Dois casos suspeitos de Monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, foram confirmados neste sábado (9) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO).Os pacientes são homens, de 33 e 34 anos, moradores de Aparecida de Goiânia e estão em isolamento domiciliar, com boa evolução do quadro e estão sendo monitoramos pela Vigilância em Saúde (SVS) do município. A SES-GO ressalta que, embora a doença tenha sido identificada pela primeira vez em macacos, o surto não tem relação com os animais. A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados. Por isso é importante manter o isolamento.O que se sabe até o momento:No dia 7 de maio de 2022, a Organização Mundial da Saúde foi notificada sobre um caso confirmado de Monkeypoxey, conhecida como varíola dos macacos, no Reino Unido. O primeiro caso havia sido importado da Nigéria, mas uma semana depois, outros quatro casos foram confirmados no país, sem vínculo epidemiológico com o primeiro. No dia 20 de maio, 11 países já havia notificado casos. Agora, mais de dois meses depois da primeira confirmação já são mais de 5 mil casos em todo o mundo.Taxa de mortalidadeDe acordo com o Instituto Butantan existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). Para o primeiro, da África Ocidental a taxa de mortalidade é de 1%, enquanto para o vírus da Bacia do Congo pode chegar a 10%.SintomasFebre, dor de cabeça, cansaço e dores musculares podem ser alguns dos primeiros sintomas da varíola dos macacos. Dessa forma, há possibilidade de confundir a doença com uma gripe ou um resfriado, por exemplo.As erupções na pele passam por diferentes tipos de estágios e podem, inicialmente, se parecer com varicela, ou sífilis, antes de formar uma crosta. No início, podem ser manchas vermelhas e sem volume. Depois, ganham volume e formam bolhas. Por fim, criam cascas.Onde buscar atendimento?Em Goiás não há definido um local específico para atendimentos de casos suspeitos. Dessa forma, a orientação atual é buscar a unidade de saúde mais próxima da sua casa. O tratamento indicado pelos órgãos nacionais e internacionais de saúde são baseados em suporte para aliviar sintomas, tratar complicações e prevenir sequelas.Existe vacina?A vacinação contra a varíola humana terminou em 1980, quando a doença foi considerada erradicada no mundo e por esse motivo não estão mais disponíveis no mercado. Segundo a OMS, foi demonstrado que a vacinação contra a varíola ajuda a prevenir ou atenuar a doença pela varíola do macaco, com uma eficácia de 85%. “As pessoas vacinadas contra a varíola humana no passado, demonstraram ter alguma proteção contra a varíola do macaco”. Leia também:- Varíola dos macacos: veja o que já se sabe sobre a doença- Varíola dos macacos: veja sintomas, formas de transmissão e como se proteger - Varíola dos macacos: como saber se a irritação na pele pode ser a doença?