Homens trabalham com roupas especiais para retirar lixo radioativo, em 1987: césio-137 deixou sequelas (Yosikasu Maeda / O Popular) Ao menos 25 coronéis da reserva dos Estados de Goiás e Tocantins são citados no inquérito policial que apura suposto esquema de fraude para obtenção de benefícios voltados a vítimas do césio-137. Outros 19 oficiais da reserva, além de um promotor de Justiça aposentado e um praça, também são apontados como possíveis beneficiários de ações judiciais protocoladas com uso de documentos médicos falsos. Conforme as investigações, o objetivo era obter isenção de Imposto de Renda alegando doenças graves causadas pelo acidente radiológico ocorrido em 1987, em Goiânia. A Operação Fraude Radioativa foi deflagrada pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) nesta segunda-feira (30), quando foram cumpridos mandados de prisão contra duas advogadas, Ana Laura Pereira Marques e Gabriela Nunes Silva. Também havia um mandado de prisão preventiva contra o subtenente da reserva Ronaldo Santana Cunha, mas ele não foi localizado. O militar se apresentou nesta terça-feira (1º), entretanto, não foi preso. A legislação eleitoral não permite esse tipo de prisão nos cinco dias antes do primeiro turno das eleições municipais, que ocorrem no próximo domingo (6).