Os dois casos suspeitos de sarampo no Estado, em uma criança de 5 anos, em Valparaíso de Goiás, e em um bebê de 9 meses, em Trindade, foram descartados. Ambos passaram por exames no Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen) e os casos vinham sendo monitorados pelas Vigilâncias de Saúde municipais.De acordo com nota da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), o bebê de Trindade foi imunizado com a tríplice viral no final de abril, não viajou e nem teve contato com casos suspeitos de sarampo. Mesmo assim, apresentou quadro de tosse, febre e manchas pelo corpo por mais de 25 dias.O resultado do exame também descartou rubéola, segundo informações do relatório da Superintendência de Vigilância em Saúde, Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis e da Coordenação das Doenças Imunopreviníveis e Respiratórias da SES-GO. Ainda não há informações se a criança de 5 anos já estava vacinada.PrevençãoA Prefeitura de Trindade ainda intensificou a vacinação infantil no município, oferecendo imunizantes para cada grupo, incluindo doses contra a Covid-19 e sarampo nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).Leia também:<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/goi%C3%A1s-investiga-dois-casos-suspeitos-de-sarampo-em-crian%C3%A7as-1.2463343" target="_blank">-&nbsp;Goiás investiga dois casos suspeitos de sarampo em crianças</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/em-goi%C3%A1s-menos-de-15-das-crian%C3%A7as-se-vacinaram-contra-sarampo-e-influenza-1.2453094" target="_blank">-&nbsp;Em Goiás, menos de 15% das crianças se vacinaram contra sarampo e influenza</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/goi%C3%A1s-registra-terceiro-caso-suspeito-de-hepatite-misteriosa-afirma-secretaria-de-sa%C3%BAde-1.2463564" target="_blank">-&nbsp;Goiás registra terceiro caso suspeito de hepatite misteriosa, afirma Secretaria de Saúde</a>&nbsp;

Exame descarta infecção por sarampo nos dois casos suspeitos em Goiás

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Um alerta de saúde pública emitido em Nova Jersey causou preocupação entre os fãs de Shakira que estiveram presentes em seu show no estádio MetLife, em East Rutherford. 
 
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Segundo o site americano Page Six, o Departamento de Saúde do estado confirmou que uma pessoa diagnosticada com sarampo esteve no local durante a apresentação da cantora, realizada em 15 de maio, podendo ter exposto milhares de pessoas ao vírus. 
 
O estádio, que tem capacidade para 82 mil pessoas, recebeu a etapa da turnê Las Mujeres Ya No Lloran, e a presença do infectado ocorreu entre 19h30 e 1h da madrugada. De acordo com as autoridades locais, o indivíduo contaminado é residente de outro estado e só teve o diagnóstico confirmado após o evento. A informação foi divulgada por meio de comunicado oficial nesta semana.

<div class="p-readmore-box"> 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/mundo-tem-20-vacinas-contra-gripe-aviaria-licenciadas-1.3266710" target="_self">Mundo tem 20 vacinas contra gripe aviária licenciadas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/governo-federal-anuncia-campanha-de-vacinac-o-nas-escolas-publicas-1.3251470" target="_self">Governo federal anuncia campanha de vacinação nas escolas públicas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/biden-recebe-diagnostico-de-forma-agressiva-de-cancer-de-prostata-1.3265529" target="_self">Biden recebe diagnóstico de forma agressiva de câncer de próstata</a></div>

Ainda segundo o site, o Departamento de Saúde recomendou que todas as pessoas que estiveram no estádio no horário indicado fiquem em alerta quanto a sintomas de sarampo, como febre alta, tosse, coriza, olhos avermelhados e erupções cutâneas.

A recomendação é de que os espectadores permaneçam atentos até, pelo menos, o dia 6 de junho, período estimado para o surgimento de possíveis sintomas.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) reforçam que o sarampo é uma doença extremamente contagiosa, que se transmite facilmente por vias respiratórias —ao tossir, espirrar ou mesmo apenas falar. O vírus pode permanecer no ar por até duas horas após a saída do indivíduo infectado do ambiente.

Em 2025, mais de mil casos da doença já foram registrados nos Estados Unidos, segundo dados do CDC. Em 96% dessas ocorrências, os pacientes não estavam vacinados ou não tinham certeza sobre seu histórico de imunização.

Até o momento, nenhum outro caso relacionado ao show de Shakira foi confirmado, mas o alerta de saúde serve como medida preventiva diante da possibilidade de contaminação em larga escala. A equipe da cantora não se manifestou sobre o caso até agora.

<h2>O que é o sarampo?&nbsp;</h2>

O sarampo é uma doença viral que pode causar complicações graves, como diarreia intensa, infecções de ouvido, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro).

Algumas dessas complicações podem ser fatais. A transmissão da doença, causada pelo Morbillivirus, ocorre pelo ar, por meio de gotículas respiratórias, o que facilita sua propagação, especialmente em ambientes com baixa cobertura vacinal.

<h2>Vacinação&nbsp;</h2>

A vacina tríplice viral, que previne contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível de forma gratuita nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o Brasil. Pessoas de 12 meses a 59 anos podem receber o imunizante. O recomendado são duas doses até 29 anos e uma dose de 30 a 59 anos, em pessoas não vacinadas. Quem não lembra se tomou a vacina na infância pode repetir a aplicação.

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Fãs de Shakira são alertados sobre possível exposição ao sarampo após show nos EUA

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<div attr-cid="policy:1.3221572" attr-version="policy:1.3221572:1737295632" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3221572" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3221572', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3221572">hospital morrinhos (1.3221572)</a></div>

A enfermeira que foi feita refém por um paciente em surto, no Hospital Municipal de Morrinhos, contou em depoimento à Polícia Civil (PC) que tentou convencê-lo a soltar os cacos de vidro que ele segurava. A informação foi confirmada pelo delegado à frente do caso, Fabiano Jacomelis. Imagens gravadas dentro do hospital mostram o momento em que o homem, <a href="https://opopular.com.br/cidades/paciente-em-surto-e-morto-apos-fazer-enfermeira-refem-dentro-de-hospital-em-goias-diz-pm-video-1.3221570" target="_blank">que foi morto pela Polícia Militar (PM), faz a profissional refém</a> (assista acima) .

<cite>Ele [o paciente] entra no banheiro e pega o vidro, estoura a janela e sai com o vidro, ela [a enfermeira que foi feita refém] e uma outra enfermeira tentaram dialogar com ele para tirar esses vidros. Inclusive ele estava com dois pedaços de vidro e uma enfermeira consegue tirar um pedaço. Ele consegue pegar ela [a enfermeira feita refém]. Nesse momento ele pega ela como refém”, afirmou o delegado em entrevista à TV Anhanguera.&nbsp;</cite>

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Segundo o investigador, o paciente, identificado como Luiz Cláudio Dias, pressionou o vidro no pescoço da enfermeira, mas, no momento em que ela consegue se desvencilhar e cai, ela já não se lembrou mais de nada. “Ela falou que desmaiou e não conseguiu prestar maiores esclarecimentos em relação a esse episódio de ela ter caído”, ressaltou Jacomelis.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/enfermeira-precisou-ser-medicada-apos-ser-mantida-como-refem-por-paciente-em-surto-diz-prefeito-1.3221820" target="_blank">Enfermeira precisou ser medicada após ser mantida como refém por paciente em surto, diz prefeito</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/familia-de-paciente-em-surto-morto-apos-fazer-enfermeira-refem-em-hospital-pede-justica-1.3221796" target="_blank">Família de paciente em surto morto após fazer enfermeira refém em hospital pede justiça</a></div>

<h2>Medicação&nbsp;</h2>

A enfermeira que foi feita refém <a href="https://opopular.com.br/cidades/enfermeira-precisou-ser-medicada-apos-ser-mantida-como-refem-por-paciente-em-surto-diz-prefeito-1.3221820" target="_blank">precisou ser medicada</a>, segundo o prefeito do município, Maycllyn Max Carreiro.&nbsp;

Ao POPULAR,&nbsp;o gestor municipal informou que conversou com a enfermeira no dia seguinte ao fato, que aconteceu no último sábado (18) e que ela, mesmo estando abalada, se encontrava em uma situação melhor. “Ela não se machucou, só estava totalmente abalada. Ela foi medicada, dormiu, segue abalada, mas em uma situação melhor”, afirmou Mayclliy Max Carneiro à ocasião.&nbsp;

O prefeito ressaltou ainda que o paciente, identificado como Luiz Cláudio Dias, era de outro município e que a regulação estadual o encaminhou para o Hospital Municipal da cidade.

<cite>Ele [o paciente] não tem histórico de crises psicóticas e estava em tratamento renal em Morrinhos há três dias. Não é incomum pacientes terem delírios ou surtos durante o tratamento em uma UTI. Foi um fato totalmente atípico”, disse o prefeito.</cite>

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Versão da PM&nbsp;</h2>

Segundo a PM, o paciente estava em surto psicótico e manteve uma enfermeira refém na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ameaçando-a com um pedaço de vidro. Após a chegada dos policiais, foram iniciados protocolos para liberação da profissional, em que não se obteve sucesso.

A PM informou que, pelo risco iminente à enfermeira, foi necessário a realização de um disparo de arma de fogo para neutralizar a ação do homem. O paciente foi socorrido pela equipe médica, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com a corporação, um procedimento administrativo será aberto para apurar os fatos.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3221574" attr-version="policy:1.3221574:1737295798" class="p-smartimage" src="http://polopolynew-gui.ojc.com.br:8080/image/policy:1.3221574/WhatsApp%20Image%202025-01-19%20at%2011.06.08.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" style="max-width: 100%; height: auto; vertical-align: middle; border: 0px;" /> 
Paciente faz enfermeira refém em Morrinhos (Reprodução/Redes Sociais)

Família pede justiça&nbsp;

A família de Luiz Cláudio Dias&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/familia-de-paciente-em-surto-morto-apos-fazer-enfermeira-refem-em-hospital-pede-justica-1.3221796" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">divulgou uma carta em que pede justiça</a>. Na nota, a família informou que o Luiz Cláudio, de 59 anos, era um paciente renal crônico, diabético, debilitado por pneumonia e internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Morrinhos em estado de extrema fragilidade e que, em um momento de surto hipoglicêmico, ele ameaçou uma enfermeira com um caco de vidro.&nbsp;

A família afirma que Luiz Cláudio, que estava fisicamente enfraquecido, foi rendido e imobilizado. “Mesmo nessas condições, foi pisoteado e executado à queima-roupa por dois policiais, de forma desproporcional, cruel e absolutamente inadmissível. A conduta esperada da equipe de saúde e da força policial era outra: técnica, responsável, humana e proporcional à situação, o que poderia ter evitado essa tragédia”, diz um trecho do comunicado&nbsp;(leia íntegra ao final da reportagem).

Em sua manifestação, a família reforça que buscará por justiça “para que os responsáveis por essa violência brutal sejam responsabilizados e para que o caso se torne um marco na reflexão sobre as falhas do poder público em lidar com situações de crise envolvendo pessoas vulneráveis”, diz um trecho da nota. Para os familiares, não apenas Luiz Cláudio foi negligenciado. A segurança da enfermeira e de todos os envolvidos também foi colocada em risco.&nbsp;

“A técnica já tinha saído e o policial atirou no meu pai após ele estar deitado. Por que que não usou uma arma de choque, porque não só mobilizou o paciente?”, afirmou Luiz Henrique Dias, filho de Luiz Cláudio, em vídeo enviado à TV Anhanguera.&nbsp;&nbsp;

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Prefeitura de Morrinhos&nbsp;</h2>

O prefeito de Morrinhos lamentou o ocorrido, o qual classificou como ‘uma tragédia’. “Era uma situação difícil, pois era um paciente que estava em surto e a profissional da saúde que estava trabalhando e que estava com risco de vida pela condição de refém. Foi uma fatalidade o que aconteceu, as negociações foram conduzidas pela Polícia Militar diante da gravidade da situação”, declarou.&nbsp;

Em nota, a Prefeitura de Morrinhos afirmou que se solidariza com a família enlutada e assegura que será oferecido acompanhamento psicológico e social tanto aos familiares quanto à profissional e demais envolvidos na situação&nbsp;(leia íntegra ao final da reportagem).&nbsp;

O POPULAR&nbsp;também solicitou à Prefeitura de Morrinhos um novo posicionamento acerca do questionamento da família sobre a conduta da equipe médica, que informou que o posicionamento se mantém o mesmo enviado anteriormente.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3221711" attr-version="policy:1.3221711:1737327955" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3221711" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3221711', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3221711">Webstories (1.3221711)</a></div>

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Desabafo</h2>

Nas redes sociais, o filho de Luiz Cláudio, Luiz Henrique Dias, fez um desabafo. Ele afirmou que o pai levou um tiro dentro do hospital enquanto paciente e que ele não recebeu nenhum tipo de apoio. Segundo ele, o pai teve uma crise de hipoglicemia. Ele também fez uma publicação falando da situação.

“Mataram o amor da minha vida. O meu heroi, meu pai. Quanta covardia, que negligência médica e da equipe da UTI do hospital de Morrinhos. A justiça será feita”, completa.&nbsp;

O filho informou que o velório de Luiz Cláudio aconteceu na sala Municipal de Velório de Professor Jamil. O enterro foi realizado às 19h do último dia 19 de janeiro.&nbsp;&nbsp;

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<img attr-cid="policy:1.3221798" attr-version="policy:1.3221798:1737373116" class="p-smartimage" src="http://polopolynew-gui.ojc.com.br:8080/image/policy:1.3221798/filho%20luiz%20claudio%20dias%2000.PNG?f=default&amp;w=400&amp;q=1" style="max-width: 100%; height: auto; vertical-align: middle; border: 0px;" /> 
Filho de paciente morto em UTI manifesta luto nas redes sociais (Reprodução/Redes Sociais)

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<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Nota da Prefeitura de Morrinhos na íntegra</h2>

"A Prefeitura de Morrinhos lamenta profundamente o ocorrido na noite do último sábado, 18 de janeiro, quando um paciente em surto psicótico fez uma enfermeira refém na UTI onde estava hospitalizado há três dias.

Em virtude da gravidade da situação e do iminente risco à vida da profissional, a Polícia Militar foi acionada para conduzir as negociações com o paciente.

Diante da infrutífera negociação, a Polícia Militar realizou um disparo que ocasionou no óbito do paciente.

Informamos que a gestão da UTI onde o fato aconteceu é de responsabilidade de uma empresa terceirizada, com contrato vigente até março de 2025.

A atual gestão reafirma seu compromisso com a transparência, mantém-se à disposição para esclarecer os fatos e lamenta profundamente a morte do paciente.

Solidarizamo-nos com a família enlutada e asseguramos que será oferecido acompanhamento psicológico e social tanto aos familiares quanto à enfermeira e demais envolvidos na situação."

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Nota da família de Luiz Cláudio Dias na íntegra</h2>

"A família de Luiz Cláudio Dias vem a público, por meio desta nota, pedir à imprensa que trate o caso com o máximo de responsabilidade, ética e empatia, evitando títulos sensacionalistas que possam distorcer os fatos ou agravar ainda mais a dor de quem já enfrenta um momento de luto profundo. É essencial que o trabalho de informar a sociedade seja conduzido com compromisso com a verdade, respeito ao contexto e sensibilidade, considerando que o ocorrido representa não apenas uma tragédia pessoal, mas também uma grave falha institucional.

Luiz Cláudio, de 59 anos, era um paciente renal crônico, diabético, debilitado por pneumonia e internado na UTI de Morrinhos/GO em estado de extrema fragilidade.

Em um momento de surto hipoglicêmico, ele ameaçou uma enfermeira com um caco de vidro. A família lamenta profundamente o medo vivido pela profissional de saúde e manifesta sua solidariedade, reafirmando que nenhum trabalhador deveria passar por situações que coloquem em risco sua segurança.

Entretanto, é imprescindível contextualizar os fatos de maneira justa e equilibrada. Luiz Cláudio, fisicamente enfraquecido, foi rendido e imobilizado. Mesmo nessas condições, foi pisoteado e executado à queima-roupa por dois policiais, de forma desproporcional, cruel e absolutamente inadmissível. A conduta esperada da equipe de saúde e da força policial era outra: técnica, responsável, humana e proporcional à situação, o que poderia ter evitado essa tragédia.

A família reforça que buscará por justiça, para que os responsáveis por essa violência brutal sejam responsabilizados e para que o caso se torne um marco na reflexão sobre as falhas do poder público em lidar com situações de crise envolvendo pessoas vulneráveis.

Não apenas Luiz Cláudio foi negligenciado; a segurança da enfermeira e de todos os envolvidos também foi colocada em risco por ações e omissões que demonstram imprudência, negligência e imperícia do Estado.

A imprensa desempenha um papel indispensável na construção de uma sociedade mais justa e informada. Por isso, pedimos que a cobertura desse caso seja feita com ética e comprometimento, sem sensacionalismo, e que a memória de Luiz Cláudio não seja reduzida a um estigma ou a uma narrativa incompleta. Ele era uma pessoa com história, família, e uma vida marcada pela luta contra problemas de saúde severos.

Por fim, a família agradece às pessoas que têm demonstrado solidariedade nesse momento de dor e clama por respeito à memória de Luiz Cláudio e ao nosso luto. Que essa tragédia sirva para promover mudanças que evitem novas vidas perdidas pela falta de preparo e humanidade nas respostas do Estado.

Família de Luiz Cláudio Dias"

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Enfermeira feita refém por paciente morto pela PM diz que tentou convencê-lo a soltar pedaço de vidro

Depoimento 

<div attr-cid="policy:1.3221572" attr-version="policy:1.3221572:1737295632" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3221572" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3221572', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3221572">hospital morrinhos (1.3221572)</a></div>

O paciente em surto que <a href="https://opopular.com.br/cidades/paciente-em-surto-e-morto-apos-fazer-enfermeira-refem-dentro-de-hospital-em-goias-diz-pm-video-1.3221570" target="_blank">fez uma enfermeira refém no Hospital Municipal de Morrinhos</a>, foi atingido por tiro no abdômen porque se curvou, segundo o comandante do 36º Batalhão da Polícia Militar de Morrinhos, tenente-coronel Werik Ramos. Em entrevista à TV Anhanguera, o comandante afirmou que o policial que efetuou o disparo tinha a intenção de acertar Luiz Cláudio Dias nas pernas, mas o paciente se moveu e, por isso, o tiro atingiu o abdômen. O caso aconteceu no último sábado (18) e foi registrado por imagens feitas dentro do hospital (assista acima).&nbsp;

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O tenente-coronel afirmou que os policiais tentaram gerenciar a situação, a qual definiu como caótica, e estabilizar o emocional do paciente.

<cite>Infelizmente evoluiu para um lado que o policial teve que fazer a intervenção. O policial tentou inclusive realizar o disparo nos membros inferiores do indivíduo, nas pernas dele, mas ele [o paciente] se curvou no momento do disparo e o disparo então atingiu a região lateral do abdômen”, ressaltou Werik Ramos.</cite>

De acordo com o comandante, o disparo aconteceu no momento em que a enfermeira tentava se desvencilhar do paciente. “Ele foi para cima dela, que caiu. Ele foi pegar ela no chão e se encurvou, foi justamente a hora em que o policial agiu”, destacou.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/familia-de-paciente-em-surto-morto-apos-fazer-enfermeira-refem-em-hospital-pede-justica-1.3221796" target="_blank">Família de paciente em surto morto após fazer enfermeira refém em hospital pede justiça</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/enfermeira-precisou-ser-medicada-apos-ser-mantida-como-refem-por-paciente-em-surto-diz-prefeito-1.3221820" target="_blank">Enfermeira precisou ser medicada após ser mantida como refém por paciente em surto, diz prefeito</a></div>

O delegado à frente do caso, Fabiano Henrique Jacomelis, afirmou em entrevista à TV Anhanguera, que a Polícia Civil já pediu imagens do hospital e que deverá ouvir testemunhas. A polícia aguarda o laudo pericial e também informou que pedirá o prontuário médico do paciente para entender porque ele chegou em tal condição. Segundo o delegado, os policiais já foram ouvidos.&nbsp;

<h2>Versão da PM&nbsp;</h2>

Segundo a PM, o paciente estava em surto psicótico e manteve uma enfermeira refém na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ameaçando-a com um pedaço de vidro. Após a chegada dos policiais, foram iniciados protocolos para liberação da profissional, em que não se obteve sucesso.

A PM informou que, pelo risco iminente à enfermeira, foi necessário a realização de um disparo de arma de fogo para neutralizar a ação do homem. O paciente foi socorrido pela equipe médica, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com a corporação, um procedimento administrativo será aberto para apurar os fatos.&nbsp;

O POPULAR solicitou um novo posicionamento à Polícia Militar na manhã de segunda-feira (20) sobre os questionamentos da família acerca da ação da PM. A corporação manteve o mesmo posicionamento citado acima.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3221574" attr-version="policy:1.3221574:1737295798" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3221574/WhatsApp Image 2025-01-19 at 11.06.08.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Paciente faz enfermeira refém em Morrinhos (Reprodução/Redes Sociais)

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<h2>Família pede justiça&nbsp;</h2>

Em uma carta, a família informa que Luiz Cláudio, de 59 anos, era um paciente renal crônico, diabético, debilitado por pneumonia e internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Morrinhos em estado de extrema fragilidade e que, em um momento de surto hipoglicêmico, ele ameaçou uma enfermeira com um caco de vidro.

A família afirma que Luiz Cláudio, que estava fisicamente enfraquecido, foi rendido e imobilizado. “Mesmo nessas condições, foi pisoteado e executado à queima-roupa por dois policiais, de forma desproporcional, cruel e absolutamente inadmissível. A conduta esperada da equipe de saúde e da força policial era outra: técnica, responsável, humana e proporcional à situação, o que poderia ter evitado essa tragédia”, diz um trecho do comunicado (leia íntegra ao final da reportagem).

Em sua manifestação, <a href="https://opopular.com.br/cidades/familia-de-paciente-em-surto-morto-apos-fazer-enfermeira-refem-em-hospital-pede-justica-1.3221796" target="_blank">a família reforça que buscará por justiça</a> “para que os responsáveis por essa violência brutal sejam responsabilizados e para que o caso se torne um marco na reflexão sobre as falhas do poder público em lidar com situações de crise envolvendo pessoas vulneráveis”, diz um trecho da nota. Para os familiares, não apenas Luiz Cláudio foi negligenciado. A segurança da enfermeira e de todos os envolvidos também foi colocada em risco.&nbsp;

“A técnica já tinha saído e o policial atirou no meu pai após ele estar deitado. Por que que não usou uma arma de choque, porque não só mobilizou o paciente?”, afirmou Luiz Henrique Dias, filho de Luiz Cláudio, em vídeo enviado à TV Anhanguera.&nbsp;&nbsp;

<h2>Enfermeira</h2>

Ao POPULAR, Maycllyn Max Carreiro informou que conversou com a enfermeira no dia seguinte ao fato e que ela, mesmo estando abalada, <a href="https://opopular.com.br/cidades/enfermeira-precisou-ser-medicada-apos-ser-mantida-como-refem-por-paciente-em-surto-diz-prefeito-1.3221820" target="_blank">se encontrava em uma situação melhor</a>.&nbsp;

“Ela não se machucou, só estava totalmente abalada. Ela foi medicada, dormiu, segue abalada, mas em uma situação melhor. Ela não quer dar entrevista por conta dessa situação, ela está em choque ainda”, afirmou Maycllyn Max Carneiro.

<h2>Prefeitura de Morrinhos&nbsp;</h2>

O prefeito de Morrinhos lamentou o ocorrido, o qual classificou como ‘uma tragédia’. “Era uma situação difícil, pois era um paciente que estava em surto e a profissional da saúde que estava trabalhando e que estava com risco de vida pela condição de refém. Foi uma fatalidade o que aconteceu, as negociações foram conduzidas pela Polícia Militar diante da gravidade da situação”, declarou.&nbsp;

Em nota, a Prefeitura de Morrinhos afirmou que se solidariza com a família enlutada e assegura que será oferecido acompanhamento psicológico e social tanto aos familiares quanto à profissional e demais envolvidos na situação (leia íntegra ao final da reportagem).&nbsp;

O POPULAR também solicitou à Prefeitura de Morrinhos um novo posicionamento acerca do questionamento da família sobre a conduta da equipe médica, mas não obteve resposta até a última atualização deste texto.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3221711" attr-version="policy:1.3221711:1737327955" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3221711" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3221711', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3221711">Webstories (1.3221711)</a></div>

<h2>Desabafo</h2>

Nas redes sociais, o filho de Luiz Cláudio, Luiz Henrique Dias, fez um desabafo. Ele afirmou que o pai levou um tiro dentro do hospital enquanto paciente e que ele não recebeu nenhum tipo de apoio. Segundo ele, o pai teve uma crise de hipoglicemia. Ele também fez uma publicação falando da situação.

“Mataram o amor da minha vida. O meu heroi, meu pai. Quanta covardia, que negligência médica e da equipe da UTI do hospital de Morrinhos. A justiça será feita”, completa.&nbsp;

O filho informou que o velório de Luiz Cláudio aconteceu na sala Municipal de Velório de Professor Jamil. O enterro foi realizado às 19h de domingo (19).&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3221798" attr-version="policy:1.3221798:1737373116" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3221798/filho luiz claudio dias 00.PNG?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Filho de paciente morto em UTI manifesta luto nas redes sociais (Reprodução/Redes Sociais)

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<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Nota da Prefeitura de Morrinhos na íntegra</h2>

"A Prefeitura de Morrinhos lamenta profundamente o ocorrido na noite do último sábado, 18 de janeiro, quando um paciente em surto psicótico fez uma enfermeira refém na UTI onde estava hospitalizado há três dias.

Em virtude da gravidade da situação e do iminente risco à vida da profissional, a Polícia Militar foi acionada para conduzir as negociações com o paciente.

Diante da infrutífera negociação, a Polícia Militar realizou um disparo que ocasionou no óbito do paciente.

Informamos que a gestão da UTI onde o fato aconteceu é de responsabilidade de uma empresa terceirizada, com contrato vigente até março de 2025.

A atual gestão reafirma seu compromisso com a transparência, mantém-se à disposição para esclarecer os fatos e lamenta profundamente a morte do paciente.

Solidarizamo-nos com a família enlutada e asseguramos que será oferecido acompanhamento psicológico e social tanto aos familiares quanto à enfermeira e demais envolvidos na situação."

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Nota da família de Luiz Cláudio Dias na íntegra</h2>

"A família de Luiz Cláudio Dias vem a público, por meio desta nota, pedir à imprensa que trate o caso com o máximo de responsabilidade, ética e empatia, evitando títulos sensacionalistas que possam distorcer os fatos ou agravar ainda mais a dor de quem já enfrenta um momento de luto profundo. É essencial que o trabalho de informar a sociedade seja conduzido com compromisso com a verdade, respeito ao contexto e sensibilidade, considerando que o ocorrido representa não apenas uma tragédia pessoal, mas também uma grave falha institucional.

Luiz Cláudio, de 59 anos, era um paciente renal crônico, diabético, debilitado por pneumonia e internado na UTI de Morrinhos/GO em estado de extrema fragilidade.

Em um momento de surto hipoglicêmico, ele ameaçou uma enfermeira com um caco de vidro. A família lamenta profundamente o medo vivido pela profissional de saúde e manifesta sua solidariedade, reafirmando que nenhum trabalhador deveria passar por situações que coloquem em risco sua segurança.

Entretanto, é imprescindível contextualizar os fatos de maneira justa e equilibrada. Luiz Cláudio, fisicamente enfraquecido, foi rendido e imobilizado. Mesmo nessas condições, foi pisoteado e executado à queima-roupa por dois policiais, de forma desproporcional, cruel e absolutamente inadmissível. A conduta esperada da equipe de saúde e da força policial era outra: técnica, responsável, humana e proporcional à situação, o que poderia ter evitado essa tragédia.

A família reforça que buscará por justiça, para que os responsáveis por essa violência brutal sejam responsabilizados e para que o caso se torne um marco na reflexão sobre as falhas do poder público em lidar com situações de crise envolvendo pessoas vulneráveis.

Não apenas Luiz Cláudio foi negligenciado; a segurança da enfermeira e de todos os envolvidos também foi colocada em risco por ações e omissões que demonstram imprudência, negligência e imperícia do Estado.

A imprensa desempenha um papel indispensável na construção de uma sociedade mais justa e informada. Por isso, pedimos que a cobertura desse caso seja feita com ética e comprometimento, sem sensacionalismo, e que a memória de Luiz Cláudio não seja reduzida a um estigma ou a uma narrativa incompleta. Ele era uma pessoa com história, família, e uma vida marcada pela luta contra problemas de saúde severos.

Por fim, a família agradece às pessoas que têm demonstrado solidariedade nesse momento de dor e clama por respeito à memória de Luiz Cláudio e ao nosso luto. Que essa tragédia sirva para promover mudanças que evitem novas vidas perdidas pela falta de preparo e humanidade nas respostas do Estado.

Família de Luiz Cláudio Dias"

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PM diz que paciente em surto que fez enfermeira refém foi atingido por tiro no abdômen porque se curvou

Morrinhos

<div attr-cid="policy:1.3221572" attr-version="policy:1.3221572:1737295632" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3221572" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3221572', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3221572">hospital morrinhos (1.3221572)</a></div>

O <a href="https://opopular.com.br/cidades/paciente-em-surto-e-morto-apos-fazer-enfermeira-refem-dentro-de-hospital-em-goias-diz-pm-video-1.3221570" target="_blank">paciente que foi morto pela Polícia Militar</a> (PM) após fazer uma enfermeira refém no Hospital Municipal de Morrinhos estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e sofreu um surto hipoglicêmico, segundo a família. A informação foi divulgada em uma carta, em que a família de Luiz Cláudio Dias também pede por justiça. O caso aconteceu no último sábado (18) e foi registrado por imagens feitas dentro do hospital (assista acima).&nbsp;

“Luiz Cláudio, de 59 anos, era um paciente renal crônico, diabético, debilitado por pneumonia e internado na UTI de Morrinhos em estado de extrema fragilidade. Em um momento de surto hipoglicêmico, ele ameaçou uma enfermeira com um caco de vidro”, diz um trecho da carta.

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O prefeito de Morrinhos, Maycllyn Max Carreiro afirmou ao POPULAR que o paciente era de outro município e que a regulação estadual o encaminhou para o Hospital Municipal.

“Ele [o paciente] não tem histórico de crises psicóticas e estava em tratamento renal em Morrinhos há três dias. Não é incomum pacientes terem delírios ou surtos durante o tratamento em uma UTI. Foi um fato totalmente atípico”, disse o prefeito.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/paciente-em-surto-e-morto-apos-fazer-enfermeira-refem-dentro-de-hospital-em-goias-diz-pm-video-1.3221570" target="_blank">Paciente em surto é morto após fazer enfermeira refém dentro de hospital, em Goiás, diz PM; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/familia-de-paciente-em-surto-morto-apos-fazer-enfermeira-refem-em-hospital-pede-justica-1.3221796" target="_blank">Família de paciente em surto morto após fazer enfermeira refém em hospital pede justiça</a></div>

<h2>PM&nbsp;</h2>

Segundo a PM, o paciente estava em surto psicótico e manteve uma enfermeira refém na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ameaçando-a com um pedaço de vidro. Após a chegada dos policiais, foram iniciados protocolos para liberação da profissional, em que não se obteve sucesso.

A PM informou que, pelo risco iminente à enfermeira, foi necessário a realização de um disparo de arma de fogo para neutralizar a ação do homem. O paciente foi socorrido pela equipe médica, mas não resistiu aos ferimentos. De acordo com a corporação, um procedimento administrativo será aberto para apurar os fatos.&nbsp;

O POPULAR solicitou um novo posicionamento à Polícia Militar na manhã desta segunda-feira (20) sobre os questionamentos da família acerca da ação da PM. A corporação manteve o mesmo posicionamento citado acima.&nbsp;

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Paciente faz enfermeira refém em Morrinhos (Reprodução/Redes Sociais)

<h2>Família pede justiça&nbsp;</h2>

A família afirma que Luiz Cláudio, que estava fisicamente enfraquecido, foi rendido e imobilizado. “Mesmo nessas condições, foi pisoteado e executado à queima-roupa por dois policiais, de forma desproporcional, cruel e absolutamente inadmissível. A conduta esperada da equipe de saúde e da força policial era outra: técnica, responsável, humana e proporcional à situação, o que poderia ter evitado essa tragédia”, diz um trecho do comunicado (leia íntegra ao final da reportagem).

Em <a href="https://opopular.com.br/cidades/familia-de-paciente-em-surto-morto-apos-fazer-enfermeira-refem-em-hospital-pede-justica-1.3221796" target="_blank">sua manifestação, a família reforça que buscará por justiça</a> “para que os responsáveis por essa violência brutal sejam responsabilizados e para que o caso se torne um marco na reflexão sobre as falhas do poder público em lidar com situações de crise envolvendo pessoas vulneráveis”, diz um trecho da nota. Para os familiares, não apenas Luiz Cláudio foi negligenciado. A segurança da enfermeira e de todos os envolvidos também foi colocada em risco.&nbsp;

“A técnica já tinha saído e o policial atirou no meu pai após ele estar deitado. Por que que não usou uma arma de choque, porque não só mobilizou o paciente?”, afirmou Luiz Henrique Dias, filho de Luiz Cláudio, em vídeo enviado à TV Anhanguera.&nbsp;&nbsp;

<h2>Enfermeira</h2>

Ao POPULAR, Maycllyn Max Carreiro informou que conversou com a enfermeira no dia seguinte ao fato e que ela, mesmo estando abalada, se encontrava em uma situação melhor.&nbsp;

“Ela não se machucou, só estava totalmente abalada. Ela foi medicada, dormiu, segue abalada, mas em uma situação melhor. Ela não quer dar entrevista por conta dessa situação, ela está em choque ainda”, afirmou Maycllyn Max Carneiro.

<h2>Prefeitura de Morrinhos&nbsp;</h2>

O prefeito de Morrinhos lamentou o ocorrido, o qual classificou como ‘uma tragédia’. “Era uma situação difícil, pois era um paciente que estava em surto e a profissional da saúde que estava trabalhando e que estava com risco de vida pela condição de refém. Foi uma fatalidade o que aconteceu, as negociações foram conduzidas pela Polícia Militar diante da gravidade da situação”, declarou.&nbsp;

Em nota, a Prefeitura de Morrinhos afirmou que se solidariza com a família enlutada e assegura que será oferecido acompanhamento psicológico e social tanto aos familiares quanto à profissional e demais envolvidos na situação (leia íntegra ao final da reportagem).&nbsp;

O POPULAR&nbsp;também solicitou à Prefeitura de Morrinhos um novo posicionamento acerca do questionamento da família sobre a conduta da equipe médica, que informou que o posicionamento se mantém o mesmo enviado anteriormente.&nbsp;

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<h2>Desabafo</h2>

Nas redes sociais, o filho de Luiz Cláudio, Luiz Henrique Dias, fez um desabafo. Ele afirmou que o pai levou um tiro dentro do hospital enquanto paciente e que ele não recebeu nenhum tipo de apoio. Segundo ele, o pai teve uma crise de hipoglicemia. Ele também fez uma publicação falando da situação.

“Mataram o amor da minha vida. O meu heroi, meu pai. Quanta covardia, que negligência médica e da equipe da UTI do hospital de Morrinhos. A justiça será feita”, completa.&nbsp;

O filho informou que o velório de Luiz Cláudio aconteceu na sala Municipal de Velório de Professor Jamil. O enterro foi realizado às 19h de domingo (19).&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3221798" attr-version="policy:1.3221798:1737373116" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3221798/filho luiz claudio dias 00.PNG?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Filho de paciente morto em UTI manifesta luto nas redes sociais (Reprodução/Redes Sociais)

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Nota da Prefeitura de Morrinhos na íntegra</h2>

"A Prefeitura de Morrinhos lamenta profundamente o ocorrido na noite do último sábado, 18 de janeiro, quando um paciente em surto psicótico fez uma enfermeira refém na UTI onde estava hospitalizado há três dias.

Em virtude da gravidade da situação e do iminente risco à vida da profissional, a Polícia Militar foi acionada para conduzir as negociações com o paciente.

Diante da infrutífera negociação, a Polícia Militar realizou um disparo que ocasionou no óbito do paciente.

Informamos que a gestão da UTI onde o fato aconteceu é de responsabilidade de uma empresa terceirizada, com contrato vigente até março de 2025.

A atual gestão reafirma seu compromisso com a transparência, mantém-se à disposição para esclarecer os fatos e lamenta profundamente a morte do paciente.

Solidarizamo-nos com a família enlutada e asseguramos que será oferecido acompanhamento psicológico e social tanto aos familiares quanto à enfermeira e demais envolvidos na situação."

<h2 style="font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; color: rgb(0, 0, 0); text-rendering: optimizelegibility;">Nota da família de Luiz Cláudio Dias na íntegra</h2>

"A família de Luiz Cláudio Dias vem a público, por meio desta nota, pedir à imprensa que trate o caso com o máximo de responsabilidade, ética e empatia, evitando títulos sensacionalistas que possam distorcer os fatos ou agravar ainda mais a dor de quem já enfrenta um momento de luto profundo. É essencial que o trabalho de informar a sociedade seja conduzido com compromisso com a verdade, respeito ao contexto e sensibilidade, considerando que o ocorrido representa não apenas uma tragédia pessoal, mas também uma grave falha institucional.

Luiz Cláudio, de 59 anos, era um paciente renal crônico, diabético, debilitado por pneumonia e internado na UTI de Morrinhos/GO em estado de extrema fragilidade.

Em um momento de surto hipoglicêmico, ele ameaçou uma enfermeira com um caco de vidro. A família lamenta profundamente o medo vivido pela profissional de saúde e manifesta sua solidariedade, reafirmando que nenhum trabalhador deveria passar por situações que coloquem em risco sua segurança.

Entretanto, é imprescindível contextualizar os fatos de maneira justa e equilibrada. Luiz Cláudio, fisicamente enfraquecido, foi rendido e imobilizado. Mesmo nessas condições, foi pisoteado e executado à queima-roupa por dois policiais, de forma desproporcional, cruel e absolutamente inadmissível. A conduta esperada da equipe de saúde e da força policial era outra: técnica, responsável, humana e proporcional à situação, o que poderia ter evitado essa tragédia.

A família reforça que buscará por justiça, para que os responsáveis por essa violência brutal sejam responsabilizados e para que o caso se torne um marco na reflexão sobre as falhas do poder público em lidar com situações de crise envolvendo pessoas vulneráveis.

Não apenas Luiz Cláudio foi negligenciado; a segurança da enfermeira e de todos os envolvidos também foi colocada em risco por ações e omissões que demonstram imprudência, negligência e imperícia do Estado.

A imprensa desempenha um papel indispensável na construção de uma sociedade mais justa e informada. Por isso, pedimos que a cobertura desse caso seja feita com ética e comprometimento, sem sensacionalismo, e que a memória de Luiz Cláudio não seja reduzida a um estigma ou a uma narrativa incompleta. Ele era uma pessoa com história, família, e uma vida marcada pela luta contra problemas de saúde severos.

Por fim, a família agradece às pessoas que têm demonstrado solidariedade nesse momento de dor e clama por respeito à memória de Luiz Cláudio e ao nosso luto. Que essa tragédia sirva para promover mudanças que evitem novas vidas perdidas pela falta de preparo e humanidade nas respostas do Estado.

Família de Luiz Cláudio Dias"

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