Até setembro deste ano, em 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) faturou 37.268 diárias de uso de unidades de terapia intensiva (UTIs) em Goiânia, o que corresponde a uma média de 4.141 por mês, o menor índice verificado desde 2016. No ano inicial do levantamento feito pelo O POPULAR junto ao DataSUS – o sistema de dados do SUS junto ao Ministério da Saúde –, a média mensal de diárias faturadas foi de 4.405. Ao dividir os números pela quantidade de dias, é como se em 2024 a cada mês fossem utilizados 138 leitos de UTIs na capital, enquanto que em 2016, o resultado havia sido de 146 unidades. Para ter ideia, em 2023 a média mensal de diárias faturadas de UTIs, que significa a quantidade de dias em que o uso dos leitos foi confirmado e pago pelo SUS, foi de 5.319, o que seriam 177 leitos usados no mês. O número do ano passado é o maior da série histórica, com exceção aos anos de 2020 e 2021, que foram os anos de pandemia de Covid-19, em que os leitos disponíveis eram em maior número devido à demanda causada pelo coronavírus. O baixo número de diárias faturadas de acordo com o DataSUS até setembro corrobora com a crise na saúde municipal, em que quatro pacientes que estavam em unidades municipais vieram a óbito enquanto aguardavam um leito de UTI.