Não tem nada pior do que experimentar uma tragédia coletiva e abrangente como a que abala o Rio Grande do Sul desde o fim de abril, com cursos d’água tomando cidades inteiras. Mas não é muito mais confortável a situação de quem está fisicamente longe do caos, mas com parentes e pessoas queridas vivendo a situação. É o caso de gaúchos que moram fora do estado natal e assistem, de coração apertado, as cenas que chegam pela TV ou pelos celulares. O POPULAR conversou com pessoas em Goiânia que se encontram nessa sensação que mistura tristeza, apreensão, perplexidade e incertezas, mas, também, uma dose de esperança de dar a volta por cima. Relatos goianos sobre um Rio Grande de lágrimas Donativos de Goiás seguem para o Rio Grande do Sul (Divulgação) Relato: Simone Colossi Faz tempo que a professora de ioga Simone Colossi deixou o Rio Grande do Sul e veio para Goiânia. Era década de 80 quando chegou com os pais na cidade, aos 15 anos. Nascida em Carazinho, a 290 quilômetros de Porto Alegre, tem sua família vivendo em várias cidades gaúchas, inclusive a capital e Canoas, na região metropolitana, uma das mais afetadas pela tragédia climática das chuvas torrenciais.