O guarda civil metropolitano, João Paulo Borges Neto, de 37 anos, <a href="https://opopular.com.br/cidades/guarda-civil-e-suspeito-de-agredir-com-socos-e-chutes-a-mulher-gravida-em-goiania-1.3018953">suspeito de agredir a esposa grávida de 1 mês</a>, na última semana, entrou em contato com a vítima pedindo para que ela retirasse a denúncia. “Ele está falando que vai chamar a imprensa, falar que sou louca, e que a única forma de ele não fazer isso é retirando a queixa”, conta.

(ATUALIZAÇÃO: João Paulo Borges Neto foi absolvido da acusação por insuficiência de provas e teve o processo arquivado. A informação foi atualizada em 31 de outubro de 2025.)

Em mensagens enviadas à esposa na noite de domingo (16), às quais o POPULAR teve acesso, João Paulo diz que “amava muito a esposa” e só queria que ela “devolvesse sua vida”. “Estão pensando que eu sou um monstro, mas sabe quem realmente sou”.&nbsp;

O marido da vítima diz ainda que se ela quisesse, ele pediria para seu advogado entrar em contato com ela e orientá-la. “Você pode desfazer tudo isso, você pode retirar a denúncia, falar do seu problema, e as pessoas vão entender”, completou.

<a href="https://opopular.com.br/cidades/arma-de-gcm-suspeito-de-agredir-mulher-gravida-e-apreendida-apos-determinac-o-judicial-1.3019314">A arma e munições que João Paulo usava em suas funções como GCM foram apreendidas</a> após determinação judicial, na madrugada de sábado (15). A Justiça de Goiás também concedeu medidas protetivas de urgência à vítima. O suspeito não pode se aproximar dela durante 180 dias ou enquanto durar a ação penal do investigado. Também estão proibidos quaisquer contatos entre vítima e agressor, mesmo que virtuais.

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A vítima conta que está abalada e em pânico. “Ele está com muito ódio de mim. Vou ter que voltar à polícia agora para relatar esse novo episódio”. Por conta das agressões, <a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-gravida-que-denunciou-agress-es-do-marido-gcm-e-internada-apos-ter-descolamento-da-placenta-diz-familia-1.3019276">a jovem sofreu um descolamento de placenta</a> e precisou ser internada. Apesar de ter recebido alta no domingo (16), sua gravidez ainda é de risco.

&nbsp;Relembre o caso

No dia 13 deste mês, a esposa de João Paulo Borges denunciou ter sido agredida pelo companheiro. Segundo a vítima, as agressões começaram após descobrir que o marido usava drogas.&nbsp;

“Ele me deu soco, tapa e pontapé. Eu desmaiava, ele me acordava e me dava mais socos. Ele me disse que eu não sairia viva dali e que era o meu dia". A gestante relatou ainda que o suspeito se apresentava para as pessoas como policial e não como Guarda Civil.

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia informou que o servidor já estava afastado das funções administrativas e operacionais da Guarda e que, agora, será aberto procedimento administrativo disciplinar para investigar o caso. João Paulo também foi desligado de suas funções públicas junto ao vereador Lucas Kitão (PSD). Desde então, ele segue desaparecido.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a última atualização desta matéria.

Grávida que denunciou agressões de marido GCM diz que ele enviou mensagens pedindo que ela retirasse denúncia

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Matéria - Cidades

Desaparecido

A arma e munição que João Paulo Borges Neto usava em suas funções como Guarda Civil Metropolitano (GCM) foram apreendidas após determinação judicial, na madrugada deste sábado (15). A apreensão aconteceu devido a denúncias de violência doméstica que a esposa do servidor fez contra ele na última quinta-feira (13).

(ATUALIZAÇÃO: João Paulo Borges Neto foi absolvido da acusação por insuficiência de provas e teve o processo arquivado. A informação foi atualizada em 31 de outubro de 2025.)

Segundo informações da Polícia Civil (PC), o guarda teria espancado sua mulher, que está grávida de quatro semanas, após ela ter escondido sua arma. A vítima afirma que agiu dessa forma por ter percebido mudanças no comportamento do esposo e por temer por sua segurança após uma discussão do casal. “Eu escondi a arma dele e a partir daí começou uma sessão de tortura e espancamento”, afirmou a gestante à TV Anhanguera.&nbsp;

Em seus relatos à PC, a vítima afirma que encontrou mensagens nas redes sociais do marido que mostravam que ele estava sob o efeito de cocaína. Após descobrir o uso de drogas por parte do esposo, a gestante teria o confrontado e, a partir daí, começaram a discussão. Ao chegar em casa, por volta das 16hrs da última quinta-feira (13), João Paulo teria começado as agressões enquanto perguntava sobre sua arma.&nbsp;&nbsp;

“Ele me deu soco, tapa e pontapé. Eu desmaiava, ele me acordava e me dava mais socos. Ele me disse que eu não sairia viva dali e que era o meu dia", revelou a esposa.

Após as denúncias, João Paulo foi desligado de suas funções públicas junto ao vereador Lucas Kitão (PSD). A GCM informou que o servidor já estava afastado das funções administrativas e operacionais da Guarda e que, agora, será aberto procedimento administrativo disciplinar para investigar o caso.&nbsp;

A vítima das agressões teve um atendimento inicial e foi liberada, entretanto, a gestante voltou a ser internada na manhã deste sábado (15) após apresentar descolamento de placenta, o que põe em risco sua gravidez.&nbsp;

Posicionamentos oficiais

A Justiça de Goiás concedeu medidas protetivas de urgência à vítima. O suspeito não pode se aproximar da vítima (numa distância mínima de 500 metros) durante 180 dias ou enquanto durar a ação penal do investigado. Também estão proibidos quaisquer contatos entre vítima e agressor, mesmo que virtuais.&nbsp;&nbsp;

A Guarda Civil Metropolitana, por meio de nota, se coloca à disposição para as investigações da PC e repudia as ações do guarda exonerado. “Nossas ações são baseadas nos direitos humanos, proteção à vida e o fortalecimento da sociedade”, afirmam.&nbsp;

Leia também:&nbsp;

-&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/guarda-civil-e-suspeito-de-agredir-com-socos-e-chutes-a-mulher-gravida-em-goiania-1.3018953" target="_blank">Guarda civil é suspeito de agredir com socos e chutes a mulher grávida, em Goiânia</a>

-&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-gravida-que-denunciou-agress-es-do-marido-gcm-e-internada-apos-ter-descolamento-da-placenta-diz-famila-1.3019276" target="_blank">Mulher grávida que denunciou agressões do marido GCM é internada após ter descolamento da placenta, diz família</a>

Arma de GCM suspeito de agredir mulher grávida é apreendida após determinação judicial

INVESTIGAÇÃO

A mulher de 24 anos que denunciou ter sido <a href="https://opopular.com.br/cidades/guarda-civil-e-suspeito-de-agredir-com-socos-e-chutes-a-mulher-gravida-em-goiania-1.3018953" target="_blank">agredida pelo marido, o guarda civil João Paulo Borges Neto</a>, de 37 anos, precisou ser internada após sofrer descolamento da placenta, informou a família. A vítima está grávida de um mês, e já havia sido hospitalizada após sofrer as agressões.

(ATUALIZAÇÃO: João Paulo Borges Neto foi absolvido da acusação por insuficiência de provas e teve o processo arquivado. A informação foi atualizada em 31 de outubro de 2025.)

O caso aconteceu na última quinta-feira (13). A vítima relatou que as agressões começaram após ela esconder a arma que o marido tinha em casa, pois notou que ele estava com um comportamento diferente. “Eu escondi a arma dele e a partir daí começou uma sessão de tortura e espancamento. Eu tinha certeza que eu ia morrer ali. Eu nunca vivi uma situação de pânico e horror como essa" afirmou.

Além de ser servidor do órgão de segurança pública da capital, João Paulo estava à disposição do vereador Lucas Kitão (PSD), desde julho de 2020. Em nota, o parlamentar informou que “o servidor foi exonerado horas depois de cometer atos de violência doméstica”.

Também por meio de nota, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) reiterou que o servidor estava afastado das funções administrativas e operacionais da GCM de Goiânia, e informou que foi aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar os fatos.

“A corregedoria acompanha o caso de perto e colabora com as investigações da Polícia Civil”.Ainda no comunicado, a GCM afirmou que repudia veementemente a conduta do agente. “Nossas ações são baseadas nos direitos humanos, proteção à vida e fortalecimento da cultura de paz na sociedade”.

Leia também:

<a href="https://opopular.com.br/cidades/mulheres-tem-de-viajar-ate-300-km-para-denunciar-violencia-em-goias-1.3019166" target="_blank">Mulheres têm de viajar até 300 km para denunciar violência em Goiás</a>

<a href="https://opopular.com.br/cidades/em-um-ano-delegacia-em-goiania-registra-aumento-de-quase-700-em-inqueritos-de-violencia-contra-a-mulher-1.3016521" target="_blank">Em um ano, delegacia em Goiânia registra aumento de quase 700% em inquéritos de violência contra a mulher</a>

<a href="https://opopular.com.br/cidades/personal-trainer-filmado-dando-socos-na-ex-em-academia-aparece-em-video-ameacando-homem-durante-briga-de-transito-1.3018583" target="_blank">Personal trainer filmado dando socos na ex em academia aparece em vídeo ameaçando homem durante briga de trânsito</a>

O POPULAR entrou em contato com a Polícia Civil (PC), que informou que o suspeito está sendo investigado e não houve prisão em flagrante. Ainda segundo a PC, foram encaminhados pedidos de medida protetiva em favor da vítima.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do suspeito.

Mulher grávida que denunciou agressões do marido GCM é internada após ter descolamento da placenta, diz família

Grave

Antes de matar ex-mulher no hipermercado e se suicidar, homem aumentou agressões

Um dia antes de <a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-o-que-se-sabe-sobre-caso-da-funcionaria-morta-pelo-ex-dentro-de-supermercado-1.3257879" target="_self">matar a ex-mulher no supermercado em que ela trabalhava e se matar em seguida</a>, o motorista de aplicativo Valdinez Borges de Oliveira, de 61 anos, mudou a foto do perfil no Whatsapp, o que chamou a atenção de familiares. A atitude faz parte de uma escalada na forma violenta como manifestava não ter aceitado a separação meses antes do crime, cometido na manhã de 24 de abril deste ano, em Goiânia. A informação consta no inquérito concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Poder Judiciário nesta semana.

Valdinez foi casado por 33 anos com Silvia Barros Marinho de Oliveira, de 60 anos, com quem teve dois filhos. Ela era dona de casa e há cinco anos resolveu fazer uma faculdade de Serviço Social e, mais recentemente, começou a trabalhar em um mercado na Avenida Perimetral Norte, no Setor Empresarial. O motorista desde o começo demonstrou insatisfação com as decisões da mulher e as brigas, que já eram comum antes, se agravaram. Em dezembro de 2024, ela se separou do marido e foi morar em um apartamento.

Silvia estava próxima à entrada do mercado quando o ex-marido chegou. O local de trabalho dela era no interior do estabelecimento, mas naquele instante um colega pediu para ela ficar no lugar dele por um momento, para que pegasse água nos fundos. A vítima ainda pediu para outra colega a substituir, porque viu o ex entrando, mas não houve tempo. Assim que se virou, encontrou Valdinez armado. Testemunhas disseram na delegacia que ele não falou muito: “Você achou que eu estava brincando? Está aqui a brincadeira”. A frase sugere que ele já havia ameaçado ela.

<ul>
	<li>Veja no g1 Goiás: <a href="https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/04/25/ex-matou-funcionaria-de-supermercado-com-dois-tiros-no-pescoco-um-no-peito-e-outro-no-braco-diz-policia.ghtml" target="_blank">Ex matou funcionária de supermercado com dois tiros no pescoço, um no peito e outro no braço, diz polícia</a></li>
</ul>

Familiares e pessoas próximas ao casal afirmaram em depoimento que a relação de Valdinez com a ex-mulher sempre foi conturbada e por motivos fúteis. As discussões seriam rotineiras e testemunhadas por terceiros, porém Sílvia não reclamava de agressões físicas ou ameaças. O motorista fazia questão de desmerecer os esforços e conquistas da mulher quando estavam juntos, principalmente quando ela começou a estudar. “Uma velha dessa estudando, não tem necessidade” era uma frase ouvida por parentes e relatada na delegacia.

Quando Sílvia começou a trabalhar, o então marido passou a buscar formas de incomodá-la, sugerindo entre outras coisas que passasse a ajudar nas despesas de casa, o que foi refutado pelos outros familiares. A separação teria se dado após mais uma discussão que começara por motivo aparentemente banal (o aparelho do ar condicionado ter permanecido ligado uma noite), mas que terminou de forma mais grave, com o motorista indo dormir fora de casa. Para a vítima, foi o estopim para o fim do casamento. Ela manteve firme sua decisão desde então.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-o-que-se-sabe-sobre-caso-da-funcionaria-morta-pelo-ex-dentro-de-supermercado-1.3257879" target="_self">Veja o que se sabe sobre caso da funcionária morta pelo ex dentro de supermercado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-usou-arma-de-ex-colega-de-trabalho-para-matar-funcionaria-de-supermercado-diz-policia-1.3256491" target="_self">Ex usou arma de ex-colega de trabalho para matar funcionária de supermercado, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/funcionaria-morta-em-supermercado-n-o-queria-que-ex-tivesse-acesso-a-ela-diz-delegada-1.3256415" target="_self">Funcionária morta em supermercado não queria que ex tivesse acesso a ela, diz delegada</a></div>

A saída de casa de Sílvia marcou uma nova etapa na forma violenta como Valdinez reagia. Ele não aceitava a separação e falava como se ainda fosse casado com a vítima. Silvia chegou a comentar com uma colega de trabalho que deixou o ex após descobrir algo errado que ele fez, comentando inclusive que ele já estava “velho demais” para fazer essa “coisa errada”, mas não detalhou a ninguém o que seria. Ainda em fevereiro, Valdinez chegou a ir até o mercado e até a nova residência da ex, sem ter indicado que faria isso. Não teve sucesso em encontrá-la.

Um dia, Valdinez abordou a ex na rua do prédio onde ela morava, desceu do carro e disse que “aceitava que ela voltasse” para retomarem o casamento, proposta recusada por ela. Ele voltou a ir à casa dela, mas foi barrado na portaria. Em abril, o motorista contratou um advogado, mas trocou dias depois dizendo que o mesmo não estava “do seu lado” e demonstrou irritação quando, cinco dias antes do crime, descobriu que a ex procurou a Defensoria Pública para tratar do divórcio. Na véspera do assassinato, Sílvia comemorou o aniversário de um dos filhos e folgou no serviço.

<div attr-cid="policy:1.3292392" attr-version="policy:1.3292392:1753449210" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3292392" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3292392', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3292392">Antes de matar ex-mulher no hipermercado e se suicidar, homem aumentou agressões (1.3292392)</a></div>

Valdinez manifestava contrariedade com o que chamava de independência excessiva da mulher e dizia que ela devia “ficar quieta” em casa em vez de procurar estudo e trabalho fora. O motorista queria a mulher “100% dependente dele”, como afirmou uma testemunha em depoimento à polícia. A separação passou a ser comentada por Sílva três meses antes de concretizada, quando ela afirmou a um familiar que o casal já não vivia mais como tal. O motorista também se irritou por ver frustrada uma tentativa de juntar os filhos e a ex com ele em um almoço às vésperas do crime.

A Polícia Civil não conseguiu descobrir como foi o planejamento do crime nem como o motorista conseguiu a arma. Suspeitou-se de um <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-usou-arma-de-ex-colega-de-trabalho-para-matar-funcionaria-de-supermercado-diz-policia-1.3256491" target="_self">colega de outro trabalho dele</a>, porém a arma – uma pistola Taurus calibre 7.65 – foi roubada de uma casa na zona rural de Vicentinópolis em 2000. O dono da arma disse não conhecer Valdinez e afirmou que nunca fez registro do roubo porque um colega que era policial militar prometeu encontrar a arma. Questionado sobre o policial, o dono da arma disse ter perdido contato. A pistola foi encaminhada para o Instituto de Criminalística (IC).

Feminicídio

<img attr-cid="policy:1.3290641" attr-version="policy:1.3290641:1753113934" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3290641/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-07-21T130515.543.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Viatura da Guarda Civil Municipal (GCM) de Aparecida de Goiânia. (Claudivino Antunes/Site Prefeitura de Aparecida de Goiânia)

Os guardas municipais de Aparecida de Goiânia, que invadiram uma casa de uma família em Senador Canedo mais de uma vez na pandemia viraram réus por invasão de domicílio, tortura e estupro, segundo o Mistério Público de Goiás (MP-GO). A denúncia do órgão na Justiça foi contra seis servidores.&nbsp;

Ao&nbsp;POPULAR, a&nbsp;Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio de nota, informou que "os guardas civis envolvidos foram afastados das atividades operacionais" e que "aguarda a conclusão do processo judicial para adotar novas medidas" (veja íntegra do comunicado ao final deste texto).&nbsp;

Como os nomes dos investigados não foram divulgados, a reportagem não conseguiu localizar as defesas deles até a última atualização desta reportagem. 
 
O MP-GO ressaltou que se trata de um recurso que foi acatado integralmente pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Anteriormente, o órgão citou que a Justiça de primeiro grau havia aceito apenas a denúncia de abuso de autoridade, ou seja, invasão de domicílio e crime sexual, mas rejeitado os crimes de tortura.&nbsp; 
 
No entanto, não denúncia não consta a motivação dos guardas terem invadido a residência por duas vezes.&nbsp;&nbsp;

<ul>
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</ul>

Conforme o MP-GO, os investigados eram integrantes da equipe "Alfa" da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), da Guarda Civil de Aparecida, e teriam cometido os crimes em 24 de setembro de 2020 e em 6 de janeiro de 2021.&nbsp;

Na primeira ocorrência, os suspeitos teriam entrado ilegalmente em uma residência, constrangidos e submetidos os moradores a tortura, por meio de violência física e grave ameaça, exigindo que deixassem a residência ou seriam mortos. O MP afirma ainda que, neste mesmo dia, dois dos denunciados teriam cometido atos libidinosos contra uma das mulheres e feito grave ameaça para coagi-la.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/justica-suspende-concurso-para-guarda-municipal-de-caldas-novas-1.3269665" target="_self">Justiça suspende concurso para Guarda Municipal de Caldas Novas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/guarda-civil-impede-assistencia-a-pessoas-em-situac-o-de-rua-em-goiania-1.3265564" target="_self">Guarda Civil impede assistência a pessoas em situação de rua em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/guardas-s-o-presos-por-morte-em-aparecida-de-goiania-1.2325320" target="_self">Guardas são presos por morte em Aparecida de Goiânia</a></div>

Na segunda ocasião, os mesmos guardas teriam retornado ao local e repetido as agressões. De acordo com o MP-GO, o grupo utilizou o mesmo modo de atuação, provocando intenso sofrimento físico e psicológico. Uma das moradoras relatou ter recebido vários socos e precisou ficar dias em repouso, sem condições de trabalhar, devido às dores provocadas pelas agressões.

<h2>Crimes ocorreram na pandemia</h2>

O MP-GO destacou que os crimes foram cometidos durante a calamidade sanitária decorrente da pandemia de Covid-19. Para o órgão, os guardas se aproveitaram das medidas de isolamento social para facilitar a prática dos delitos e explorar a vulnerabilidade dessas pessoas.

O Ministério Público salientou que a investigação se baseia em depoimentos, imagens de câmeras de segurança que flagraram a viatura da GCM no local e dados de localização obtidos com autorização judicial por meio de estação rádio-base da segurança.

Além da responsabilização penal, o MP solicita a fixação de um valor mínimo para indenização por danos morais às três pessoas que sofreram as violências. A denúncia foi apresentada pela 5ª Promotoria de Senador Canedo, com apoio do Grupo de Atuação Especial no Controle Externo da Atividade Policial e na Segurança Pública (Gaesp).

Íntegra da nota da GMC 
 
A Secretaria de Segurança Pública de Aparecida informa que, assim que houve do ocorrido em 2020, foi aberto um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) e os guardas civis envolvidos foram afastados das atividades operacionais e tiveram o porte de arma suspenso, conforme determina o estatuto da corporação. A pasta aguarda a conclusão do processo judicial para adotar novas medidas.