Servidora aposentada do TJGO morre após ser atacada em rua na Argentina

A família de Maria Vilma das Dores Cascalho da Silva Bosco, de 69 anos, servidora aposentada do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) que morreu após ser atacada em Buenos Aires, na Argentina, está fazendo uma vaquinha para arrecadar dinheiro para trazer o corpo da idosa ao Brasil. Os familiares já providenciaram uma funerária internacional, e as doações podem ser feitas no PIX de Carolina Bizinoto, filha de Maria Vilma, pela chave: 032.156.621-16.&nbsp;

O POPULAR entrou em contato com o Itamaraty e com o Ministério de Relações Exteriores por e-mail e aplicativo de mensagem na manhã desta terça-feira (11), mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

No entanto,&nbsp;o Gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás informou nesta segunda (10) que a família já está em contato com o Consulado Brasileiro em Buenos Aires, "que presta o atendimento conforme o protocolo, obedecendo o andamento das investigações das autoridades argentinas sobre o caso". Acrescentou que o consulado só pode atuar "a partir de finalizados os procedimentos da legislação argentina".&nbsp;

Paula Lima, advogada e sobrinha da vítima, contou à reportagem que foi para a Argentina ajudar Carolina, sua prima, e que apesar da ajuda do consulado e do governo estadual de Goiás, os trâmites para a liberação do corpo estão muito burocráticos. &nbsp;

<cite>As coisas aqui estão muito difíceis. Sequer tivemos acesso ao boletim de ocorrência. Falaram que não tem como encerrar o boletim sem a autópsia, que até hoje não foi realizada. Enquanto isso estamos aqui nesse sofrimento porque não liberam o corpo", revelou.&nbsp;</cite>

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Entenda o caso&nbsp;

Maria Vilma das Dores estava desde julho deste ano visitando a filha, que estuda medicina em Buenos Aires. Segundo Paula Lima, nesta última quinta-feira (6), quando a idosa saiu de casa para pegar um dinheiro para pagar o aluguel do apartamento onde elas moravam, a mulher foi atacada de forma violenta por um homem.&nbsp;

Conforme a advogada, o suspeito teria problemas mentais e foi preso logo após atacar outra pessoa. A servidora aposentada foi socorrida e internada em um hospital, porém não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada do dia seguinte ao ataque.&nbsp;

Colaborou Rodrigo Melo, repórter do jornal O Popular.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/servidora-aposentada-do-tjgo-morre-apos-ser-atacada-em-rua-na-argentina-1.3335124" target="_self">Servidora aposentada do TJGO morre após ser atacada em rua na Argentina</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goiana-denuncia-que-sofreu-tentativa-de-estupro-no-metro-de-paris-e-levou-mordidas-de-agressor-no-rosto-1.3326364" target="_self">Goiana denuncia que sofreu tentativa de estupro no metrô de Paris e levou mordidas de agressor no rosto</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/estudante-de-medicina-de-goias-morre-asfixiado-na-bolivia-diz-familia-1.3306382" target="_self">Estudante de medicina de Goiás morre asfixiado na Bolívia, diz família</a>&nbsp;</div>

&nbsp;

<h2>Liberação do corpo&nbsp;</h2>

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Ainda de acordo com a sobrinha de Maria Vilma, a previsão de liberação do corpo está para quarta-feira (12), mas com possibilidade de aumento do prazo. Ao irem à polícia, Paula e Carolina sempre escutam das autoridades que talvez o corpo nem seja liberado.&nbsp;

<cite>Toda ida nossa na polícia daqui nos falam que talvez nem liberem ela, porque, como foi um crime de homicídio e tem investigação, pode ser que precisem de mais exames no corpo. Isso apavora todo mundo", contou.&nbsp;</cite>

Família de servidora aposentada do TJGO morta em ataque na Argentina faz vaquinha para trazer o corpo

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BUENOS AIRES

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Maria Vilma das Dores Cascalho da Silva Bosco morreu aos 69 anos após ser atacada, na Argentina (Arquivo pessoal / Paula Lima)

Maria Vilma das Dores Cascalho da Silva Bosco, 69 anos, servidora aposentada do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), morreu após ser atacada em uma rua na Argentina. Segundo a família, quando a vítima foi agredida, caiu, bateu a cabeça e teve um traumatismo craniano. Após três dias do ocorrido, o corpo da mulher ainda não foi liberado da autópsia, e a família enfrenta dificuldades com o translado para Goiânia.

O POPULAR&nbsp;entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores e com o Itamaraty por telefone, aplicativo de mensagens e e-mail, mas não teve retorno. A reportagem não encontrou o contato da imprensa da polícia da Argentina.&nbsp;

À reportagem, o Gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás informou que a família já está em contato com o Consulado Brasileiro em Buenos Aires, "que presta o atendimento conforme o protocolo, obedecendo o andamento das investigações das autoridades argentinas sobre o caso". Acrescentou que o consulado só pode atuar "a partir de finalizados os procedimentos da legislação argentina" (veja a nota completa no final da matéria).

Ao POPULAR, a advogada Paula Lima, sobrinha da vítima, contou que, desde julho, a idosa estava visitando a filha, que estuda medicina em Buenos Aires. Na quinta-feira (6), quando Maria saiu para pegar o dinheiro do aluguel do apartamento onde elas estavam, foi violentamente atacada por um homem, conforme o relato.&nbsp;

Ela chegou a ser socorrida e internada em um hospital, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a morrer na madrugada do dia seguinte. O suspeito, que teria problemas de saúde mental, foi preso após atacar outra pessoa, segundo a advogada.&nbsp;

Paula disse que foi para o país argentino ajudar a prima, mas está burocrático os trâmites para liberarem o corpo, apesar da ajuda do consulado e do governo estadual de Goiás. Para ela, a maior dificuldade está com os procedimentos periciais.&nbsp;

<cite>As coisas aqui estão muito difíceis. Sequer tivemos acesso ao boletim de ocorrência. Falaram que não tem como encerrar o boletim sem a autópsia, que até hoje não foi realizada. Enquanto isso estamos aqui nesse sofrimento porque não liberam o corpo”, afirmou.&nbsp;</cite>

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Vítima era funcionária pública aposentada (Arquivo pessoal / Paula Lima)

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/goiana-denuncia-que-sofreu-tentativa-de-estupro-no-metro-de-paris-e-levou-mordidas-de-agressor-no-rosto-1.3326364" target="_blank">Goiana denuncia que sofreu tentativa de estupro no metrô de Paris e levou mordidas de agressor no rosto</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/namorado-suspeito-de-matar-m-e-de-quatro-filhos-e-preso-no-paraguai-1.3334292" target="_blank">Namorado suspeito de matar mãe de quatro filhos é preso no Paraguai</a></div>

A previsão é que o corpo seja liberado na quarta-feira (12), mas também há possibilidade desse prazo se estender, conforme a advogada.&nbsp;

<cite>Toda ida nossa na polícia daqui nos falam que talvez nem liberem ela, porque, como foi um crime de homicídio e tem investigação, pode ser que precisem de mais exames no corpo. Isso apavora todo mundo”, revelou.&nbsp;</cite>

A família já providenciou uma funerária internacional e está juntando valores para pagar o translado. As doações podem ser feitas pela chave PIX da filha dela: 032.156.621-16 (Carolina Bizinoto).&nbsp;

<h2>Homenagens&nbsp;</h2>

Em nota, o Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (Sindjustiça/GO) lamentou a morte de Maria Vilma. Expressou solidariedade à família e fez uma convocação à campanha de apoio para o translado.&nbsp;

Nas redes sociais, a filha da idosa, Carolina Bizinoto, manifestou a intensa dor que está sentindo pela morte dela.&nbsp;

<cite>Oi mãe, não consigo colocar em palavras o que aconteceu. Só consigo sentir, uma dor que dilacera, que me corrói por dentro. Jamais imaginei que acabaria assim, que meu sonho lhe custasse a vida. Que no melhor momento vividos por nós, que você fosse levada dessa forma. A revolta me consome junto com a dor e com a vontade de voltar no tempo, mas infelizmente não posso”, disse a filha, concluindo que nunca deixará de sentir sua falta.&nbsp;</cite>

<h2>Nota do Gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás</h2>

A família já está em contato com o Consulado Brasileiro em Buenos Aires, que presta o atendimento conforme o protocolo, obedecendo o andamento das investigações das autoridades argentinas sobre o caso. A família solicitou ao Governo de Goiás apoio para dialogar com o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, a fim de obterem celeridade nos procedimentos. O Consulado só pode atuar a partir de finalizados os procedimentos da legislação argentina.

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<img attr-cid="policy:1.3333071" attr-version="policy:1.3333071:1762377442" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3333071/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Pintura de 5 metros de largura, que foi censurada no Brasil em 2019, será exibida na Argentina (Divulgação / Valdemy Teixeira)

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Desde 2013, o artista plástico goiano Gerson Fogaça vem consolidando uma trajetória marcada pelo intercâmbio entre Goiás e o mundo. Suas obras já circularam por diferentes países e a próxima parada será nesta sexta-feira (7), com abertura da individual Caos In Itinere no Museu Carlos Alonso, em Mendoza, na Argentina. A exposição, que fica em cartaz até 30 de dezembro, ocupa os três andares do espaço e reúne mais de 30 trabalhos que percorrem sua produção entre 2007 e 2025. A curadoria é assinada pela argentina Patrícia Avena Navarro e a produção é de Malu da Cunha.

No conjunto de obras, destaca-se uma pintura de 5 metros de largura que foi censurada sem explicações oficiais em 2019 no Museu dos Correios, em Brasília, a dois dias da inauguração. Numa corrida contra o tempo, a obra foi apresentada no Museu de Nacional de Brasília. Em 2024, ela também foi exibida no Museu de Arte Contemporânea das Américas (Mocaa), em Miami, EUA. O trabalho integra o acervo da exposição O Sangue no Alguidá, criada por Fogaça em colaboração com o escritor cubano Pedro Juan Gutiérrez.

A obra é inspirada na literatura de Pedro Juan Gutiérrez e no realismo sujo latino-americano. “Essa é para mim um símbolo de resistência, tocou em temas incômodos, enfrentou moralismos e estruturas de poder. Um governo que falava tanto em liberdade de expressão, não imaginava que provocasse essa reação. Pensava que pudesse incomodar em Cuba, país do Pedro Juan, e não no meu”, comenta Fogaça, ao POPULAR. O artista goiano chegou na Argentina na segunda-feira (3) para participar da montagem da exposição.

A mostra é formada por 39 telas. Segundo Fogaça, não se trata de uma retrospectiva, mas de um recorte da sua produção, período em que ele passou por transformações e mergulhou em pesquisas. “A partir daí, minha pintura começa a se modificar, a buscar novos caminhos, até chegar à produção mais recente. As obras variam em escala, em material e em ritmo, mas guardam uma mesma assinatura. Em todas elas, a cidade se comporta como um corpo vivo, em movimento, e o tempo é algo que se mistura à matéria”.

Após Mendoza, o artista segue sua escalada internacional. No domingo (9), será aberta ao público a exposição Na Curva do Tempo, com curadoria da cubana Dayalis González Perdomo, no Centro Cultural Lecrac, em Palencia, na Espanha. A abertura oficial será no dia 18, com a presença do artista. Com coordenação de Silvia Medina, a mostra integra o circuito cultural que celebra a irmandade entre Palencia e o Rio de Janeiro, simbolizada pelos monumentos Cristo del Otero e Cristo Redentor.

Além dessas duas internacionais, na temporada 2025, Fogaça já abriu mostras em Key West, na Flórida (EUA), outra em Miami (EUA) e uma em León, na Espanha. Para 2026, a agenda tem exposições confirmadas na Cidade do México, Córdoba (Argentina), Oviedo (Espanha) e retorna mais uma vez para Miami (EUA). Na carreira, o goiano passou também por Bélgica, Cuba, Chile, Venezuela, Portugal, Alemanha, França, Bolívia, entre outros países. Desde o início da carreira, o artista sempre mirou o mercado latino-americano.

Aliás, a coletiva Caminhos de Terra e Vento, aberta recentemente na Vila Cultural Cora Coralina, é fruto do intercâmbio entre Goiás e Miami, iniciado após uma exposição de Fogaça nos EUA. “Foi algo que aconteceu de forma muito natural. Meu trabalho começou a ser convidado para exposições fora do Brasil, e cada uma dessas experiências abriu novas possibilidades de diálogo. Estar em outros contextos me ajudou a compreender melhor de onde venho. A arte, para mim, é uma linguagem sem fronteiras, o que me move é essa troca constante entre lugares, culturas e olhares diferentes”, disse o artista, sobre essa rota internacional da sua carreira. Para se ter uma ideia, a primeira passagem do artista pela Argentina foi em 2010, em Buenos Aires.

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(Paulo Rezende/Divulgação)

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Nascido na cidade de Goiás, além da carreira internacional, Fogaça acumula no currículo inúmeras exposições nacionais, nos principais centros do País, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Brasília e Porto Alegre. Recebeu o prêmio Funarte, no Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais em 2010 e foi selecionado em diversos editais de ocupação de espaços culturais, incluindo a Galeria Vitrine da Paulista em São Paulo e o Espaço Cultural Eletrobrás Furnas.

Com obra censurada no Brasil, Gerson Fogaça abre exposição individual na Argentina

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Rota internacional

<img attr-cid="policy:1.3281290" attr-version="policy:1.3281290:1750947536" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3281290/_rbr8307.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Presidente da Argentina, Javier Milei (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Quatro meses antes das eleições legislativas deste domingo (26), Javier Milei prometeu uma consagração nas urnas, como um sinal de apoio popular ao seu governo, continuidade da política econômica e pavimentando o caminho para uma reeleição em 2027. Apesar de a Casa Rosada ter enfrentado uma sucessão de escândalos que ameaçaram a popularidade do governo antes de um pleito crucial, os argentinos decidiram dar uma vitória surpreendente ao presidente.

Os resultados preliminares mostram que o mileísmo conseguiu se impor como a principal força política do país. Com 97% das mesas apuradas, A Liberdade Avança obteve 40,8% do total de votos e 64 vagas de deputados; o peronismo, pelo Força Pátria, 31,6%, com 44 vagas; Províncias Unidas, com 7,1% ou oito vagas; a Frente de Esquerda, 4,8%, com três vagas.

O governo agora disputa a província de Buenos Aires, bastião dos peronistas. Das 23 províncias mais a cidade de Buenos Aires, o governo se impunha em 16 e perdia em 8.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/mundo/milei-tem-1-grande-vitoria-legislativa-apos-congresso-aprovar-lei-de-bases-1.3149963" target="_self">Milei tem 1ª grande vitória legislativa após Congresso aprovar Lei de Bases</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/as-relac-es-de-milei-com-lula-ser-o-mais-pragmaticas-que-ideologicas-diz-cientista-politico-1.3085283" target="_self">"As relações de Milei com Lula serão mais pragmáticas que ideológicas" diz cientista político</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/mundo/bolsonaro-diz-que-recebeu-telefonema-do-presidente-eleito-da-argentina-e-foi-convidado-para-a-posse-do-argentino-1.3084968" target="_self">Bolsonaro diz que recebeu telefonema do presidente eleito da Argentina e foi convidado para a posse do argentino</a></div>

Nesta noite, foram renovados um terço do Senado (24 de 72 vagas) e metade da Câmara (127 de 257 cadeiras).

O partido do presidente se reuniu em um hotel no centro de Buenos Aires, o mesmo em que Milei esperou a apuração nas eleições de 2023. No fim da noite, antes que os resultados começassem a ser divulgados, o clima já era de euforia entre apoiadores.

Milei discursou por volta das 22h30 e comemorou os resultados.

<cite>Assim como agradeço a todos os argentinos pelo enorme ato cívico, seria hipócrita se eu não fizesse um agradecimento particular aos que abraçaram as ideias da liberdade. Que linda a Argentina fica de violeta [a cor do seu partido]."</cite>

<cite>O povo argentino decidiu deixar para trás cem anos de decadência e persistir no caminho da liberdade, do progresso e do crescimento, hoje começa a construção da Argentina grande", seguiu o presidente.</cite>

<cite>"Esse resultado não teria sido possível sem cada uma das pessoas deste governo", disse ao agradecer ao chefe da Casa Civil, Francos, aos ministros Patricia Bullrich (Segurança), Luis Petri (Defesa), que foram eleitos senadora e deputado, a Luis Caputo (Economia) e outros membros do gabinete.</cite>

<cite>O resultado é confirmação do mandato que recebemos em 2023."</cite>

O partido de Milei e o PRO (do ex-presidente Mauricio Macri), que este ano foram unidos às urnas e disputaram em todas as províncias, detinham 74 cadeiras na Câmara dos Deputados e 13 no Senado. O governo vai conseguir ir além das 86 vagas necessárias para um terço na Câmara e cresce no Senado, onde não precisava renovar cadeiras.

<img attr-cid="policy:1.3123300" attr-version="policy:1.3123300:1711727047" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3123300/Javier_Milei_en_el_Salón_Blanco_2_(cropped).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Presidente da Argentina Javier Milei (Cancillería Argentina/Divulgação)

Em 2023, quando concorria à Casa Rosada, Milei chegou ao seu local de votação, cercado por apoiadores e disposto a discursar. Neste domingo, optou por uma postura mais austera: entrou sem falar com os eleitores e esperou por cinco minutos antes de depositar seu voto. Na saída, tirou fotos com militantes, ouviu aplausos e algumas vaias, evitou perguntas dos jornalistas e foi escoltado até um carro da comitiva presidencial.

A vitória expressiva de Milei coloca mais pressão sobre o peronismo, desarticulado desde o fracasso o governo de Alberto Fernández (2019-2023). O governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, votou em La Plata. Principal oponente de Milei, ele chegou cerca de 20 minutos antes com sua mulher, Soledad Quereilhac, e foi parado por apoiadores, que pediram para tirar fotos. Em seguida, falou aos jornalistas.

<cite>Definimos uma agenda importante para a vida nacional", disse o governador bonaerense.</cite>

<cite>Todos os dias, desde que assumi como governador, me coloco à disposição para dialogar com a autoridade nacional. Eles têm o meu telefone", queixou-se Kicillof, ao responder sobre a falta de diálogo com o governo nacional.</cite>

Em prisão domiciliar, a ex-presidente Cristina Kirchner foi impedida de votar por uma decisão da Câmara Nacional Eleitoral. Após ter tido sua sentença de seis anos de detenção confirmada pela Corte Suprema de Justiça, por administração fraudulenta em prejuízo do Estado, a autoridade eleitoral ordenou a sua exclusão do registro de votantes.

Milei estava preocupado, após amargar uma derrota de mais de 13 pontos em setembro, na disputa legislativa local na província de Buenos Aires. Na próxima composição do Congresso, a partir de 10 de dezembro, porém, a aliança governista poderá ter o mínimo para evitar que os vetos do presidente sejam derrubados e terá mais folga para dar passos maiores, como fazer reformas e aprovar cortes de gastos para defender o plano de austeridade do governo.

<img attr-cid="policy:1.3319942" attr-version="policy:1.3319942:1759497763" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3319942/globo-canal-4-20250903-2000-frame-108552.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Governo da Argentina anuncia decisão que contraria perfil ultra-liberal que levou ao poder o presidente Javier Milei (TV Globo/ Reprodução)

Com menos cadeiras em disputa do que seus opositores, ele conseguiu manter os deputados próprios que precisavam renovar os seus mandatos em 2025 e ainda aumentar a bancada governista. As últimas pesquisas antes da abertura das urnas já apontavam que seria um resultado equilibrado em nível nacional, com o governismo ampliando sua presença no Legislativo, mas sem alcançar a maioria.

Em uma votação que faz um balanço da primeira metade do mandato, Milei conseguiu colher os frutos da desaceleração da inflação, após o duro ajuste que o governo promoveu em quase dois anos. O argentino teve de apelar ao presidente dos EUA, Donald Trump, para evitar uma crise cambial no mês passado, e recebeu um forte respaldo da Casa Branca.

A estratégia de aproximação com o governo Trump, que tinha condicionado seu apoio ao desempenho eleitoral de Milei, foi concretizada com compras de moeda pelo Tesouro dos EUA e um acordo de troca de divisas entre os países, o que conseguiu evitar uma crise cambial antes das eleições.

Mesmo assim, a Casa Rosada precisará recompor parte do gabinete, com a saída do chanceler Gerardo Werthein, ainda antes das eleições, e uma troca na Justiça, após o ministro Mariano Cúneo Libarona anunciar que deixará a pasta. Bullrich e Petri, que eram favoritos em seus distritos para conquistar uma vaga no Senado e uma na Câmara, respectivamente, também deixam o governo.

<cite>Vamos seguir em frente, seguir construindo essa mudança. Os que não foram parte das nossas listas e compartilham uma ideia de mudança, estamos de braços abertos no Senado para construir as maiorias", disse Bullrich.</cite>

<h4>PARTICIPAÇÃO EM PLEITO É A MENOR DESDE 1983</h4>

Mais de 12 milhões de pessoas, ou 34% dos eleitores, não votaram neste domingo, de acordo com a autoridade eleitoral. A taxa de participação de 66% é a menor desde 1983, com a volta da democracia ao país. Até então, a participação mais baixa em uma outra eleição legislativa tinha sido em 2021 (no contexto da pandemia), com 71%. Já nas presidenciais de 2023, quando Milei foi eleito, o comparecimento foi de 74%. O voto é obrigatório na Argentina, com multa para quem não justificar a ausência.

Pela primeira vez, foi utilizado o sistema de cédula única de papel, com o objetivo de reduzir custos e agilizar a contagem dos votos. A mudança aumentou o tempo de espera em alguns locais de votação, mas sem incidentes.

Hoje começa a construção da Argentina grande, diz Milei após vitória nas legislativas

Presidente Milei tem vitória nas eleições legislativas da Argentina

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Exterior

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), embarca no próximo dia 26 de outubro para um périplo internacional de 15 dias. Ele irá a Portugal e à Espanha até 5 de novembro e, em seguida, fará uma parada particular na Argentina, entre os dias 6 e 9 do mesmo mês.

O pedido de licença de Mabel para se ausentar do país foi lido pelo presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), na sessão ordinária desta terça-feira (21), conforme prevê a legislação municipal, que exige apenas a comunicação do prefeito ao Legislativo. Esta será a segunda viagem internacional de Mabel desde o início da gestão. Em abril, ele esteve na Itália para conhecer um projeto de tratamento de lixo que transforma o resíduo em energia ou em um tipo de pedra.

Durante o período fora, a vice-prefeita, Claudia Lira (Avante), assumirá a Prefeitura.

O principal compromisso será em Barcelona, onde Mabel participará do Congresso Mundial Smart City, considerado o maior evento global sobre cidades inteligentes. Segundo o prefeito, o convite foi feito pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que custeará a despesa de hospedagem. As demais serão pagas por ele próprio.

Devem acompanhá-lo na ida a Barcelona os secretários Ana Carolina Almeida (Planejamento e Urbanismo Estratégico), Francisco Elísio Lacerda (Infraestrutura) e Fábio Christino (Inovação e Transformação Digital). A Prefeitura, diz Mabel, arcará com os custos dos auxiliares. Está prevista também a ida do deputado federal Ismael Alexandrino (PSD) integrando a comitiva goiana.

Mabel afirma que o objetivo da ida à Espanha é discutir o futuro e a modernidade das cidades. “As pessoas que decidem o futuro da cidade devem conhecer coisas novas que acontecem ao redor do mundo”, diz o prefeito ao defender a participação dos seus auxiliares.&nbsp;