<p>Com mil pontos de <a href="https://opopular.com.br/cidades/descarte-regular-e-desafio-em-goias-e-no-brasil-diz-pesquisa-1.3204795" target="_blank">descarte irregular de lixo</a> mapeados em Goiânia pelo Consórcio Limpa Gyn, a gestão do prefeito Sandro Mabel (UB) lança o desafio de fazer <a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-inicia-serie-de-mutir-es-de-limpeza-em-goiania-1.3216432" target="_blank">mutirões de limpeza</a> pela cidade. A primeira ação ocorre já neste sábado (4), com foco no Setor Morada do Sol, na região noroeste da capital. Para contar com a ajuda da população, o novo chefe do Executivo publicou no primeiro dia útil de mandato um decreto que regulamenta a ação de voluntários e o empréstimo de maquinários por parte de empresas, sem contrapartida financeira por parte da administração municipal.</p>

<p><a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a></p>

<p>A promessa de Mabel é que Goiânia tenha uma nova cara até abril, com o andamento de várias frentes de trabalho. Há dificuldade, entretanto, para sanar todos os pontos onde há descarte irregular de entulho, além de outros serviços de zeladoria que se acumularam nos últimos meses. Em um levantamento do consórcio, ao menos 200 endereços são listados como “pontos viciados”, ou seja, local com descarte recorrente. Esses seriam aqueles com alto volume de resíduos, o que resulta na necessidade de mais de um caminhão para cada remoção.</p>

<p>Já os outros 800 pontos do levantamento não foram apresentados ao <strong>POPULAR</strong>. Eles, contudo, seriam locais com volume pequeno a médio de rejeitos descartados. Conforme o consórcio, a média de recolhimento é de 4 a 5 mil toneladas por dia, cerca de 120 mil mensais. Por outro lado, a quantidade média de viagens de caminhões para o serviço de remoção de entulho varia em 180 a 200 por dia, ou seja, no mínimo 5,4 mil mensais.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/descarte-regular-e-desafio-em-goias-e-no-brasil-diz-pesquisa-1.3204795" target="_blank">Descarte regular é desafio em Goiás e no Brasil, diz pesquisa</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-inicia-serie-de-mutir-es-de-limpeza-em-goiania-1.3216432" target="_blank">Mabel inicia série de mutirões de limpeza em Goiânia</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-volta-a-contratar-comurg-para-fazer-espacos-esportivos-por-r-1-2-milh-o-1.3214949" target="_blank">Prefeitura volta a contratar Comurg para fazer espaços esportivos por R$ 1,2 milhão</a></div>

<p>Considerando o levantamento de mil pontos, a terceirizada aponta bairros como Pedro Ludovico, Parque Atheneu, Norte Ferroviário e Aeroporto com os de maior número de pontos de descarte irregular. Na listagem encaminhada ao <strong>POPULAR</strong>, entretanto, outros setores figuram dentre aqueles com mais locais para descarte ilegal, sendo, além do Pedro Ludovico (23 endereços), o Jardim Novo Mundo (9), Estrela Dalva (9), Jardim Balneário Meia Ponte (7) e Santa Genoveva (7). O estudo cita, ao todo, 68 bairros onde há entulho acumulado rotineiramente.</p>

<p>Além destes, o Jardim Guanabara e o Capuava contam com seis pontos listados. Os setores Vila Finsocial, Parque Atheneu, Jardim Guanabara 2, Bairro da Vitória, São Carlos e Residencial Costa Paranhos contam, cada um, com cinco endereços onde há acúmulo de rejeitos. A listagem segue mostrando bairros com quatro localidades para o descarte: Jardim América, Campinas, Grajaú, Jardim Fonte Nova, Condomínio Rio Branco e Residencial Brisas do Cerrado. Outros 7 setores possuem ao menos três pontos e 11 têm dois endereços para descarte irregular. Por fim, 30 bairros contam com ao menos um “ponto viciado”.</p>

<p>No setor campeão de pontos com grande quantidade de lixo acumulado nas vias públicas, não é difícil ver montes de rejeitos montados por sofás, aparelhos de televisão, cadeiras de plástico, restos de móveis, galhadas, além de lixo residencial comum. A situação foi flagrada pelo POPULAR nesta sexta-feira (3), na Rua 1051, próxima ao Jardim Botânico. A via é uma das 23 listadas como endereços do descarte ilegal de resíduos.</p>

<p>Diretor do Consórcio Limpa Gyn, Renan Andrade explica que há um planejamento para que os pontos principais de descarte de lixo contem com a remoção em uma frequência de uma a duas vezes por semana. Entretanto, cita, também há endereços onde o serviço é feito quinzenalmente ou mensalmente, além de locais que são atendidos apenas por meio de demanda de moradores. Conforme o diretor, a listagem de endereços também apresenta variações, já que, a partir do serviço de limpeza, o despejo de lixo passa a ser em outros locais próximos.</p>

<p>Andrade cita que assim que o consórcio assumiu parcialmente serviço de remoção de entulho antes feito pela <a href="https://opopular.com.br/cidades/prefeitura-volta-a-contratar-comurg-para-fazer-espacos-esportivos-por-r-1-2-milh-o-1.3214949" target="_blank">Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg)</a>, em abril passado, havia uma demanda represada e foi necessário um tempo para normalização do cenário. Por isso, cita, logo em seguida houve um aumento no quantitativo de material coletado. Além disso, o total de pontos levantados também teve acréscimo. “Tinha um estudo que eles (Comurg) utilizavam que era da Seinfra, com 400 a 500 pontos. A gente rodou a cidade inteira e foi atualizando (endereços), que estavam desatualizados e inserindo outros.”</p>

<p>Para ele, além da demanda represada suprida ao longo dos últimos meses, há um aumento considerável de material descartado nos dois últimos e dois primeiros meses do ano. “Existe um descarte maior principalmente em época de 13º (salário), onde a população troca eletrodomésticos, eletrônicos, faz obras. Isso gera mais resíduo. São quatro meses em alta, mas no meio do ano tende a diminuir”, diz.</p>

<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3216448" attr-version="policy:1.3216448:1735953642" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3216448/Vida Urbana - pneus.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
Calçada se transforma em depósito de pneus na Avenida Cristóvão Colombo, no Jardim Novo Mundo (Diomício Gomes / O Popular)</p>

<h2><strong>Ecopontos inativos agravaram situação</strong></h2>

<p>Para o diretor do Consórcio Limpa Gyn, Renan Andrade, a paralisação nos ecopontos geridos pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), ao menos desde outubro, intensificou o descarte irregular de resíduos nas vias públicas. “Piorou primeiro no entorno dos ecopontos. A população via que não tinha o que fazer e descartava ali do lado mesmo. Depois piorou nas ruas”, conta. Tal situação, vivenciada ainda hoje, gerou uma demanda ainda maior para o serviço de remoção de entulho nas ruas da capital.</p>

<p>À época, o <strong>POPULAR </strong>mostrou que as cinco estruturas espalhadas pela cidade estavam lotadas e, portanto, não conseguiam receber novos materiais. O impasse ocorreu diante da falta de combustível para os caminhões que fazem o trajeto para destinar os rejeitos ao Aterro Sanitário de Goiânia. Conforme a companhia, a situação dos ecopontos já está normalizada. Porém, a reportagem apurou com servidores que o problema ainda não foi totalmente sanado. A falta de combustível em diversos serviços ainda feitos pela Comurg também permanece.</p>

<p>Mesmo com o funcionamento ainda irregular, Andrade orienta a população para que destine adequadamente os resíduos. “Primeiro, procurar os ecopontos”, atenta. Hoje, há cinco deles, situados em diferentes setores – Faiçalville, Jardim Guanabara 2, Jardim São José, Parque Eldorado Oeste e Residencial Campos Dourados. Esses locais recebem rejeitos diversos, como entulho, pneus, móveis e eletrodomésticos velhos, restos de poda e materiais recicláveis, além de óleo de cozinha usado. “Em segundo lugar, contratar empresa particular que possa fazer a retirada do material e destinar corretamente”, acrescenta.</p>

<p>Outro serviço para recolhimento de material descartado feito pelo Limpa Gyn é o Cata Treco. Ele pode ser solicitado pelo site oficial do consórcio para remoção de resíduos volumosos inservíveis, como móveis e eletrodomésticos velhos. Conforme Andrade, os caminhões que fazem a coleta pelo Cata Treco são prioritariamente destinados a cooperativas de materiais recicláveis e, portanto, não é possível recolher alguns tipos de materiais, como restos de construção. “99% (das solicitações) são atendidas em 48 horas úteis”, garante. Já as demais solicitações feitas para remoção de entulho são realizadas em até 80 horas. “As demandas via SAC estão normalizadas”, assegura.</p>

<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3216449" attr-version="policy:1.3216449:1735953673" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3216449/040125-vidt_pontosviciados.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /></p>


Goiânia tem mil pontos de descarte irregular de lixo

Cidades

Cidades - título

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Matéria - Cidades

Limpeza urbana

<p>Diante de impasses na coleta seletiva feita pelo Consórcio Limpa Gyn, 11 cooperativas de coletores de materiais recicláveis de Goiânia estão recusando a receber os caminhões do prestador de serviço nas centrais de triagem. As cooperativas reclamam que o volume de resíduos entregues teve drástica redução e, além disso, o que chega nos locais está contaminado por lixo orgânico e até hospitalar. Classificado como a “pior crise” enfrentada pelo setor, o cenário ocasionou a paralisação tomada pelas associações a partir desta quinta-feira (7), e segue por tempo indeterminado.</p>

<p><a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a></p>

<p>As cooperativas de materiais recicláveis da capital notificaram nesta quarta-feira (6) a decisão à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), responsável pelo contrato com o Consórcio Limpa Gyn. No ofício, também encaminhado à Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), as entidades apontam que a retomada do aceite da descarga de caminhões será feita apenas mediante o retorno da frota total de caminhões específicos para o serviço, do tipo baú, e da “qualidade do material coletado”.</p>

<p>Antes feita pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), a coleta de recicláveis começou a ser feita pelo consórcio em setembro, ainda em fase de transição. O serviço foi integralmente assumido pela terceirizada a partir do dia 8 de outubro. O POPULAR já havia mostrado na edição de segunda-feira (4) que as cooperativas cadastradas na Prefeitura reclamaram que, desde que o Consórcio Limpa Gyn assumiu o serviço, houve uma redução de pelo menos 80% no quantitativo de resíduos recebidos.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/falta-de-isonomia-e-criticada-por-servidores-da-comurg-1.3196823" target="_blank">Falta de isonomia é criticada por servidores da Comurg</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/cidades/parque-mutirama-se-torna-patrimonio-mas-passa-por-ajustes-1.3196853" target="_blank">Parque Mutirama se torna patrimônio, mas passa por ajustes</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/politica/apos-intervenc-o-de-mabel-refis-e-alterado-e-aprovado-1.3196839" target="_blank">Após intervenção de Mabel, Refis é alterado e aprovado</a></div>

<p>Presidente da Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Material Reciclável Fênix Carrossel, situada no Setor Santos Dumont, Lorena Zemir diz que falta mão de obra e caminhões para a coleta seletiva. “Equipe sem experiência e é uma rotatividade alta, treina o pessoal e no outro já muda. Então vem muito lixo, papel higiênico, resto de comida, poda de árvore. Condição de material de lixão mesmo, totalmente insalubre.” Além da falta de qualidade dos materiais, Lorena reclama da queda no volume recebido. “Muitos materiais desapareceram, latinha, alumínio, sucata ferrosa, vidro. Agora só tem papelão. Antes eram cerca de 10 caminhões por dia. Hoje são duas viagens. Em média, vendia 7 mil quilos por mês. Em outubro não vendi nada”, pondera.</p>

<p>“Temos muita dificuldade no trabalho porque vem tudo compactado e danifica o material, que fica sem qualidade. Perco muito tempo com o que não vou conseguir comercializar”, complementa. A situação citada por Lorena decorre da utilização de caminhões do tipo prensa para o serviço de coleta de recicláveis, que são semelhantes aos veículos utilizados para a coleta de lixo domiciliar. Desta forma, os resíduos entregues às cooperativas chegam compactados. No dia 30 de outubro, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) recomendou à Seinfra que faça a “imediata adequação do contrato para definir a substituição dos caminhões tipo Selectolix (caminhões prensa) por caminhões tipo baú.”</p>

<p>Titular da 15ª Promotoria de Justiça de Goiânia, especializada na defesa do meio ambiente e urbanismo, o promotor Juliano de Barros Araújo conta que esteve em reunião nesta quinta-feira (7) com representantes da Seinfra e do Consórcio Limpa Gyn para tratar sobre o assunto. Conforme ele, foi definida a formalização de um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) para que a terceirizada faça a substituição dos veículos do tipo prensa para caminhões baú, que deve ser assinada ainda nesta sexta-feira (8). “Mas para além disso, tem que fazer o ajuste nas rotas, retomar aquelas feitas pela Comurg”, explica.</p>

<p>Após o diálogo junto à administração municipal, o promotor explica que a previsão é que os caminhões do tipo prensa já sejam tirados de funcionamento imediatamente. Hoje, explica, o consórcio possui cinco veículos baú, mas deve locar mais cinco. Além desses, outros 10 caminhões gaiolas serão utilizados no período inicial de ajuste. A expectativa é que o serviço seja regularizado até a próxima semana. “Restabeleceremos a forma de execução como estava antes, mas se isso vai dar resultado e gerar a mesma quantidade de material que antes, vai depender da sociedade. Precisa aumentar a divulgação para que voltem a separar em casa.”</p>

<p>Conforme o Consórcio Limpa Gyn, a substituição da frota será feita em no máximo 90 dias. “Porém, paliativos já estão em andamento”, garante a assessoria de imprensa. A terceirizada aponta ainda que o “atual plano de coleta seletiva está sendo atualizado, mediante análises técnicas das rotas” e que, após as alterações serem concluídas, a população será informada oficialmente.</p>

<p>Questionado sobre quais locais os resíduos coletados nesta quinta-feira (7) foram levados, já que as cooperativas estão rejeitando a descarga, o consórcio disse apenas que está “aguardando definição do órgão”. A Seinfra não se pronunciou sobre a situação.</p>

<h2><b>Redução</b></h2>

<p>O presidente da Cooperativa dos Coletores de Material Reciclável Beija Flor, Claubi Teixeira, explica que o local tem trabalhado apenas com o material recolhido pelos próprios cooperados, que totalizam 16. E é assim que eles têm conseguido manter a renda dos profissionais. “A gente pegava entre cinco a sete caminhões por dia. Agora está pegando um. A renda caiu bastante, mas ainda está tendo porque estamos coletando nós mesmos. A gente já tinha alguns parceiros, que são grandes geradores. Mas agora, com essa situação, estamos saindo todo dia para poder manter”, comenta.</p>

<p>Conforme ele, antes da crise na coleta seletiva, cada cooperado conseguia tirar entre R$ 1,5 mil a R$ 1,7 mil líquido. “Hoje tem cooperado que não vai receber R$ 400 por mês. Tem cooperativa que está juntando material da semana para trabalhar um dia específico. A gente decidiu (a paralisação) porque a Limpa Gyn fez a licitação sem conhecer a realidade e sem observar esses pontos. Eles colocam caminhão prensa para rodar, mas a população já conhece o caminhão baú. São 20 anos de trabalho (da Comurg) e simplesmente estão começando do zero.”</p>

<p>Para a Cooperativa dos Coletores de Material Reciclável A Ambiental, o problema no serviço prestado pelo consórcio gerou um outro agravante. Presidente da cooperativa, Mylene Lima explica que o local está com ordem de despejo por não estar mais conseguindo arcar com o aluguel, que gira em torno de R$ 5 mil ao mês. “Não estamos tenda renda. Tínhamos 19 cooperado, hoje estamos trabalhando com três, porque os caminhões que chegam não dá. A entrega era dia sim, dia não. E agora temos que juntar material de uma semana. Do que a gente recebia da Comurg, chegava a quase 50 toneladas (por mês). Em outubro, se chegou a 10 toneladas foi muito.”</p>

<p>Para ela, a situação está ficando insustentável. “É o financeiro nosso que está comprometido. Pessoas que precisam pagar aluguel, comer, tem criança pequena para cuidar. Queremos uma resposta e até agora ninguém deu uma resposta. A gente não tem mais material e quando chega para vender ainda tem desconto, porque o material tá comprometido”, completa.<br />
&nbsp;</p>

<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3196854" attr-version="policy:1.3196854:1731030611" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3196854/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
<span class="p-smartcaption">Descarte irregular encontrado no lixo levado para as cooperativas de coletiva seletiva. (Divulgação)</span></p>

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Cooperativas paralisam recebimento de recicláveis em Goiânia

Coleta seletiva

<p>Há pelo menos dois meses as cooperativas cadastradas na Prefeitura de Goiânia para o recebimento dos resíduos de reciclagem coletados no serviço de coleta seletiva tiveram uma redução de pelo menos 80% em relação ao que recebiam em média anteriormente. A data equivale ao início do serviço executado pelo consórcio LimpaGyn, a empresa que está com a responsabilidade que antes era da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e a assumiu completamente em 8 de outubro. Segundo as cooperativas, que recebiam quatro caminhões por dia com o material, agora tem chegado para elas apenas um.</p>

<p><a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a></p>

<p>“Estamos trabalhando uma ou duas vezes por semana no máximo, porque não tem material. Já não era muito bom e agora, com o consórcio, piorou muito. E nem culpo o consórcio, porque, se estão cumprindo o contrato, estão certos. O problema mesmo é a Prefeitura, que aceitou assinar um contrato dessa forma”, afirma a presidente da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis Amamos e Reciclamos o Meio Ambiente (Cooper Rama), Dulce Helena do Vale. <strong>O POPULAR</strong> também recebeu reclamações de moradores de vários bairros da capital, como Urias Magalhães, Fama, Crimeia Leste, Leste Vila Nova, Vila Rosa, Parque Amazônia e Jardim Caravelas.</p>

<p>Segundo os relatos, os caminhões da coleta seletiva não estariam circulando pelas ruas desses setores e, logo, não há mais como repassar os resíduos recicláveis via serviço municipal. Dulce Helena relata que, com a terceirização, ela tem recebido ligações de moradores, como síndicos de condomínios, relatando a falta do serviço municipal e questionando se há a possibilidade de a cooperativa ir buscar os resíduos. “Mas, sem os repasses da Prefeitura, a gente não consegue verba nem para conseguir buscar esse material. Os cooperados estão todos em casa, sem ter o que fazer porque não tem material para a gente trabalhar”, afirma.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/falta-de-recursos-afeta-servicos-da-comurg-em-goiania-1.3192220">Falta de recursos afeta serviços da Comurg em Goiânia</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-avaliou-impacto-da-dependencia-da-comurg-ao-paco-1.3190182">TCM avaliou impacto da dependência da Comurg ao Paço</a></div>

<p>A presidente da cooperativa Fênix Carrossel, situada no Setor Santos Dumont, Lorena Zemir, conta que o consórcio LimpaGyn não tem a quantidade de caminhões suficiente nem mão de obra. “A (mão de obra) que eles têm é extremamente desqualificada, os coletores não sabem fazer a coleta como era feita pela Comurg. As rotas que eles fazem são onde não existe educação ambiental, a população nem sequer faz separação do material reciclável. Então, o que eles estão mandando para as cooperativas é basicamente papelão e rejeito, material que a maioria não é aproveitável. Até lixo de banheiro está chegando”, relata. Ela afirma que a cooperativa recebia uma média de 10 a 12 caminhões por dia e que hoje recebem duas viagens.</p>

<p>“A cooperativa está conseguindo trabalhar dois dias na semana apenas, já faz três semanas esta situação. Os catadores estão todos em casa, sem trabalhar e sem saber o que vai fazer, porque o que a empresa está coletando é insuficiente”, afirma Lorena. Presidente da Cooperativa Beija-Flor, Claubi Teixeira, explica que chegava a receber 50 a 60 viagens e agora tem recebido apenas 14. Na tarde da sexta-feira (1º), ele coletava material reciclado na rua, na tentativa de repor o estoque e ter material para a cooperativa trabalhar, visto que não pode mais contar com o serviço municipal.</p>

<p>Dulce Helena alega que a mudança da execução da coleta seletiva da Comurg para o LimpaGyn não teve plano de transição, ocorrendo alteração drástica em um programa que funcionava desde 2007, sem informar à população, havendo mudanças em rotas, dias e horários com que os moradores estavam acostumados. “Antes, a pessoa já sabia o horário e, assim, sabia quando colocar o reciclável. Agora mudou tudo, não vão naquele dia mais e não avisaram nada.”</p>

<p>Ela diz que também foi retirada a música característica da passagem do serviço e também trocaram os caminhões baús por veículos com prensa. “Isso piora muito as coisas, porque muitas vezes a população colocava para reciclagem um resíduo que não queria mais, que dava para reutilizar antes de reciclar. Mas como agora passa tudo na prensa, não tem como reutilizar mais nada e ainda misturam os materiais”, salienta a cooperada.</p>

<p>De acordo com o LimpaGyn, como o consórcio responde por 100% da coleta seletiva na capital desde o último dia 8, no momento, o serviço passa pela transição, “onde ajustes e análises constantes são realizadas para estabelecer a satisfação da população”. A empresa afirma que tem “treinado os coletores sobre a separação dos recicláveis, inclusive com a participação de representantes de cooperativas, que trabalham com material reciclado”.</p>

<p>O consórcio reforça ainda que a música conhecida da população anunciando a chegada do caminhão da seletiva, “foi mantida em todas as rotas”. A reportagem, no entanto, verificou um caminhão-prensa realizando a coleta seletiva no Setor Bueno na manhã de quarta-feira (30) e não havia a música característica – só foi possível perceber que se tratava da coleta seletiva porque os catadores verificavam os conteúdos dos sacos plásticos e colocavam na prensa apenas materiais recicláveis, como papelão e alumínio. O consórcio informa que disponibiliza, como formas de a população fazer contato, o telefone (62) 3093-9223, o e-mail atendimento@consorciolimpagyn.com.br e, ainda, a opção de preencher no site o formulário para que o Cata Treco faça o recolhimento e também fazer reclamações e sugestões.</p>

<p>A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), responsável pelo contrato com o consórcio LimpaGyn, informa que apesar do processo ainda estar em transição, acompanha o serviço e realiza “os ajustes necessários para o melhor atendimento ao munícipe”. “Entre os ajustes estão treinamentos de coletores e o cumprimento das rotas. Todos os caminhões estão em operação, tocando, inclusive, a música que identifica o serviço. As rotas e horários e horários podem ser vistas no site do Limpa Gyn, bem como solicitações via SAC da empresa.”</p>

<p>Dulce Helena conta que as cooperativas estão reunindo com o Paço Municipal e o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) para tratar do assunto da coleta seletiva. Segundo a presidente da Cooper Rama, as principais mudanças propostas são o retorno do caminhão do tipo baú, bem como das rotas e frequências feitas pela Comurg; que se faça um novo processo de educação ambiental; e que haja uma ajuda de custos às cooperativas para reparar as perdas em razão dos últimos meses. Dulce afirma que o MPGO notificou o Paço para rever o contrato em cinco dias úteis, prazo que se encerra no meio da próxima semana.</p>

<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3194987" attr-version="policy:1.3194987:1730675643" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3194987/041124-vidt_falhanoprocesso.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /></p>


Terceirização afetou volume de resíduos da coleta seletiva

Meio ambiente

VÍDEO - POPCAST LIMPA GYN

AUDIO - POPCAST LIMPA GYN

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<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3176699" attr-version="policy:1.3176699:1726687855" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3176699/Captura de tela 2024-09-18 165559.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
<span class="p-smartcaption">(Reprodução)</span></p>

<p>&nbsp;</p>
Essencial para a preservação do meio ambiente e para o aumento das ações de sustentabilidade nas cidades, os serviços de limpeza urbana estão passando por mudanças em seus processos de gestão. Em um momento em que o mundo vive uma crise climática, torna-se cada vez mais necessário que essas atividades sejam realizadas com foco em inovação e qualidade. Com um bom planejamento e gestão, as cidades tendem a identificar oportunidades, implementar melhorias e ampliar investimentos nessa área.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>Os benefícios dos serviços de conservação urbana para a população são amplos e variados. A coleta regular e eficiente de lixo evita o acúmulo de resíduos nas vias públicas, o que poderia resultar em maus odores e atração de vetores de doenças, como ratos e insetos. Além disso, a limpeza das ruas melhora a segurança e o conforto dos cidadãos, evitando acidentes e proporcionando um ambiente mais agradável. A gestão sustentável dos resíduos também promove a consciência ambiental entre os moradores, incentivando práticas de redução de lixo.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>Dessa forma, técnicas e mecanismos inovadores devem ser integrados para impulsionar o trabalho. Em Goiânia, o acompanhamento em tempo real da gestão da limpeza urbana, com o controle dos caminhões compactadores realizando o serviço de coleta domiciliar, está sendo feito pela primeira vez. Por meio do mapeamento inédito do serviço executado por motoristas e coletores, o Consórcio Limpa Gyn consegue garantir o cumprimento de toda a extensão das rotas de recolhimento de lixo nos bairros. Para Renan Andrade, diretor do consórcio, a gestão desses serviços traz tecnologia de ponta aplicada ao recolhimento do lixo urbano.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div><cite>“Conseguimos acompanhar a qualidade do atendimento e a detecção de possíveis ocorrências. São mapas georreferenciados, definidos por equipamentos e software da Torre de Controle, que emitem relatórios e definem a eficiência do serviço”, pontua.</cite></div>

<div>&nbsp;</div>

<div>Esse controle logístico da frota de veículos está sendo estendido para outros serviços da empresa, como a coleta seletiva, que será iniciada em outubro, a remoção de entulhos e a varrição mecanizada. A empresa passa a ter acesso à informação da localização exata dos veículos e ao percentual dos serviços executados. Para saber mais sobre o assunto, o Popcast, podcast do jornal O Popular, recebeu o diretor do consórcio Limpa Gyn, Renan Andrade, e o gerente de frota, Victor Marques.</div>

<div>&nbsp;</div>

<h2>Assista ao PopCast:</h2>

<div>
<div attr-cid="policy:1.3176695" attr-version="policy:1.3176695:1726687507" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3176695" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3176695', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3176695">VÍDEO - POPCAST LIMPA GYN (1.3176695)</a></span></div>
</div>

<h2>Ouça ao PopCast:</h2>

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Caminhos para uma cidade sustentável: inovação na transformação da limpeza urbana de Goiânia

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Serpes/O POPULAR

<p>Um total de 68,7% dos eleitores goianienses defende que a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) volte a comandar o serviço de coleta de lixo, na contramão da terceirização feita pela gestão do prefeito Rogério Cruz (SD). Questionados sobre o futuro da companhia, apenas 13,5% defenderam que ela tenha as atividades encerradas.</p>

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<p>Os dados são da nova rodada da pesquisa Serpes/O POPULAR, realizada nos dias 12 e 13 de agosto. Para 9,7% dos entrevistados, a Comurg deve limitar a atuação à manutenção de parques e jardins. Outros 8,2% não souberam responder.</p>

<p>A contratação do Consórcio Limpa Gyn ocorreu em junho deste ano, após processo licitatório tumultuado, com questionamentos e suspensões por parte do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) e do Ministério Público de Goiás (MP-GO), e depois de muitas crises com paralisações na coleta de lixo da cidade.</p>

<p>O consórcio investiu em propagandas nas últimas semanas, na tentativa de divulgar a terceirização e convencer os moradores de que já há resultados positivos na mudança.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/pesquisa-serpes-o-popular-adriana-e-vanderlan-mantem-empate-tecnico-na-disputa-pela-prefeitura-de-goiania-1.3165115" target="_blank">Pesquisa Serpes/O Popular: Adriana e Vanderlan mantêm empate técnico na disputa pela Prefeitura de Goiânia</a><br />
<a href="https://opopular.com.br/politica/vantagem-de-vanderlan-sobre-adriana-cai-em-eventual-2-turno-1.3165126" target="_blank">Vantagem de Vanderlan sobre Adriana cai em eventual 2º turno</a></div>

<p>A primeira rodada da pesquisa Serpes/O POPULAR, divulgada em 20 de julho, mostrou que limpeza urbana (18,1%) ocupa o segundo lugar no ranking de maiores preocupações do eleitor goianiense, perdendo apenas para a área de saúde (42,6%).</p>

<p>Além dos problemas no serviço, houve, ao longo do mandato de Cruz, denúncias de irregularidades, repasses suspeitos de recursos do Paço à companhia, e uma apuração em comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara Municipal. A própria falta de resultados da CEI, por articulação política e nomeações de apadrinhados de vereadores na Prefeitura, gerou desgastes para a gestão.</p>

<p>Depois da entrada do Limpa Gyn, TCM e Prefeitura discutem o destino da Comurg, considerando especialmente as dívidas e os funcionários, com proposta de que seriam assumidos pelo Paço.</p>

<div attr-cid="policy:1.3165529" attr-version="policy:1.3165529:1724023688" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3165529" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3165529', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3165529">Serpes/O POPULAR (1.3165529)</a></span></div>

<p><b>Interesse</b></p>

<p>A cerca de 50 dias das eleições, 54,9% dos moradores de Goiânia afirmam estar de alguma forma antenados na disputa de outubro, sendo 23,1% muito interessados e 31,8% com interesse médio. Aqueles que não estão ligando nada para a disputa somam 22,6%, enquanto 21,1% disseram ter pouco interesse. O índice dos que não responderam é de 1,3%. &nbsp; A maioria dos que não querem nem saber de eleições a essa altura chega a 26,6% entre os jovens, de 16 a 34 anos, e um pouco mais, 26,8% entre eleitores idosos, com mais de 60 anos. Apenas no grupo de 35 a 59, o porcentual é um pouco menor, de 18,2%.</p>

<p>No grupo de eleitores com ensino fundamental, aqueles que não demonstram nenhum interesse na disputa representam 29,4%. No universo que cursou faculdade, o índice cai a 15,8%.</p>


Para 68,7% dos eleitores em Goiânia, Comurg deve voltar ao comando da coleta de lixo

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