Após a assinatura do contrato com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein para gestão definitiva do Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), o governo estadual anunciou investimento de R$ 100 milhões para obras, aquisição de equipamentos e mobiliários e modernização tecnológica. Anunciadas nesta quarta-feira (28), as intervenções devem começar ainda em setembro, com prazo de 12 meses. A gestão do hospital aponta que os atendimentos seguem sendo feitos no local, mas não descarta a possibilidade de haver remanejamento para outras unidades em algumas etapas das obras.

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A organização da sociedade civil (OSC) assumiu a gestão da unidade estadual de urgência e emergência no dia 4 de junho deste ano, em contrato emergencial. A medida foi tomada após o contrato com o Instituto CEM ser suspenso pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Agora, com o termo de colaboração assinado nesta quarta-feira durante coletiva de imprensa no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, o Hugo ficará sob responsabilidade definitiva da Sociedade Albert Einstein pelo período de 36 meses, com um valor total de R$ 767,6 milhões, o que equivale a R$ 21,3 milhões mensais.

Para além do repasse à gestão, o montante de investimentos com recursos do Tesouro estadual será dividido em R$ 60 milhões para obras, R$ 35 milhões para aquisição de equipamentos médicos, assistenciais e de mobiliário e R$ 5 milhões para modernização tecnológica. O valor será a primeira etapa de investimentos, por 12 meses, de forma que as intervenções ocorram gradativamente. Dentre elas, a reforma de centros cirúrgicos, conclusão de unidades de terapia intensiva (UTI), ampliação do pronto-socorro e ambulatório, além de outras obras no prédio situado no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia.

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Além disso, é prevista a elaboração de um Plano Diretor de Infraestrutura para, a partir dele, definir novos investimentos necessários. Durante a coletiva de imprensa para assinatura do termo de colaboração, o governador Ronaldo Caiado (UB) garantiu que o Hugo será completamente reestruturado. “Estamos construindo um novo Hugo, essa é a verdade”, pontua. “São avanços significativos na implantação e ampliação de leitos de UTI, como na remodelação de todo o centro cirúrgico. Também (são avanços) na instalação de ressonância magnética fundamental para um hospital de urgência, como de hemodinâmica que dará alternativa aos médicos para avançar na qualidade do atendimento e salvar vidas das pessoas acometidas por problemas vasculares e cardiológicas. É a transformação do Hugo.”

A afirmação também foi reiterada pelo secretário estadual de Saúde, Rasível Santos. “Vamos revolucionar a saúde de Goiás como um todo”, disse, durante a coletiva. O titular da SES-GO e o governador do Estado se somaram ainda ao presidente da Sociedade Beneficente Israelista Brasileira Albert Einstein, Sidney Klajner, para destacar que a expectativa é de que, com a gestão da OSC, o Hugo se torne&nbsp; referência nacional em trauma e acidente vascular cerebral (AVC).

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Governador Ronaldo Caiado e Sidney Klajner, presidente da Sociedade Israelita Albert Einstein, apresentam termo de cooperação

Enquanto as intervenções estejam sendo realizadas, a previsão é que os atendimentos sigam normalmente. Entretanto, não é descartada a possibilidade de remanejamento de atendimentos eletivos em diferentes etapas das obras. “Temos nosso plano de contingência desenhado para que a população seja atendida sem nenhum prejuízo nos casos de urgência e emergência, e que adiem cirurgias eletivas eventualmente, se isso for realmente necessário para os momentos de obra. Não é o esperado, mas não dá para prever que eventualmente possa haver uma situação que fuja do controle”, comenta a diretora do Hugo, Fernanda Rolla.

Segundo o presidente da Sociedade Israelista Brasileira, existem critérios de priorização para que “não haja sobrecarga nos prontos-socorros” e “estrangulamento da rede”. Klajner destacou ainda que, com o início da gestão emergencial, a OSC assumiu 60% dos leitos do Hugo, de um total de 387. “À medida que as obras forem ocorrendo, a assunção de mais leitos acontece e a capacidade aumenta, e (o serviço) continua funcionando.”

Ainda durante a gestão emergencial, foram feitos dois mutirões de cirurgias eletivas para redução da fila de espera. A SES-GO diz que haverá mais cirurgias mensais e, por isso, não deve haver redução de atendimentos, mas não descarta esse risco.

No termo de colaboração entre a OSC e o Estado, foram estabelecidas metas para a prestação de serviços no Hugo. Entre elas, por mês, estão 450 cirurgias eletivas, 1.493 internações, 6.061 atendimentos ambulatoriais, além de 1.790 serviços de apoio diagnóstico e terapêutico (SADT Externo), que são procedimentos de radiografias e tomografias, ultrassonografias e endoscopia, e outros.

Desde que a Sociedade Albert Einstein assumiu a gestão do Hugo, no dia 4 de junho, até a última sexta-feira (23), foram realizadas 2.335 cirurgias 5.753 atendimentos na emergência, além de 6.947 consultas ambulatoriais.

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Goiás investe R$ 100 milhões no Hugo

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Matéria - Cidades

Obras

A tarifa técnica do transporte coletivo urbano de Goiânia e Região Metropolitana subirá para R$ 10,50 a partir de maio, conforme resolução aprovada pela Agência Goiana de Regulação (AGR) no último dia 27. Isso significa aumento de 12% em relação à tarifa atual (R$ 9,38) e implicará em necessidade de maior subsídio por parte do governo estadual e da nova gestão da Prefeitura de Goiânia, responsáveis por 82% do pagamento ao sistema para manter a tarifa pública em R$ 4,30, congelada desde 2019. Outros quatro municípios - Aparecida, Senador Canedo, Trindade e Goianira - também são responsáveis pelo complemento tarifário (17,6%), todos com repasses atrasados em 2024.

No fim de outubro, a AGR já havia aprovado aumento para ao menos R$ 9,99, levando em conta apenas o plano de investimentos. Agora, a resolução faz a análise anual dos custos, estabelecendo R$ 9,89 de ontem a 30 de abril e R$ 10,50 de 1º de maio a março de 2026. Depois, cai a R$ 9,75. O prefeito Sandro Mabel (UB) cita o decreto de calamidade financeira ao falar em dificuldade de bancar mais subsídio, mas diz acreditar em revisão da tarifa ao longo deste ano.

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Revisão extra

“No estudo técnico, há razão de ser este valor. Mas, em 120 dias, vamos aumentar a velocidade dos ônibus e haverá mais viagens, assim o custo tem de cair. Caindo, podemos barrar esse aumento. Fiz esse acordo com eles”, afirma Mabel.

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Curva crescente

Dados do Portal da Transparência do Estado mostram que, de janeiro a outubro deste ano, governo e Prefeitura pagaram, cada um, R$ 194 milhões de subsídio. Aumento de pelo menos 60% sobre 2023.

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Volta

No pacote de decretos de Mabel, está a determinação de retorno de todos os servidores cedidos a outros órgãos ou em teletrabalho não regular. Apenas no dia 26, o agora ex-prefeito Rogério Cruz (SD) autorizou cessão de nove pessoas.

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Teste amplo

As primeiras vias que terão autorização para motos em corredores de ônibus serão as avenidas 85, T-63, T-7, T-9 e Universitária.

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Pacificação - O vice-governador Daniel Vilela (MDB) conversou com os vereadores Major Vitor Hugo e Oséias Varão, ambos do PL, na solenidade de posse ontem, brincando que defende paz e diálogo. A visita de Vilela a Jair Bolsonaro, articulada pelo major, provocou crise no PL, com ameaça até de expulsão. Parece que agora houve trégua. (Léo Iran)

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Devolução

Apesar de aprovar as contas de campanha de Mabel, a Justiça Eleitoral, em primeira instância, apontou ressalvas e determinou que ele devolva R$ 50,9 mil por conta, principalmente, de uso do fundão eleitoral em material casado com candidatos a vereadores de outros partidos. Ele recorreu pedindo a reforma da sentença.

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Pé-de-guerra

O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), e o antecessor Roberto Naves (Republicanos) trocam ataques sobre estrutura da UPA da Mulher, inaugurada em dezembro, com contrato de médicos por apenas 15 dias feito pelo agora ex-prefeito. Corrêa, que fechou a unidade, diz que o contrato é irregular e que não há nem alvará de funcionamento.

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E os pacientes?

Já Naves alega que houve 3 mil consultas desde a inauguração e nega irregularidades no contrato. Diz que o fechamento ocorre por questões políticas. Previsão do prefeito é reabrir em 15 dias.

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<h2>Pergunta para:</h2>

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O vereador Romário Policarpo (Pros) assumiu a presidência da Câmara Municipal de Goiânia. De acordo com o novo presidente, uma das principais medidas da nova gestão será uma reforma administrativa. Na foto Romário Policarpo (Pros). (Benedito Braga)

Romário Policarpo presidente da Câmara (PRD)

O sr. tem histórico &nbsp;de divergências com o vereador Igor Franco, &nbsp;que será líder do Prefeito. Como será a relação?

Eu só olho para a frente. &nbsp;Não fico olhando o que passou &nbsp;e acho que da parte dele o comportamento é o mesmo. &nbsp;Ele me ajudou muito nessas últimas articulações políticas e nos projetos que aprovamos a pedido do Sandro. Então acho que será tranquilo. Não vejo problema nisso.

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Arremate:

Equipe - Está marcada para 9 horas desta quinta-feira (2), na Assembleia Legislativa de Goiás, a posse do secretariado de Mabel. Ele ainda não fechou o titular da Secretaria da Eficiência e disse que pode nomear um interino.

Recesso -&nbsp;Titulares do Executivo e Legislativo estaduais não estiveram na posse de Mabel, mas enviaram representantes. Já o Tribunal de Justiça não mandou ninguém.

Chilique -&nbsp;O deputado Clécio Alves discutiu com o cerimonial da Câmara ontem ao exigir cadeira na mesa da solenidade de posse de Mabel, por ser vice-presidente da Alego. O presidente Bruno Peixoto havia comunicado a Câmara que Cairo Salim o representaria e o deputado já estava na mesa quando teve de sair.

Tarifa técnica de ônibus vai para R$ 10,50 em maio

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

O ano de 2024 chegou ao final e a Assembleia Legislativa de Goiás contabiliza o primeiro biênio da 20ª Legislatura com o sentimento do dever cumprido. Foi um período de muito trabalho que envolveu o compromisso de cada deputada e deputado em torno de objetivos comuns, com foco em dar voz aos segmentos da sociedade e elevar a qualidade de vida dos goianos.

Desempenhamos o papel de garantir estabilidade e governabilidade ao Estado, atuando em harmonia com os demais poderes e votando matérias importantes para Goiás. A nossa pauta foi e continuará sendo a pauta do desenvolvimento social e econômico, da cidadania, da saúde pública de qualidade, da segurança pública, da proteção ao meio ambiente e, acima de tudo, da atenção às demandas das famílias mais humildes.

O que nos move é a defesa dos interesses maiores de Goiás. Cerramos fileira com governador Ronaldo Caiado para tirar o Estado do caos administrativo e financeiro. Adotamos medidas de austeridade e não negligenciamos diante dos ajustes exigidos do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que agora se exaurem com a aprovação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) pelo Congresso Nacional.

A conquista do duodécimo integral e das emendas impositivas fortaleceram o Legislativo. Não somos mais um poder subalterno, mas autônomo - e temos as nossas prerrogativas respeitadas. Com medidas de economia, como fim da locação de veículos, temos em caixa aproximadamente R$ 400 milhões, que, em parceria com o governo, serão aplicados na saúde e obras em todo o Estado.

Viramos a página dos escândalos e nos estruturamos como instância de trabalho. Prova disso é a alta produtividade legislativa, uma das maiores da história, com centenas de sessões ordinárias, extraordinárias e solenes, que refletem a mudança de rumo do Legislativo goiano.

Na atual legislatura, votamos 764 matérias de iniciativa parlamentar, 145 projetos encaminhados pela governadoria, 21 propostas oriundas de outros poderes e órgãos, além da apreciação de 124 vetos, 17 projetos da Mesa Diretora e 1.627 requerimentos, perfazendo um total de 2.699 matérias.

Destaco, ainda, que o Legislativo é um poder transparente. Com a implantação do ponto eletrônico facial e medidas rigorosas de controle interno, conquistamos o Selo Diamante de transparência, atendendo os 80 critérios de avaliação da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon). Somos exemplo de gestão para os legislativos do país, o que credenciou Goiás ao comando Colegiado Nacional de Presidentes de Assembleias Legislativas.

A Assembleia fechou 2024 somando conquistas e seguirá na mesma direção em 2025. Não nos afastaremos do caminho da responsabilidade e do debate propositivo. No ano novo, permaneceremos na defesa de Goiás. Sempre com fé em Deus e batalhando por um futuro melhor para todos.

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Bruno Peixoto é presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego)

Ano de trabalho e conquistas

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Bruno Peixoto

Pré-candidato a presidente da República, o governador Ronaldo Caiado (UB) teve seus dois principais picos de buscas no Google brasileiro dos últimos anos em dois momentos de 2024. O primeiro foi no dia 27 de outubro, data do segundo turno das eleições municipais, quando ele derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) através do embate entre Sandro Mabel (UB), seu candidato, e Fred Rodrigues (PL), na disputa pela Prefeitura de Goiânia. 

O segundo, ainda mais intenso, ocorreu em 11 de dezembro, quando a juíza Maria Umbelina Zorzetti condenou Caiado por abuso de poder político em decisão que o tornou inelegível pelo uso do Palácio das Esmeraldas para eventos, ao lado de Mabel, com vereadores eleitos e suplentes. Este foi, aliás, o único momento no qual o interesse em relação ao goiano superou as pesquisas pelo nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também apontado como presidenciável.

<h2>O segundo</h2>

Apesar de despertar menos interesse do que Tarcísio de Freitas nos últimos 12 meses, Caiado foi mais buscado no Google do que seus colegas de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), também apontados como nomes da direita para 2026.

<h2>Influência</h2>

Fora Goiás, os locais com maior volume de buscas por Caiado em 2024 foram, nesta sequência, Distrito Federal, Tocantins, Rio Grande do Norte, Rondônia e Mato Grosso do Sul.

<h2>Tem mais</h2>

A Bahia, estado onde Caiado pretende lançar sua pré-candidatura, é a sétima com maior interesse pelo goiano. O Rio de Janeiro aparece em 14°. São Paulo aparece em 21°.

<h2>Em 2025</h2>

Recém-eleito presidente do Colegiado de Presidentes da Unale, Bruno Peixoto (UB) diz que vai articular entrega de títulos de cidadania para Caiado com colegas de outros estados.

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Aos pedaços - Parte do revestimento de concreto da Marginal Botafogo se soltou e caiu no leito do córrego de mesmo nome. O incidente é mais uma mostra de que a via necessita de manutenção constante. (Wildes Barbosa)

<h2>Circulando</h2>

Se valendo do posto para qual foi eleito na Unale, Bruno Peixoto vai para Salvador (BA), Manaus (AM), Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO) em janeiro. Para se tornar presidente, o goiano articulou revezamento anual do comando do colegiado e pediu para ficar com 2025. Segundo ele, para atuar em prol da pré-candidatura de Caiado a presidente.

<h2>Oposição</h2>

O PSDB nacional, presidido pelo ex-governador Marconi Perillo, entrou com pedido para se tornar amicus curiae na ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que pretende derrubar, no Supremo Tribunal Federal, trechos de lei que reduziu de oito para seis anos o limite para permanência no posto de coronel da PM e dos Bombeiros.

<h2>Autoria</h2>

A ADI foi movida pela Associação Nacional Das Entidades Representativas dos Policiais Militares, Bombeiros Militares e Pensionistas de Militares Estaduais do Brasil. O PSDB aponta na petição que houve “usurpação de competência constitucional da União”.

<h2>Pergunta para:</h2>

Vilmar Rocha (PSD),&nbsp;Ex-deputado federal

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Vilmar Rocha. (Divulgação)

Como avalia os primeiros sinais dados por Mabel a respeito de sua futura gestão?

É público e notório que ele está recebendo uma gestão muito caótica. Temos que ter tolerância até ele realmente tomar pé da situação. Mas um prefeito de Goiânia não pode fazer mais do mesmo. Precisa ser criativo e ter quadro de assessoramento muito qualificado. A composição da equipe dele não traz nenhuma novidade.

<h2>Arremate:</h2>

Fidelidade - O goiano Rubens Otoni (PT) é um dos 12 deputados federais que conseguiram manter taxa de 99% de fidelidade ao governo federal nas votações. O levantamento feito pelo Congresso em Foco considera os dois primeiros anos do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Detalhes -&nbsp;Apenas dois dos 12 parlamentares mais fiéis não são filiados ao PT. As exceções são André Janones (Avante-MG), uma das peças importantes das eleições de 2022, e Elcione Barbalho (MDB-PA), mãe do governador Helder Barbalho (PA).

Férias -&nbsp;De hoje até 7 de janeiro quem assina esta coluna é Fabiana Pulcineli. Um feliz e próspero ano- novo a todos!

Segundo turno das eleições e inelegibilidade disparam buscas por Ronaldo Caiado

O governo estadual reforçou a estrutura de acompanhamento de emendas parlamentares na Secretaria de Relações Institucionais (Serint), em meio à criação de oito cargos de chefia na pasta, e avalia endurecer as regras para a liberação dos recursos em decreto previsto para janeiro. Aliados do governador Ronaldo Caiado (UB) atribuem a determinação de maior controle à estratégia de reforçar o discurso nacional no projeto de disputar a Presidência da República na eleição de 2026.

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Em todo o País, há investigações e suspeitas sobre desvios de recursos de emendas e o Congresso Nacional trava com o Supremo Tribunal Federal (STF) um embate em meio a cobranças do Judiciário por maior transparência e pela rastreabilidade das emendas impositivas federais. No mais recente capítulo do enfrentamento, o ministro Flávio Dino, do STF, determinou o bloqueio de R$ 4,2 bilhões em pagamentos.

O foco do Supremo é em emendas de comissão ou de bancadas, que dificultam a identificação de autores e destinações, e nas transferências diretas (emendas pix). No Estado, existem apenas as emendas impositivas individuais, além também da modalidade pix. Ainda assim, caiadistas afirmam que o tema de forma mais geral aparece em pesquisas internas como uma pauta nacional importante e que pode ter destaque na campanha de 2026.

A adoção de medidas para garantir um maior rigor na execução e a atuação política do governador para barrar as investidas de deputados sobre o orçamento seriam, assim, usadas como exemplos no discurso de Caiado.

O decreto assinado pelo governador no dia 20 de dezembro criou a Superintendência de Gestão de Emendas Parlamentares e as Gerências de Prestação de Contas, e de Execução e Monitoramento de Instrumentos. Outras duas gerências passam a ser subordinadas à nova superintendência, com mais atribuições: de Convênios e Elaboração de Instrumentos; e Extraordinária de Tomada de Contas Especial. Os cargos têm salários que variam de R$ 9,7 mil a R$ 17 mil.

Em outubro, o governador barrou pela terceira vez tentativa da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) de aumentar o orçamento impositivo para os deputados, de 1,2% da receita corrente líquida para 2%, como é no Congresso Nacional. Na regra atual, mantida, cada parlamentar poderá definir destinação de R$ 12,5 milhões em 2025.

Na conversa com os parlamentares, a justificativa oficial de Caiado é que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) limita o teto de gastos e dificulta a mudança, mas ele tem se manifestado pessoalmente contra o avanço do Legislativo sobre o orçamento, alegando que cabe ao Executivo definir políticas públicas e investimentos a partir de uma visão global das demandas. “O que está na Constituição? Se somos presidencialistas, então seguimos as regras do presidencialismo. Se é parlamentarismo, vamos mudar o regime e passar a seguir suas regras. Não pode é viver uma situação híbrida como essa em que não se sabe quem manda, quem decide”, disse, em palestra em Lisboa (Portugal), em junho.

Com a previsão de que o Estado saia do RRF após a sanção do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), os parlamentares devem voltar a pressionar pelo aumento, mas o governo dá sinais de que não permitirá os 2%.

Ainda na negociação de outubro, a direção da Alego informou que houve acordo para que parlamentares da base tivessem direito a um valor extra no Orçamento de R$ 5,8 milhões, no que seria uma espécie de emenda paralela, sem transparência, destinada a 31 aliados do governo, em valor total de R$ 180 milhões. O governo não deu informações a respeito. Questionado na ocasião, Caiado disse que seria algo a ser avaliado mais pra frente, também conforme o RRF.

Além do reforço na estrutura de acompanhamento, o governo planeja ampliar exigências sobre as transferências pix e repasses a entidades. A Serint alega que já exige plano de trabalho e prestação de contas em relação às emendas pix, mas a gestão avalia cobrar maior detalhamento da destinação dos recursos.

Há também a intenção de definir novos critérios para repasses a entidades, como comprovação de estrutura e de atuação no Estado e impedimento de benefícios que alcancem terceiros, não relacionados à entidade.

O governador já vem editando decretos com regras para a liberação das emendas desde 2022. A previsão é que o próximo seja publicado após a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) na Alego, que deve ocorrer a partir do dia 13 de janeiro em sessões extraordinárias.

O titular da Serint, Armando Vergílio, afirma que há determinação do governador para aprimorar o controle na aplicação dos recursos. “Ele quer avançar na transparência, rastreabilidade e efetividade da execução das emendas. É o que chamamos de qualidade alocativa”, diz.

Outros cargos

Além dos cargos para reforçar o acompanhamento de emendas, o decreto do governador criou outras vagas na Serint, com salários que chegam a R$ 21,97 mil, como da Subsecretaria de Articulação e Gestão. Há ainda criação da Assessoria-Executiva de Advocacia Dativa e de três gerências.

Vergílio afirma que a Serint já vinha exercendo novas funções e atribuições sem a estrutura adequada, como é o caso dos pagamentos de honorários para advocacia dativa e auxílio na captação de recursos aos municípios. Ele alega que as mudanças são “relativamente pequenas” e que não geram mais custo para o Estado, já que há remanejamento de cargos de outras pastas, mantendo-se o cumprimento do teto de despesas.