A cada 31 horas, uma denúncia de racismo foi registrada em Goiânia e na região metropolitana desde que a injúria racial foi equiparada com o racismo, em janeiro de 2023. Já foram 101 casos levados ao Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri). O delegado responsável pelo grupo, Joaquim Adorno, diz que o crime não escolhe gênero, idade, lugar e classe social. No último domingo (21), o atacante brasileiro Vinicius Jr., do Real Madrid e da Seleção Brasileira, sofreu, mais uma vez, insultos racistas de torcedores rivais na Espanha. Ele jogava contra o Valencia, no estádio Mestalla, quando torcedores chamaram o atleta de macaco e ficaram imitando o animal. No mesmo dia, familiares de um morador de Aragoiânia, a cerca de 40 quilômetros da capital, viveram uma situação parecida quando a ex-namorada do rapaz os chamou de “macaco-prego” por meio de mensagens.