_self">Reações a Mabel reforçam tensão com a Prefeitura</a></div>

De acordo com Senna, em seguida, iniciou a reunião, contou quórum de 12 vereadores, colocou o projeto para ser discutido e, em seguida, votado. O vereador alega que o documento com a retirada da matéria foi entregue quando a votação já havia acontecido e ele estava conferindo os votos.

Já a Prefeitura e membros da base contestam a versão, afirmando que não havia quórum suficiente para que a reunião fosse iniciada. Parlamentares também reclamam de não terem tido a oportunidade de discutir a matéria. Senna argumenta que não houve pedido de discussão, apenas de “questão de ordem” (instrumento para pedir esclarecimento sobre a organização do trabalho).

O entendimento de técnicos da Câmara é que, se o Executivo fizer modificações no projeto, a matéria volta à Comissão Mista para ser discutida novamente. Se o texto não tiver qualquer alteração, a Casa terá de enfrentar o impasse sobre a validade da análise feita pelo colegiado. Na Prefeitura, a leitura é que as declarações públicas sobre o tema, do procurador-geral e do presidente, podem resultar em posicionamento da cúpula da Casa para garantir a nova votação, mesmo se o projeto for devolvido sem nenhuma modificação.

<h2>Relatório</h2>

Na proposta de LDO 2026, a Prefeitura pediu autorização para abrir crédito adicional de natureza suplementar referente a 50% da despesa que será fixada na LOA, que deve ser de cerca de R$ 10 bilhões. Este é o mesmo porcentual que Mabel conseguiu articular para 2025. Isso significa que a Prefeitura pode fazer realocações em metade dos recursos do Orçamento sem pedir autorização da Câmara.

No relatório, Vergílio impôs limite, no caso de Saúde e Educação, de 10% para despesas correntes e de 5% para investimentos. Para as demais áreas, o teto é de 5% e de 2%, respectivamente.

Parte dos vereadores defende que o índice de 50% era importante em 2025, pois se trata do primeiro ano de mandato e Mabel tem de administrar a cidade com o Orçamento elaborado por Rogério Cruz (SD). No entanto, estes parlamentares apontam que não há justificativa para a realocação de 50% no Orçamento de 2026, planejado por Mabel e sua equipe.

A análise deste grupo é que o objetivo da Prefeitura é, na verdade, ter liberdade para fazer <a href="https://opopular.com.br/politica/apos-mudancas-na-ldo-mabel-diz-que-franco-e-vergilio-s-o-contra-a-cidade-1.3318450" target="_self">mudanças no destino de recursos sem pedir autorização da Câmara</a>. Por outro lado, a Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) já disse que o porcentual é necessário por causa do volume de dívidas que têm sido encontradas pela administração.

O POPULAR mostrou que, segundo o titular da Sefaz, Valdivino Oliveira, a Prefeitura deve chegar a cerca de 45% de remanejamento em 2025. A estimativa era fechar setembro com aproximadamente 32%. Oliveira afirmou que entre 8% e 10% das suplementações neste ano são referentes a despesas da gestão passada, como pagamentos do transporte coletivo, consignações e a folha de pagamento, que não foram empenhados.

<h3>Agravante </h3>

Neste contexto de alterações na LDO, Mabel reagiu e disse ao Giro, na terça (30), que “são sempre as mesmas figurinhas”. “Tem esse Cabo Senna e agora chegou mais um malandrinho que é Lucas Vergílio. O que eles querem, eles não vão ter comigo”, disse o prefeito. Em reportagem do POPULAR publicada na mesma data, Mabel também disse que Vergílio e Igor Franco (MDB) “são contra a cidade”. “A visão deles hoje é uma guerra comigo. E para isso eles estão prejudicando a cidade”, afirmou o gestor na ocasião.

No dia seguinte, a Câmara aprovou nota de repúdio contra Mabel por causa das declarações feitas ao Giro. A proposta foi de Senna, o pedido de inclusão na pauta tinha 12 assinaturas e não houve manifestações contrárias. A Câmara tem 37 vereadores. Nos bastidores, parlamentares reclamaram das declarações do prefeito, afirmando que este posicionamento dificulta a relação com a Câmara. Policarpo também criticou as falas.

Franco é ex-líder de Mabel e foi retirado do cargo depois de ter articulado medidas que vão contra interesses da Prefeitura, como a Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn e a primeira votação do projeto que propõe revogar a Taxa de Limpeza Pública (TLP).

Depois disso, Mabel exonerou parte dos indicados de Franco na Prefeitura, entre eles, seu irmão, Diogo Franco, que era secretário de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços. Na terça, Diogo foi nomeado no cargo de diretor de Recursos Humanos da Câmara. A indicação foi revelada pelo Giro no início de setembro.

A jornalista Cileide Alves informou, no programa Na Trilha da Política, da CBN Goiânia, que Mabel, Senna e outros vereadores almoçaram no mesmo restaurante nesta quarta-feira (1º) e, com isso, acabaram se encontrando informalmente. A informação é que Senna mencionou as declarações feitas por Mabel e que a conversa com o prefeito teve um momento em que o tom das falas se alteraram. Mabel e Senna estarão lado a lado nesta quinta, pois a prestação de contas é feita à Comissão Mista.