Um funcionário do Hospital Goiânia Leste, localizado no Setor Leste Universitário, em Goiânia, está foragido por ser suspeito de ter abusado sexualmente da estudante de arquitetura Susy Nogueira, de 21 anos, que passou nove dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A reportagem tentou contato com a direção da unidade de saúde pela manhã, tarde e início da noite e não obteve posicionamento sobre o assunto.No último contato, a reportagem foi orientada a falar com a empresa responsável pela UTI, que é terceirizada para a Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI), mas a funcionária que atendeu à ligação e fez questão de não dizer o nome, informou que não haveria posicionamento oficial sobre o caso.A paciente morreu depois dos nove dias internada na unidade e foi atendida por conta de problemas de saúde anteriores, como convulsões. A causa da morte não foi adiantada. Uma amiga da vítima, que pediu para não ter o nome publicado, disse que a paciente sofreu uma parada cardíaca no domingo e não resistiu. Ela foi velada e sepultada na segunda-feira (27) no Cemitério Jardim das Palmeiras. Segundo a amiga, depois do exame realizado para descobrir a causa da morte, foi confirmado o abuso. Ela diz que desde então a família está em estado de choque. “A gente ainda não acredita em tudo que aconteceu”, disse.RegistroO caso foi registrado no dia 17 de maio, um dia depois que a jovem deu entrada na unidade. Quem fez o registro foi a chefe de enfermagem da empresa OGTI, que informou à polícia que o suspeito trabalha no local há cerca de um ano e nunca houve registro de reclamação contra ele. A paciente de 21 anos, por estar medicada, mantinha momentos de lucidez alternados com sedação. A reclamação para uma enfermeira foi feita em um destes momentos de lucidez e os responsáveis disseram que os diretores e responsáveis jurídicos foram informados e orientaram a verificar as câmeras de segurança para confirmar o abuso.O homem foi confrontado com as informações, mas ele negou as acusações. Desde então ele não foi mais visto na unidade. O técnico em enfermagem não possui passagens pela polícia por outros crimes, mas desde a data do registro passou a ser investigado por estupro de vulnerável, cuja pena que pode variar de oito a 15 anos de prisão. A morte não teria ocorrido em decorrência do abuso. Os laudos com as causas do óbito para confirmação ainda demoram cerca de 30 dias para ficarem prontos. A mãe da paciente é policial militar, mas a corporação não comentou o assunto.Uma fotografia do suspeito foi compartilhada entre agentes de segurança pública do Estado para que o homem seja encontrado, mas o nome dele ainda não foi divulgado oficialmente. A Polícia Civil confirmou que apura o caso, mas informou que não vai adiantar detalhes sobre a investigação, que corre em sigilo. A delegada Paula Meotti, titular da Delegacia da Mulher (Deam) é quem conduz o caso e disse que, até agora, não há informações para serem repassadas para a imprensa.pacienteA paciente fez aniversário no último dia 3 de maio e é apontada pelos amigos como uma pessoa muito alegre e companheira. Universitária do curso de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), a vítima mantém muitos amigos nas redes sociais onde sempre aparece em viagens e momentos alegres na companhia de muitas pessoas. Em cada foto postada, recebe elogios diversos motivados pelas roupas e estilo da moça, além da beleza.A Associação Atlética Acadêmica Marcelo Granato de Araújo, do curso de Arquitetura, postou uma foto em homenagem à aluna. No texto fala sobre a perda de uma grande amiga que sempre será lembrada pelo sorriso farto e fácil, proativa e animada.