Pneus de carro, eletrodomésticos que já não possuem serventia, óleo de cozinha utilizado, recicláveis e restos de pequenas reformas residenciais. Estes são alguns dos materiais que podem ser descartados nos chamados Ecopontos em Goiânia. Nesta segunda-feira (16), a Prefeitura, por meio da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), inaugurou a quarta unidade da cidade, no Residencial Campos Dourados. O objetivo agora, entretanto, é ampliar o serviço em parceria com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) utilizando os pontos de apoio já existentes para prestação do serviço de coleta. Inicialmente, 12 devem ser implantados. Goiânia já possui outras três unidades de Ecopontos: Faiçalville, Guanabara e o último que havia sido inaugurado, no Setor São José. O objetivo é evitar que tais materiais que podem passar por reciclagem sejam levados ao aterro de Goiânia. Desta forma, além de contribuir para o meio ambiente, diminui o volume de lixo no aterro, aumentando a vida útil da unidade. Por fim, o pedido é de conscientização para que lotes baldios e locais inadequados não sejam usados para descarte irregular. Presidente da Amma, Luan Alves explica que há um plano de implantar Ecopontos nos chamados PAs da Comurg, que são os pontos de apoio dos trabalhadores, usados diariamente antes e depois da coleta do lixo na capital. “Esta é uma tentativa de otimizar o recurso público e estamos pensando em conjunto”.Presidente da Comurg, Alex Gama diz que pelo menos 12 locais devem se tornar Ecopontos de Goiânia. “Temos mais de 40 Pontos de Apoio na cidade e o que a gente vai verificar é: quais destes pontos que já têm pessoas trabalhando e podem ser adaptados para um Ecoponto. No primeiro momento, nosso foco é lançar mais 12, com esta visão de aproveitar espaços da Companhia”, completa Gama. O titular da Comurg diz que ainda não há definições de locais, mas que análises estão sendo feitas. Ele ressalta ainda que o descarte irregular é crime, mas também fala das dificuldades de fiscalizar uma cidade com mais de 1,5 milhão de habitantes. Por isso, diz que no momento a ideia é ampliar a conscientização. No residencial Campos Dourados o espaço é de 2 mil metros quadrados (m²) a entrega de materiais é gratuita. “A Amma escolhe locais que eram comumente utilizados para o descarte clandestino de lixo e leva a Prefeitura para dentro desses endereços, oferecendo aos cidadãos a oportunidade de descartar os resíduos da forma correta, sem prejudicar as áreas verdes da cidade e sem o pagamento de taxas, como ocorre no aterro sanitário”, diz o presidente da Amma. AumentoO primeiro lançamento, a unidade do Jardim Guanabara 2 ocorreu em maio de 2018, na gestão do então prefeito Iris Rezende. A última foi a do Setor São José, em abril deste ano. Luan Alves diz que a adesão da população é grande e acontece de forma gradual. “Nos dois mais antigos: Faiçalville e Guanabara, a quantidade de resíduos recolhida já é bem expressiva. No São José que inauguramos há cerca de 90 dias, vem aumentando gradativamente. O objetivo é incentivar as pessoas a fazerem os descartes da forma correta”, finaliza. A Comurg explica que os materiais que são recicláveis são repassados a cooperativas. Já os rejeitos de obras, por exemplo, são levados ao aterro. Prefeito da cidade, Rogério Cruz acredita que associações de moradores, por exemplo, podem ser grandes parceiros no trabalho de conscientização local. “É importante que as pessoas entendam a importância e a forma como deve ser descartado o lixo. O que estamos fazendo, neste trabalho de integração é uma tentativa de tornar a cidade mais limpa, mais bonita, com mais qualidade de vida”, finalizou-Imagem (1.2303341)