Há um ano e dois meses o pequeno Daniel Guimarães trava uma luta contra a leucemia linfóide. O menino de dois anos e nove meses foi diagnosticado com a doença no dia 20 de outubro do ano passado e desde então sessões de quimioterapia e exames passaram a fazer parte de sua rotina. A família natural de Rio Verde, no Sudoeste de Goiás, mas mora em Brasília, iniciou uma campanha nas redes sociais para encontrar um doador para o garoto.A mãe de Daniel, a servidora pública Thirzzia Guimarães de Carvalho, conta que o filho começou a apresentar sintomas parecidos com de uma virose. “Ele ficou muito cansado, querendo dormir mais que o normal, sem apetite e apareceram manchas roxas na pele, principalmente nas pernas.”Durante consulta de rotina, a pediatra identificou o baço e o fígado aumentados, uma possibilidade de leucemia, diagnóstico mais tarde confirmado.O estado de saúde de Daniel piorou e precisou ficar dez dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) respirando com o auxílio de oxigênio. Ele também recebeu dois cateteres.A família tinha expectativa de cura com a quimioterapia. No entanto, mais tarde foram detectados resíduos da leucemia na medula e no líquor do cérebro, levando Daniel segunda fase do tratamento, o transplante medular. “A leucemia dele é nas células T, mas rara”, destaca Thirzzia.Com esta nova etapa no tratamento, amigos e familiares iniciaram uma campanha nas redes sociais para incentivar as pessoas a se cadastrarem no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). “Não é só para ele. Pode ajudar outras pessoas na mesma situação. Quem se cadastra pode ser chamado para doar a qualquer hora”, friza a mãe.Enquanto buscam por um possível doador, Daniel segue com sessões de quimioterapia, com reforço na medicação e sendo monitorado para evitar febre e infecções.De acordo com Thirzzia, no dia 23 deste mês ele passará por um novo exame e se a taxa de resíduos tiver zerada a família irá para São Paulo, onde poderá fazer o transplante. Caso um doador 100% compatível não seja encontrado até lá, ele receberá a medula da mãe ou do pai, que possui 50% de compatibilidade.Após o transplante, o próximo passo será acompanhar a “pega da medula” que acontece de 20 a 30 dias depois da infusão. A pega dando certo, Daniel ficará em observação para verificar a inexistência de células residuais da leucemia.@ajudedanielguimararesCom o intuito de encontrar um doador compatível com Daniel foi criado no Instagram o perfil @ajudedanielguimarares. Além das publicações sobre o tratamento, há informações de como se tornar um doador de medula.Os interessados devem ter de 18 a 35, estar em bom estado de saúde e procurar o hemocentro do município e informar o interesse em se tornar um doador de medula. Na unidade será coletada uma pequena quantidade de sangue, que será encaminhada para análise e junto com as demais informações do doador serão cadastrados no Redome.Em caso de compatibilidade com qualquer paciente que esteja aguardando por um transplante, o doador em potencial é contactado. Para quem já é cadastrado, a orientação é acessar o site do Redome ou o aplicativo e atualizar os dados. As informações sobre o doador são sigilosas por dois anos.