A família do motoboy Leandro Ferreira Pires, morto aos 23 anos ao ser atingido por um carro dirigido pelo médico Rubens Mendonça Júnior, de 30 anos, em abril deste ano, no viaduto da Avenida T-63, no Setor Bueno, contratou um escritório de advocacia para que entrasse como assistente de acusação no processo que tramita na Justiça e tentasse reverter a decisão que reduziu a possibilidade de punição contra o responsável pelo acidente. O caso ganhou repercussão após ser divulgado que o carro do médico chegou a planar ao chegar no topo do viaduto e, segundos antes, ter atingido 148 km/h. Além de Leandro, também morreu o garçom David Antunes Galvão, de 21 anos, que estava na garupa. Duas pessoas também ficaram feridas, sendo que uma precisou ficar oito dias internada. O juiz Lourival Machado da Costa, da 2ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal de Júri, acatou pedido do promotor de Justiça Sérgio Luís Delfim, da 92ª Promotoria de Justiça de Goiânia, e substituiu as condutas imputadas na denúncia original contra o médico de homicídio doloso qualificado e lesão corporal dolosa qualificada, conforme constam no Código Penal, para homicídio culposo (quando não há intenção) e lesão corporal também culposa, crimes estes conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), nos artigos 302 e 303.