Um homem, identificado como Estácio Teixeira dos Santos,&nbsp;de 51 anos,&nbsp;morreu após levar um choque elétrico enquanto tentava arrumar o telhado&nbsp;de um comércio&nbsp;em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, informou o Corpo de Bombeiros.&nbsp;&nbsp;

O&nbsp;caso aconteceu&nbsp;no Setor Dona Íris I,&nbsp;no início da tarde desta quinta-feira (4).&nbsp;Segundo&nbsp;a corporação, a vítima foi encontrada já sem vida pela corporação.

Conforme o registro de ocorrência do acidente, ao qual O POPULAR teve acesso,&nbsp;a vítima chegou ao local por volta das 08h30. De acordo com o documento,&nbsp;o dono do estabelecimento relatou&nbsp;que&nbsp;auxiliou Estácio&nbsp;a acessar o telhado com o apoio de caixas plásticas utilizadas para o armazenamento de refrigerantes.&nbsp;&nbsp;

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Contudo, por volta das 09h30, ele relatou ter ouvido um ruído semelhante a um estouro,&nbsp;“porém não associou o fato a nenhuma anormalidade”, segundo a ocorrência.

Ainda de acordo com o documento, ao dar falta de Estácio, por volta das 11h, um funcionário do local foi procurá-lo a pedido do dono do comércio, momento em que o encontrou desacordado e acionou o Serviço Móvel de Urgência (Samu).&nbsp;

O POPULAR entrou em contato com as polícias&nbsp;Civil e Científica para obter mais detalhes sobre o acidente, mas não&nbsp;teve resposta&nbsp;até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

Colaborou Vinícius Moraes

Homem morre após levar choque enquanto tentava arrumar telhado em Trindade

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PMs são absolvidos pelo júri por morte de irmãos em Trindade

Os três policiais militares acusados de homicídio qualificado pelas mortes dos irmãos Kalebe de Paula Araújo, de 18 anos, e Victor, de 21, <a href="https://opopular.com.br/nova-pericia-e-realizada-na-casa-de-irm-os-mortos-por-pms-em-trindade-1.1973148" target="_self">em uma abordagem dentro da casa deles no Setor Maysa II</a>, em Trindade, há quase seis anos, foram absolvidos nesta terça-feira (2) pela Justiça por meio do tribunal de júri, que acatou a tese da defesa de que os réus agiram em legítima defesa. Um quarto policial que integrava a equipe havia sido excluído do julgamento por ter ficado ao lado da viatura aguardando os colegas de farda.

Na época, a morte dos irmãos causou forte comoção por causa do desabafo do pai, o motorista Eligar Silva Araújo, hoje com 54 anos, à imprensa durante o velório e o enterro dos filhos, alegando que eles foram levados para o fundo da residência e executados, que um deles estava em casa estudando e não tinha nenhuma passagem pela polícia e o outro vivia com tornozeleira eletrônica e vivia dentro de casa, com a saúde mental debilitada após passar um período na prisão. Após o júri, Eligar afirmou ter ficado alarmado com a forte presença de policiais.

Ao apresentar a denúncia, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) chamou a atenção para alguns detalhes, como o fato de as armas apresentadas pelos policiais como sendo dos irmãos não terem impressões digitais, a demora de quase uma hora para a equipe envolvida na abordagem chamar o socorro médico e a intimidação denunciada por um profissional socorrista para que levasse os corpos sob alegação de que estavam vivos. Para o júri, esse socorrista afirmou que foi uma sensação pessoal e que não houve nenhum fato que comprovasse a intimidação.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/policiais-militares-v-o-a-juri-por-morte-de-irm-os-em-trindade-1.3168967" target="_self">Policiais militares vão a júri por morte de irmãos em Trindade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/depoimentos-de-socorristas-auxiliam-policia-civil-na-investigac-o-da-morte-de-irm-os-em-trindade-1.1969692" target="_self">Depoimentos de socorristas auxiliam Polícia Civil na investigação da morte de irmãos, em Trindade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/nova-pericia-e-realizada-na-casa-de-irm-os-mortos-por-pms-em-trindade-1.1973148" target="_self">Nova perícia é realizada na casa de irmãos mortos por PMs em Trindade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/pms-se-negam-a-participar-de-reconstituic-o-no-caso-dos-irm-os-mortos-em-ac-o-policial-em-trindade-1.1982879" target="_self">PMs se negam a participar de reconstituição no caso dos irmãos mortos em ação policial em Trindade</a></div>

O MP-GO também usou como argumento contra os réus a chegada de mais policiais militares após os disparos, antes do socorro médico, e a alegação de bombeiros militares de que os irmãos já estavam mortos quando chegaram, contrariando a versão apresentada pelos acusados. Testemunhas ouvidas durante a fase de instrução narraram ter havido um intervalo entre os primeiros disparos e mais três ou quatro dados no fundo da residência, onde estavam os corpos.

Responderam pelo crime o segundo sargento Ricardo da Costa Faria Júnior e os terceiros sargentos Leonardo de Oliveira Cerqueira e Carlos Pinheiro Lopes, todos lotados na época no Batalhão de Operações Policiais (Bope) da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). Victor foi morto com três tiros disparados por Leonardo, enquanto o irmão, por dois tiros de Carlos. O terceiro sargento Jefferson da Silva Gomes, chegou a ser denunciado, mas foi retirado do processo pela Justiça por ter ficado do lado de fora da residência.

A versão dos policiais é que atendiam a uma denúncia de venda de drogas na região e ao passarem pela residência teriam visto um dos irmãos em atitude suspeita na porta. Este, ao ver a equipe, teria entrado correndo na residência. Na época, chegou-se a afirmar que havia uma terceira pessoa na residência, mas isso depois foi deixado de lado na defesa dos réus. A defesa alega que os irmãos atiraram primeiro, fugindo em direção aos fundos da casa, e que os policiais atiraram apenas para colocar um fim a este ataque.

<a href="https://opopular.com.br/pms-se-negam-a-participar-de-reconstituic-o-no-caso-dos-irm-os-mortos-em-ac-o-policial-em-trindade-1.1982879" target="_self">A abordagem que resultou na morte dos irmãos foi em janeiro de 2020</a> e muito da demora na tramitação do processo na Justiça se deu pelos atrasos nos interrogatórios das testemunhas. Foram 26 pessoas ouvidas na 1ª Vara Criminal de Trindade. Os depoimentos começaram em abril de 2022 e terminaram apenas em abril de 2024. Os policiais foram interrogados apenas em 24 de abril de 2024. A decisão de levar o caso ao júri foi em novembro do ano passado. Durante este período, os acusados conseguiram reduzir o número de qualificadoras do homicídio de duas para uma.

O júri foi formado por seis mulheres e um homem. Durante o julgamento foram ouvidas 12 testemunhas e os três acusados. Eligar reforçou que não havia arma na casa e que saiu para trabalhar deixando Kalebe estudando e o Victor no quarto. Um socorrista que foi interrogado no tribunal sem ser identificado e que teria chegado ao local 40 minutos após os disparos afirmou que encontrou os irmãos ambos com parada cardíaca, mas se recusou a afirmar se eles estavam vivos ou mortos. Disse que ambos foram para uma unidade de saúde próxima na tentativa de reanimá-los.

<h2>Tragédia</h2>

O pai das vítimas afirmou ao POPULAR que foi uma tragédia o resultado do júri e não esperava pela absolvição. “Eu nunca esperava por isso.” Entretanto, ele comparou o julgamento com uma partida de futebol. Disse que o resultado desta terça-feira foi o primeiro tempo e que acredita em uma reviravolta a partir de agora, com a possibilidade de recursos. Para Eligar, a absolvição representou uma “invasão de campo”. “O segundo tempo vai começar.” O motorista pediu a um advogado que entrasse como assistente de acusação para auxiliar o MP-GO nesta etapa.

O motorista também afirmou ao jornal que se sentiu intimidado com a forte presença de policiais no júri e sugere que isso pode ter afetado também os jurados. “Quando eu cheguei lá, parecia que eu tinha chegado em um batalhão da Polícia Militar de Trindade. Tinha quase 200 policiais dentro do fórum, entre fardados e policiais à paisana”, cita. “O Fórum é público, mas tinha de limitar. Mas não vou perder a esperança. A Justiça vai vir. Meus filhos foram enterrados como bandidos e não vou aceitar isso. Pela Justiça de Deus eles já são inocentes.”

O POPULAR tentou contato com a defesa dos policiais, mas sem sucesso. Também não foi possível contato com o representante do MP-GO que esteve no julgamento. A assessoria do órgão não conseguiu contato com a pessoa para responder se haveria recurso contra a decisão e quais os próximos passos. Não esteve presente durante a sessão nenhum representante do Grupo de Atuação Especial no Controle Externo da Atividade Policial e na Segurança Pública (Gaesp) do MP-GO, apesar de o órgão ter colaborado com as petições de acusação.

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Policiais são absolvidos pelo júri por morte de irmãos em Trindade

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