O professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edemilson Cardoso, e sua esposa, Mônica Pureza Gomes Cardoso devem chegar neste sábado (21) ao Brasil. Os goianos estão nesta manhã de sábado se preparado no aeroporto de Cusco, no Peru, para embarcar no próximo voo com destino à São Paulo, que tem escala prevista em Lima. De lá, o professor conta que ele e a esposa ainda verão de que forma chegarão até Goiânia. Com eles, estão junto cerca de 305 brasileiros aguardando em fila na porta do aeroporto de Cusco. O professor reclama da situação para conseguirem retornar ao país de origem. “Há aqui brasileiros dentro e fora da lista feita pela embaixada. A complicação continua, ou seja, há um nível alto de desorganização”, aponta. “Há muitos policiais e buscamos nos manter em fila, com máscaras”, acrescenta. Ele garante que todos estão buscando ao máximo se manterem protegidos.No documento expedido pela embaixada brasileira em Lima, para a liberação dos repatriados, consta que: “O voo foi autorizado pelo governo do Peru (...) com base em regras estabelecidas no último dia 17, que declara estado de emergência nacional pelas graves circunstâncias que afetam a vida da nação em consequência do Covid-19”.Durante o período em que Edemilson e Mônica estiveram em Cusco, ele relata que nos últimos dias havia muitos brasileiros tomando sopão industrializado e até mesmo vivendo na porta do aeroporto. A reserva de dinheiro também já estava no fim.BarreirasO retorno antes não foi possível antes porque um decreto de emergência assinado pelo presidente Martín Vizcarra bloqueou todas as vias de acesso do País. A recomendação inicial era de que os turistas entrassem em contato com as companhias aéreas para que os voos fossem confirmados. Mas, com a determinação, as companhias não poderiam atuar. As estradas também estão fechadas impedindo o retorno por terra.O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) havia solicitado o repatriamento do docente e da esposa. O pedido foi encaminhada na quarta-feira (18), ao Núcleo de Assistência a Brasileiros (NAB), do Ministério das Relações Exteriores.