Foi preso nesta terça-feira (9) um advogado, de 30 anos, suspeito de decapitar cinco cães em Formosa, município de Goiás. O crime teria ocorrido em março deste ano. O homem será indiciado por maus tratos a cachorros com resultado de morte e furto qualificado. De acordo com o delegado Paulo Henrique Ferreira Santos, responsável pelo caso, o investigado realizou o ato com os cachorros da propriedade rural de seu falecido pai, como forma de ameaçar a madrasta para que ela resolvesse mais rápido as questões patrimoniais dos bens deixados.“Ele começou a pressionar a esposa do pai para que resolvesse essas questões logo”, explica o delegado.Informações da Polícia Civil de Goiás (PCGO) constam que o suspeito havia entrado na fazenda de seu pai e recolheu uma cadela e quatro filhotes, animais, conforme diz a PCGO, muito queridos pela viúva. O advogado cortou as cabeças dos cães e deixou na porta da casa da vítima, em Formosa. O homem não teve sua identidade divulgada, por esse motivo, a reportagem do O Popular não conseguiu contato com a defesa.Além de ser suspeito pelo crime de maus-tratos, o investigado também teria furtado objetos, que ele acreditava pertencer ao pai, na casa da madrasta. Ele afirmou na época, segundo o delegado, que os itens foram tomados pela mulher e alegou que estava resgatando os bens materiais.Nos dias posteriores ao caso, o advogado já teria sido apontado como autor do crime, e chegou a ser ouvido informalmente em Formosa, mas negava ter decapitado os cachorros. Há pouco tempo, áudios do homem, que reside em Curitiba, no Sul do país, começaram a viralizar na cidade. “Recentemente, porém, áudios começaram a circular na cidade, nos quais o investigado confirma que matou os animais”, afirma Paulo Henrique Ferreira Santos.Conforme o delegado indica, o suspeito e a vítima teriam feito um acordo extrajudicial, durante o processo, para partilha dos bens, no qual constava a desistência de ações penais sobre o assunto. “O crime de maus-tratos e o de furto, porém, não dependem de representação da vítima”, disse o delegado.