Goiás já registrou 1.402 casos de dengue nos primeiros dias de janeiro, de acordo com os dados do Painel de Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). Conforme a pasta, pelo menos 16 cidades goianas estão em estado de alerta. A SES-GO destacou o risco de aumento significativo dos casos com a circulação do sorotipo 3 da doença.

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Conforme a última atualização da SES, até sexta-feira (17) foram registrados 3.939 notificações de dengue. Considerada as cidades mais populosas do estado, Goiânia confirmou 372 casos, Aparecida de Goiânia, 280, e Anápolis, 16.&nbsp;

Seis mortes estão sob investigação, sendo três de Goiânia e o restante em Jatai, Heitoraí e Mozarlândia.&nbsp;&nbsp;

O número de casos confirmados deste ano ainda é menor comparado ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 12.479 casos, sendo o maior índice desse recorte desde a série histórica que iniciou em 2011.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-de-60-cidades-est-o-em-alerta-para-enchentes-em-goias-e-caiado-anuncia-medidas-1.3221143" target="_blank">Mais de 60 cidades estão em alerta para enchentes em Goiás, e Caiado anuncia medidas</a> 
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<h2>Risco de epidemia&nbsp;</h2>

Durante reunião do governo estadual com prefeitos, realizada nesta sexta-feira, o secretário estadual de Saúde, Rasível dos Reis Santos, alertou para o risco elevado de contaminação pelo sorotipo 3 da dengue, que voltou a circular e já foi detectado nas cidades de Rio Verde, Anápolis e Goiatuba.&nbsp;&nbsp;

<cite>A gente está pegando uma população absolutamente suscetível ao sorotipo 3 e esse é o grande risco. A gente não pode relaxar”, pontuou o titular da pasta.&nbsp;</cite>

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Governador Ronaldo Caiado durante reunião com prefeitos, autoridades e profissionais da área de saúde realizada nesta sexta-feira (17) (Romullo Carvalho e Wesley Costa)

Ao POPULAR, a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Cristina Laval, explicou que de 2023 a 2024, o sorotipo 1 era o mais comum. A partir de 2024, houve uma inversão, passando a ser mais frequente o sorotipo 2, que representou 75% das amostras.&nbsp;

<cite>Como houve essa inversão, a gente espera realmente uma explosão de casos, porque você tem um número grande da população que ficou um bom tempo sem ter contato com esse sorotipo 2”, explicou.&nbsp;</cite>

Para 2025, o cenário permanece e o sorotipo mais prevalente tem sido 2, segundo a superintendente. Contudo, é preciso se atentar à transmissão do sorotipo 3 que já circula no estado.&nbsp;

"Isso é preocupante, porque o sorotipo 3, desde 2008, nós não temos uma circulação expressiva dele. Então estamos com uma população toda exposta, o que pode levar ao aumento do número de casos”, alertou.&nbsp;

Em 2024, o estado registrou 414 mortes por dengue, com outras 53 ainda sob investigação. No ano anterior, foram 58 óbitos confirmados. No Brasil, a doença matou 6.041 pessoas no ano passado.&nbsp;

<h2>Estado de emergência&nbsp;</h2>

Ao todo, 16 cidades goianas estão em situação de alerta por causa da alta incidência da doença. São elas: Iporá, Diorama, Itapaci, Faina, Itapuranga, Guarinos, Amorinópolis, Mozarlândia, Caçu, Brazabrantes, Mundo Novo, Santo Antônio de Goiás, Davinópolis, Cromínia, Mossâmedes e Arenópolis.&nbsp;

Diante do cenário, o governo ampliará o monitoramento dos dados e as ações de controle dentro dos municípios, além de capacitar servidores e prestar suporte às prefeituras, responsáveis diretas pelos atendimentos. Defesa Civil e Corpo de Bombeiros estão entre as unidades que participam da iniciativa.&nbsp;

Goiás tem mais de 1,4 mil casos de dengue em 2025 e 16 cidades em estado de alerta

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DENGUE

O ser humano tende a se habituar com certas situações e quando faz isso, para de temer, atribuindo algo potencialmente “assustador” à uma perspectiva do dia a dia. Há décadas convivemos com as altas e baixas de casos de dengue. A doença, endêmica para o Brasil, alterna entre períodos epidêmicos com seus quatro tipos de vírus, os sorotipos DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

Apesar da aparente familiaridade que o brasileiro tem com o agravo, a vigilância epidemiológica está preocupada com o ressurgimento recente do sorotipo 3 do vírus da dengue no Brasil, que há mais de 15 anos não causava epidemias no país. Um retorno perigoso para todos nós. E qual é a justificativa para tanta preocupação?

A infecção por um desses sorotipos gera imunidade contra o mesmo, mas é possível contrair dengue novamente se houver contato com um sorotipo diferente. O risco de uma epidemia com o retorno do DENV-3 ocorre pela baixa imunidade da população, pois poucas pessoas contraíram esse vírus desde as últimas epidemias registradas no começo dos anos 2000.

Outra preocupação é a dengue grave, que pode acontecer com mais frequência em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente, por outro sorotipo. A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e que representa um desafio constante para a saúde pública no Brasil. Em 2025, a situação epidemiológica em Goiás tem sido marcada pela circulação predominante do sorotipo 2, o mesmo que causou a epidemia de 2024.

No entanto, a possibilidade da reintrodução do sorotipo 3 no estado acende um alerta para as autoridades de saúde e a população. No ano passado, foram identificados casos em três municípios de Goiás: Goiatuba, Jataí e Rio Verde, com todos os pacientes evoluindo para cura.

Neste ano, outros 2 casos de Dengue 3 foram registrados em Anápolis, relativos a pacientes do Mato Grosso. Mais dois casos foram verificados, sendo um de Cumari e o outro de Jataí. Até o momento, nenhum óbito foi identificado por dengue 3 no estado pela vigilância epidemiológica.

E assim como a doença, a prevenção é uma antiga conhecida da população. Ouvimos as recomendações há anos: é preciso evitar que o mosquito nasça, e para isso evitar o acúmulo de água, já que qualquer recipiente que acumule água pode se tornar um criadouro. O poder público, assim como a população, tem seu papel: manter a cidade limpa e cuidar adequadamente dos lotes, praças e resíduos sólidos. O monitoramento não pode parar, bem como o atendimento correto e hidratação dos pacientes nas unidades de saúde. O momento não é de apontar dedos, mas sim de dar as mãos.

A combinação de esforços individuais, comunitários e governamentais é a chave para controlar a disseminação da doença e proteger a saúde de todos. A dengue é um problema que exige vigilância constante e ação coletiva. Somente com a participação de todos será possível evitar que o sorotipo 3 cause um novo surto em Goiás e no Brasil.

Flúvia Pereira Amorim da Silva, subsecretária de Vigilância em Saúde de Goiás

Um retorno perigoso

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Flúvia Pereira Amorim da Silva

Subiu para 43 o número de cidades goianas em situação de emergência de saúde por causa da dengue (veja a lista no final da matéria). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), os municípios são classificados nessa situação quando apresentam a taxa de incidência acima do limite esperado para o período em quatro semanas consecutivas.&nbsp;

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Conforme os dados consultados nesta sexta-feira (14) na plataforma de Arboviroses da SES-GO, o estado registrou 10.405 casos confirmados, 21.325 casos notificados. Há cinco mortes confirmadas, sendo cada uma nas cidades de Mozarlândia, Ceres, Goianésia, Heitorai e São Simão, e 24 em investigação, sendo metade somente em Goiânia.

Em 2024, nesse mesmo período, foram 59.470 casos confirmados, 83.080 casos notificados, com 55 óbitos confirmados. Ano passado foi o período da mais casos de dengue em Goiás desde a série histórica iniciada em 2011.&nbsp;

A superintendente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da SES-GO, Cristina Laval, afirmou que a menor incidência da dengue neste ano ocorre devido a permanência do sorotipo 2 da doença na maioria dos casos. Segundo ela, a explosão dos casos em 2024 aconteceu por causa da inversão do sorotipo 1 para o sorotipo 2, momento em que deixou a população mais propensa a ser infectada.&nbsp;

<cite>Quando há essa inversão, normalmente, a gente espera realmente uma explosão de casos, porque você tem um número grande da população que ficou um bom tempo sem ter contato com esse sorotipo”, explicou.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/municipios-e-estado-apostam-em-trabalho-conjunto-pela-saude-publica-1.3227588" target="_blank">Municípios e Estado apostam em trabalho conjunto pela saúde pública</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ministerio-atesta-emergencia-decretada-por-goiania-para-dengue-1.3224619" target="_blank">Ministério atesta emergência decretada por Goiânia para dengue</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-confirma-a-segunda-morte-por-dengue-em-2025-1.3228122" target="_blank">Goiás confirma a segunda morte por dengue em 2025</a></div>

<h2>Possível aumento dos casos</h2>

Contudo, ela alertou que há casos do sorotipo 3 em cidades fronteiras do estado. Caso haja uma circulação expressiva dessa variante, poderá ocorrer um aumento exponencial dos casos, segundo a superintendente.

<cite>Nós temos agora uma circulação maior de sorotipo 3 em estados que são limítrofes ao estado de Goiás. Isso já aconteceu o ano passado, mas nesse ano está com mais força. Isso é preocupante, porque o sorotipo 3, desde 2008, nós não temos uma circulação expressiva dele, então a gente tem aí com uma população toda exposta, o que pode levar ao aumento do número de casos”, alertou.&nbsp;</cite>

Em nota, a SES-GO informou que tem intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, em todo território goiano, incluindo a distribuição de bombas costais aos municípios, inseticidas, medicamentos para hidratação e controle do quadro febril. Acrescentou que, desde 2024, três grandes campanhas da dengue já foram realizadas e reativou a Sala de Situação de Arboviroses, no dia 23 de janeiro, em parceria com a Defesa Civil (veja a nota completa no final da matéria).&nbsp;&nbsp;

“O objetivo da sala é unir esforços para avaliar e redirecionar as estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, e dar agilidade no encaminhamento de materiais, regulação de pacientes e apoio técnico aos municípios”, mencionou no comunicado.&nbsp;

Veja as cidades que estão em situação de emergência de saúde por dengue:&nbsp;

1. Americano do Brasil&nbsp;&nbsp;&nbsp;

2. Amorinópolis&nbsp;&nbsp;&nbsp;

3. Anicuns&nbsp;&nbsp;&nbsp;

4. Araguapaz&nbsp;&nbsp;&nbsp;

5. Brazabrantes&nbsp;&nbsp;&nbsp;

6. Caçu&nbsp;&nbsp;&nbsp;

7. Campos Belos&nbsp;&nbsp;&nbsp;

8. Cachoeira Alta&nbsp;&nbsp;&nbsp;

9. Chapadão do Céu&nbsp;&nbsp;&nbsp;

10. Cromínia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

11. Davinópolis&nbsp;&nbsp;&nbsp;

12. Diorama&nbsp;&nbsp;&nbsp;

13. Faina&nbsp;&nbsp;&nbsp;

14. Firminópolis&nbsp;&nbsp;&nbsp;

15. Goianápolis&nbsp;&nbsp;&nbsp;

16. Gouvelândia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

17. Guarinos&nbsp;&nbsp;&nbsp;

18. Heitoraí&nbsp;&nbsp;&nbsp;

19. Iporá&nbsp;&nbsp;&nbsp;

20. Itajá&nbsp;&nbsp;&nbsp;

21. Itapaci&nbsp;&nbsp;&nbsp;

22. Itapuranga&nbsp;&nbsp;&nbsp;

23. Itumbiara&nbsp;&nbsp;&nbsp;

24. Ivolândia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

25. Jaupaci&nbsp;&nbsp;&nbsp;

26. Jaraguá&nbsp;&nbsp;&nbsp;

27. Morrinhos&nbsp;&nbsp;&nbsp;

28. Mossâmedes&nbsp;&nbsp;&nbsp;

29. Mozarlândia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

30. Mundo Novo&nbsp;&nbsp;&nbsp;

31. Nerópolis&nbsp;&nbsp;&nbsp;

32. Nova Crixás&nbsp;&nbsp;&nbsp;

33. Palestina de Goiás&nbsp;&nbsp;&nbsp;

34. Sanclerlândia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

35. Santa Helena de Goiás&nbsp;&nbsp;&nbsp;

36. Santo Antônio de Goiás&nbsp;&nbsp;&nbsp;

37. Santo Antônio do Descoberto&nbsp;&nbsp;&nbsp;

38. São Luiz do Norte&nbsp;&nbsp;&nbsp;

39. Silvânia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

40. Taquaral de Goiás&nbsp;&nbsp;&nbsp;

41. Turvânia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

42. Turvelândia&nbsp;&nbsp;&nbsp;

43. Vianópolis&nbsp; &nbsp;

<h2>Nota completa da SES-GO</h2>

A Secretaria de Estado da Saúde informa que Goiás registra até o momento (semanas epidemiológicas de 1 a 7) 10.242 casos confirmados, 20.815 casos notificados, com 5 óbitos confirmados e 24 em investigação. Em 2024, nesse mesmo período, foram 59.470 casos confirmados, 83.078 casos notificados, com 55 óbitos confirmados.

A SES informa ainda que 43 municípios estão em situação de emergência, que corresponde aos municípios que estão com taxa de incidência por 4 semanas consecutivas ou mais acima do limite esperado para o período.&nbsp;

A SES tem intensificado as ações de combate ao Aedes aegypti em todo território goiano, incluindo a distribuição de bombas costais aos municípios, inseticidas, medicamentos para hidratação e controle do quadro febril. A pasta tem realizado, também, uma série de capacitações sobre o manejo clínico adequado da doença, além de discutir novas estratégias em parceria com o Ministério da Saúde. Uma série de 9 capacitações teve início no final de janeiro e segue até abril. O Estado realizou em dezembro e janeiro a campanha de rádio e tv: O combate à dengue não tira férias. Desde 2024, três grandes campanhas da dengue já foram realizadas.

A Sala de Situação de Arboviroses foi reativada no dia 23 de janeiro, em parceria com a Defesa Civil. O objetivo da sala é unir esforços para avaliar e redirecionar as estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya, e dar agilidade no encaminhamento de materiais, regulação de pacientes e apoio técnico aos municípios.

No dia 24 de janeiro foi lançado um mutirão de limpeza pelo governo estadual em parceria com as prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia, com o objetivo de combater os focos do mosquito Aedes aegypti nas duas maiores cidades do estado. O Governo Estadual já participou de diversas mobilizações de dia D de Combate ao Aedes em municípios como Araçu, Trindade, Senador Canedo, Goiânia e Aparecida de Goiânia.&nbsp;

A SES-GO também irá expandir outra iniciativa para monitoramento do mosquito transmissor da dengue: o Projeto de Armadilhas de Oviposição (ovitrampas). A estratégia, que já estava em funcionamento de maneira piloto em 10 municípios, agora será levada a todas as demais cidades goianas, com a aquisição dos materiais necessários pela pasta de saúde. A iniciativa visa monitorar a densidade da população do vetor, norteando as ações de controle da proliferação do mosquito.&nbsp;

As armadilhas de oviposição simulam condições ideais para que o mosquito deposite seus ovos. Elas são formadas por um recipiente com água parada, que atrai o mosquito, e uma palheta de madeira, que facilita a postura dos ovos pelas fêmeas. Os ovos se prendem a palheta, que semanalmente é retirada por agentes de endemias e enviada para análise no Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO). Além de auxiliar no monitoramento da infestação pelo Aedes, na região, a partir da contagem dos ovos, os exames no Lacen-GO permitem descobrir qual o sorotipo da dengue está circulando no local.&nbsp;

&nbsp;

&nbsp;

Sobe para 43 o número de cidades goianas em situação de emergência por causa da dengue; veja a lista

Goiás registrou a segunda morte por dengue em 2025, conforme o Painel de Monitoramento das Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). O caso ocorreu em Mozarlândia, no norte do estado, e a vítima foi um homem de 67 anos com comorbidades. <a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-tem-a-primeira-morte-por-dengue-em-2025-diz-ses-1.3224041" target="_blank">A primeira morte</a> foi registrada em Heitoraí, na região central de Goiás, porém o perfil do paciente não foi divulgado.

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Atualmente, outras 13 mortes estão sob investigação, sendo cinco em Goiânia, duas em Mozarlândia e uma em cada um dos seguintes municípios: Cachoeira Alta, Ceres, Montes Claros de Goiás, Nova Crixás, Santa Helena de Goiás e São Simão.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-registra-mais-de-4-mil-casos-de-dengue-em-janeiro-e-tem-15-cidades-em-situac-o-de-emergencia-diz-saude-1.3227274" target="_blank">Goiás registra mais de 4 mil casos de dengue em janeiro e tem 15 cidades em situação de emergência, diz Saúde</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ministerio-atesta-emergencia-decretada-por-goiania-para-dengue-1.3224619" target="_blank">Ministério atesta emergência decretada por Goiânia para dengue</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-tem-a-primeira-morte-por-dengue-em-2025-diz-ses-1.3224041" target="_blank">Goiás tem a primeira morte por dengue em 2025, diz SES</a></div>

Em nota, a&nbsp;SES-GO informou que o número de casos confirmados e notificados&nbsp;representa queda de 78% na comparação com o mesmo período do ano passado. Até a última atualização do painel, na manhã desta quinta-feira (6), Goiás já havia notificado mais de 13 mil casos de dengue, além de 6,1 mil casos confirmados.

A situação é preocupante, com 28 municípios em estado de emergência devido à alta incidência da doença. A classificação leva em conta a relação entre o número de habitantes e os casos confirmados. Além disso, 158 municípios estão em estado de alerta, enquanto outros 60 se encontram em fase de preparação para o possível agravamento do surto, pois também apresentam um número elevado de casos.

<h2>Alerta X Emergência&nbsp;</h2>

De acordo com a SES-GO, emergência é quando tem&nbsp;pelo menos quatro semanas consecutivas acima desse limite e alerta é quando o número ultrapassa esse limite, mas na outra semana ele já abaixa desse limite, não é de forma sustentada.&nbsp;&nbsp;

<h2>Combate ao Aedes Aegypti</h2>

Agentes de saúde orientam que a melhor maneira de evitar dengue, zika e chicungunha é a eliminação de criadouros do Aedes aegypti.

Atualmente, o trabalho para controlar a proliferação do mosquito tem sido feito principalmente por meio do manejo ambiental, como a retirada de lixos. Além disso, o combate ao mosquito deve ser visto com atenção pela população, já que, segundo a SES, 75% dos criadouros estão dentro das casas.

Os agentes de combate a endemias têm visitado as residências para combater criadouros e as bombas costais têm sido usadas de forma estratégica. O fumacê, amplamente usado há alguns anos, tem servido para situações específicas como, por exemplo, quando não é possível usar as bombas costais. Segundo a SES-GO, a estratégia tem baixa eficácia porque a maioria das casas possuem muro alto e árvores nas portas.

Goiás confirma a segunda morte por dengue em 2025

ALERTA

Goiás registrou mais de 4 mil casos de dengue em janeiro deste ano e tem 15 cidades em situação de emergência, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO)&nbsp;(confira a lista abaixo). Nesta terça-feira (4), o estado tem 5.689 casos confirmados e outros 12.777 em investigação. A SES-GO informou que, neste momento, não há decreto de emergência em nível estadual.&nbsp;

<cite>Já iniciamos as visitas em alguns municípios que estão com o número de casos acima do esperado. Nessas visitas vão pessoas especializadas para identificar, junto com a equipe local, quais são as principais dificuldades com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência, tentar conter ou diminuir a transmissão e ter números melhores, com menos óbitos e casos”, explicou a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim.&nbsp;</cite>

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O número de casos ainda é menor comparado ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 12.479 casos. Ao POPULAR, a superintendente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da SES-GO, a médica Cristina Laval, explicou que o motivo de tantos casos no ano passado foi a inversão do sorotipo da dengue, quando o sorotipo 2 passou a ser mais frequente. &nbsp;

"75% dessas amostras no ano de 2024 foi do sorotipo 2. Então a possibilidade de haver uma explosão de casos dessas pessoas que não haviam tido contato ainda com o sorotipo 2 fez com que houvesse essa situação que vivenciamos em 2024. Se você tem um grande número de casos, consequentemente você tem mais casos graves e óbitos. O que a gente tem observado agora no início de 2025 esse cenário&nbsp;permanece o mesmo. O sorotipo mais frequente tem sido o 2. Se permanecer essa situação, com certeza nós vamos ter um cenário bem mais tranquilo do que nós tivemos em 2024, que foi a nossa pior epidemia”, ressalta Cristina.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/circulac-o-de-sorotipo-3-da-dengue-causa-preocupac-o-em-goias-1.3221275" target="_blank">Circulação de sorotipo 3 da dengue causa preocupação em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-tem-a-primeira-morte-por-dengue-em-2025-diz-ses-1.3224041" target="_blank">Goiás tem a primeira morte por dengue em 2025, diz SES</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ministerio-atesta-emergencia-decretada-por-goiania-para-dengue-1.3224619" target="_blank">Ministério atesta emergência decretada por Goiânia para dengue</a></div>

<h2>Monitoramento</h2>

De acordo com a SES-GO, o importe é continuar monitorando porque apesar do cenário mostrar que o sorotipo mais prevalente nesse ano continua sendo o sorotipo 2, da mesma forma que foi em 2024, existe agora uma circulação maior do sorotipo 3 em estados que fazem fronteira com Goiás. &nbsp;

“Isso é preocupante porque o sorotipo 3, desde 2008, nós não temos uma circulação expressiva dele. Então, a gente tem aí uma população toda exposta a esse sorotipo 3, o que pode levar ao aumento do número de casos. Nós também já tivemos, nesse ano de 2025, o isolamento do sorotipo 3, mesmo que de forma isolada em poucos municípios, mas ele está circulando. Por isso o monitoramento importante para que a gente vá acompanhando se vai acontecer uma inversão sorológica em 2025 ou nos próximos anos. Esse monitoramento da vigilância é extremamente importante para a gente acompanhar esse cenário epidemiológico”, afirma Cristina.&nbsp;

<h2>Situação de emergência&nbsp;</h2>

A SES-GO informou que os municípios em emergência são aqueles que estão acima do limite máximo esperado do ponto de vista de incidência, que são o número de casos por 100 mil habitantes, e que estão acima desse limite máximo esperado por pelo menos mais de quatro semanas consecutivas. Assim, o monitoramento é mais importante ainda nesses municípios, porque é necessário acompanhar com a vigilância laboratorial se esses casos são realmente dengue ou se são de outra arbovirose para apoiar esses municípios nas suas à de prevenção e controle.&nbsp;

“Esse limite máximo esperado, assim como a média móvel,&nbsp;é baseado num acompanhamento, num monitoramento de uma série histórica dos últimos 10 anos, onde eu tenho então essa média móvel do número de casos que foram confirmados e tem os desvios padrões que me levam para o limite máximo esperado. Quando no momento atual eu tenho um número de casos notificados que ultrapassa esse limite máximo esperado, me acende um alerta de que esses municípios podem estar ou em alerta ou em emergência. Confira abaixo as cidades que estão em situação de emergência em Goiás:

<ol>
	<li>Iporá (778 casos);&nbsp;</li>
	<li>Itapuranga (216 casos);</li>
	<li>Itapaci (209 casos);&nbsp;</li>
	<li>Faina (187 casos);&nbsp;</li>
	<li>Diorama (126 casos);&nbsp;</li>
	<li>Caçu (102 casos);&nbsp;</li>
	<li>Mozarlândia (94 casos);</li>
	<li>Guarinos (80 casos);&nbsp;</li>
	<li>Americano do Brasil (63 casos);&nbsp;</li>
	<li>Cromínia (46 casos);&nbsp;</li>
	<li>Mundo Novo (45 casos);&nbsp;</li>
	<li>Brazabrantes (42 casos);&nbsp;</li>
	<li>Santo Antônio de Goiás (37 casos);&nbsp;</li>
	<li>Mossâmedes (29 casos);&nbsp;</li>
	<li>Davinópolis (21 casos).&nbsp;</li>
</ol>

<h2>Alerta X Emergência&nbsp;</h2>

De acordo com a SES-GO, emergência é quando tem&nbsp;pelo menos quatro semanas consecutivas acima desse limite e alerta é quando o número ultrapassa esse limite, mas na outra semana ele já abaixa desse limite, não é de forma sustentada.&nbsp;&nbsp;

<h2>Prevenção&nbsp;</h2>

A SES-GO explica que durante os períodos chuvosos os focos de proliferação são ampliados, destacando a urgência de medidas preventivas para conter a expansão desses focos. Por isso, é importante limpar e verificar regularmente esses pontos que podem acumular água. Além do uso de repelentes e vacina.&nbsp;

As principais medidas preventivas é evitar que o mosquito nasça. Tirar 10 minutos por semana e verificar se em casa tem algum recipiente acumulando água. Se cada um fizer isso a gente consegue diminuir o índice de infestação e transmissão. Outra forma de prevenção muito importante é a vacinação. Em Goiás a vacina está disponível para todas as crianças e adolescentes de 6 a 16 anos”, afirma Flúvia.&nbsp;

<h2>Morte&nbsp;</h2>

O POPULAR mostrou que <a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-tem-a-primeira-morte-por-dengue-em-2025-diz-ses-1.3224041" target="_blank">Goiás registrou a primeira morte por dengue em 2025</a> na cidade de Heitorai, no centro goiano. Em 2024, o estado registrou 414 mortes por dengue, com outras 53 ainda sob investigação. No ano anterior, foram 58 óbitos confirmados. No Brasil, a doença matou 6.041 pessoas em 2024.&nbsp;

<h2>Sorotipos&nbsp;</h2>

A dengue possui quatro sorotipos, em geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, ou sorotipos 1, 2, 3 e 4, que podem causar quadros leves ou&nbsp; graves, onde pode ocorrer o choque hipovolêmico ou o acometimento direto de vários órgãos como fígado, cérebro e coração. A preocupação da SES-GO em relação a circulação do sorotipo 3 se dá porque ele não circula no país desde 2008, dessa forma a população não possui defesa (imunidade) para esse sorotipo.&nbsp;

A SES-GO informou que em 2025 foi&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/circulac-o-de-sorotipo-3-da-dengue-causa-preocupac-o-em-goias-1.3221275" target="_blank">identificado o sorotipo 3 da dengue</a>&nbsp;em&nbsp;Anápolis. No entanto, ele é relativo a um paciente residente no estado do Mato Grosso e que estava momentaneamente na cidade com a doença. Foi feita a identificação, coleta, exames pela secretaria, mas o caso é contabilizado para o estado do Mato Grosso, uma vez que a notificação é feita a partir do domicílio de residência, e não de ocorrência.&nbsp;