Doenças relacionadas à falta de estruturas de saneamento básico, como difteria, dengue, hepatite, leptospirose e outras, foram responsáveis por 1.045 óbitos em Goiás nos últimos três anos (2021, 2022 e 2023), segundo levantamento da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon Sindcon) junto a dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Entende-se por saneamento básico os serviços de esgoto, água tratada, drenagem urbana e coleta de resíduos sólidos. Estes óbitos correspondem a 5,9% do total de mortos em internações no Estado no período, em que houveram 10.170 internações - 2,7% do total de serviços deste tipo em Goiás. Segundo a diretora-executiva da Abcon Sindcon, Christianne Días Ferreira, a situação, embora grave, não surpreende quem atua no setor, por já se ter o conhecimento desta premissa do problema de saúde derivado da ausência de infraestrutura, sobretudo de água e esgoto. “Temos um estudo da GO Associados, que faz consultoria para a gente, em que ressalta os ganhos do saneamento com a universalização dos serviços até 2040. Na saúde, a universalização traria uma economia de R$ 25 bilhões”, conta. Em Goiás, o levantamento da associação mostra que foram pagos R$ 14,4 milhões nos últimos três anos com o tratamento de pacientes com doenças relacionadas à falta de saneamento, que significa 2,4% do total despendido com internações no período.