-Imagem (1.2505680)A secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli Soares Pereira, afirmou nesta segunda-feira (8), no programa Jackson Abrão Entrevista, que o estado tem a expectativa de permanecer no pódio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). No ano passado, o Ministério da Educação classificou a educação goiana como a melhor do Brasil.O resultado do Ideb é composto pela taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O órgão estabelece metas para cada cada escola e rede de ensino e o objetivo único de alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos. No ranking nacional, Goiás estava em primeiro lugar até o ano passado.“Do 1º ao 5º nós éramos 6,4 e pela avaliação que nós temos hoje, a prévia, caímos para 6,3. Ou seja, é quase nada, mas é uma queda. Do 6º ao 9º éramos 5,2 e nas prévias subimos para 5,3. No Ensino Médio, éramos 4,7 e pelas prévias conseguimos ver que fomos para 4,6. Os professores e a equipe gestora de Goiás deram um show, pois nós praticamente não tivemos perda de aprendizagem, mas qualquer queda é preocupante”, afirmou Fátima.A nota final do índice será divulgada no dia 15 de setembro e, segundo a secretária, o resultado positivo é um trabalho em conjunto entre os professores, alunos e a Secretaria de Estado da Educação de Goiás. Entretanto, Fátima reforça que a pandemia da Covid-19 trouxe algumas dificuldades para a educação, que serão superadas nos próximos anos. “Em um prazo de três anos, vai ser possível fazer 70% de correções”, afirmou.Além da queda da aprendizagem, Fátima detalha que as escolas estão indo atrás daqueles estudantes que deixaram de ir às aulas. “Nós temos uma evasão de 13%, que é considerada baixa. São pais que não fizeram a transferência do filho, que pode estar em casa se recusando a voltar a estudar porque está sentindo muita dificuldade neste primeiro momento”, detalhou a secretária ao revelar que a maior dificuldade dos alunos está sendo em Língua Portuguesa.PandemiaDe acordo com a secretária, a pandemia tornou a convivência dentro das salas de aulas muito mais difícil e evidenciou comportamentos violentos. “Pandemia e a ausência de convivência por dois deixou as pessoas mais irritadas e, inclusive os adolescentes, muito mais acelerados no processo de relacionamentos internos”, destacou. Ela exemplifica que a agressividade dos alunos tem sido mais instantânea em relação aos professores dentro das escolas.“A educação convive com a perda de aprendizagem, também com as questões socioemocionais e, claro, está lidando o tempo todo com os conflitos familiares. Nós estamos lidando com todos esses conflitos”, afirmou Fátima. Por fim, a secretaria destaca que o estado está empenhado em ações que reduzam o impacto da pandemia, como por exemplo, a valorização dos profissionais da educação e alimentação dos alunos.“A secretaria tem trabalhado, hoje, com méritos. Quem tem mérito, quem tem capacidade e quem tem competência permanece. [...] Em Goiás, foram mil e dez escolas reformadas, todos os nossos professores têm notebooks e todos tiveram correção da inflação. [...] Além disso, o país precisa entender que não dá para ensinar uma criança com fome. Essa fome que provoca enfermidades, insatisfação, irritabilidade e, principalmente, produz o abandono”, finaliza.Leia também: - Varíola dos macacos na volta às aulas preocupa a Saúde Estadual- Caiado promete expandir serviços públicos para interior do estado, diz Adriano da Rocha Lima