Ainda é grave o estado de saúde de Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, ferido por um capitão da Polícia Militar na manhã desta sexta-feira (28), durante manifestação contra as reformas da Previdência e trabalhista. O estudante de Políticas Públicas da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi acertado por um cassetete na testa, o que lhe causou fraturas no rosto e traumatismo cranioencefálico.Segundo boletim do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) divulgado na manhã deste sábado (29), Mateus permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva, sedado e intubado. Ele já passou, desde a internação, por um procedimento de reconstrução facial, mas não há previsão, ainda segundo o boletim, de novas cirurgias.A UFG também divulgou, na manhã deste sábado (29), uma nota de repúdio à agressão sofrida pelo estudante. A Universidade expressou que acompanhará o atendimento ao estudante no HUGO e que o reitor Orlando Amaral cobrará da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) "a adequada apuração dos fatos e a punição dos responsáveis". Ainda de acordo com a nota, a UFG se coloca como "histórica defensora do direito à livre manifestação e condena com veemência atos de repressão que venham a cercear esse princípio democrático."Ao POPULAR, a SSPAP disse, por meio de nota, que o comando da Polícia Militar "“condena veementemente todo e qualquer tipo de agressão, praticada por policiais militares no exercício da sua função”.