Em uma situação de “inversão de papéis”, organizações de defesa de direitos humanos entraram no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) para evitar o arquivamento da ação civil pública que pedia a utilização de câmeras nas fardas dos policiais. A iniciativa surge após o procurador-geral de Justiça, Cyro Terra Peres, informar em sessão do Colégio de Procuradores, que não pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que derrubou em primeira instância a decisão de uso de câmeras individuais no fardamento policial militar. As entidades – Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap Goiás), Associação Devir Social, Comitê de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino, Associação Cerrado e Associação Goiana de Defesa e Garantia de Direitos – apresentaram um pedido ao TJ-GO para serem habilitadas como assistente litisconsorcial, ou seja, entrar como parte na ação e, habilitadas, tendo o direito de recorrer contra a decisão do procurador geral Cyro Terra, na qualidade de terceiras interessadas.