Um terço do total de acidentes de trabalho registrados em oito anos, em Goiás, acometeu trabalhadores de apenas dez grupos de atividades econômicas. Ao todo, são 285 previstos na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae). Os grupos mais perigosos representam 46,9 mil vítimas, do total de 128 mil. O quantitativo geral corresponde a uma média anual de 16 mil ocorrências. Os dados são referentes aos anos de 2014 a 2021, retirados do Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção de Trabalho no Brasil (SIT), mantido pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O maior número de afastamento ocorre em profissionais de abate e fabricação de produtos de carne, com mais de 9 mil ocorrências, seguido pelas atividades de atendimento hospitalar, com 8,6 mil (veja quadro). Dentre os dez grupos de atividades econômicas mais afetados, seis estão na lista daqueles com mais acidentes fatais. No mesmo período, o estado registrou 793 óbitos. Abate e fabricação de produtos de carne, a exemplo, é a primeira em ocorrências e a sétima em mortes. Já os profissionais do transporte rodoviário de carga têm a maior taxa de fatalidade, com 84 óbitos, mas ficam em oitavo em número de registros. A construção de edifícios é outro grupo que figura como nono no número de acidentes e quarto de óbitos. Nesta quinta feira (9), inclusive, a queda de um guindaste em uma obra no Setor Marista, em Goiânia, deixou três funcionários feridos (leia mais na página ao lado).