Em Goiás, grande parte da população identifica o Rio Araguaia como um cenário aprazível para a prática de lazer na temporada de estiagem. Muito além da beleza de suas praias, o manancial é fundamental como recurso hídrico e para a preservação da fauna e da flora. Em quatro décadas, o rio perdeu 40% de sua vazão pelo uso mal planejado de suas águas. A sobrevivência do Araguaia depende de políticas públicas efetivas que podem encontrar caminhos no maior programa científico já realizado na região, o Araguaia Vivo 2030, que esta semana termina sua segunda expedição. Desde o dia 1º de fevereiro, 27 pesquisadores, professores e alunos de pós-graduação das Universidade Estadual de Goiás (UEG), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade de Brasília (UnB), Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e UniEvangélica percorrem um percurso de aproximadamente 3,5 mil km no Médio Araguaia e afluentes. A partir de um barco-hotel com dez tripulantes, fazem coletas e estudam cerca de 150 lagos localizados na planície de inundação em Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará. O objetivo é obter informações detalhadas sobre as características ambientais, da água e da biodiversidade.