O Censo Demográfico 2022, realizado pelo IBGE, está com o ritmo de pesquisas lento em Goiás. O balanço nacional divulgado nesta segunda-feira (3), mostra o estado de Goiás na 23ª posição de todos os 26 estados mais Distrito Federal (DF). A previsão para finalizar o processo é até início de dezembro deste ano. Dentre os 63,4% setores censitários do estado iniciados, 22,5% foram concluídos. Os municípios de Jesúpolis, Santa Rosa de Goiás e Trombas já contam com 100% da pesquisa finalizada. E apenas 18 outras cidades somam mais de 50% de conclusão. Em números absolutos, 3.305.387 pessoas já foram recenseadas em Goiás. Deste total, os dados parciais do IBGE indicaram que 48,63% são homens e 51,37% mulheres. Já Goiânia, que possui mais de 2 mil setores censitários, está com 63,7% deles trabalhados e 14,9% concluídos. O IBGE informa que foram visitados até o momento mais de 309 mil domicílios, ouvindo mais de 550 mil pessoas, sendo 47,06% homens e 52,94% mulheres. “Pela dificuldade de contratar recenseadores e mantê-los no trabalho, o desenvolvimento do Censo 2022 se encontra abaixo do esperado”, afirma o superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira. Ele acredita que este é um reflexo para o “cenário aquecido” do mercado de trabalho no estado. “A coleta do Censo está muito mais rápida em alguns estados da região Nordeste, que possuem taxas de desocupação bem maiores”, justifica. Por este motivo, o instituto considera que existe um atraso e movimenta a abertura de mais 700 vagas em Goiânia, sem necessidade de processo seletivo. Os interessados na candidatura precisam ter o ensino fundamental completo e procurar presencialmente a Superintendência do IBGE, localizada no setor Sul, em Goiânia, para se inscrever às vagas. Outro ponto apresentado pelo IBGE é a ausência domiciliar enfrentada pelos recenseadores. “Nosso maior desafio são as ausências, ou seja, quando o recenseador não consegue encontrar o morador após mais de quatro visitas”, argumenta. Os dados preliminares do IBGE em Goiás indicaram como ausentes os moradores de 190.373 domicílios goianos. Ou seja, 13,58% dos domicílios recenseados até agora.Houve casos pontuais de recusa violenta em todo o Brasil. “Mais comum é a recusa velada, que é quando o morador alega estar ocupado no momento, de saída, ou pede ao recenseador que volte depois, sem, no entanto, recebê-lo em seu retorno”, explica.Ao longo do progresso do Censo, o superintendente conta que não houve casos informados de fraude de identidade de recenseador. (Manoella Bittencourt é estagiária do GJC em convênio com a PUC-Goiás, sob supervisão do editor Rodrigo Hirose).