Uma missão complexa: erguer, em uma cidade amazônica, o maior evento da Organização das Nações Unidas. Para que o Brasil pudesse sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém, um grupo de profissionais goianos se movimentou com o objetivo de transformar o projeto do governo federal em realidade. O resultado foi uma estrutura colossal, com muitos pontos positivos, mas não imune a falhas, o que gerou várias críticas. O POPULAR conversou com cinco profissionais que atuaram em funções estratégicas no planejamento, infraestrutura, logística e gestão da Blue Zone e da Green Zone para saber os principais desafios e sua avaliação sobre o transcorrer do evento. Diretor de Projeto da Secretaria Extraordinária da COP30 (Secop), vinculada à Casa Civil da Presidência da República, o arquiteto e urbanista Olmo Borges Xavier coordenou desde a escolha do espaço à execução do projeto das duas principais áreas do evento (Blue e a Green Zone), no recém-criado Parque da Cidade. Especialista em mobilidade urbana, ele foi chamado ainda em 2023, após a decisão da COP vir para o Brasil, para coordenar a infraestrutura. Para isso, o governo federal criou, em 2024, a Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop).