Galeria de fotos - Thais Medeiros

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Webstories - 2 anos da reação alérgica de Thais Medeiros

Vídeos mostram desespero de namorado ao levar jovem a hospital após ela cheirar pimenta

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Mãe de Thais Medeiros mostra cuidados diários com a filha (Fábio Lima/O Popular)

A família de Thais Medeiros de Oliveira, de 27 anos, jovem que teve reação alérgica ao cheirar pimenta, conseguiu na Justiça o atendimento médico em casa, tratamento conhecido como homecare. Segundo o padrasto da jovem, Sérgio Alves, o pagamento já foi feito, e a equipe multidisciplinar deve começar a prestar o serviço&nbsp;na próxima semana.

Ao POPULAR,&nbsp;a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia não foi notificada da decisão.

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Conforme o padrasto, foram transferidos diretamente para a empresa responsável, nesta quinta-feira (21), o valor de R$ 156.074,88, que equivale a seis meses do tratamento. Antes de encerrar o prazo, a família deverá buscar novamente a Justiça para um novo pedido.

Sérgio informou que, anteriormente, a 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária de Goiás já havia determinado o bloqueio do valor aos cofres públicos do município, após a prefeitura não cumprir o acordo judicial. O valor foi liberado após a resolução de questões burocráticas, como os orçamentos e a definição de qual empresa executaria o serviço, de acordo com a família.&nbsp;

Na próxima semana, deve ser definido as adequações necessárias para que a equipe de profissionais de saúde multidisciplinar comece os trabalhos, segundo o padrasto.&nbsp;

<cite>Fico muito feliz, porque há quase dois anos que a gente estava na luta para conquistar esse serviço e esse serviço nunca saía, mas agora é fato, é realidade. A gente ficou muito feliz com o serviço, porque isso vai nos ajudar muito”, respondeu Sérgio.&nbsp;</cite>

Thais está há 7 meses sem necessidade de internação hospitalar, conforme a família. A saúde dos pulmões é hoje a principal preocupação dos médicos, mas segundo o padrasto, a família tem se atentado nisso e cuidado quando surgem intercorrências, como a infecção.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-que-sofreu-grave-alergia-apos-cheirar-pimenta-volta-a-sustentar-a-cabeca-sozinha-diz-fisioterapeuta-1.3200329" target="_blank">Jovem que sofreu grave alergia após cheirar pimenta volta a sustentar a cabeça sozinha, diz fisioterapeuta</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/alergia-a-pimenta-entenda-reac-o-que-jovem-pode-ter-tido-apos-cheirar-especiaria-e-passar-mal-1.2618392" target="_blank">Alergia a pimenta: Entenda reação que jovem pode ter tido após cheirar especiaria e passar mal</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-e-internada-na-uti-apos-passar-mal-ao-cheirar-pimenta-diz-namorado-1.2617108" target="_blank">Jovem é internada na UTI após passar mal ao cheirar pimenta, diz namorado</a></div>

<h2>Relembre o caso</h2>

A reação alérgica aconteceu no dia 17 de fevereiro de 2023, em Anápolis, a 55km de Goiânia.&nbsp;Na época,&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/videos-mostram-desespero-de-namorado-ao-levar-jovem-a-hospital-apos-ela-cheirar-pimenta-1.3007695" target="_blank">Thaís estava na casa do namorado</a>&nbsp;quando aproximou um frasco de pimenta do nariz para cheirar. Logo depois, ela relatou sentir uma coceira na garganta, começou a passar mal e perdeu as forças.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3005151" attr-version="policy:1.3005151:1677953881" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3005151/image (1).jfif?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Thais Medeiros de Oliveira foi internada na UTI após passar mal ao cheirar pimenta (Arquivo Pessoal/Adriana Medeiros)

Após a reação alérgica, Thaís ficou mais de 260 dias internada. Em 2024, ela passou por três internações por conta de infecções pulmonares, intestinais e urinárias. A última internação foi em novembro, quando Thaís ficou oito dias no hospital para tratar uma pneumonia.&nbsp;

Dois anos se passaram desde que a trancista Thaís Medeiros de Oliveira, de 27 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória após uma <a href="https://opopular.com.br/cidades/alergia-a-pimenta-entenda-reac-o-que-jovem-pode-ter-tido-apos-cheirar-especiaria-e-passar-mal-1.2618392" target="_blank">grave reação alérgica</a> ao cheirar um frasco de pimenta em conserva. O POPULAR preparou uma reportagem especial para mostrar como Thaís está hoje e como sua família tem lidado com a espera de uma evolução mais significativa.A mãe da jovem, Adriana Medeiros, conta que sua rotina é movida pela esperança, pela fé e, acima de tudo, pelo amor incondicional que sente pela filha.&nbsp; &nbsp;

<cite>Eu não sei os planos de Deus daqui pra frente. A minha esperança é que ela melhore, que ela fique bem. Não é fácil, porque a gente vive num medo constante, mas a gente tem que aprender a esperar, e essa espera que é doída. O que for melhor pra ela, Deus vai fazer. Eu nem estou rezando demais pra ela ficar e nem impedindo ela de ir. É no tempo de Deus", afirmou a mãe Adriana.&nbsp;</cite>

<div attr-cid="policy:1.3227695" attr-version="policy:1.3227695:1738850721" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3227695" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3227695', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3227695">Galeria de fotos - Thais Medeiros (1.3227695)</a></div>

O padrasto de Thaís, Sérgio Alves, que está presente na vida dela desde que a jovem tinha 5 anos, relata que, em alguns momentos, percebe expressões de felicidade e medo na enteada, além de sinais sutis indicando que deseja tomar banho e receber outros cuidados diários.

<cite>Ela tem uma certa consciência, mas a gente não sabe até que ponto. Não sabemos o quanto ela enxerga, porque o médico disse que os olhos estão desconectados do cérebro, mas que talvez veja embaçado. Ela chora, sorri e até gira os olhos para o lado da conversa", afirmou.&nbsp;</cite>

<h2>Cuidados 24h por dia</h2>

Thaís recebe uma alimentação especial, faz sessões de fisioterapia e fonoaudiologia e necessita de medicamentos, fraldas descartáveis e outros cuidados essenciais. Essas despesas somam aproximadamente R$ 16 mil por mês para a família. Há cerca de dois meses, um momento especial foi comemorado: Thaís conseguiu voltar a <a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-que-sofreu-grave-alergia-apos-cheirar-pimenta-volta-a-sustentar-a-cabeca-sozinha-diz-fisioterapeuta-1.3200329" target="_blank">sustentar a cabeça sozinha</a>. A cena emocionante foi registrada e compartilhada nas redes sociais por sua mãe, Adriana Medeiros (assista abaixo).

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Adriana explica que os cuidados com a filha são diários, exigindo dedicação 24 horas por dia. Durante a noite, ela e o marido se revezam para garantir a assistência necessária. "Sou grata por tê-lo em minha vida. Ele cuida da Thaís para que eu possa descansar", afirma.

Apesar das inúmeras doações recebidas, a família enfrenta desafios e luta para retomar o serviço de home care, que foi disponibilizado a Thaís por apenas seis meses. A Justiça determinou que a Prefeitura de Goiânia restabelecesse o atendimento domiciliar até 30 de dezembro de 2024.&nbsp;

Em nota enviada ao O&nbsp;POPULAR, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) disse que Thaís não se enquadra nos critérios para receber o serviço de home care custeado pelo município, que é destinado a pacientes que dependem de ventilação mecânica invasiva e suporte terapêutico de alta complexidade. A&nbsp;administração municipal não se pronunciou sobre a decisão da Justiça.&nbsp;

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<h2>Dia da reação alérgica</h2>

<cite>Ela estava com meus pais na cozinha, e entraram em assunto de pimenta. Então ela passou a pimenta no nariz e cheirou. A garganta dela começou a coçar e, logo em seguida, ela já foi perdendo as forças", contou o namorado de Thaís na época, Matheus Lopes de Oliveira.</cite>

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No dia da reação alérgica, a trancista foi <a href="https://opopular.com.br/cidades/videos-mostram-desespero-de-namorado-ao-levar-jovem-a-hospital-apos-ela-cheirar-pimenta-1.3007695" target="_blank">levada ao hospital</a> e precisou ser reanimada. Ela ficou 20 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Anápolis. Na época, o médico Rubens Dias afirmou que Thaís sofreu lesão permanente no cérebro, que comprometeu seus movimentos e sua fala.

“O que ela teve foi um período que o cérebro não recebeu a oxigenação devida, porque o coração não estava bombeando sangue para o corpo. E ele gera uma lesão que é irreversível e tem um potencial de gravidade muito grande, explicou o médico.

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Frasco de pimenta que Thaís Medeiros cheirou e passou mal, em Anápolis (Reprodução/TV Anhanguera)

<h2>Histórico de alergias</h2>

Adriana Medeiros contou que a jovem começou a apresentar alergias e desenvolveu bronquite e asma após a gravidez da filha mais velha. A trancista&nbsp;sofria com crises alérgicas e, inclusive, chegou a ficar cinco dias internada por conta de uma bactéria no pulmão antes do acidente, segundo a mãe.

“Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse: 'não, mãe, depois a gente faz'”, contou.&nbsp;Thais é mãe de&nbsp;Valentina, de 9 anos, e Antonella, de 8.

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Thais Medeiros de Oliveira foi internada na UTI após passar mal ao cheirar pimenta (Arquivo Pessoal/Adriana Medeiros)

VIDEO ESPECIAL THAIS MEDEIROS

Família de jovem que teve reação alérgica ao cheirar pimenta consegue na Justiça atendimento em casa

Cidades

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Matéria - Cidades

HOMECARE

Ao menos dois partidos na Câmara Municipal de Goiânia se anteciparam e anunciaram nesta quinta-feira (21) os nomes indicados para compor a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que vai investigar o contrato e os serviços do Consórcio Limpa Gyn. A comissão, no entanto, ainda não foi oficialmente instalada, já que a publicação no Diário Oficial do Município (DOM) deve ocorrer apenas nesta sexta-feira (22).

Pela proporcionalidade, o MDB tem direito a duas vagas, por ser a maior bancada na Casa, e indicou os vereadores Luan Alves e Pedro Azulão Jr. Já o União Brasil (UB) definiu Lucas Kitão como o seu representante. O PT deve indicar Kátia Maria, mas informou que a decisão só será formalizada pela sigla após a instalação da comissão. Já o PL, que inicialmente havia afirmado que não participaria da CEI, sinalizou recuo e fará nova reunião para deliberar sobre sua indicação.

Com as definições, a distribuição das sete vagas ficará da seguinte forma: MDB com duas cadeiras, enquanto PRD, PT, PL, União Brasil e Solidariedade terão um assento cada. Conforme o regimento interno da Câmara, as CEIs são formadas por sete titulares e quatro suplentes, e possuem prazo regimental de trabalho de 120 dias, que pode ser prorrogado. Os cargos de presidente, vice e relator são eleitos pelos membros.

Na terça-feira (19), como revelou O POPULAR, Policarpo encaminhou à Secretaria da Casa Civil da Prefeitura o ofício solicitando a publicação da instalação da CEI no DOM. O documento teve de ser reenviado à Imprensa Oficial da Prefeitura devido à inadequação inicial. O reenvio levou a novo atraso na publicação no DOM, e deve sair apenas nesta sexta.

Após definição e a notificação pela presidência, lideranças partidárias têm 48 horas para indicar os membros da comissão, mesmo prazo para a nomeação dos vereadores, de forma que assegure a representação proporcional dos partidos e blocos. Na sequência, a instalação deve ser feita também no mesmo período, já com a previsão de estrutura e recursos necessários para o funcionamento.

Procurado pelo POPULAR para posicionamento a respeito do avanço da instalação da CEI na Câmara, o Consórcio Limpa Gyn afirmou que, por enquanto, “não tem nada a dizer” a respeito da comissão investigativa.

Primeiros nomes

Durante a sessão ordinária desta quinta, signatários da CEI já começaram a discutir, nos bastidores, sobre os desdobramentos das investigações. Além da análise do contrato do consórcio responsável pela coleta de resíduos, o ex-prefeito de Anápolis Roberto Naves (Republicanos) aparece entre os nomes cotados para ser convocado a prestar depoimento nas oitivas. O grupo aponta suposta ligação de Naves com a Quebec Ambiental, empresa que realiza a coleta em Anápolis e participa do consórcio em Goiânia, que assumiu os serviços na capital no início de 2024.

Outra possível convocação é a do ex-secretário de Infraestrutura e atual presidente regional do Solidariedade, Denes Pereira. Ele foi responsável pela assinatura do contrato com o Consórcio Limpa Gyn, em março de 2024, e deixou a Seinfra em junho daquele ano, após ser alvo da Operação Transata, que investiga fraudes em licitações da Prefeitura.

MDB e UB definem nomes que vão integrar CEI do Limpa Gyn

Política

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Matéria - Política

Câmara de Goiânia

Um dia depois de o prefeito Sandro Mabel (UB) ter ido à Câmara Municipal de Goiânia para encontro fora da agenda oficial com o presidente Romário Policarpo (PRD), o primeiro-secretário Henrique Alves (MDB) e o vereador Thialu Guiotti (Avante), a sessão ordinária desta quinta-feira (21) foi marcada por ao menos 13 manifestações de parlamentares da base e independentes em defesa do líder do Governo, Igor Franco (MDB).Os vereadores conflagraram ato de desagravo a Franco, que ocorreu em meio à avaliação de que a postura do prefeito acabou fortalecendo o clima pela instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o contrato do Consórcio Limpa Gyn. Autores do pedido agora dizem que não haverá recuo e que a instalação depende apenas da publicação da comissão no Diário Oficial do Município (DOM).Ao defender Franco, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e signatário da CEI, Luan Alves (MDB), puxou a fila dos elogios e destacou que as pautas relacionadas ao Paço sempre foram conduzidas pelo líder, apontando que “nunca foi procurado nem pela secretária de Governo nem pelo prefeito”. Alves citou como exemplo a votação do projeto que destinou R$ 10 milhões à Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), envolto em idas e vindas com o Ministério Público de Goiás (MP-GO). “Eu fui convencido pelo líder do Governo a votar com o Paço. Quero pontuar que o papel de líder do Governo vem sendo empenhado e conta com meu respeito e apoio”, afirmou o emedebista, presidente da CCJ.Após a fala de Luan, outros vereadores da base como Markim Goyá (PRD), Bruno Diniz (MDB), Denício Trindade (UB), Anselmo Pereira (MDB), Henrique Alves (MDB), Léo José (SD), Welton Lemos (SD) e Daniela da Gilka (PRTB) seguiram a mesma linha do presidente da CCJ em sequência de discursos elogiosos a Franco. Chamou a atenção o posicionamento favorável ao líder de parlamentares independentes como Coronel Urzêda, Oséias Varão e Willian Veloso (os três do PL), e Aava Santiago (PSDB).“Quero avaliar com os colegas sobre qual é o papel do líder do prefeito. Acredito que o papel do líder do prefeito não seja só levar as demandas da base do prefeito para que o prefeito resolva. O papel do líder do prefeito é diminuir os desgastes do prefeito com a Câmara independente se seja da base ou oposição. E pela primeira vez em quase cinco anos que sou vereadora, o líder do prefeito fez com que uma lei sancionada fosse realidade, por ser parceiro”, declarou Aava.Logo depois da ida à Câmara, na quarta, o prefeito afirmou em coletiva que ainda avalia a situação de Franco. O emedebista é visto como um dos principais articuladores da CEI, e aliados de Mabel dizem que sua saída da liderança é “só uma questão de tempo”, diante da incapacidade de conter a mobilização pelo avanço da comissão.“É estranho, porque a forma que eles fizeram, eles fizeram sem falar comigo, inclusive o líder não falou comigo quando foi fazer. Mas a minha preocupação com a CEI é nenhuma. Eu nunca estive aqui no governo de Goiânia, eu estou fora da política há 10 anos, então qual é a minha preocupação com o CEI? Ainda mais CEI que não é do meu mandato? (...) Mas, eu já entreguei para Jesus isso daí”, afirmou o prefeito.Diante do risco de esvaziamento da base, Mabel pretende intensificar conversas individuais com os vereadores nas próximas semanas, como revelou o POPULAR. Segundo afirmou, o novo grupo de apoio deve ter entre 20 e 23 vereadores, inferior aos atuais 27 integrantes da base. O movimento ocorre em meio ao avanço da CEI, que ameaça levar à saída de atuais aliados.AprovaçõesA reestruturação da base está ligada também ao interesse do Paço em garantir a aprovação de projetos de lei no segundo semestre, como as alterações no Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) e medidas voltadas à Educação. Há preocupação de haver obstrução das pautas na Câmara com o avanço dos trabalhos da CEI. Lucas Kitão (UB) negou a existência de crise entre os aliados de Mabel e disse que a reestruturação da base trata-se de “questão de ajuste”. “Acho que uma base tranquila tem que ter pelo menos 25 vereadores, lembrando que as matérias de alta complexidade, leis complementares, precisam de um quórum qualificado. E é questão de ajuste mesmo. Acho que o prefeito tem todos os dias visto isso e o que eu posso dizer é isso, que tem bons vereadores aqui, tem boas vereadoras, todos eles dispostos a fazer um debate transparente”, afirmou em entrevista nesta quinta.Ao ser questionado sobre a realização dos trabalhos da CEI, o vice-presidente da Câmara, Anselmo Pereira (MDB), disse que o interesse do prefeito em desmobilizar a CEI reside no receio de travamento das pautas do Paço. “Ele está com menos de oito meses de administração. Então, ele tem uma preocupação de querer redirecionar as forças e os recursos para o melhor serviço de Goiânia. A preocupação do Sandro Mabel talvez seja de não desviar uma atenção, nesse momento, do foco principal, que é redirecionar, a meu ver, as tratativas dos gargalos que nós temos no município de Goiânia”, declarou.

Desagravo marca sessão após prefeito indicar troca de líder

As primeiras apurações sobre <a href="https://opopular.com.br/politica/salario-para-mortos-pode-ter-dado-prejuizo-de-r-3-milh-es-1.3302513" target="_self">pagamentos em nomes de pessoas mortas</a> na folha da Prefeitura de Goiânia apontam que a maioria dos salários foi destinada a uma conta aberta em Redenção, no Pará, que seria de um laranja do esquema. Ao total, cerca de 40 contas bancárias teriam sido utilizadas para recebimento dos repasses indevidos. A Prefeitura fala em suspeita de desvios de R$ 3 milhões.

A Polícia Civil já ouviu alguns dos destinatários dos pagamentos e, em pelo menos dois casos, as informações são de envolvimento de um funcionário da empresa responsável pelo sistema da folha, a Sigep. Ele e outros dois que atuavam na própria Prefeitura como suporte da empresa foram desligados. Um outro funcionário, que não ficava no Paço, mas era responsável pelo contrato também foi demitido.

As investigações não apontaram, até o momento, ligação do esquema com agentes políticos. A participação de servidores públicos também ainda não foi identificada. Os 15 que tiveram logins utilizados em movimentações suspeitas do sistema estão com as senhas suspensas, mas as investigações não descartam a possibilidade de uso por parte dos funcionários da Sigep.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/salario-para-mortos-pode-ter-dado-prejuizo-de-r-3-milh-es-1.3302513" target="_self">Salário para mortos pode ter dado prejuízo de R$ 3 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/gest-o-mabel-preve-duas-pautas-pesadas-na-camara-imas-e-goianiaprev-1.3265576" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Gestão Mabel prevê duas pautas pesadas na Câmara: Imas e GoianiaPrev</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/defesa-admite-que-servidora-da-prefeitura-pode-ter-cometido-deslizes-1.3296765" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px;" target="_self">Defesa admite que servidora da Prefeitura 'pode ter cometido deslizes'</a></div>

Entre as pessoas já ouvidas na investigação está a ex-namorada de um dos investigados, que teria afirmado que fez transferências por pix a ele depois de receber valores em uma conta criada em seu nome para receber os pagamentos da Prefeitura. Ela teria dito que não sabia da origem do dinheiro e se ofereceu para colaborar com as investigações.

No rastro do dinheiro também houve identificação de utilização de uma conta do Tocantins. A reportagem não teve acesso aos nomes dos funcionários e servidores investigados.

A Controladoria-Geral do Município (CGM) informou que houve o bloqueio de acesso ao sistema da folha de pagamento e que haverá permissão restrita a determinados servidores. Além disso, a Prefeitura diz que ampliará mecanismos de controle e checagem para “estancar” o esquema, caso ainda haja tentativas de manipulação dos dados da folha.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

Ainda não há previsão de abertura de processo administrativo disciplinar (PAD) contra os servidores que tinham acesso ao sistema. A administração informou que aguarda os desdobramentos da investigação policial.

A CGM não descarta a possibilidade de responsabilização e cobrança à própria Sigep para devolução dos recursos desviados, caso a apuração não aponte envolvimento de integrantes do Paço no esquema.

Investigação identificou 40 contas de laranjas

Prefeitura de Goiânia

Web. Salário para mortos na Prefeitura de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia pagou salários em nomes de aposentados mortos ou pensionistas com cadastros desativados em esquema que pode ter causado prejuízo de R$ 3 milhões aos cofres públicos desde 2023. O POPULAR apurou que a Polícia Civil de Goiás e a própria gestão municipal investigam fraudes no sistema de pagamento da folha do Paço, que tiveram início na administração anterior, do ex-prefeito Rogério Cruz (SD), e com suspeita de <a href="https://opopular.com.br/politica/investigac-o-identificou-40-contas-de-laranjas-1.3302520" target="_self">alterações indevidas em cadastros de 55 pessoas.</a>

A investigação aponta que a manipulação de dados para permitir pagamentos indevidos foi feita por meio de logins e senhas de 18 usuários do sistema de gestão da folha da Prefeitura, sendo 15 de servidores públicos e 3 de funcionários da empresa Sistema de Gestão Pública (Sigep), que fornece software de gestão de recursos humanos à administração municipal. Não se sabe ainda se os logins foram utilizados por terceiros ou se houve envolvimento dos servidores. Os funcionários foram demitidos pela empresa e todas as senhas de acesso ao sistema foram suspensas.

Na movimentação comum da folha, quando um servidor ou aposentado morre, há o registro de exoneração por falecimento, com a exclusão do nome nos pagamentos mensais. O esquema funcionava com a reinserção dos falecidos na lista de beneficiários da aposentadoria e alteração dos dados cadastrais, incluindo uma nova conta bancária para destinação do salário.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/investigac-o-identificou-40-contas-de-laranjas-1.3302520" target="_self">Investigação identificou 40 contas de laranjas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/gest-o-mabel-preve-duas-pautas-pesadas-na-camara-imas-e-goianiaprev-1.3265576" target="_self">Gestão Mabel prevê duas pautas pesadas na Câmara: Imas e GoianiaPrev</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/defesa-admite-que-servidora-da-prefeitura-pode-ter-cometido-deslizes-1.3296765" target="_self">Defesa admite que servidora da Prefeitura 'pode ter cometido deslizes'</a></div>

Logo depois da liberação dos valores, o usuário com a chamada senha master do sistema apagava os rastros da manipulação, retomando os dados originais e a exoneração anterior do aposentado. As mudanças eram feitas entre o fechamento da folha e a remessa para evitar auditagem.

Além da destinação indevida, ainda há registros de fraudes no sistema para turbinar o pagamento do aposentado, incluindo gratificação adicional de férias ou extras. Em uma das alterações realizadas, o salário que era de R$ 4 mil passou a R$ 20 mil.

No caso de pensionistas, não há unicamente exclusão por morte. Alguns registros ficam inativos se houver demora em recadastramento do benefíciário, que deixa de receber salários até a adequação. A mesma manipulação ocorria para permitir pagamento em um mês e depois os dados inseridos eram deletados.

<div attr-cid="policy:1.3302646" attr-version="policy:1.3302646:1755784035" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3302646" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3302646', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3302646">Web. Salário para mortos na Prefeitura de Goiânia (1.3302646)</a></div>

A investigação teve início em março deste ano, quando o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Goiânia (GoiâniaPrev) identificou um caso de pagamento suspeito a um aposentado já morto e comunicou à Controladoria Geral do Município (CGM). A partir daí, houve um primeiro pente-fino nas folhas de pessoal, com identificação de outros 40 casos semelhantes nos últimos meses.

A reportagem apurou que a administração conseguiu registrar um print da tela do sistema com os dados alterados e depois com as informações iniciais reestabelecidas, o que reforçaria a fraude.

A Polícia Civil solicitou então um levantamento mais amplo do sistema desde que foi contratado pela Prefeitura, em setembro de 2022. O relatório aponta que o esquema se intensificou em 2024 e nos primeiros meses deste ano.

Procurado pela reportagem, o controlador-geral do Município, Juliano Bezerra, afirmou que a investigação é resultado da determinação do prefeito Sandro Mabel (UB) para “auditar todos os pagamentos da Prefeitura e combater desperdícios e irregularidades”. Ele afirma que a gestão iniciou “força-tarefa” nesta semana para uma revisão geral da folha do funcionalismo.

O controlador diz ainda que houve audiências com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) para avaliar a possibilidade de uma contratação emergencial para auditoria mais técnica da folha.

Juliano admitiu já haver “fortes indícios” das fraudes com pagamentos em nomes de pessoas mortas, mas evitou dar detalhes alegando que a investigação está em sigilo na Polícia Civil. A direção do GoiâniaPrev também não quis comentar o caso, alegando sigilo.

No dia 5 de agosto, a PC-GO deflagrou operação para investigar um outro esquema de pagamentos indevidos na Prefeitura de Goiânia, também identificado pela atual gestão. A ex-gerente de Execução Financeira da Secretaria Municipal da Fazenda Helenice Evangelista de Souza foi presa preventivamente sob suspeita de utilizar recursos públicos, por meio do sistema da Prefeitura, para pagar faturas de seu cartão de crédito, boletos de uma farmácia em nome de parente e até mesmo uma suposta prestadora de serviço de bruxaria.

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<h2>Sigep</h2>

Contratada a partir de licitação da Secretaria Municipal de Administração em agosto de 2022, a Sigep tinha nome anterior de Santos, Oliveira e Torrezan Ltda, e hoje é administrada pelo ex-secretário municipal de Finanças da gestão de Rogério Cruz Vinícius Henrique Pires Alves. Vinícius assumiu a pasta em março de 2022 e saiu em outubro do ano passado.

O contrato à época foi de R$ 1,12 milhão por 12 meses, com valor médio mensal de R$ 94 mil. Dados do Portal da Transparência da Prefeitura apontam que a empresa recebeu média de R$ 80 mil mensais desde que começou a operar na gestão municipal.

Vinícius não foi encontrado para dar entrevista sobre as suspeitas de fraudes, mas a Sigep divulgou nota em que afirma estar colaborando com a investigação e que tem “compromisso inegociável com a ética e a transparência”.

“A Sigep coopera de forma integral, disponibilizando toda a documentação, relatórios e informações necessárias para que os fatos sejam esclarecidos e os responsáveis, identificados, com a agilidade que o caso requer. A Sigep não compactua com nenhum ato ilegal ou ilegítimo que desvie a finalidade dos seus sistemas”, diz a nota.

“De forma proativa, já foram implementadas medidas internas para fortalecer ainda mais nossos controles, garantir a segurança e a integridade de nossos serviços, incluindo o desligamento de funcionários com suspeita de envolvimento. Continuamos à disposição para colaborar com a investigação e reafirmamos nosso compromisso com a legalidade”, finaliza a manifestação da empresa.

A CGM afirmou que as investigações até o momento apontam suspeitas sobre funcionários da empresa no esquema, mas não há sinais de envolvimento da direção. O órgão confirmou que a Sigep apresentou relatórios sobre as manipulações de dados e tem colaborado com a apuração.

Na última segunda-feira (18), representantes da empresa participaram de reunião com CGM, Secretaria de Administração e com um delegado da PC-GO que acompanha o caso. Ao grupo de investigadores, Vinícius afirmou que não tinha qualquer relação com a empresa enquanto foi auxiliar da Prefeitura.

O contrato com a Sigep termina em setembro deste ano e a empresa já havia manifestado desde o início do ano, após atrasos em pagamentos por parte da Prefeitura, que não tinha interesse em renová-lo. Ainda assim, a Controladoria afirmou que há tendência de aditivar o contrato por alguns meses até a realização de uma nova licitação para aquisição de sistema da folha.

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