A dificuldade em conseguir a entrega dos ônibus elétricos combinada com estudos técnicos a respeito da eficiência de um novo combustível, o biometano – com tecnologia já aprimorada em solo nacional –, fez com que o Estado de Goiás fomentasse uma política pública para produção do gás a partir dos resíduos de cana-de-açúcar e explorasse o mercado do transporte público. O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, explica que a aposta de Goiás nos veículos elétricos, que seguia uma tendência mundial, foi reduzida junto com uma nova intenção no mercado de valorizar outros modelos de carros pesados, aqueles movidos a gás. “A ideia de colocar 83 veículos elétricos no BRT Leste-Oeste (Eixo Anhanguera) e 67 no BRT Norte-Sul é de janeiro de 2024. A gente tinha orçamento, mas não tínhamos a informação dos fabricantes de que seria possível receber esses veículos, não tínhamos um cronograma firme, sem um prazo claro”, afirma Lima sobre a dificuldade de receber os ônibus elétricos. Segundo ele, isso se deu por uma corrida de outros locais pelo modelo e também uma dificuldade dos fabricantes em conseguir fazer ônibus articulados de 23 metros, que são os utilizados no Eixo Anhanguera. “Nós percebemos, por estudos, que o biometano tinha diversas vantagens, como poluir 60% a menos que os elétricos”, diz.