Exames realizados até agora no corpo da idosa morta na última sexta-feira (8) no Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo) afastam a possibilidade de morte por asfixia. De acordo o delegado de homicídios Rhaniel Almeida, os médicos legistas que atuam no caso informaram que não houve aperto, esganadura ou outra ação contundente que pudesse matar a mulher, que já estava internada em situação grave recebendo cuidados paliativos.O homem suspeito disse em depoimento que se aproximou de Neuza Cândido porque ela se parecia com a mãe dele. Disse também que não teve a intenção de matar a mulher. Para os outros internos do hospital, ele teria dito que era filho adotivo de Neuza, o que teria justificado sua presença no local. Na Central de Flagrantes, ele não se manifestou. Na Delegacia de Homicídios, disse que só queria ajudar.Homicídio ainda será investigadoAlmeida disse que não afasta a possibilidade do crime de homicídio, mas que precisará aguardar exames complementares. "Para saber se a morte foi por outra causa, como um infarto ou outra fatalidade. Ainda vamos apurar." O delegado espera ter esses laudos em mãos até a próxima semana. Por se tratar de suspeito preso, ele deve concluir a apuração em dez dias.O delegado ressalta, no entanto, que é inegável que houve falha na segurança da unidade. O homem chegou ao hospital por volta de 13h30 e o óbito ocorreu por volta de 16h. "Ele, inclusive, ficou na unidade de saúde, dentro do quarto, após a morte da mulher." Imagens de câmeras de segurança mostram o homem percorrendo outras enfermarias até chegar ao local onde Neuza estava internada.Novos depoimentosO delegado disse que no depoimento também foi possível perceber que o suspeito tem algum tipo de transtorno mental. "Em determinados momentos ele fala com nexo e outras vezes, totalmente sem nexo."Nesta segunda-feira estão sendo ouvidas duas pessoas que trabalham no hospital. Outras pessoas citadas pelas testemunhas também serão intimadas, entre elas is responsáveis pela segurança da unidade de saúde.Leia também:Idosa é assassinada dentro do Hospital de Urgências de Goiânia